- Gerente Editorial do Instituto Quero Saber. Aluno regular do Doutorado em Filosofia do PPGFil UNIOESTE (Bolsista CAPE... moreGerente Editorial do Instituto Quero Saber. Aluno regular do Doutorado em Filosofia do PPGFil UNIOESTE (Bolsista CAPES). Mestre e Licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Desenvolve pesquisa nas áreas de Filosofia, Teoria Literária e Teatro com enfoque em William Shakespeare. Escreve e publica, sobretudo, nas áreas da Filosofia Política e da Ética. Membro dos grupos de pesquisa Ética e Política. Crisis e Quiasma: filosofia, ciência e arte, credenciados ao CNPq.edit
Versa-se sobre a desintegração de Macbeth como consequência direta de seu rompimento com a ordem política. Guiado por sua ambição, o protagonista trágico, mata seu rei para usurpar o trono, mas sucumbe justamente ao fazer o que julgou que... more
Versa-se sobre a desintegração de Macbeth como consequência direta de seu rompimento com a ordem política. Guiado por sua ambição, o protagonista trágico, mata seu rei para usurpar o trono, mas sucumbe justamente ao fazer o que julgou que o elevaria. Macbeth sabia e havia imaginado o horror de seu crime, mas isso não foi o suficiente para prepará-lo para o verdadeiro horror de ver o sangue de Duncan em suas mãos. Expõem-se, primeiro, o quadro dramático sanguinolento de Macbeth, no qual a ambiguidade e a inversão de valores estão presentes tanto no interior do protagonista trágico como em toda a peça. Analisa-se, na sequência, a escolha de Macbeth entre dois modelos ético-morais, ou ele é o bravo general, que com coragem luta em favor de seu rei, ou é o traidor ambicioso que quer usurpar o trono, e para isso precisa cometer um regicídio. Por fim, contrapõe-se o modelo de bom governo sugerido por Malcolm ao governo de Macbeth. Após seu crime, ele não vê outra saída a não ser iniciar um governo tirano: manter-se no poder por meio da força, opressão e eliminação de qualquer um que represente perigo. O governo tirano de Macbeth é resultado direto de seu processo desintegração da sua "condição de homem" e da confluência de sua natureza belicosa com o poder absoluto que julga possuir. Conclui-se que, desde o início da trama, Macbeth tinha em mente o crime contra Duncan, mas o protagonista trágico não tinha em mente a força do mal, o tamanho de sua ambição pelo poder, a medida de sua espontaneidade para romper com a ordem política.
A presente pesquisa versa sobre a visão de Shakespeare sobre o homem como ser político a partir da peça Hamlet. Investiga-se os impulsos políticos dos personagens ao cumprirem ou descobrirem a lei natural, a desejarem ou perturbarem a... more
A presente pesquisa versa sobre a visão de Shakespeare sobre o homem como ser político a partir da peça Hamlet. Investiga-se os impulsos políticos dos personagens ao cumprirem ou descobrirem a lei natural, a desejarem ou perturbarem a ordem e a harmonia da social da comunidade em que estão inseridos. Para tanto, analisa-se a estrutura e as funções dramáticas da peça e dos personagens de Hamlet. Inicia-se inserindo o leitor no contexto corrupto e podre da peça e, em seguida, expõe-se o método utilizado pelo protagonista da peça para identificar e atacar a origem da podridão e a corrupção que assolam a Dinamarca e as medidas que toma contra o principal responsável pela degeneração da Dinamarca-o fraticida e regicida Claudio. Conclui-se que, em Hamlet, o ser humano é apresentado como um ser político, dotado de liberdade e que, a partir disto, se constrói por meio de suas escolhas e ações.
Versa-se na presente pesquisa sobre a concepção de Spinoza acerca do papel dos afetos na política. A problemática posta em análise é a expressão política da massa e da multidão; no primeiro caso, os indivíduos que a compõem são guiados... more
Versa-se na presente pesquisa sobre a concepção de Spinoza acerca do papel dos afetos na política. A problemática posta em análise é a expressão política da massa e da multidão; no primeiro caso, os indivíduos que a compõem são guiados somente pelos afetos, já os indivíduos que constituem a multidão empregam a razão como um meio de conhecer as causas dos afetos e, assim, evitam os que podem levar a perda de potência (conatus), principio elementar para conservação da própria existência individual, da existência da multidão e, ainda, para agir politicamente. Inicia-se a pesquisa com uma exposição da natureza particular dos indivíduos; na sequência, coloca-se em foco a expressão política da massa e da multidão e, por fim, mostra-se a relação da multidão com o Estado Civil, segundo o concebia Spinoza. Como saldo, evidencia-se que os afetos não estão acima ou abaixo da razão, mas, antes, a razão e os afetos devem ser complementares para que o ordenamento político intensifique as potencialidades indivíduas.
Versa-se sobre o agenciamento de criadores de pensamento realizado por Deleuze como elemento fundamental de sua filosofia. Coloca-se em foco o processo de minoração da tragédia Ricardo III, de Shakespeare, realizado por Bene via a... more
Versa-se sobre o agenciamento de criadores de pensamento realizado por Deleuze como elemento fundamental de sua filosofia. Coloca-se em foco o processo de minoração da tragédia Ricardo III, de Shakespeare, realizado por Bene via a composição de uma nova peça. Intenta-se evidenciar o caminho percorrido por Bene à luz da perspectiva deleuziana. Para tanto, apresenta-se a importância de se agenciar pensamentos entre a filosofia e outras áreas do conhecimento; realiza-se uma breve análise do núcleo dramático da tragédia shakespeariana; e estuda-se Ricardo III o de Bene e o ensaio de Deleuze, Um manifesto de menos. Como resultado, salienta-se que o processo de agenciamento se trata de um potente método de criação de conceitos.
