CM2 - Hiv
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Histórico
• 1992-1997: liberação de antirretrovirais para uso clínico, como ddl, d4T, 3TC, saquinavir, indinavir,
ritonavir, nevirapina, nelfinavir, dentre outros.
• 1996: HAART.
Epidemiologia
• Epidemiologia no mundo
o Cerca de 37,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV, em 2018.
▪ 74,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia.
o 79% das pessoas vivendo com HIV conhecem seu estado sorológico.
o O número de infecções por HIV foram reduzidas em 40% desde o pico em 1997.
o As mortes relacionadas à AIDS foram reduzidas em mais de 55% desde o pico em 2004.
• Meta 90-90-90
o Meta: 90% saibam o estado sorológico – 90% desses tenham acesso ao tratamento – 90%
desses tenham carga viral suprimida ou indetectável.
• Epidemiologia no Brasil
o A incidência global do HIV está diminuindo, porém nos extremos de idade está aumentando.
▪ Idosos;
• Transmissão vertical.
Virologia
o gp120 se liga ao CD4 e CCR5, induzindo uma fusão da membrana viral com a do hospedeiro
e entrada do vírus.
• Ciclo do vírus
o gp120 se liga ao CD4 e CCR5, induzindo uma fusão da membrana viral com a do hospedeiro
e entrada do vírus;
o Desnudamento do vírus;
o Ativação da transcriptase reversa → formação do DNA pró-viral;
o O DNA pró-viral entra no núcleo e se liga ao DNA humano → integração;
o A transcrição do DNA leva a formação de RNA e posteriormente proteínas virais.
▪ As proteínas virais precisam ser clivadas por uma protease para serem funcionais.
Fisiopatologia
o Após a 3ª semana da infecção primária, o paciente tem alta viremia, podendo manifestar
síndrome retroviral aguda → acompanhada inicialmente de redução da população de linfócitos
T CD4+.
▪ Após a resolução da fase aguda, os níveis de linfócitos T CD4+ sobem e podem ficar
praticamente normais.
▪ Infecções oportunistas.
▪ Morte.
• Set-point viral → viremia após a fase aguda, depende da resposta do hospedeiro ao vírus.
o Set-points virais maiores podem estar relacionados à progressão precoce para a forma AIDS.
• Controladores de elite → pacientes que conseguem manter níveis de linfócitos T CD4+ normais,
com carga viral indetectável por mais de 10 anos, na ausência de terapia antirretroviral.
• Curso da doença
o Progressão lenta
o Não progressores
Manifestações clínicas
• Latência clínica
o Infecções mais comuns: candidíase oral, criptococose extrapulmonar, herpes zoster, hepatite
C, herpes cutâneo, BK pulmonar, pneumocistose, toxoplasmose neurológica,
tuberculose disseminada, meningite criptocócica, citomegalovirose, pneumonias
bacterianas de repetição, BK cutânea, sífilis cutânea, molusco contagioso, sífilis genital.
o Alta viremia;
o Imunodeficiência avançada;
o Relação anal receptiva;
o Relação sexual durante a menstruação;
o Presença de outra DST (ulcerativa) → aumentam a população local de linfócitos T CD4+.
• Vertical → pode ser reduzida em até 67% por uso de AZT na gravidez, no parto e no período
neonatal.
• Fase de eclipse → primeiros 10 dias: o vírus faz somente replicação local, não havendo viremia e
portanto não sendo detectável.
• Teste Rápido
• Western blot
o ELISA de 3ª ou 4ª geração: caso o paciente tenha o primeiro teste negativo → repetir o teste
(o paciente pode estar em janela imunológica).
▪ Caso o paciente tenha esse primeiro teste positivo → realizar o teste molecular.
o Teste rápido sanguíneo: caso o paciente tenha o primeiro teste negativo → repetir o teste
(janela imunológica).
▪ Caso o paciente seja positivo → repetir o teste rápido de outro lote imediatamente.
o Teste rápido de fluido oral: caso o paciente tenha o primeiro teste negativo → repetir o teste
(janela imunológica – 3 meses).
▪ Análogos de nucleosídeos
▪ Zidovudina/azidotimidina (AZT)
• Importância histórica
▪ Lamivudina/emtricitabina (3TC/FTC)
▪ Tenofovir (TDF)
• Efeitos adversos: vômitos, diarreia, acidose lática, acidose tubular renal (IRA),
diminuição da densidade óssea.
• Hiperlactemia;
• Pancreatite;
• Neuropatia periférica;
• Lipodistrofia
▪ Nevirapina
▪ Efavirenz
▪ Lopinavir + ritonavir
▪ Raltegravir e Dolutegravir
• Cura do HIV
o Populações prioritárias: HIV sintomática, LT CD4+ < 350, gestantes, tuberculose ativa,
coinfecção HBV/HCV, risco cardiovascular elevado.
o Trocar doglutegravir por efavirenz nos pacientes com tuberculose em uso de RIPE que
puderem fazer genotipagem.
o Infecções não-oportunistas;
o Eventos cardiovasculares;
o Neoplasias.