Trabalho Politicas Publicas Final M05
Trabalho Politicas Publicas Final M05
Trabalho Politicas Publicas Final M05
Introdução
1.2.1.Geral
1.2.2. Específicos
1.3.I. Metodologia
A metodologia usada para efectivação deste trabalho foi o método científico e a técnica a
revisão bibliográfica.
1.4.Conceitos
Easton (1953, p. 130) considera uma política (policy) uma teia de decisões que alocam valor.
Mais especificamente, Jenkins (1978, p. 15) vê política como um conjunto de decisões inter-
relacionadas, concernindo à selecção de metas e aos meios para alcançá-las, dentro de uma
situação especificada.
Segundo Heclo (1972, p. 84-85), o conceito de política (policy) pode ser considerada como
um curso de uma acção ou inação (ou não-acção), mais do que decisões ou acções
específicas.
Politicas Publicas – e o que os Governos fazem, porque o fazem e que diferença faz a acção
governamental para a sociedade e seus problemas (Pedone, 1986:7).
Políticas Públicas são um conjunto de acções e decisões do governo, voltadas para a solução
(ou não) de problemas da sociedade (...).” Dito de outra maneira, as Políticas Públicas são a
totalidade de acções, metas e planos que os governos (nacionais, estaduais ou municipais)
traçam para alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público ( Matheus Cotta de
Carvalho - Políticas Públicas Volume 7 ).
O termo “governação” refere-se ao processo de tomada de decisão e às formas como as
decisões são implementadas (ou não). Em qualquer dado sistema, o governo é o principal
actor, mas outros podem influenciar o processo. Os actores não estatais, como os líderes
religiosos ou tribais, sociedade civil, principais proprietários de terras, sindicatos de
trabalhadores, instituições financeiras, o exército e os grupos baseados na comunidade podem
desempenhar papéis importantes.
Este modelo está virado para o processo político e para o que resulta desse processo em
termos de directrizes, políticas e programas governamentais. Este modelo tem por premissa
que o planeamento seja feito sem desvios ou restrições e que os objectivos estabelecidos
serão atingidos com certeza como se fossem situações e ambientes certos e estáveis
(Pedone, 1986:35).
Wanderley G. dos Santos e Olavo Brasil, mencionam criticando esse modelo voluntarista,
que “uma vez os fins das políticas sejam estabelecidos pelos tomadores de decisão,
praticamente nada que seja importante pesquisar permanece no campo”, e que nota-se pouca
atenção tendo sido dada a análise de conteúdo, pensando que uma vez estabelecido os
objetivos (fins) e os recursos (meios), necessários, pouco mais deveria ser feito para avaliar
os objetivos em comparação com os resultados. Dois extremos restringem essa viabilidade
política limitada, por um lado vários segmentos da sociedade geram demandas de serviços
para certos problemas sociais, sendo ou não atendido conforme a sua maior ou menor
influência sobre órgãos públicos. Por outro lado, as instituições do governo trabalham num
processo de fixação de objectivos e de compatibilização de meios para que tais objetivos
sejam alcançados.
De igual modo o autor cita que este modelo tem por premissa que o planeamento é feito sem
desvios ou restrições, e que os objetivos estabelecidos serão atingidos com clareza, como se
fossem situações em ambientes certos e estáveis. Essa consequência, a análise seria
desnecessária e não teria nenhum acréscimo na compreensão do processo político. Esta visão
é imobilizante na medida em que o “ status quo” é mantido. O que vem sendo feito, continua
ser realizado, sujeito às mesmas pressões do sistema político, mudando incrementalmente,
sem atender às demandas sociais de mudanças estruturais a longo prazo. Portanto, como
resultado, a utilidade desse tipo de análise e avaliação fica restrita não ajudando no processo
de formulação e tomada de decisões nas políticas públicas.
Este modelo, procura defender a necessidade de um maior detalhe das políticas públicas. Isto
é realizado pela análise aplicada por experimentos com políticas públicas, para poder
estabelecer objetivos e custos de cada alternativa. O Mesmo autor refere que esta abordagem
focaliza a “resultante” das políticas públicas, o que sai das instituições do governo (Pedone
1986:37-38).
