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Hiv/Aids

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HIV/AIDS

HIV/AIDS
HIV

✓Vírus da Imunodeficiência Humana;

AIDS

✓Síndrome da Imunodeficiência Adquirida;


✓Conhecida como SIDA.

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HIV/AIDS
AGENTES ETIOLÓGICOS

✓HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae;

✓Pertencem ao grupo dos retrovírus citopáticos e não oncogênicos;

✓Necessitando, para se multiplicar, de uma enzima denominada transcriptase reversa


(RNA →DNA);

✓Se integra ao genoma do hospedeiro.

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HIV/AIDS
HISTÓRICO
• Entre 1970 e 1980 surgiram diversos
casos de doenças que ninguém sabia
explicar, com os homossexuais na
Califórnia sarcoma de Kaposi
• A doença foi identificada em 1981
• 1983 - esquisadores isolam o vírus da
aids pela primeira vez, HIV (1987)
• 1987 - Primeiro tratamento AZT
• 2007 -Terapia HART ou TARV 4
HIV/AIDS
✓ Representam um problema de saúde pública de grande relevância na
atualidade (cerca de 35,3 milhões de infectados no mundo);
✓ No Brasil, desde os anos 1980, é de notificação compulsória;
✓ Caráter pandêmico;
✓ Pacientes sem tratamento evoluem para uma grave disfunção do sistema
imunológico;
✓ Destruição do linfócitos T CD4+ (células alvo do vírus);
1996
• Iniciou no Brasil a terapia antirretroviral (TARV).

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HIV/AIDS

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Multiplicação do HIV
RNA
HIV

RNA TRANSCRIPTASE REVERSA


DNA
INTEGRASE

Núcleo
Cellular
DNA Genoma

PROTEÍNAS
mRNA DO
TRANSCRIÇÃO CAPSÍDEO

Novo
HIV
TRANSMISSÃO
MECANISMO DE INFECÇÃO

SÊMEN
SANGUE

SANGUE

SANGUE
HIV/AIDS
MODO DE TRANSMISSÃO

A transmissão vertical (de mãe para filho) pode ocorrer durante a gestação, o parto
e a amamentação. 9
HIV/AIDS
PERÍODO DE INCUBAÇÃO

▪ O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da


fase aguda, denominada síndrome retroviral aguda (SRA), é de 1 a 3
semanas.

1. INFECÇÃO AGUDA PELO HIV

▪ A infecção aguda pelo HIV ocorre nas primeiras semanas da infecção pelo
HIV, quando o vírus está sendo replicado intensivamente nos tecidos linfoides;

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HISTÓRIA NATURAL DA INFECÇÃO POR HIV
HIV/AIDS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
▪ Podem apresentar sintomas de infecção viral:

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HIV/AIDS
▪ Durante essa fase, tem-se CV-HIV elevada e níveis decrescentes de
linfócitos, em especial os LT-CD4+, uma vez que estes são recrutados
para a reprodução viral;

▪ A SRA é autolimitada, em três a quatro semanas desaparece.


Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses;

▪ A sorologia para a infecção pelo HIV pode variar bastante nessa fase,
dependendo do ensaio utilizado;

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HIV/AIDS

▪ Em média, a janela diagnóstica dos imunoensaios de quarta geração é de


aproximadamente 15 dias;

▪ O diagnóstico da infecção aguda pelo HIV pode ser realizado mediante a


detecção da CV-HIV;

▪ Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais e sintomas da


AIDS é em média de 10 anos (pode variar).

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HIV/AIDS
2. LATÊNCIA CLÍNICA E FASE SINTOMÁTICA
Fase de latência clínica:

▪ Podem ocorrer alterações nos exames laboratoriais (anemia, plaquetopenia


e linfopenia);
▪ Exame físico normal exceto pela linfadenopatia;
▪ Contagem de LT-CD4+ permanece acima de 350 céls/mm³;
▪ Infecções bacterianas são frequentes.

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HIV/AIDS
Fase Sintomática:

▪ Febre baixa, perda ponderal, sudorese noturna, fadiga, diarreia crônica,


cefaleia, alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia,
sinusite, bronquite) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa, além
do herpes-zoster;

▪ Diminuição na contagem de LT-CD4+, situada entre 200 e 300 céls/mm³;

▪ A candidíase oral é um marcador clínico precoce de imunodepressão grave.


Foi associada ao subsequente desenvolvimento de pneumonia por
Pneumocystis jiroveci.

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HIV/AIDS
3. SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA

▪ Podem apresentar infecções oportunistas (IO).

