Patrimonio Cultural Intangible

El deseo patrimonializador continúa el legado de la historiografía nacionalista del siglo XIX que apropió a los tehuelches como “indios argentinos” y consideró a los mapuches como foráneos invasores. A comienzos del siglo XXI, se fue consolidando un proceso de reemergencia del pueblo tehuelche en Santa Cruz (provincia localizada en el extremo sur de Argentina), considerado extinto por los dispositivos hegemónicos. Entre dichos dispositivos se encuentra el deseo de “poner en valor” prácticas y conocimientos indígenas, sin que se contemplen mecanismos de consulta ni participación. A partir de reflexiones surgidas en el marco de una investigación comprometida con los tehuelches de dos comunidades (Camusu Aike y Kopolke), me interrogo sobre el rol de la antropología frente a la actual legislación patrimonial, que parecería ser inmune a la agencia indígena.

Hoy nos hemos reunido para dialogar entorno al patrimonio, porque es necesario voltear la mirada, no tanto hacia el pasado, sino hacia nuestro entorno, y de esta manera entender que estamos rodeados de sublimes huellas del ayer que emergen de manera activa en el hoy. El patrimonio cultural nos hace enfrentarnos ante la inminente realidad de que nuestro paso por esta morada es transitorio, pero nunca en vano; siempre con la posibilidad de dejar un rastro de nuestra existencia a las generaciones que nos proseguirán. Esta aseveración, sin embargo, no puede situarnos en la posición de aceptar que todo lo que aún persiste desde el pasado, remoto o inmediato, hasta la actualidad, es un bien patrimonial. De aquí se desprende uno de los mayores retos de la gestión en esta  materia: ¿Quién decide y bajo qué criterios, qué ha de ser considerado como patrimonio y qué no?

O conceito de patrimônio, bem como o de cultura, ampliou-se consideravelmente com o tempo, tornando-se
muito mais abrangente e, deste modo, suscitando novas questões no que tange à sua preservação e
entendimento. Atualmente, o termo patrimônio cultural ultrapassa, e muito, o seu sentido original de bem
exclusivamente material, possuindo ainda um substrato coletivo e intocável. Trata-se do chamado
patrimônio cultural imaterial ou intangível, que incluem as tradições orais, os costumes, as línguas, as
músicas, as festas, os rituais, a medicina e farmacologia tradicionais, a gastronomia e todas as habilidades
especiais relacionadas com os aspectos materiais da cultura, como as ferramentas e os lugares onde estas
atividades tomam curso – os denominados espaços culturais, suportes da tradição. Todo testemunho
material possui uma dimensão intangível, bem como o revés se verifica: todo patrimônio imaterial possui
uma dimensão tátil, revelando-se por materialidades, pela mão do homem que desvenda o saber-fazer, pelo
espaço onde as atividades tomam curso, pela natureza a qual se apropria e modifica, pelos objetos que
compõem a prática. Através da análise das leis e documentos patrimoniais (internacionais e nacionais, do
início do século passado até a contemporaneidade, denominados Cartas Patrimoniais), pretendemos
investigar nesta comunicação a evolução conceitual de patrimônio cultural urbano, bem como evidenciar,
por meio do acompanhamento desta trajetória e dos seus instrumentos resultantes, o papel e a importância
do arquiteto e urbanista na preservação dos espaços culturais: seja refletindo teoricamente o objeto de
preservação – o lugar – seja registrando e atuando sobre a sua materialidade.

