Fernanda Henriques

Page 1. RPF I 61 * 2005 Paul Ricoeur leitor e herdeiro de Kant Fernanda Henriques* Resumo: O presente artigo pretende dar sentido à afirmagào feita, mais do que urna vez, por Paul Ricoeur, de que a sua filosofìa poderia ser vista corno um kantismo pós-hege-liano. ...

This book for the first time brings together considerations upon the feminine in relation to Paul Ricoeur's thinking. With contributions by: Morny Joy, Alison Scott-Bauman, Damien Tissot, Pamela Sue Anderson, Scott Davidson and Maria del Guadalupe Davidson, Annlaug Bjorsnos, Marjolaine Deschenes, Annemie Halsema, Goncalo Marcelo, Stephanie Arel, Fernanda Henriques and Teresa Toldy.

"Sem resumo feito pelo autor"; Em torno da pergunta Como começar? - Na concepção deste trabalho, pensado em termos de espelhamento, esta primeira parte diz respeito, realmente, a um momento de contextualização, em que se procura construir um espécie de subsolo teórico e temático onde possam vir a enraizar-se as diferentes linhas que constituirão o desenvolvimento global da investigação, nomeadamente, as da segunda parte, de tratamento sistemático da problemática em causa – a articulação da filosofia e da literatura no pensamento hermenêutico de Paul Ricoeur. Essa tarefa de contextualização poderia configurar-se de diferentes maneiras, nomeadamente, a de constituir uma entrada através da análise da própria matéria convocada, da relação da filosofia com a literatura, quer do ponto de vista temático, quer do ponto de vista histórico. Contudo, uma vez que o horizonte deste trabalho resulta da convergência de um tema com um autor e quer surpreender o entretecer do tema na prática filosófica do autor, optou-se por dar corpo ao seu momento contextuai, pela mediação das linhas dinâmicas do pensamento de Ricoeur, na tessitura do seu processo de pensar. Em si mesmo, este momento foi concebido como uma espécie de desafio de coerência ao pensamento ricoeuriano. Na realidade, por um lado, pretendo aqui construir um paradigma de leitura do filósofo Paul Ricoeur, partindo das suas propostas acerca de como se deve ler uma filosofia especifica, singular, nos quadros da história da filosofia, tal como ele as apresenta em HV e nunca desmentiu, e, por outro, partir de uma certa maneira de conceber a questão do começo, igualmente, dentro de uma linha ricoeuriana, tomando-o como um construído, que é simultaneamente, ponto de partida , fonte alimentadora e horizonte de desenvolvimento. Sentido e finalidade de um começo como contexto Tomei a questão do começo como uma estrutura orgânica, onde se pode ouvir o ressoar parmenidiano – "Comum é para mim o ponto por onde começo; por aí hei-de voltar depois"–, entendendo tal declaração como uma possível resposta à pergunta por onde começar?, resposta que, sobretudo, aponta para o facto de todo o começo ser recomeço. Dito de outra maneira, parti do dito de Parménides e interpretei-o como querendo exprimir que começar, não representa apenas o início de um percurso linear, numa só direcção, mas, pelo contrário, evidencia que o acto de começar é sempre recorrente. Por isso, começar é contextualizar e, por essa razão, decidi começar com uma contextualização. Contudo, esta perspectiva também pode ter uma ressonância hegeliana, por admitir que o ponto de partida seja a fonte matricial de sentido, articulando-se, directamente, com o modo como Hegel concebe a teleologia, como finalidade auto-determinada. Esta leitura é importante para abordar o pensamento de Ricoeur, dado que, desde o início, direcciona a reflexão para o solo ontológico. Realmente, pensar o teleológico como finalidade auto-determinada, à maneira de Hegel, afasta, desde logo, a hipótese de conceber o desenvolvimento do sentido como se fosse a projecção de um princípio subjectivo de funcionamento da razão humana, tomada como princípio de inteligibilidade do real. Este ponto de vista, de cariz transcendental, sendo desenhado no quadro da oposição epistemológica, sujeito-objecto, está aliado a uma concepção da compreensão do desenvolvimento da realidade que a avalia do seu exterior. Pelo contrário, a concepção hegeliana corresponde à vontade de encontrar o modo de expressão da organicidade do real na sua própria maneira constitutiva de ser. Diz, sobre isto, Hegel, no Prefácio à Phänomenologie des Geistes: "0 resultado só é o mesmo que o começo porque o começo é fim – ou o efectivo é o mesmo que o seu conceito somente porque o imediato como fim tem nele o si mesmo ou a pura realidade efectiva. 0 fim desenvolvido ou o efectivo que é-aí é o movimento e o devir desenrolado; esta inquietação, porém, é justamente o si mesmo; é igual àquela imediatez e simplicidade do começo porque é o resultado, o regressado em si mesmo; – mas o regressado em si mesmo é precisamente o si mesmo, e o si mesmo é a simplicidade e a igualdade que se refere a si. Seguindo este texto, encontramos que o fim é começo e resultado; portanto, somos, por ele, remetidos para o interior de uma totalidade auto-determinada, cujo fim e cuja intencionalidade correspondem à própria necessidade de se desenvolver. Ou seja, ser e devir ou ser e transformação distinguem-se apenas por dizerem respeito a momentos diferentes do mesmo processo dinâmico da realidade. Assim, o resultado é o começo desenvolvido, pelo que a diferença entre resultado e começo é marcada, simplesmente, pela transformação ocorrida na temporalidade do devir. …

