principais by Marcelo M B G Bolshaw
Texto sobre Educomunicação, sua vinculação à Educação Midiática, seu conceitos de 'Ecossistema Ed... more Texto sobre Educomunicação, sua vinculação à Educação Midiática, seu conceitos de 'Ecossistema Educomunicativo' e sua metodologia de intervenção pedagógica.
Resumo: Esse texto defende o modelo de três estágios de desenvolvimento elaborado por Ken Wilber ... more Resumo: Esse texto defende o modelo de três estágios de desenvolvimento elaborado por Ken Wilber e o associa às ideias de outros pensadores. O objetivo é pensar uma psicopedagogia integrada ao desenvolvimento social e humano. O método é a pesquisa bibliográfica e o resultado final é a constatação de que a cultura atual está entrando no período da pós-história.
Resumo: Este texto discute o efeito da interações sociais sobre o condicionamento social, enumera... more Resumo: Este texto discute o efeito da interações sociais sobre o condicionamento social, enumerando o pensamento de vários autores diferentes sobre o assunto. São destacados conceitos do interacionismo (Meead e Goffman), do sócio construtivismo (Vygotsky) e da sócio semiótica (Landowsky)-cujo o modelo engloba as abordagens anteriores. Ao final, sugere-se um plano de mudança no condicionamento a partir das interações.
Ludas Matyi újság, de autoria do cartunista
sérvio contemporâneo Gradimir Smudja1, é uma duplicaç... more Ludas Matyi újság, de autoria do cartunista
sérvio contemporâneo Gradimir Smudja1, é uma duplicação
ampliada da obra As Meninas (1656) do pintor espanhol Diego Velázquez.
O quadro original espelha questões sobre a realidade e a ilusão,
entre o observador, os personagens representados e já foi objeto de
várias reflexões filosóficas (Foucault, Quinet, Lacan e Duek Marques).
E essa duplicação contemporânea da imagem de Velázquez por
Smudja, assimila e responde a essas reflexões filosóficas indo mais
adiante, sem se utilizar da palavra, deslocando o local do observador e
ampliando o horizonte das interpretações.
Senão, vejamos...
resumo dos meus principais trabalhos.
Contra o etnocentrismo ocidental e o relativismo identitário ao mesmo tempo, esse texto defende a... more Contra o etnocentrismo ocidental e o relativismo identitário ao mesmo tempo, esse texto defende a mestiçagem crítica e o pensamento completo como solução para o conflito entre a modernidade e os saberes tradicionais.
Trabalho apresentado para banca de professor titular da UFRN
Resumo: O presente texto argumenta que a narratividade é uma prática social, uma mediação entre o... more Resumo: O presente texto argumenta que a narratividade é uma prática social, uma mediação entre os acontecimentos e o público. Ao contrário do estruturalismo que viu a narrativa como um gênero discursivo, defende-se aqui que a noção de Narrativa, entendida como uma forma de representação dos acontecimentos reais ou imaginários, é uma estrutura cultural mais abrangente, de origem psicológica e universal. Para tanto, revisa-se a seguir as principais contribuições teóricas para os Estudos Narrativos e se redefine narrativa como a mediação dos acontecimentos.
(…) A magia em suas formas mais primitivas é normal-mente designada como " arte ". Acho que isso ... more (…) A magia em suas formas mais primitivas é normal-mente designada como " arte ". Acho que isso é bastante literal. Eu acredito que a magia é arte e que a arte, quer por escrito, música, escultura ou qualquer outro meio é literalmente mágica. A arte é, como mágica, a ciência de manipular símbolos, palavras ou imagens para realizar mudanças na consciência. Conjurar um encantamento é somente encantar, manipular palavras para mudar a consciência das pessoas. Então eu acho que um artista ou escritor é a coisa mais próxima que você vai ter de um xamã no mundo contemporâneo. (...) O fato de que agora esse poder mágico degenerou o nível de entretenimento barato e manipulação é uma tragédia. Atualmente, aqueles que utilizam xamanismo e magia a moldar a nossa cultura são os anunciantes. Ao invés de acordar as pessoas xamanismo é a droga usada para tranquilizar as pessoas, para torná-las mais manejáveis. A sua caixa mágica da televisão, com as palavras mágicas, seus slogans, pode fazer com que todos no país pensam nas mesmas palavras e tenham os mesmos pensamentos banais exatamente ao mesmo tempo. (…) Nos últimos tempos, acho que os artistas e escritores têm permissão para serem vendidos ao longo do rio. Aceitaram a crença predominante que a arte e a escrita são apenas formas de entretenimento. Não são vistas como forças transformadoras que podem mudar uma pessoa e uma sociedade. São vistas simplesmente como entretenimento, coisas que podemos preencher 20 minutos ou meia hora enquanto esperamos morrer. Não é o trabalho de um artista dar ao público o que o público quer. Se o público soubesse o que o público quer, deixariam de ser público, seria o artista. É o trabalho de um artista dar ao público o que ele precisa. The Alan Moore Mindscape (2003, 23:43 – 32:37). Sem arrodeio: enuncia-se aqui a seguir quatro princípios da feitiçaria midiática, amplamente utilizados e escondidos pela publicidade contemporânea. Depois, explicamos melhor os fundamentos e as consequências desses princípios. São eles: 1 Professor-pesquisador do Programa de Pós Graduação em Estudos da Mídia da UFRN.