A Ordem de Cister surge como um ramo reformado dos beneditinos cuja
origem remonta à fundação da abadia de Cister em 1098 na comuna de Saint-
-Nicolas-lès-Cîteaux, Borgonha por Roberto de Champagne, abade de Molesme. Alguns monges da congregação monástica de Cluny deixaram-na,
com o intuito de retomar a observância da antiga regra beneditina, como reação
ao abrandamento da Ordem de Cluny. A reestruturação da regra beneditina
foi inspirada pela reforma gregoriana, de que a ordem cisterciense adotou o
ascetismo, o rigor litúrgico e definiu o trabalho como valor primordial. Étienne
Harding escreveu entre 1114 e 1118 “Carta Caritatis” ou Carta da Caridade,
texto constitucional fundamental que estipulava todos as ações e vivência
dos seus monges. Nela institui a igualdade entre os mosteiros da ordem.
Uma das figuras mais marcantes desta Ordem foi S. Bernardo de Claraval
(Bernard de Fontaine, 1090-1153), figura fundamental na expansão da mesma.
Esta disseminação ocorreu de forma muito acelerada. A Ordem estabeleceu-
se em Portugal pela primeira vez em S. João de Tarouca em 1144, no
antigo mosteiro da Ordem de S. Bento. Os mosteiros cistercienses do século
XII alteraram a observância, sendo de fundação nova o Mosteiro de Santa
Maria de Alcobaça. A Ordem de Cister foi pioneira na criação de casas religiosas
em território nacional contando com o beneplácito de D. Afonso
Henriques. Os seus primeiros monges instalaram-se em vastos terrenos doados
por este monarca na região das beiras, local recém-conquistado e que
importava desenvolver e povoar. O contributo da Ordem revelou-se relevante,
não apenas através dos edifícios que nos legaram como também de inovadores
conhecimentos, nomeadamente de cariz agrícola que localmente transmitiram.
O objetivo do trabalho que nos propomos realizar, consiste em estudar o
património intangível que representa a análise da evolução da imagem da cidade
através da análise cartográfica e iconográfica em duas cidades (Évora e
Dijon) através de dois antigos edifícios monásticos patrimoniais cistercienses.

El texto parte de  las experiencias de campo en el registro musical para discutir la categoría de patrimonio intangible. Se propone, al igual que lo hacen otros autores,  revisar la categoría que, surgida de una visión fragmentaria y dual de la realidad, nos imposibilita de entender que la salvaguarda del patrimonio es un asunto de carácter estructural.

Resumen: San Basilio de Palenque es un corregimiento del municipio de Mahates en el Departamento de Bolívar (Colombia) declarado Patrimonio Inmaterial de la Humanidad por la Unesco en 2005. Ha encontrado en el turismo una oportunidad de visibilidad e ingresos económicos, lo que llevó a la comunidad en 2016 a proponer una Ruta Etnoturística. Es así como entre 2017 y 2018 se realizó un trabajo conjunto, entre la Mesa de Etnoturismo de San Basilio de Palenque, la Fundación Semana y la Escuela de Arquitectura y Hábitat de la Universidad de Bogotá Jorge Tadeo Lozano, con el fin de formular y desarrollar este proyecto concertado desde el territorio, a través de un laboratorio interdisciplinar y de creación participativa que estableció tres condiciones como punto de partida: 1) La valoración del «espacio cultural» palenquero, 2) Una mirada particular del territorio y 3) La relación entre cultura palenquera, patrimonio y turismo. En ese sentido, este documento sintetiza el proceso que permitió su diseño e implementación en el corregimiento. Palabras clave: diseño participativo; etnoturismo; cultura; patrimonio intangible; espacio cultural. [en] The Development and Communication of the Ethno-touristic Route in San Basilio de Palenque (Colombia) Abstract: San Basilio de Palenque is a corregimiento of the municipality of Mahates in the Department of Bolívar (Colombia) declared Intangible Heritage of Humanity by Unesco in 2005. It has found in tourism an opportunity for visibility and economic income, which led to the community in 2016 to propose an Ethno-touristic Route. Therefore, a joint work was carried out in 2017 and 2018, between the Mesa de Etnoturismo de San Basilio de Palenque, the Fundación Semana and the School of Architecture and Habitat of the Universidad de Bogotá Jorge Tadeo Lozano, in order to formulate and develop this project, agreed from the territory, through an interdisciplinary laboratory and participatory creation that established three conditions as a starting point: 1) The valuation of the palenquero «cultural space», 2) A particular view of the territory and 3) The relationship between palenquera culture, heritage and tourism. In that sense, this document summarizes the process that allowed its design and implementation in the corregimiento.