A articulação entre políticas de empowerment e a constituição de uma figura da cidadania que inclua as mulheres no âmbito de uma dinâmica equivalente de deveres e de direitos, no meu entender, supõe uma epistemologia da racionalidade que a possibilite como um recurso de discernimento e intervenção quer no plano teórico restrito, no sentido da constituição de uma produção científica ligada à complexidade da realidade, quer no campo mais alargado da compreensão da vida e do viver, no quadro da definição de novos modos de ser e de habitar que tornem sustentável as interacções humanas e a ocupação do cosmos. Este texto pretende encontrar essa perspectiva através do recurso ao pensamento de Paul Ricoeur e de María Zambrano

A articulação entre políticas de empowerment e a constituição de uma figura da cidadania que inclua as mulheres no âmbito de uma dinâmica equivalente de deveres e de direitos, no meu entender, supõe uma epistemologia da racionalidade que a possibilite como um recurso de discernimento e intervenção quer no plano teórico restrito, no sentido da constituição de uma produção científica ligada à complexidade da realidade, quer no campo mais alargado da compreensão da vida e do viver, no quadro da definição de novos modos de ser e de habitar que tornem sustentável as interacções humanas e a ocupação do cosmos. Este texto pretende encontrar essa perspectiva através do recurso ao pensamento de Paul Ricoeur e de María Zambrano

Dans le contexte de « l'esprit du temps », nous pouvons dire que de même que la Révolution Française a créé le champ épistémologique et juridique permettant la pensée des Droit et de leur revendication, la second moitié du XXème siècle a établi la structure théorique permettant la reconnaissance du droit des Femmes à être des sujet du discours.

The twentieth century was deeply influenced by theoretical-practical and reflective developments in philosophical hermeneutics. It introduced a large range of problems, content and perspectives, on a vast referential and implicational (inter-)disciplinary scale, to enter into the real orbit of a philosophical koinè, not for a decennary or few decennaries (Vattimo), but for a century and more. It expressed the productivity, significance and heuristic strength of research and thought that hit different scientific domains, particularly (but not exclusively) the human and social sciences: from psychology to sociology, from psychoanalysis to literature, from semiotic to biblical exegesis, from anthropology to linguistics, from rhetoric to narratology, from history to law and from political theory to religion. This is an itinerary as vast and fecund as non-linear and problematic and even conflictual. For a long time, hermeneutics has been recognised as a technical and philosophical discip...