A presente pesquisa tem a finalidade de apresentar os métodos epistemológicos de dois grandes nomes do desenvolvimento da ciência moderna, são eles: Francis Bacon (1561-1626) e René Descartes (1596-1650). O primeiro é considerado inventor... more
A presente pesquisa tem a finalidade de apresentar os métodos epistemológicos de dois grandes nomes do desenvolvimento da ciência moderna, são eles: Francis Bacon (1561-1626) e René Descartes (1596-1650). O primeiro é considerado inventor do método experimental e fundador da ciência moderna, suas obras se caracterizam pela predominância da noção de que a ciência e a filosofia tinham a finalidade de dar ao homem o domínio da realidade. O segundo é responsável por aprimorar o método da dúvida que é por ele levado às últimas consequências seguindo um caminho rigoroso em busca de verdades que possam sustentar o desenvolvimento científico. O escopo de nosso texto, portanto, será centrado nas obras Novum Organum, do filósofo inglês, e nas Meditações, do filósofo francês. Bacon, em o Novum Organum, põe em evidência o aspecto limitado da ciência de sua época. Descartes, por sua vez, nas Meditações, relata a incerteza acerca dos princípios que sustentavam a ciência vigente em seu período. Nesse sentido, ambos se debruçam sobre a questão principal da modernidade: como conhecemos? Respondendo a tal questão, os filósofos em voga em nossa análise desenvolveram, cada um a seu modo, métodos pelos quais a investigação científica deve proceder.
Este artigo se ocupa do encontro entre o cinema e a filosofia. Apresenta a dinâmica do movimento dialético de montagem cinematográfica pensado e utilizado por Eisenstein em suas produções, as quais foram desenvolvidas a partir das... more
Este artigo se ocupa do encontro entre o cinema e a filosofia. Apresenta a dinâmica do movimento dialético de montagem cinematográfica pensado e utilizado por Eisenstein em suas produções, as quais foram desenvolvidas a partir das experiências com o teatro; mostra que elas carregam em sua base o conflito, princípio essencial ao movimento dialético de contraposição entre o princípio orgânico e natural do ser e o princípio de produção, originando, sinteticamente, o dinamismo do cinema. Em seguida, o artigo apresenta a interpretação que Deleuze faz deste movimento eisensteiniano; mostra como o filósofo associa o processo de montagem de Eisenstein ao processo de pensamento, na medida em que, por meio da dinâmica dialética, que é força motriz para a ação da massa sobre o mundo, provoca choque ao pensamento, o noochoque, forçando o espectador a se perceber como massa.
Analisam-se os temas centrais nas Confissões de Santo Agostinho, a saber: tempo e eternidade, Creatio ex nihilo, liberdade e graça, bem e mal, por serem os temas principais no ponto de vista filosófico de Agostinho. De fato, quando se... more
Analisam-se os temas centrais nas Confissões de Santo Agostinho, a saber: tempo e eternidade, Creatio ex nihilo, liberdade e graça, bem e mal, por serem os temas principais no ponto de vista filosófico de Agostinho. De fato, quando se indaga (presente) sobre algo relacionado ao tempo, o pensamento leva aos acontecimentos que se presenciou (passado) e tem-se a impressão de que algo vai acontecer (futuro), mas não se sabe exatamente quando o tempo iniciou e se vai acabar. Agostinho apresenta o conceito de tempo, bem como se o tempo é eterno com base nas versões bíblicas, para ele existiu um início e haverá um fim, pois, a eternidade é apenas atributo de Deus. A liberdade e a Graça são presentes de Deus dados ao Homem; através da liberdade o Homem age como sujeito do seu arbítrio, portanto, responsável; através da Graça o Homem tem a "força" espiritual para agir. Por fim, o problema do mal, ou seja, a diferença entre o bem e o mal, quando questionou a existência do mal, afirmando que, na verdade, seria a ausência do bem, insinuando que se tudo foi criado por Deus, foi criado de forma perfeita, ou seja, apenas o bem foi criado, sendo o mal produto da liberdade que leva o Homem a pecar, ou seja, o mal é o próprio pecado.
Passados 400 anos da morte de Shakespeare, ainda temos muitas lacunas a preencher sobre o mais importante autor do período elisabetano. Suas obras sempre se revelam como mananciais e as leituras e interpretações que podemos fazer a partir... more
Passados 400 anos da morte de Shakespeare, ainda temos muitas lacunas a preencher sobre o mais importante autor do período elisabetano. Suas obras sempre se revelam como mananciais e as leituras e interpretações que podemos fazer a partir delas são inesgotáveis. Surge então a questão: quem é o autor por trás de toda essa riqueza No presente artigo, abordamos os três pilares formativos do jovem William: sua família, sua educação na Grammar School e o teor político contido nas homilias dominicais de seu tempo. Posteriormente, relacionamos esses pilares com quatro de suas peças, as grandes tragédias: Hamlet, Macbeth, Otelo e Rei Lear. O tema proposto será abordado a partir de obras da maior especialista brasileira em Shakespeare, a professora e crítica de teatro, Bárbara Heliodora; um dos mais expressivos professores de Yale e atualmente um dos grandes especialistas em Shakespeare, Harold Bloom; e ainda, o professor e tradutor, Pedro Süssekind. Como resultado, apresentaremos que, mesmo sendo dotado de uma grande genialidade e sua curiosidade não tenha limites, muito do sucesso do bardo é devido a sua época e as influências que recebeu.