Para Gaston Bachelard, o instante poético (e, consequentemente, o momento de criação artística em... more Para Gaston Bachelard, o instante poético (e, consequentemente, o momento de criação artística em geral ou insight criativo) é uma verticalização do tempo, que se torna mais simultâneo e menos contínuo, comparada ao transe místico e à experiência do sagrado. Bachelard é um pensador duplo: tem textos diurnos dedicados à epistemologia da ciência e textos noturnos sobre o universo simbólico da poesia. Nos textos noturnos, ele adota uma perspectiva junguiana, em que o inconsciente é coletivo e habitado por arquétipos, formas transculturais recorrentes nos sonhos e nas artes. Há ainda, na estética bachelardiana, uma experiência cognitiva visual (ou a imaginação dos olhos) e uma experiência cognitiva material (ou a imaginação das mãos). Para Bachelard, essa imaginação material e dinâmica, expressa através dos padrões recorrentes dos quatro elementos alquímicos (terra, água, ar e fogo), é a linguagem primária do inconsciente.
afirmava (1967, 23) haver duas sendas distintas para os iniciados no oculto: a senda mística, em ... more afirmava (1967, 23) haver duas sendas distintas para os iniciados no oculto: a senda mística, em que o aspirante se eleva verticalmente chegando ao Deus imanifesto, ao nada; e a senda dos feiticeiros, em que o neófito ascende, em um zig-zag lento e tortuoso, através dos diferentes aspectos da manifestação, as forças da natureza. O místico se funde com o nada central que há por trás de todas as coisas; o feiticeiro, combina todas as coisas manifestas segundo sua energia para realizar as operações necessárias ao seu desenvolvimento e de sua comunidade. E para ilustrar sua afirmação, Fortune acrescenta que o místico ascende à divindade através do pilar central da Árvore da Vida, o caminho do renunciante; enquanto o feiticeiro deve oscilar através dos pilares laterais, os eixos da bondade e da severidade, alternando uma rigorosa disciplina espiritual ao exercício da generosidade e da gratidão.
a epistemologia vista como análise do discurso científico através de seus expoentes.
No decorrer da caminhada espiritual, encontra-se o xamanismo e se apaixona. Passado algum tempo, ... more No decorrer da caminhada espiritual, encontra-se o xamanismo e se apaixona. Passado algum tempo, percebe que conhece apenas uma adaptação das práticas do passado. Para curar-se parcialmente dessa ilusão e como prova de agradecimento sincero pela compreensão que lhe foi generosa entregue, escreve-se aqui uma comparação entre o neoxamanismo urbano e os antigos xamanismos arcaicos. A conclusão é que, elencadas as diferenças positivas e negativas, há dois pontos importantes em comum: o desencanto reencantado e a cura transferencial como prática.