O texto incide sobre o pensamento de Elisabeth Schüssler Fiorenza e o seu caráter inovador e transformador, querendo mostrar a profunda ruptura no espaço das teologias contemporâneas que a sua obra representa. Nesse sentido, explorará alguns dos caminhos abertos pelo pensamento de Fiorenza, dando particular atenção (1) às questões da importância da construção de uma memória crítica para o processo de libertação da imagem das mulheres e do feminino, no campo do cristianismo, (2) ao papel decisivo da linguagem nesse processo de libertação e (3) aos traços fundamentais da sua proposta de salvaguardar a igualdade entre mulheres e homens no seio da religião.

A equipa que concebeu este Guião partilha a crença na função profundamente emancipadora de um conhecimento sobre a humanidade que seja igualmente representativo de mulheres e de homens, bem como das relações sociais que foram sendo (re)construídas entre si, pois tal conhecimento facilitará o desenvolvimento de uma atitude crítica em raparigas e rapazes face aos condicionalismos ditados pelos preconceitos e costumes sexistas, permitindo-lhes ter uma maior liberdade de escolha nos seus percursos académicos e profissionais e nos seus projetos de vida.

Ce texte veut trouver un principe hermeneutique qui donne acces a une lecture unitaire de l'oeuvre de Ricoeur. C'est dans ce contexte que l'on avance la these selon laquelle la philosophie ricoeurienne doit etre interpretee comme un cas a l'interieur de la pensee critique d'heritage kantien, comme une philosophie des limites de la raison, non pas dans le sens d'investigation des conditions de possibilite de la connaissance objective, mais parce que cette philosophie peut etre lue comme une recherche systematique en vue de trouver les conditions dans lesquelles le penser, le discours, peut, en un savoir constitue, dire l'existence. On s'occupera donc du sens « critique » de Le volontaire et l'involontaire qui, comme premiere oeuvre du projet de la Philosophie de la Volonte, assigne a celle-ci ses conditions de possibilite en proposant les principes theoriques qui fondent la constitution d'un discours unitaire a propos de l'humain en tant qu...

Que pode uma reflexao filosofica fazer ao tema as Mulheres e a guerra? A que meandros discursivos obriga uma tal reflexao? Que horizontes devem ser convocados? Os gerais, sobre as guerras? Os particulares e empiricos sobre esta ou aquela guerra? Os temporais? E a ser assim, dentro de que quadro? Por exemplo, se se tomar em linha de conta as guerras a partir do seculo XX, podera haver a mesma abordagem reflexiva a guerra de 14/18 e as guerras da decada de 1990, como e o caso da ex-Jugoslavia, ou as novissimas guerras, do seculo XXI? Por outro lado, que quadro epistemologico pode ser convocado dentro dos campos, ja muito latos, que hoje abordam a questao das Mulheres e da guerra? Estas e outras interrogacoes levaram-me a considerar importante definir alguns pontos que esclarecessem quer o lugar de analise do presente texto, quer o consequente no problematico que ele engendra

Ce texte cherch e à comprendre les rapports entre la philosophie et la poésie dans la pensée de Maria Zambrano. De ce fait, il exploitera le concept de raison poétique comme une façon d'essayer une expression de la réalité qui soit à la fois écoute et parole, ou bien ouverture et réponse. Pour María Zambrano la poésie sait comment y réussir et, à son avis, la philosophie le pourra aussi réaliser, si elle renonce à un discours autarcique et tout à fait éthique. Ainsi elle l'a essayé en choisissant la penumbra tocada de alegría.

Ce travail cherche, d’une part, à légitimer théoriquement l ’articulation entre Philosophie et Littérature, moyennant la compréhension du sens du rapport philosophie-non philosophie chez Paul Ricoeur; d'autre part, il cherche à montrer la fécondité de ce rapport, dans un mode de transmission de la Philosophie qui ait en considération la nature épistémologique de cette discipline et qui, donc, configure cette transmission comme le développement d’un dialogue entre libertés. En ce qui concerne la légitimation théorique, elle mettra au centre de la reflexion la signification du thème du langage chez Ricoeur, et aussi la portée philosophique de ses essais, de développer un dialogue de tous les champs théoriques, qui se disent dans le langage, y compris la littérature. Le but sera de montrer que la liaison philosophie-littérature peut-être apportera-t-elle une richesse à la réflexion philosophique elle-même, et aussi à sa transmission.

