Geografía Política

O ideário de desenvolvimento da Amazônia encontrou nos grandes projetos minerais um mecanismo capaz de colocar em suspensão toda a complexidade e diversidade territorial regional, em nome de uma geografia mais “racional”. Pensados para uma região historicamente distante das imaginações geográficas que definiram os ideais de nação, para desencadear uma atividade econômica historicamente tratada como de interesse e segurança nacional, a mineração, e por meio de dispositivos políticos, os grandes projetos, que se realizam, via de regra, por processos de suspensão normativa e excepcionalidade jurídica, esses grandes empreendimentos expressam uma racionalidade corporativa de governo do território na Amazônia, que se realiza por práticas subterrâneas que tornam a política uma guerra e a exceção uma regra. É essa geografia de exceção que esse trabalho problematiza, expressando suas condições de emergência e suas lógicas de realização, mas, fundamentalmente, demonstrando as territorialidades em r-existência a ela. Analisando a expressão paradigmática desse processo na Amazônia: a dinâmica de exploração do ferro no corredor Carajás-Itaqui pela empresa Vale S. A., percebemos que a criação de mediações espaciais que garantem o acesso a recursos e terras à empresa, concretiza-se numa esfera de indeterminação política, transformando os espaços necessários à realização do metabolismo social da mineração em territórios administráveis, e os povos e comunidades que os habitam, em riscos a serem geridos e/ou eliminados. Entretanto, a diversidade territorial de Carajás emerge como imperativo político e epistêmico a demonstrar que os caminhos do ferro na Amazônia, também são caminhos indígenas, quilombolas, pescadores, camponeses... Essas distintas territorialidades, não obstante suas dinâmicas de antagonismo à mineração são, antes de tudo, lutas pelo reconhecimento de matrizes de racionalidade distintas, de outros modos de se relacionar com a terra, com a floresta, com os rios, pois que se fazer existir em sua diferença é o desafio maior de quem habita a exceção. Nesses termos, geografias em r-existência afirmam-se denunciando os silêncios históricos da mineração na Amazônia, expressando territorialidades que preenchem de vida e pluralizam os ritmos de um espaço pensado, unicamente, para seguir os tempos financeirizados das commodities.

Abstract: This work has to do with spatial interactions and twin cities at the border between Brazil and Argentina. The focus is on the twin cities of São Borja-Santo Tomé and Itaqui-Alvear that are located in the historical territory of the Jesuit Missions. Due to the geographical position, the cities near the border have special qualities since they are in contact with two different systems. The interactions between the pairs of cities suffer influence from different flows. At the moment, the border’s function is changing. The older function of defense is turning into a newer one of communication place where products pass daily. In this sense, the formation of a regional commercial block (MERCOSUL) had a major role. The subject in question has turned into a matter of the federal government which, through the Ministry of National Integration, attempts to promote a planned integration between Brazil and its neighbors through the twin cities.
Keywords: Spatial interactions; border; twin cities.

The emergence of regional trading blocks in the late twentieth century (as the case of MERCOSUR) has taken a new approach to border regions. In the past border regions were marginalized places (due to geopolitical strategies) far from the national centers. But these places have been acquiring increasingly greater significance in the scenario of regional integration. They are located at the center of new regions formed by the union of neighbor countries. The current process of South American integration and the presence of Tri-Border Area of Brazil, Argentina and Paraguay on the axis of IIRSA guarantees to the region a major role in the Heartland of South America.

Este curso analiza cuales son las dimensiones espaciales del derecho, y cuales las dimensiones jurídicas de los espacios. La intersección entre el derecho y la geografía se aproximará de dos formas. Primero se examinará la relación entre la teoría jurídica y la geografía crítica y política, con sus diversas interdisciplinaridades, mediante lo cual se explicarán algunas relaciones epistemológicas y metodológicas entre el derecho y la geografía.