Deste modo, Pedone (1986:37), reitera que para os seguidores desta vertente, as políticas
públicas originam-se dos centros de pesquisa de governo. Assim, instituições geradoras de
políticas públicas tornam para si a responsabilidade de fornecer algumas alternativas de
políticas públicas aos tomadores de decisão, exactamente porque detêm os dados e as
informações sobre os problemas tais como eles são definidos por grupos específicos. Na
definição dos problemas e dos valores implícitos em programas destinados a resolve-los, são
realizados apenas reajustes nos procedimentos sem maior preocupação com a mudança
substantiva na política pública. O que vem a ser considerada uma “boa política” é aquela que
passa pelo teste inicial das “boas intenções”. O último teste é a sua aceitação pelo seguimento
dos grupos de pressão externos e internos ao governo atingidos pela política pública.
Ao analisar políticas públicas pelo ângulo do processo politico interno e externo focaliza-se
somente parte da questão de políticas públicas. O fascínio que a dinâmica do processo
decisório exerce sobre estes analistas deixa não analisada os efeitos das políticas das
populações alvo. Não se pode saber quais aspectos do processo de políticas públicas que são
realmente importantes até que se conheçam os efeitos dos decretos, leis, portaria, instruções,
resoluções, na sociedade e na economia pela sua efectiva actuação ou apenas existência
formal.
2.4.2 Governação
Rod Rhodes afirma que o conceito de governação tem seis significados diferente:
Governação como mínimo Estado - está relacionada com a retórica neoliberal sobre
necessidade de se reduzir o papel do estado e as despesas públicas e desregularizar a
economia. Esta era a política do Banco Mundial desde os anos 80 para diante. Mínimo estado
significava: redução de funcionários do estado, redução drástica de despesas do estado,
introdução de programas de ajustamento estrutural e maior confiança às forças de mercado.
b) Governação como nova gestão pública – esta preocupa-se com a medição dos
resultados das actividades públicas, a promoção da responsabilização, a prestação de
contas a promoção de concursos públicos para a realização de várias actividades,
estabelecimento de parcerias entre os sectores público e privado, a devolução do controlo
da gestão, a melhoria de relatórios, monitoria e mecanismos de prestação de contas.
Jon Pierre e Guy Peters identificaram oito factores que contribuíram para elevação da
importância de governação: A crise financeira do Estado, Mudança ideológica em direcção
aos princípios de mercado, globalização, incapacidade do estado para satisfazer as
necessidades cada vez mais crescentes dos cidadãos, emergência de nova gestão pública,
mudanças sociais e crescentes complexidades, novas fontes de governação e herança de
responsabilização política tradicional.
Políticas Públicas - conjunto de acções do governo, isto é, qualquer coisa que o governo opte
por fazer ou por não fazer ou ainda a soma de todas as actividades desenvolvidas por um
governo, directa ou indirectamente, sobretudo no que diz respeito às grandes questões
públicas e sua (possível) solução. (Souza 2003).
O que vai determinar a inserção ou não inserção de um problema público em uma agenda?
Dentre uma série de factores, pode-se citar por exemplo, a existência de indicadores ou
dados, que mostram as condições de uma determinada situação; e o resultado obtido com
acções governamentais anteriores que apresentaram falha nas providências adoptadas. Os
desdobramentos políticos (como por exemplo, as mudanças de governo) também são
poderosos formadores de agenda, pois isso está relacionado à visão dos políticos eleitos sobre
os temas que devem ou não receber prioridade.
Cabe ressaltar que, mesmo que uma questão seja listada na Agenda, isso não significa que
terá prioridade em relação às outras, pois tal prioridade ocorre com a junção de diversos
factores, como a própria vontade política, uma forte mobilização social e a avaliação de
custos para a resolução do problema em questão.
2.11. Formulação de Políticas Públicas
Pode-se definir como necessários a uma boa formulação de políticas os seguintes passos: a
transformação de estatísticas em dados importantes para a solução dos problemas;
identificação dos principais atores envolvidos e a avaliação das preferências dos mesmos; e
acção com base nas informações adquiridas.