... Helena ARAUJU. "0 masculino, o faminino ea esuola damocratica”. in Hacia una pedagagia de la iguafdai Salamanca, A'maru Ediciones. pp. 2140. H999]. Manuela SILVA, A iguafdade de gérrara. Caminhos e Aralhos para uma Sociedada Inclusiva, Lishoa, CIDM. H999]. ...

Page 1. A significayao "critica" de Le volontaire et L'involontaire "em nos algo de Kant venceu Hegel, porque somos tdo radicalmente pos-hegelianos como somos pos-kantianos. Do men ponto de vista, v esta permuta e esta ...

O texto segue a reflexão ricoeuriana sobre a verdade para a entroncar com a questão da alteridade, da abertura total ao outro na sua diferença, mostrando que pode ser uma chave hermenêutica para compreender a essência do modo de pensar e da produção textual ricoeuriana. Embora, enquanto humanos, estejamos condenados ao reino da palavra, essa condenação não representa um castigo, mas sim um privilégio - o privilégio de podermos constituir um falar comum.

This paper explores the thought of Paul Ricœur from a feminist point of view. My goal is to show that it is necessary to narrate differently the history of our culture – in particular, the history of philosophy – in order for wommen to attain a self-representation that is equal to that of men. I seek to show that Ricoeur’s philosophy – especially his approach to the topics of memory and history, on the one hand, and the human capacity for initiative, on the other hand– can support the idea that it is possible and legitimate to tell our history otherwise by envisioning a more accurate truth about ourselves. 

This paper aims to show how Paul Ricoeur's hermeneutics, namely in the specificity of the Conflict of interpretations category, is a fruitful resource in the constitution of Women's Studies as well as to legitimize the need for its full integration in the canons of humanistic knowledge. In general, they continue to ignore the immense body of knowledge and perspectives that Women's Studies have produced in recent decades. In this sense, it begins by presenting the general features of the hermeneutic problematic and the theme of Conflict of Interpretations, and then showing its proven contribution to the development of Women's Studies and defending its possible contribution to enhancing their integration into canons.

Tal como o título indica, este texto é constituído por algumas notas reflexivas em torno da posição de Paul Ricoeur sobre Ser e Tempo. Não se trata de fazer uma análise sistemática da posição do autor no conjunto da sua obra, nem sequer, tão pouco, de fazer uma revisão de literatura sobre o tema da relação de Heidegger e Ricoeur. Trata-se, apenas, de acompanhar a apreciação de Ricoeur a Ser e Tempo, no âmbito das suas lições de Louvaina de 1971/72, apreciação que vai marcar o papel que Heidegger desempenhará na conceção hermenêutica de Ricoeur.

O presente texto explora os temas riceurianos da memória, história e identidade, para desenvolver a ideia da necessidade de se construir uma memória crítica sobre a nossa tradição filosófica e cultural de modo a dar visibilidade aos textos das mulheres e dos homens que, ao longo do tempo, procuraram romper com o pensamento sexista dominante. Construir uma memória crítica, nessa medida, é procurar estabelecer uma justiça epistémica.

O texto incide sobre o pensamento de Elisabeth Schüssler Fiorenza e o seu caráter inovador e transformador, querendo mostrar a profunda ruptura no espaço das teologias contemporâneas que a sua obra representa. Nesse sentido, explorará alguns dos caminhos abertos pelo pensamento de Fiorenza, dando particular atenção (1) às questões da importância da construção de uma memória crítica para o processo de libertação da imagem das mulheres e do feminino, no campo do cristianismo, (2) ao papel decisivo da linguagem nesse processo de libertação e (3) aos traços fundamentais da sua proposta de salvaguardar a igualdade entre mulheres e homens no seio da religião. Palavras-chave: Teologia feminista crítica da libertação. Hermenêutica da suspeita. Memória crítica. Discipulado de iguais.