Este marco teórico servirá entonces para analizar una serie de casos concretos desde una perspectiva jurídico-espacial. Desde la noción de la propiedad (suelo, subsuelo, etc.) y el ordenamiento territorial, pasando por el caso de las disputas por la actualización del catastro, la estratificación de los suelos, la migración y el desplazamiento, las dimensiones geográficas del Acuerdo de La Habana, hasta las dimensiones jurídico-espaciales de la educación jurídica, entre otros temas. De esta forma los participantes en el curso desarrollaran una sensibilidad espacial, aprenderán a utilizar las perspectivas particulares de los análisis jurídico-espaciales, y su aplicación en diversos contextos, así como a formular innovadoras estrategias jurídico-políticas en diferentes situaciones

This article analyzes the actual political-economic scenario of the northern Brazilian Amazonia, it deals specifically with international border between Amapá (Brazil) and French Guiana (France). The objective was to present the integration processes at the international border and discuss the impact of public policies on national defense in the border region.

A Pesquisa: Segurança Pública nas Fronteiras desenvolvida pelo grupo de pesquisa NECVU da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Diagnóstico Socioeconômico e Demográfico da Faixa de Fronteira, realizado pelo grupo de pesquisa Retis, da mesma universidade, fazem parte do empenho empreendido pelo Governo Federal na perspectiva
da Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAFRON), inserida no Plano Estratégico de Fronteiras, instituído pelo Decreto 7.496, de 8 de junho de 2011. Os estudos foram idealizados e financiados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública
do Ministério da Justiça e Cidadania (SENASP/MJ) e tiveram o objetivo de apresentar uma fotografia da fronteira brasileira

Pandemic Geopolitics, Scales of the Crisis and Contentious Scenarios

This article analyzes the geopolitics of the COVID-19 pandemic from three interrelated axes that allow us to observe the responses and recompositions of power and resistances: geopolitical constraints, geopolitical representations and post-pandemic scenarios. In the first case, the antecedents and causes of the pandemic are discussed, based on different spatio-temporal dimensions, framing it within a broader civilizational crisis and ecosystem limits. In the second, a picture of spatial
reorganization is drawn with geopolitical representations that highlight global chaos, the political fragility of regional blocks and the centrality acquired by state action and local initiatives with community and territorial roots. Finally, three post-pandemic contentious scenarios are drawn: that of
“recovery”, based on the logic of business as usual and economic growth; that of “adaptation”, with proposals for capitalist reforms in the face of the climate emergency; and, finally, the paradigm shift towards a new ecosocial matrix, guided by anti-capitalism, and environmental and social justice.

Esta pesquisa tem como objetivo discutir a importância da linguagem fílmica no ensino da Geografia Política, configurando-se como um estudo interdisciplinar, visto a necessidade de se recorrer a interlocução de saberes como a História, a Ciência Política e a Arte. Como metodologia, propõe-se a interpretação de narrativas fílmicas para uso em sala de aula com vistas a desenvolver a criticidade política do aluno mediante a interdisciplinaridade. A película fílmica escolhida para estudo foi O Grande Ditador, com roteiro e direção de Charles Chaplin, uma sátira ao Governo Hitlerista, e instrumento mediador na compreensão da Alemanha Nazista e da II Guerra Mundial. Como resultados apresenta-se uma crítica às ideias e práticas de líderes políticos ditadores, ao mesmo tempo, em que instiga-se a pensar nas consequências dos excessos de poder e da perda de valores humanistas.

Ancient and consolidated geopolitical balances no longer exist on the international scene with a strong acceleration since the early years of the twenty-first century. The number of global players has increased and they are now no longer solely individual states, but also associations and organizations which, in different ways, play a role in the context of the international relations.
In this scenario, however, none of those who act on the global stage appears able to impose, at the different regional scales, their political will. We are facing, therefore, a very fragmented "geopolitical ensamble" since the end of the bipolar balance of the "cold war" between the two great victorious powers of World War II does not seem to have generated, denying any easy prediction, a single superpower.