▪ Causadas por microrganismos não considerados usualmente patogênicos;

▪ O aparecimento de IO e neoplasias é definidor da AIDS.

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HIV/AIDS
▪ As neoplasias mais comuns são Sarcoma de Kaposi (SK), linfoma não
Hodgkin e câncer de colo uterino, em mulheres jovens;

▪ A contagem de LT-CD4+ situa-se abaixo de 200 céls/mm³, na maioria das


vezes;

▪ O HIV pode causar doenças por dano direto a certos órgãos ou por
processos inflamatórios, tais como miocardiopatia, nefropatia e
neuropatias.

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Enfa.Cyndi Myrelle da S.B.R.Ribeiro-Especialista em
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Infectologia-UNCISAL
Enfa.Cyndi Myrelle da S.B.R.Ribeiro-Especialista em
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Infectologia-UNCISAL
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HIV/AIDS

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HIV/AIDS
SUSCETIBILIDADE, VULNERABILIDADE E IMUNIDADE

No Brasil, as populações-chave são:


✓ Gays;
✓ Homens que fazem sexo com homens (HSH);
✓ Mulheres profissionais do sexo; Só basta
✓ Travestis; ser
✓ Transexuais; humano!
✓ Pessoas que usam drogas.

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HIV/AIDS
DIAGNÓSTICO

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HIV/AIDS
Testes rápidos

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Teste rápido HIV
e sífilis
HIV/AIDS
EXAMES DE ACOMPANHAMENTO

✓ A quantidade de HIV no sangue de uma pessoa;

✓ Quanto maior a carga viral, mais rapidamente o sistema imunológico de


uma pessoa será comprometido;

✓ Quando uma pessoa vivendo com HIV está sob terapia antirretroviral
eficaz, a carga viral torna-se tão baixa que é indetectável;
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HIV/AIDS

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HIV/AIDS

✓ Células CD4 são um tipo de linfócitos;


✓ Importante para o sistema imunológico;
✓ Ideal que esteja: acima de 350 céls/mm³.

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CD4 e carga viral

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Enfa.Cyndi Myrelle da S.B.R.Ribeiro-Especialista em
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Infectologia-UNCISAL
HIV/AIDS

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HIV e Hematologia

Própria infecção

▪ Infecções associadas
▪ Comorbidades
▪ Tratamento
▪ Desbalanço imune linfopenia

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HIV e Hematologia
Hemograma
• Anemia importante

• Plaquetopenia discreta

• Leucopenia por: neutropenia + linfopenia

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Anemia importante

Perda > 50% massa eritróide Duplicação de DNA


▪ 1% eritroblastos síntese RNA
anemia
▪ macrocitose síntese Hb megaloblástica
▪ anisocitose
HIV & Hematologia: Plaquetopenia
• Destruição periférica de plaquetas por macrófagos esplênicos

▪ ativação de CD4 + estimulação células B e céls T auto-reativas

▪ produção megacariócitos
• Níveis de TPO

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HIV & Hematologia: Leucopenia
neutropenia
Valor de referência = 2.000-
7.000/mm3)

SP
MO ▪ vasodilatação

▪ não-produção ▪ marginalização

▪ produção ineficaz
▪ consumo sequestro
▪ produção OK esplênico
HIV & Hematologia: linfopenia

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HIV & Hematologia:
sangue periférico e medula óssea

Pancitopenia= anemia + plaquetopenia + neutropenia + linfopenia


▪Anemia componente megaloblástico
▪Reação leuco-eritroblástica

Fibrose medular + citotoxicidade + reação estromal

Mielopatia Infiltrativa por Leishmania sp

Síndrome Imunodeficiência Adquirida (HIV+) & comorbidades associadas

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HIV & Hematologia:
sangue periférico e medula óssea

Histoplasma capsulatum

41
HIV & Hematologia:
sangue periférico e medula óssea

Leishmania

42
HIV & Hematologia:
sangue periférico

Sinais de infecção bacteriana


Neutrofilia
Desvio a esquerda e IG
Granulações toxicas 43
HIV & Hematologia:
sangue periférico

Sinais de parasitária Sinais de co-infecção viral


Eosinofilia Linfócitos reativos

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HIV/AIDS
TRATAMENTO

▪ Os objetivos do tratamento são melhorar a qualidade de vida e prolongar a


sobrevida, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico;

▪ O início imediato da TARV está recomendado para todas as PVHIV,


independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico;

▪ A TARV, uma vez iniciada, não deverá ser interrompida.