A avaliação das alternativas deve acontecer de forma objectiva, levando-se em conta algumas
questões, como viabilidade financeira, legal e política, e também os riscos trazidos pelas
alternativas em estudo. Desta forma, opta-se por aquelas que seriam mais convenientes para o
cumprimento do objectivo (Capella, A. C. N. 2007. p. 87-121.).
Nesta fase, alguns elementos podem prejudicar o processo das políticas, como por exemplo:
disputa pelo poder entre organizações; contexto social, económico e tecnológico das
políticas; recursos políticos e económicos; treinamento do sector administrativo responsável
pela execução e o apoio político à disposição. Embora seja mostrada uma carência de
recursos frente às necessidades públicas, por muitas vezes, os programas governamentais são
falhos, havendo mais deficiência na gestão do que falta de recursos propriamente dita. Dentre
as disputas entre organizações, é interessante dizer que, quanto maior os números de
organizações estiverem envolvidas no processo de implementação das políticas – dependendo
do nível de colaboração entre elas, maior será o número de ordens a serem resolvidas, o que
demanda maior tempo para a realização das tarefas.
O facto de a Avaliação ser colocada como a última fase, não quer dizer que ela deve ser
utilizada apenas no fim da actuação política. A avaliação pode/deve ser feita em todo o
processo de Políticas Públicas, contribuindo para um bom desenvolvimento das acções
minimizando as chances de insucesso (Capella, A. C. N. 2007. p. 87-121.)
Polidano (2001) defende que o fracasso de políticas públicas tem a ver com a abrangência das
mesmas. Em muitos países e em particular em Moçambique, as políticas públicas enquadram-
se no âmbito da reforma do sector público. Assim, a tendência dos Governos é tentar
reformar tudo ao mesmo tempo e muitas vezes sem capacidade administrativa e financeira
III. Conclusão
O grupo entendeu que as variações nas políticas públicas adoptadas podem ser explicadas
mediante o uso de diferentes modelos de análise ou mesmo com a combinação dos mesmos.
Nesse sentido, a investigação sobre as políticas públicas pode ser realizada a partir de várias
perspectivas teóricas, que buscam explicar os processos de tomada de decisão dos actores,
que tendem a apresentar regularidades. Enquanto algumas abordagens enfatizam a
racionalidade como fator explicativo, outras entendem que os processos de decisão não são
lineares, e nesse entremeio também fica destacado o papel das instituições. Mesmo havendo
divergências entre as diferentes possibilidades de análises, as abordagens podem ser
empregadas de forma complementar. Adiante o grupo foi ainda capaz de perceber de existe
uma diferença clara entre governação e governo nos fracassos das politicas públicas através
das analises de Drucker permitiram concluir que o treinamento dos funcionários, as políticas
reguladoras e de controlo devem ser acompanhadas por políticas de redistribuição equitativa
dos recursos. Com o pensamento de Oliveira é possível perceber que o processo de
planificação deve acompanhar todas as fases de políticas públicas. A grande aprendizagem
que se pode extrair de Pedone aponta que as reformas do sector público não devem ser
abrangentes e de curto prazo.
V.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Capella, A. C. N. Perspectivas Teóricas sobre o Processo de Formulação de Políticas
Públicas. In: Hochman, G.; Arretche, M. et al. (Orgs.). Políticas Públicas no Brasil. Rio de
Janeiro: Fiocruz, 2007. p. 87-121.
Kingdon, J. (2003 [1984]), Agendas, alternatives, and public policies. 3 ed. Nova York,
Harper Collins.
Souza, C. Políticas públicas: uma revisão da literatura. Sociologia, Porto Alegre, n.16, p. 20-
45, 2006.
Inclusive Security: Women Waging Peace cannot vouch for the accuracy of this translation.
Indice Capa
I. Introdução..........................................................................................................................................1
1.1.Objectivos:.......................................................................................................................................2
1.2.1.Geral.............................................................................................................................................2
1.2.2. Específicos...................................................................................................................................2
1.3.I. Metodologia.................................................................................................................................2
1.4.Conceitos.........................................................................................................................................2
2.4.2 Governação..................................................................................................................................6
III. Conclusão.......................................................................................................................................14
V.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................................15