In political geography of Venezuela and the Cooperative Republic of Guyana are inevitable references to his historical disputes related to the undefined border demarcations. It is a 1 Este articulo forma parte del Proyecto de Investigacion: Estudio comparativo de los espacios fronterizos del oriente y sur de Venezuela, su importancia geo-cultural y productiva para la gestion territorial. Financiado por el Consejo de Desarrollo Cientifico, Humanistico, Tecnologico y Artistico (CDCHTA) de la Universidad de Los Andes Venezuela. Codigo NUTA-H-387-15-09-B. 2 Profesor Titular e investigador de la Universidad de Los Andes – Venezuela. Doctor en Geografia e Historia, Programa Geografia Humana: Territorio y Sociedad. Magister en Ciencias politicas CEPSALULA. Universidad Complutense de Madrid. Coordinador del Grupo de Estudio: Cultura y Territorio. mariovalerom@gmail.com Revista de Geopolitica, Natal, v. 7, no 1, p. 112 132, jan./jun. 2016. 113 complex issue because it transcends the Venezuel...

Lançado em 2011, o livro "Geografia histórica do Brasil: capitalismo, território e periferia" foi elaborado pelo geógrafo e cientista social Antonio Carlos Robert Moraes, professor titular do Departamento de Geografia e coordenador do Laboratório de Geografia Política da  Universidade de São Paulo.

The territory of the Brazilian Nation-State historically was founded on the economic slavery system and the socio-spatial exclusion of Africans and their descendants.
In this process, racist ideology and social discrimination became dominant patterns determining access and rights to territory for economic, social, political and cultural production and reproduction. This study has the objective of analyzing the integration of Afro-Brazilians in the Nation-State, appropriation and expropriation of ethnic territories,
geopolitical context, actions of the State and the role of historical territories of slave resistance and religious sanctuaries of Afro-Brazilian cults in this process. The research employed a qualitative approach to secondary sources based on the critical reading of the literature on Brazilian Nation-State formation, racism and prejudice in everyday life during the 19th and 20th Centuries and perspectives concerning collective rights of Afro-
Brazilians today.

Keywords: National State; eExpropriation/appropriation; Ethnic territory; Racism;
Population.

Cuando se habla de geopolítica ambiental, se busca enfatizar que
una de las características determinantes de la geopolítica de este siglo 21,será la problemática que se deriva de la crisis ambiental global.1
Este es un tema que académicos y analistas de la política mundial de distintas disciplinas y tradiciones epistemológicas vienen destacando con creciente intensidad.

O processo geopolítico do Estado Nacional se chegará à resistência da população negra quilombola na bacia hidrográfica do rio São Francisco que, territorialmente, abrange seis estados da federação (Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Sergipe e Pernambuco) e o Distrito Federal, com as divisões do século XX, até o encontro com o Oceano Atlântico.
A análise desenvolvida busca as dimensões da negação e o acesso aos direitos dos quilombolas que vivem das águas do Médio e Sub-Médio São Francisco no estado da Bahia. Essas se relacionam com o esquecimento da história política da freguesia e a comarca do Urubu e os registros nada apresentam sobre o nome, assim como nada sobre a presença negra nas regiões.
Porém, a negação da identidade e da presença negra no território brasileiro marcam a sociedade que se formou no século XIX e os primeiros sessenta anos do século
passado. Contudo, os urubus do São Francisco viveram para contar a sua história em pleno o século XXI.

O processo de integração sul-americana pode levar ao surgimento de uma região transfronteiriça nos territórios contíguos ao Arco Sul da faixa de fronteira do Brasil.
Esse território vem sendo impactado por grandes projetos de infraestrutura para a interconexão viária e energética entre os países sul-americanos. Nesse contexto, os responsáveis pela gestão do território se deparam com o desafio de conciliar os
interesses do grande capital (empreiteiras) com o das populações das cidades onde as obras são materializadas.

ntensas mudanças da realidade humana, o meio e as manifestações da natureza continuam perenes. Assim, em um cenário em que percebemos que o avanço acelerado da tecnologia ocasiona e intensifica fenômenos como a globalização, a mundialização, a regionalização e o encurtamento das distâncias de tempo e espaço, como podemos avaliar a instabilidade que esses processos causam em todo o mundo? Para refletir sobre isso, vamos discutir as contribuições da Geopolítica no estudo das relações de controle político do espaço.

