- Teoria da literatura, Poetry, Fiction, Mimesis, Critique, Subjectivity, and 84 moreGreek Lyric Poetry, Lyric poetry, Archaic Greek Lyric, Medieval Lyric Poetry, Lirica, Teorías de la lírica, Imaginary, Anthropology of Imaginary, History of the Imaginary, Hermenêutica Do Sujeito, Sujeito, Constituição do Sujeito, Jean-Pierre Vernant, Luiz Costa Lima, Sappho, Pindar, Concrete Poetry, Augusto de Campos, Poesia Concreta, Haroldo de Campos, Stéphane Mallarmé, Mimetic Theory, Michel Foucault, Marcel Mauss, Aristoteles, Aristotle, Immanuel Kant, Marcel Détienne and Pierre Vernant, Emile Benveniste, Hans Blumenberg, ancient Greek elegiac, iambic and melic poetry, Archaic greek poetry, ancient Greek poetry, Classical philology, Dante Studies, Dante Alighieri, Reinhardt Koselleck, René Girard, Rene Girard 'Mimetic Theory', Friedrich Schlegel, Erich Auerbach, Paul Ricoeur, Philippe Lacoue-Labarthe, Jean-Luc Nancy, Sigmund Freud, Walter Benjamin, Maurice Merleau-Ponty, Wolfgang Iser, Vita Nova, Italian Literature, Poesia brasileira moderna e e contemporânea, Jan Mukařovský, Hugo Friedrich, Paul Valéry, Baudelaire, Pierre Hadot, Thymos, Arnaldo Momigliano, Ousía, Hypokeímenon, História Dos Conceitos, Psykhé, Prosopon, Poesia Mélica Arcaica, Pessoa, persona, prosopon, História das categorias sociais, Bruno Snell, Eric Robertson Dodds, Hermann Fränkel, Marcel Detienne, Ignace Meyerson, Françoise Frontisi-Ducroux, Hegel, Martin Heidegger, Maurice Halbwachs, Controle do imaginário, Paula da Cunha Corrêa, Literary Theory, Intellectual History, Arnaut Daniel, Dolce stil novo, Poesia trovadoresca, Theory of History, History of Ideas, and Cultural Historyedit
Resumo: A astúcia de Ulisses consiste em apagar o nome próprio para tornar-se outro. O fingidor Ninguém, protótipo em miniatura da mímesis, faz da Odisseia o paradigma de toda viagem literária. Ulisses é o modelo secreto por trás de temas... more
Resumo:
A astúcia de Ulisses consiste em apagar o nome próprio para tornar-se outro. O fingidor Ninguém, protótipo em miniatura da mímesis, faz da Odisseia o paradigma de toda viagem literária. Ulisses é o modelo secreto por trás de temas recorrentes na poesia de Augusto de Campos. A sombra que perpassa os motivos mallarmeanos do naufrágio e da desaparição elocutória do sujeito singulariza a poética do autor de ovonovelo. Oútis é a máscara que o poeta concreto elege como paradigma da linguaviagem a que vem se lançando há sete décadas, em busca de abrir poros na aporia da poesia. É por isso que a Odisseia não termina nunca. Cada leitor dá um novo rosto à máscara sem rosto. É por isso que ela é, desde sempre, o livro que Ninguém lê, de novo.
Abstract:
Ulysses' cunning consists in erasing his own name to become another. The pretender Nobody, a miniature prototype of mimesis, makes Odyssey the paradigm of every literary journey. Ulysses is the secret model behind recurring themes in Augusto de Campos' poetry. The shadow that permeates the Mallarmean motifs of the shipwreck and the elocutory disappearance of the subject singularizes the poetics of the ovonovelo author. Oútis is the mask that the concrete poet chooses as a paradigm of the linguaviagem to which he has been launching himself for seven decades, in search of opening pores in the aporia of poetry. That is why the Odyssey never ends. Each reader gives a new face to the faceless mask. That is why it has always been the book that Nobody reads, again.
A astúcia de Ulisses consiste em apagar o nome próprio para tornar-se outro. O fingidor Ninguém, protótipo em miniatura da mímesis, faz da Odisseia o paradigma de toda viagem literária. Ulisses é o modelo secreto por trás de temas recorrentes na poesia de Augusto de Campos. A sombra que perpassa os motivos mallarmeanos do naufrágio e da desaparição elocutória do sujeito singulariza a poética do autor de ovonovelo. Oútis é a máscara que o poeta concreto elege como paradigma da linguaviagem a que vem se lançando há sete décadas, em busca de abrir poros na aporia da poesia. É por isso que a Odisseia não termina nunca. Cada leitor dá um novo rosto à máscara sem rosto. É por isso que ela é, desde sempre, o livro que Ninguém lê, de novo.
