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Esta pesquisa analisa, do ponto de vista etnográfico, os visitantes da Pinacoteca do Estado, em São Paulo. Embora seja o museu de arte mais antigo da cidade, a Pinacoteca se encontra, junto a outras instituições culturais da região da... more
Esta pesquisa analisa, do ponto de vista etnográfico, os visitantes da Pinacoteca do Estado, em São Paulo. Embora seja o museu de arte mais antigo da cidade, a Pinacoteca se encontra, junto a outras instituições culturais da região da Luz, no meio de processos de revitalização por meio da cultura. Tais processos fazem parte de fenômenos urbanos globais que vêm redefinindo o papel dos museus no contexto urbano e relacionando-os com processos econômicos mais abrangentes. No entanto, a presente pesquisa busca um afastamento das análises que entendem os museus como parte de uma cultura de consumo e vê seus frequentadores apenas como consumidores. Contudo, não se propõe aqui uma antropologia do consumo, que – em que pese a notável superação de uma abordagem moral do tema – se baseia numa ruptura entre sujeito e objeto e compreende as relações materiais apenas como formas de representação de classificações e divisões culturais mais profundas de grupos sociais. Tenta-se, na verdade, compreender o comportamento dos visitantes da Pinacoteca em suas formas de sociabilidade, bem como a relação desses visitantes com os objetos de arte tendo como base uma perspectiva antropológica da arte e da cultura material. Tal perspectiva permite conceber as obras de arte como pessoas, o que dinamiza e complexifica as relações com objetos materiais. Assim, analisa-se, situacionalmente, as relações dos visitantes da Pinacoteca de modo que, por meio das obras de arte e dos laços de sociabilidade, as interações sociais possam ser ampliadas e, em vez de ocasião para distinção simbólica e social, a visita possa ser entendida como oportunidade de construção pessoal.
Muitas análises entendem os museus como par-te de uma cultura de consumo e veem seus frequentadores apenas como consumidores. O presente artigo busca um afastamento de tais estudos ao tentar compreender o comportamento dos visitantes da... more
Muitas análises entendem os museus como par-te de uma cultura de consumo e veem seus frequentadores apenas como consumidores. O presente artigo busca um afastamento de tais estudos ao tentar compreender o comportamento dos visitantes da Pinacoteca de São Paulo em suas formas de sociabilidade, bem como sua relação com os objetos de arte tendo como base uma perspectiva antropológica da arte e da cultura material. Assim, analisa-se, situacionalmente, as relações dos visitantes de modo que, por meio das obras de arte e dos laços de sociabilidade, as interações sociais possam ser ampliadas e, em vez de ocasião para distinção simbólica e social, a visita possa ser entendida como oportunidade de construção pessoal.
Research Interests:
FASSON, K.; Talhari, J. . Entrevista com Ana Claudia Marques. Primeiros Estudos - Revista de Graduação em Ciências Sociais, v. 1, p. 193-213, 2011.
Este artigo é resultado de pesquisas etnográficas que partiram da análise do consumo cultural em instituições culturais na Luz, em São Paulo, com a finalidade de apreender usos, representações e possíveis interações entre o público das... more
Este artigo é resultado de pesquisas etnográficas que partiram da análise do consumo cultural em instituições culturais na Luz, em São Paulo, com a finalidade de apreender usos, representações e possíveis interações entre o público das instituições com o entorno e com a população local. Tendo como base observações de campo e entrevistas realizadas na Sala São Paulo, na Pinacoteca do Estado e também no Parque da Luz, foi possível conhecer usos que os frequentadores fazem da região. A partir de tal conhecimento, concepções apriorísticas que muitas vezes tendem a caracterizar a Luz ou como um bairro cultural ou como uma região degradada, marcada pela presença da cracolândia e alvo, a partir de 2005, do Projeto Nova Luz, puderam ser repensadas.
Entrevista concedida em agosto de 2013 quando da passagem de Sharon Zukin por São Paulo para participar da conferência internacional “Patrimônio cultural: memória e intervenções urbanas” (FAU-USP). Zukin aborda o contexto nova-iorquino... more
Entrevista concedida em agosto de 2013 quando da passagem de Sharon Zukin por São Paulo para participar da conferência internacional “Patrimônio cultural: memória e intervenções urbanas” (FAU-USP). Zukin aborda o contexto nova-iorquino com ênfase em seu livro mais recente, Naked city (2010), em que lança um olhar atento às decorrências de vastas intervenções de reurbanização, analisa os meandros do tema da autenticidade urbana e aprofunda uma visão crítica sobre a influência de Jane Jacobs nos estudos e nas lutas políticas ligadas ao modo de vida urbano nos Estados Unidos. A socióloga também examina as relações dos grandes museus com a cidade e discorre sobre suas recentes pesquisas em Amsterdã e Xangai, em que novas temáticas são incorporadas em suas reflexões.