The entry begins with a definition of geography and with a description of what the discipline shares with the other social sciences and what makes it distinctive among them. Terminological clarifications are provided with regard to the relationship between human geography and physical geography, and between human geography and urban geography. After a brief history and overview of human geography’s engagement with social theory, the entry offers a discussion of the politicization of contemporary human geography and of how this phenomenon is reflected in theory building and concept development.
DOI: https://doi.org/10.1002/9781118430873.est0464

El presente informe tiene la intención de dar un marco de interpretación y análisis geográfico crítico al proceso de actualización de la ley 9814 de Ordenamiento Territorial de Bosques Nativos de la provincia de Córdoba. Con el objetivo de aportar elementos de discusión frente a la problemática que sea suscitado alrededor del proceso de modificación de la ley en cuestión.
En este sentido el informe se ha estructurado desde distintos aportes, tendientes a poner en contexto  la discusión planteada sobre este proceso  de modificación de la normativa vigente sobre bosques nativos.
En primer lugar, se plantea brevemente los cambios de configuración del espacio a partir  desde una perspectiva centralizada las prácticas agropecuarias, y los efectos sobre el territorio,  y sobre el resto de la  sociedad que la ocupa.
Posteriormente se muestra el proceso relativo a la construcción de las normativas y las posiciones políticas que fueron configurando este proceso
También se adjunta un cuadro comparativo, que tiene por función mostrar esquemáticamente las diferencias entre la normativa vigente, la propuesta modificadora presentada por el oficialismo, la primera propuesta participativa rechazada en 2010 y la ley nacional de presupuestos mínimos como marco normativo de referencia.
En último término se reproduce una propuesta de la Coordinadora en Defensa  del  Bosque Nativo (CODEBONA), para el correcto desarrollo del proceso de modificación de la ley, en un marco de participación comunitaria que garantice la legitimidad de la norma, que surja  de las distintas instancias de construcción.

Il volume rappresenta una parte del complesso mosaico mediterraneo di cui ricostruisce alcune vicende economiche, urbanistiche e geopolitiche, analizzandone i flussi di merci e persone che lo attraversano. Tracciando il cammino e le trasformazioni in atto, la raccolta di saggi presentati si propone di cogliere i mutamenti, le fratture e le tendenze economiche, allo scopo di delineare le possibili prospettive e le aspettative di sviluppo.

A territorialidade quilombola no espaço geográ"co é analisada pela geopolítica no acesso
à terra no Brasil a partir do Art. 68 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT)
da Constituição Federal de 1988 e do Art. 51 dos Atos das Disposições Constitucionais (ADC) da
Constituição do Estado da Bahia de 1989. A passagem dos quilombolas de invisíveis para sujeitos
de direito na sociedade brasileira é o que leva o Estado a promover as políticas de desenvolvimento
social, econômico e político, especi"ca e diferente para a população negra na primeira década
deste século. As categorias de análise na pesquisa será o território e a escala para a efetivação da
regularização fundiária pela: União no período entre 2003-2012; e pelo Estado da Bahia no período
de 2009-2012. E tem como resultado as diferenças e contradições do Estado brasileiro para o
ordenamento territorial e efetivo direito à terra a população negra quilombola no século XXI.
Palavras-chave: Estado Nacional. Território. Quilombo. População Negra.

El anarquismo siempre se ha malinterpretado. Lejos de representar la violencia y el caos, el anarquismo es una praxis que se centra en las formas de organización social no jerárquicas y en la práctica del apoyo mutuo, implementadas en las políticas cotidianas de la acción directa, el asociacionismo voluntario y la autogestión. Caricaturizada a veces como una ideología exclusivamente preocupada por la destrucción del Estado, el poder de las geografías anarquistas reside en su carácter holístico. Desde estos planteamientos, se renuncia a dar prioridad a cualquiera de los múltiples aparatos de dominación que encorsetan nuestras vidas, pues unos y otros no son enteramente coincidentes. El anarquismo es la lucha contra todas las formas de opresión y de explotación. Es un proceso proteico y multiforme que tiene un carácter marcadamente geográfico.