Abstract:
Ulysses' cunning consists in erasing his own name to become another. The pretender Nobody, a miniature prototype of mimesis, makes Odyssey the paradigm of every literary journey. Ulysses is the secret model behind recurring themes in Augusto de Campos' poetry. The shadow that permeates the Mallarmean motifs of the shipwreck and the elocutory disappearance of the subject singularizes the poetics of the ovonovelo author. Oútis is the mask that the concrete poet chooses as a paradigm of the linguaviagem to which he has been launching himself for seven decades, in search of opening pores in the aporia of poetry. That is why the Odyssey never ends. Each reader gives a new face to the faceless mask. That is why it has always been the book that Nobody reads, again.
Research Interests:
Resumo: Visando retirar do ostracismo um poema que ainda não foi lido como poema por ninguém na crítica brasileira, este ensaio procura dispor algumas reflexões em torno de oútis, que abre o livro Não, de Augusto de Campos. Partindo da... more
Resumo:
Visando retirar do ostracismo um poema que ainda não foi lido como poema por ninguém na crítica brasileira, este ensaio procura dispor algumas reflexões em torno de oútis, que abre o livro Não, de Augusto de Campos. Partindo da única exceção de Gonzalo Aguilar, que lhe dedica dois parágrafos valiosos, desenvolve-se a hipótese de que as datas desmedidas que acompanham o título do poema permitem lê-lo como síntese da poética do autor. Num estudo preliminar das relações entre poesia e fotografia, em diálogo com formulações de Benjamin, Eisenstein e Fenollosa sobre a montagem cinematográfica e a técnica do ideograma, destaca-se a complexidade envolvida nesse "poema de uma palavra só" sobreposta à imagem de sombras na grama, cuja sintaxe supõe uma rede intrincada de conexões entre o visível e o legível, o português e o grego, a poesia, as artes visuais e outros poemas ao longo da história, com que entra numa constelação sincrônica.
Visando retirar do ostracismo um poema que ainda não foi lido como poema por ninguém na crítica brasileira, este ensaio procura dispor algumas reflexões em torno de oútis, que abre o livro Não, de Augusto de Campos. Partindo da única exceção de Gonzalo Aguilar, que lhe dedica dois parágrafos valiosos, desenvolve-se a hipótese de que as datas desmedidas que acompanham o título do poema permitem lê-lo como síntese da poética do autor. Num estudo preliminar das relações entre poesia e fotografia, em diálogo com formulações de Benjamin, Eisenstein e Fenollosa sobre a montagem cinematográfica e a técnica do ideograma, destaca-se a complexidade envolvida nesse "poema de uma palavra só" sobreposta à imagem de sombras na grama, cuja sintaxe supõe uma rede intrincada de conexões entre o visível e o legível, o português e o grego, a poesia, as artes visuais e outros poemas ao longo da história, com que entra numa constelação sincrônica.
Research Interests:
Research Interests: Critical Theory, Mimesis, Literature, Theodor Adorno, Literary Criticism, and 17 moreJean-Luc Nancy, Literary Theory, Walter Benjamin, Paul Ricoeur, Georg Lukacs, René Girard, Erich Auerbach, Fiction, Wolfgang Iser, Philippe Lacoue-Labarthe, Imitation, Luiz Costa Lima, Haroldo de Campos, Roberto Schwarz, Jaques Derrida, Poiesis, and Controle do imaginário
Research Interests:
Tese apresentada em fev. 2017 para avaliação em 13/03
Research Interests: Aristotle, Mimesis, Performance, Stéphane Mallarmé, Dante Alighieri, and 15 moreSappho, Augusto de Campos, Luiz Costa Lima, Jean-Pierre Vernant, Dionysius of Halicarnassus, Longinus, Ficção, Barbara Cassin, Poesia Mélica Arcaica, Bruno Snell, Hermann Fränkel, Marcel Detienne, Claude Calame, Gregory Nagy, and Gustavo Guerrero
LIMA, Luiz Costa. Escritos de véspera. Organização e apresentação de Aline Magalhães e Thiago Castañon. Florianópolis: Ed.UFSC, 2011.