O presente artigo tem por objetivo orientar a elaboração de projetos de pesquisa na área da Comun... more O presente artigo tem por objetivo orientar a elaboração de projetos de pesquisa na área da Comunicação Midiática, referenciado na metodologia científica das ciências sociais aplicadas.
hermenêutica by Marcelo M B G Bolshaw
Conta à lenda que, em um tempo imemorial, o rei Xangô, orixá escolhido por Oxalá para governar a ... more Conta à lenda que, em um tempo imemorial, o rei Xangô, orixá escolhido por Oxalá para governar a terra e os outros deuses, tinha diversas esposas. As duas mais importantes eram Yansã, a Senhora das Tempestades, e Oxum, cujo domínio se estendia pelos rios, lagos e cachoeiras. Certo dia, enciumada da preferência de Xangô pela sua adversária; Yansã decidiu vingar-se de Oxum e, em um raio intempestivo de cólera, investiu contra a mãe das águas doces, quando esta se banhava nua às margens de um grande lago, tendo apenas um espelho entre as mãos. Devido ao fato de não ser uma guerreira, mas uma mulher dócil e vaidosa, afeita apenas aos expedientes da Sedução e da Dissimulação para se defender; Oxum viu-se completamente indefesa frente à ira arrebatadora da Rainha dos Raios. Oxum, então, rezou a Oxalá e, em um instante mágico, percebeu que o Sol brilhava forte nas costas de sua agressora. Rapidamente, ela utilizou seu espelho para refletir os raios solares de forma a cegar Yansã. Ao saber da vitória de Oxum, o rei Xangô reafirmou sua preferência pela Senhora das Águas, que além de mais bela e delicada, provou ser também mais poderosa que a Senhora das Tempestades.
O presente texto apresenta uma introdução à metodologia hermenêutica, com ênfase na obra de Paul ... more O presente texto apresenta uma introdução à metodologia hermenêutica, com ênfase na obra de Paul Ricoeur – da qual se resumem os principais livros. O objetivo é comparar suas ideias (e leituras filosóficas, literárias e científicas) sobre a unidade narrativa entre história e ficção, uma estrutura meta histórica, com autores afins das áreas de ciências sociais, artes dramáticas e comunicação social. E o resultado é a possibilidade de construção hermenêutica de uma 'meta comunicação social', ampliando a consciência narrativa que a mídia tem de si mesma.
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principais by Marcelo M B G Bolshaw
sérvio contemporâneo Gradimir Smudja1, é uma duplicação
ampliada da obra As Meninas (1656) do pintor espanhol Diego Velázquez.
O quadro original espelha questões sobre a realidade e a ilusão,
entre o observador, os personagens representados e já foi objeto de
várias reflexões filosóficas (Foucault, Quinet, Lacan e Duek Marques).
E essa duplicação contemporânea da imagem de Velázquez por
Smudja, assimila e responde a essas reflexões filosóficas indo mais
adiante, sem se utilizar da palavra, deslocando o local do observador e
ampliando o horizonte das interpretações.
Senão, vejamos...
hermenêutica by Marcelo M B G Bolshaw
sérvio contemporâneo Gradimir Smudja1, é uma duplicação
ampliada da obra As Meninas (1656) do pintor espanhol Diego Velázquez.
O quadro original espelha questões sobre a realidade e a ilusão,
entre o observador, os personagens representados e já foi objeto de
várias reflexões filosóficas (Foucault, Quinet, Lacan e Duek Marques).
E essa duplicação contemporânea da imagem de Velázquez por
Smudja, assimila e responde a essas reflexões filosóficas indo mais
adiante, sem se utilizar da palavra, deslocando o local do observador e
ampliando o horizonte das interpretações.
Senão, vejamos...
Palavras-chave: Comunicação midiática1; história em quadrinhos2; teoria narrativa3;
Abstract: This text studies two well-known comic book superheroes: the Silver Surfer and the Daredevil, of Marvel Comics. It uses the narrative analysis of the characters to describe them and compare them with entities of traditional mythologies. The goal is to demonstrate the universality of some of the characteristics of superheroes with human dramas and mythical narratives.
Keywords: Media communication1; Comics2; Narrative Theory3;
Durante a exposição e análise das ideias deste texto-guia, abordando-se também várias questões políticas atuais: a noção de ideologia, a crise da polaridade esquerda-direita, a imagem pública dos governantes, as ideias de risco e simulação, a modernidade e o papel dos meios de comunicação na democracia contemporânea.
Conclue-se que estamos entrando uma nova cultura política, em que o comportamento coletivo da população será fortemente condicionado pelas redes digitais, em prejuízo das organizações políticas tradicionais e da representação política institucional.
O lúdico existe antes do outro, antes da história/escrita, não é exclusivamente humano. Está na base pré-verbal da atividade cognitiva. Os jogos aqui eram ritualizações das narrativas, memória e atualização das crenças arcaicas.