A consolidação dos limites internacionais do Brasil foi realizada através dos séculos por meio de tratados decorrentes de batalhas, acordos e arbitragens. Por conseguinte, a gestão das fronteiras brasileiras foi marcada por uma preocupação constante com a defesa do território até o final do século XX, quando o advento do neoliberalismo, da globalização e do MERCOSUL trouxeram novos enfoques para uma zona tão estigmatizada do país. Nos últimos anos, a implementação de projetos de infraestrutura para a fronteira, impulsionados fundamentalmente pela IIRSA-COSIPLAN, com apoio do BNDES, favoreceram a aproximação com Estados vizinhos e contribuíram para o surgimento de novas funções para a fronteira, tais como contato e cooperação. Tais funções foram contempladas na criação do Programa para a Promoção do Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (PDFF) e do Plano Plurianual atual (PPA). Não obstante o novo enfoque recebido pela zona de fronteira do Brasil, nos últimos anos iniciativas como a ENAFRON e a operação Ágata reafirmam a tradicional função de defesa, o que demonstra que o governo federal vem empregando duas políticas distintas para a fronteira. Políticas que por vezes são contraditórias.

Palavras-chave: Fronteira; Brasil; IIRSA; PDFF; Operação Ágata.

Resenha de: MARSHALL, Tim. Prisioneiros da Geografia: 10 mapas que explicam tudo o que você precisa saber sobre política global. Tradução Maria Luiza de A. Borges. Rio de Ja-neiro: Zahar, 1ed, 283p. 2018. Carlos Henrique Arantes de Moraes 1 https://orcid.org/0000-0002-9323-6228 http://lattes.cnpq.br/9662825202211880 Recebido em: 17 de julho de 2020 Aprovado em: 17 de setembro de 2020 Tim Marshall foi correspondente de programas de televisão e rádio em canais como IRN (França), BBC e Sky News. Além disso, escreveu para muitos jornais estadunidenses como Times, Guardian, Daily Telegraph e Sunday Times. Nesse período, reportou da Bósnia, Cro-ácia e Sérvia durante as guerras dos Balcãs nos anos 90. Ainda, passou a maior parte da crise do Kosovo, em 1999, em Belgrado, onde foi um dos poucos jornalistas ociden-tais que continuaram reportando um dos principais alvos dos bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Isso resultou em trinta anos de experiên-cia em reportagens e apresentações, depois deixou o jor-nalismo em tempo integral para se concentrar na redação e análise do ambiente político internacional. 2 Com essa experiência em eventos geopolíticos, Tim es-creveu o livro "Prisioneiros da Geografia", demonstrando que decisões, eventos, conflitos internacionais e guerras ci-vis podem ser compreendidas levando-se em conta a his-tória, e a maneira como são determinadas pelo ambiente físico em que indivíduos, sociedades e países se desenvol-veram. Nesse interim, Tim prova, ao longo de 10 capítulos, que as regras da geografia que grandes estrategistas enfrentaram no passado, como Alexandre, Sun Tzu, e Aníbal, permanecem sendo aplicadas e exigidas de superação atualmente, mesmo com o advento da evolução tecnológica. Em cada capítulo, o autor realizou um estudo da formação da região ou de determinada potência, como a geografia influenciou sua evolução em Estado Nacional e como essa expres-são permanece agindo na relação externa e interna desses países ou regiões. No primeiro capítulo, inicia-se sobre a Rússia, o país de maior extensão territorial do mundo. Não à toa, os planaltos do Norte europeu forçaram Ivan, o Terrível, a expandir suas 1 Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME). Bacharel em Ciências Militares e especialização em Ciências Políticas. Atualmente é Mestrando em Ciências Militares pelo PPGCM no Instituto Meira Mattos/ ECEME.

A genuine historical testimony of Macedonia before the big geopolitical reshuffle in 1878.