RESUMO: O presente texto vai abordar a questão da identidade narrativa de Paul Ricoeur, no sentido de mostrar que ela concretiza a ideia de vulnerabilidade própria do pensamento ricoeuriano e que a sua relação constitutiva com a ficção literária é uma das expressões dessa vulnerabilidade. PALAVRAS-CHAVE: Identidade narrativa. Vulnerabilidade. Cogito ferido, temporalidade. ABSTRACT: This paper will address the issue of narrative identity of Paul Ricoeur, to show that it embodies the idea of vulnerability proper of Ricouer thinking and that its constitutive relationship with the literary fiction is one of the expressions of this vulnerability.

O título deste texto, ao articular Cuidado e Justiça no quadro de referência de tais noções funcionarem como ideias reguladoras da vida ética, inscreve-se na herança kantiana de um certo conceito de racionalidade que configura a razão humana, simultaneamente, como um poder e uma limitação, clarificando que o exercício legítimo desse poder da razão só é efectivamente exercido se se tiver em atenção os seus limites. A própria designação “ideias reguladoras” radica em Kant, representando um dos resultados da crítica da racionalidade que aquele autor levou a cabo, pondo em evidência que a razão humana é vocação e dinâmica de unidade, mas nunca poderá aceder a uma unificação total. Ou seja, ela tem capacidade para produzir ideias – estruturas de unificação -, mas essas ideias apenas podem funcionar como motor do processo de unificação racional e horizonte último do seu exercício.  Dito de outra maneira, a herança kantiana da crítica mostra que o trabalho da racionalidade deve ser conduzido segundo o ideal unificador da Razão, mas deve, ao mesmo tempo, ter consciência que esse ideal é exactamente isso, um ideal, ou seja, um horizonte regulador de um processo de estruturação que, contudo, tem de assumir-se sempre como inacabado, para não cair na ilusão transcendental de tomar as ideias da razão como objectos de uma experiência possível. No quadro desta herança, o presente texto procurará mostrar que a vida ética cobrará um sentido mais adequado à complexidade da vida e do viver humano se se deixar dinamizar, simultaneamente, pela ideia de justiça e pela ideia de cuidado, ultrapassando toda a tentação de visões absolutas e alternativas, quer elas sejam apoiadas pelo pólo da justiça, quer pelo do cuidado.

Kant é um autor insólito no âmbito da questão do lugar das mulheres na sua filosofia, porque usa o universal para apresentar os seus princípios e teorias, mas também trata, explicitamente, da diferença entre os sexos. O insólito em Kant não é o uso do universal, como neutro, dado que isso é a grande regra da tradição filosófica ocidental, mas sim o facto de ter consciência de que as mulheres não estavam englobadas nesse universal e de o querer tornar patente.
Neste contexto, abordar a questão das mulheres em Kant, deverá ser feita, (1) atendendo ao modo como ele analisa a questão do feminino de modo sistemático e, (2) trabalhando as consequências ou implicações da perspetiva por ele configurada. Os dois textos fundamentais em que Kant configura o seu pensamento sobre o sexo feminino são Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime, de 1764 e a Antropologia do Ponto de Vista Pragmático. É sobre eles que assenta fundamentalmente esta análise.

Esta publicação reúne textos de especialistas do pensamento de Paul Ricoeur de diferentes países. A obra que trata a obra de Ricoeur na amplitude da sua imensa diversidade, contém 4 textos  de autores franceses e belgas ( Françoise Dastur, Olivier Feron,  JÉrôme Porée e Daniel Giovananngeli) e 2 autor de língua castellana (A.Federico Leythe e Marcelino Agis Villaverde)

Tal como o título indica, esta publicação analisa a questão da relação da filosofia e da literatura no pensamento de Paul Ricoeur, através de um percurso que acompanha a obra do autor desde  Le Volontaire et l'involontaire,  procurando refletir sobre o modo como Ricoeur se foi cruzando com o tema da literatura, o foi integrando na sua reflexão filosófica  e como o tematizou enquanto inovação semântica.

O presente livro está dividido em duas partes. Na primeira justifica-se a importância e a possibilidade de procurar raízes na nossa tradição de posições sobre as questões das Mulheres. Na segunda, ensaiam-se propostas de leitura dessa tradição  com uma perspetiva feminista.