Com a escrita e a história, há uma domesticação do brincar pela necessidade de atenção contínua, surgem as regras e os jogos. O lúdico passa a ser mais competitivo e se configura como uma estratégia de poder. Os jogos passam a sublimar conflitos e se tornam jogos de poder.
Então se, por um lado, o jogo foi sendo progressivamente domesticado pelo poder e suas narrativas; por outro, o lúdico permaneceu parcialmente selvagem (a incerteza lúdica) e absorveu a estrutura linguística e cultural que o enquadrava. E agora, na pós-história? O lúdico se tornou 'gamificação'? A gamificação das práticas sociais ameaça a democracia como método de decisão coletiva?
Cascudo é um conservador, foi monarquista, integralista e um historiador que sempre deu ênfase à colonização e às oligarquias rurais. Seu trabalho com contador de histórias e folclorista, com o qual convivo desde pequeno, tornou-se ‘velho’ e ‘sem graça’ durante a adolescência. E eu, um carioca que havia me tornado natalense, gostava mais das coisas modernas. Também conheci, como pesquisador de comunicação, seu trabalho como jornalista, a coluna Acta Diurna, em que Cascudo ganhava um dinheiro divulgando aniversários e casamentos das elites locais. Por tudo isso, eu “não gostava” de Cascudo.
Mas, pelos caminhos irônicos do destino, eis me aqui escrevendo por aforismos sobre os mesmos temas e recontando histórias clássicas e universais através da mediação do olhar local.
O primeiro texto, Fragmentos de Memória, é uma compilação de vários outros, colocados em uma perspectiva histórica. O percurso teórico tenta descrever o Brasil do ponto de vista de suas principais instituições, da família patriarcal da colônia ao presidencialismo de coalização, posto como uma forma de resistência das elites dominantes à distribuição de renda e ao modelo de organização através de redes da sociedade da informação.
O segundo texto, Um espelho sem reflexo? é sobre a cidade de Natal; e a terceira e última parte do livro é formado por histórias, notas étnicas e antropológicas e até algumas poesias. O critério, além do olhar local do universal, foi também dos temas essenciais do que tenho a dizer. Essa é, aliás, a mais preciosa das semelhanças que penso guardar com o historiador da cidade de Natal.
Gostaria ainda de agradecer a oportunidade de reconhecer o papel formador, não apenas do pensamento de Cascudo em meu trabalho, mas também da cidade de Natal na minha vida. E de agradecer também por poder oferece-lo ao meu filho Krishna, quinta geração dos Bolshaw’s natalenses.
O texto Cultura como dupla mediação social enumera diferentes noções de cultura para construir um quadro teórico de referência para as teorias de comunicação do século passado. Identidade mestiça produz perguntas a respeito da cultura brasileira, através dos seus principais pensadores. Arqueologia Política é um texto sobre as várias texturas teóricas da política: teoria política, filosofia política, ciência política, economia política, sociologia política, antropologia política e, finalmente, comunicação política. Já os textos Teoria dos Jogos a contrapelo e A dádiva e a dívida são ensaios e desenvolvem, de forma mais geral, uma reflexão crítica sobre as origens/possibilidades do conflito político no campo grupal e sua mediação através de jogos. Michel Foucault – um resumo; Bourdieu e a segmentação interativa da mídia; A ontologia social de Giddens e A rede de Castells e o sistema de Luhmann são fichamentos para introduzir os leitores a esses autores, muitas vezes acessíveis através de links diretos dos livros citados.
Resta ainda agradecer a todos aqueles que contribuíram com essa oportunidade de apresentar minhas ideias – principalmente aos alunos que durante todos esses anos estudaram e contribuíram com esses textos.
Obrigado a todos!
Marcelo Bolshaw Gomes
SOUZA, Jessé de. A modernização seletiva: uma reinterpretação do dilema brasileiro. Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 2000. 276 páginas.
discursos narrativos em contextos histórico-culturais distintos, com destaque para o percurso de midiatização e de transmidiatização, relativizando a relação entre autor-obra-leitor, sob a luz dos estudos culturais de John B. Thompson, das mediações de Jesús Martín-
Barbero, da narratividade de Umberto Eco, do conceito da Jornada do Herói de Joseph Campbell e Christopher Vogler e os estudos sobre as narrativas transmídia de Henry Jenkins e Carlos A. Solari.