„Every nation that has glorious deeds is a glorious nation. However, beside all the glorious deeds, if those deeds remain unknown, the nation shall also remain unknown. Therefore it is necessary to collect and preserve all those glorious deeds in history, because history is the guardian of a nation’s life, and so future generations shall know, respect, accept and support it...“
                                                                                                                                Jovan Dragašević

Na Amazônia, o urbano e a etnicidade indígena se constituíram de forma mútua num contato de interdependência historicamente construído, que adquiriu diferentes significados ao longo da história. Neste trabalho, centramos nossos esforços em uma análise da urbanização amazônica a partir da situação de fronteira e do contato interétnico, os quais nos permitem compreender a cidade se constituindo como tal, a partir de políticas indigenistas de dominação e subordinação do indígena e de seus territórios. Do mesmo modo, são reveladores do indígena em suas diferentes e específicas formas de organização e de reprodução social, experienciando a vida urbana e, junto com esta, reconfigurando suas práticas sócioespaciais, e logo suas fronteiras étnicas. Nesse sentido, nos colocamos diante de uma problemática espacial fundada na diversidade histórica e na coexistência de temporalidades distintas, que tem suas bases numa compreensão ontológica do espaço, como produto de inter-relações, como esfera da coexistência da multiplicidade e, ainda, como num estado de transformação contínua e inacabada por constante refazer da história, ou seja, um processo de devir.
Fundamentado em tais pressupostos, adentramos nas reflexões sobre as faces dessa relação entre urbanização e etnicidade indígena no espaço urbano da cidade de Marabá, com ênfase nas histórias e trajetórias dos diferentes povos indígenas do sudeste paraense, materializadas neste espaço intraurbano através dos encontros e desencontros de sujeitos étnicos, inscritos nas relações sociais em sua existência concreta na medida em que produzem lugares e, a partir destes, reproduzem-se, revelando as contradições e conflitos da vida social que denotam a identidade étnica na cidade como referência material e simbólica da reprodução da vida em múltiplas dimensões.

A Zona Franca de Manaus tem sido, ao longo de quase cinquenta, motivo para os mais diversos tipos
de discursos, que mudam dependendo da escala geográfica de onde este discurso se origina e dos
atores que os proclamam. Pretende-se ao longo deste artigo fazer uma abordagem que demonstre
o significado político, socioeconômico e territorial deste “modelo de desenvolvimento” implantado
no Norte do Brasil no final da década de 1960.

Este capítulo se divide en cuatro secciones. La primera revisa los
aportes clásicos a la reflexión sobre la relación centro-periferia, que se
vinculan tanto a la tradición marxista, como al estructuralismo de la
CEPAL y los estudios relacionados con la teoría de la dependencia. En
la segunda sección se presentan varios de los aportes más recientes a
este debate. La tercera proporciona una mirada de la relación centroperiferia en clave espacial. La cuarta sección, finalmente, presenta algunos aportes realizados desde los estudios fronterizos latinoamericanos.

El presente proyecto pretende ser una contribución al conocimiento de un proceso tan actual, que sigue vigente desde 1533, referido en primer lugar a las motivaciones por existir ante la constante amenaza de los grupos e intereses capitalistas por despojar al yaqui y en segundo término a visibilizar los mecanismos de los que se vale la modernidad para eliminar a los pueblos, tribus y naciones indígenas.

Para la investigación presentada considero que los grandes proyectos de infraestructura, como el Acueducto Independencia, son justificados por el desarrollo y progreso social, de esta manera, son impuestos en los territorios por las políticas gubernamentales y las estrategias del gran capital. Sin embargo, carecen de legitimidad por aquellos afectados, en este sentido la Tribu Yaqui posee estrategias que responden a una exclusiva realidad espacial y territorial, cuya producción se sustenta en la cotidianidad, leyes internas, cultura, historia, así como los aprendizajes externos, permitiéndoles observar, conocer e investigar los efectos sobre el Río Yaqui y sobre ellos mismo como sociedad, además de las afectaciones en la reducción de volúmenes de agua aprovechados por ellos. Ello permite fundamentar su oposición a la obra Acueducto Independencia.