Lamivudina
Tenofovir Dolutegravir
(TDF) 300 mg (3TC) 1x ao dia
(DTG) 50 mg
300mg

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HAART
• Highly active antiretroviral therapy

Fonte: http://www.amfar.org/uploadedImages/_amfarorg/Articles/In_The_Lab/2013/HAART.jpg
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SOLICITAÇÃO DE MEDICAMENTOS
HIV/AIDS

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HIV/AIDS

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HIV/AIDS
CASCATA DE CUIDADO CONTÍNUO DO HIV

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HIV/AIDS
FATORES QUE FACILITAM A ADESÃO

▪ Conhecimento e compreensão sobre a enfermidade e o tratamento;

▪ Acolhimento e escuta ativa do paciente pela equipe multidisciplinar;

▪ Vínculo com os profissionais de saúde, a equipe e o serviço de saúde;

▪ Capacitação adequada da equipe multidisciplinar;

▪ Acesso facilitado aos ARV.

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HIV/AIDS
FATORES QUE DIFICULTAM A ADESÃO

▪ Não aceitação da soropositividade;

▪ Complexidade do esquema terapêutico;

▪ Faixa etária do paciente (criança, adolescente e idoso);

▪ Relação insatisfatória do usuário com o profissional de saúde e os serviços prestados;

▪ Dificuldade de adequação à rotina diária do tratamento;

▪ Abuso de álcool e outras drogas;

▪ Dificuldade de acesso ao serviço.

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HIV/AIDS
Meta 90/90/90 em 2020

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HIV/AIDS

O que fazer depois de uma


relação sexual sem proteção
ou acidente com material
biológico?
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HIV/AIDS
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃOAOHIV
✓ O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência;

✓ A PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, idealmente


nas primeiras 2 horas após a exposição, tendo como limite as 72 horas
subsequentes à exposição.

Esquema preferencial:

Tenofovir (TDF)
+ Lamivudina (3TC)
+ Dolutegravir (DTG)

Por 28 dias
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HIV/AIDS
Notificação obrigatória- LEMBRAR!

▪ Ficha de Notificação/Investigação de Aids em Pacientes com 13 anos ou mais;


▪ Ficha de Notificação/Investigação de Aids em Pacientes Menores de 13 anos;
▪ Ficha de Notificação/Investigação de Criança Exposta ao HIV;
▪ Ficha de Investigação de Gestante HIV+, utilizada para notificar casos de
gestante, parturiente e puérpera.

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HIV/AIDS
INTERVENÇÕES BIOMÉDICAS UTILIZADAS NO BRASIL

✓ Preservativos masculinos e femininos;


✓ Gel lubrificante;
✓ Testagem voluntária;
✓ Prevenção e manejo de IST;
✓ Prevenção e manejo das coinfecções e comorbidades;
✓ Prevenção da transmissão vertical do HIV;
✓ Tratamento para todos;
✓ PeP;
✓ PreP.
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HIV/AIDS
PRECAUÇÃO PADRÃO

▪Higienizar as mãos- antes e após o contato com qualquer paciente;

▪ Uso de luvas- para contato com sangue, urina, fezes, excreções, secreções ou qualquer líquido corporal, pele não
íntegra, ao manipular roupas, equipamentos e instrumentos contaminados;

▪ Avental descartável ou limpo- de uso exclusivo para o doente quando houver risco de contaminação;

▪ Máscara e óculos ou escudo facial- quando houver risco de respingos ou sprays;

▪ Caixa pérfuro-cortante- descartar materiais perfurocortantes em recipiente rígido adequado sem desconectar e
reencapar agulhas. 58
Casos clínicos
IDENTIFICAÇÃO
• RCSL, 42 anos (D.N.:02/09/1972), sexo feminino, brasileira, natural
do Rio de Janeiro, negra, solteira, ensino fundamental incompleto,
auxiliar de limpeza, residente no Rio de Janeiro, evangélica.
Evolução em 20 dias
14/07/2015
Linfócitos TCD4 48 CÉLULAS/mm3
Carga viral 818.582

TARV em uso irregular: TDF+3TC+ATV/r

COAGULOGRAMA 03/08/2015
PTTa 39.3
TAP 84,3%
INR 1,105
FIBRINOGÊNIO 684 mg/dl
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
• Osteosarcoma
• Leucemia Mielóide aguda
• Mieloma múltiplo
• Metástases (pulmão, mama)
• Linfoma não Hodgkin
REFERÊNCIAS

1. BRASIL. Ministério da Saúde.Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da


Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 2. ed. - Brasília: Ministério da Saúde,
2017.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para manejo do HIV em adultos. Brasília, 412p- 2018b.

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