Orlando Maneschy

Maneschy-UFPA RESUMO O referido artigo aborda questões constituintes da Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará evidenciadas em obras, articulações empreendidas por artistas e procedimentos estabelecidos nos processos engendrados na/com a Amazoniana, nas perspectivas do ensino, da pesquisa e extensão, percebendo a coleção como um território profícuo às dinâmicas que ampliam a perspectiva tradicional de uma coleção de arte. Para tanto, observaremos conteúdos e conceitos presentes em obras e discursos, articulando-os com uma perspectiva decolonial.

Maneschy-UFPA RESUMO O referido artigo aborda questões constituintes da Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará evidenciadas em obras, articulações empreendidas por artistas e procedimentos estabelecidos nos processos engendrados na/com a Amazoniana, nas perspectivas do ensino, da pesquisa e extensão, percebendo a coleção como um território profícuo às dinâmicas que ampliam a perspectiva tradicional de uma coleção de arte. Para tanto, observaremos conteúdos e conceitos presentes em obras e discursos, articulando-os com uma perspectiva decolonial.

This article concentrates on the artistic production of Luciana Magno (Belém do Pará, 1987) made in the Amazon region. Magno has been developing for several years the Organic series, in which his body is undertaken as an element of nature, seeking to mimetic the space in which do performances oriented to photography and sometimes video. This work has been well received by the critics of specialized art, which led to it being contemplated with different prizes and being selected for shows in various corners of the country and still abroad. We will also address, Telefone sem Fio, a work in which the artist crossed Brazil, from the most extreme points from north to south, establishing a critical and poetic look at culture, history and politicsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

A relação entre a arte e a transcendência é imemorial. Uma sociedade interroga-se sobre a vida e a morte, desenvolve rituais e estabelece mediações através da oferta de objetos, de sacrifícios, de representações, de práticas funerárias, de comportamentos que não surgem da necessidade biológica, surgem da necessidade pensada, ou melhor, surgem do espírito. A questão estabelece-se entre o pensamento e as coisas. As coisas, o seu destino, o seu processo, o seu devir, têm regularidades, e irregularidades. Sobre as regularidades, como a quantidade, a permanência, a repetição, podemos estabelecer representações, ou relações de conhecimento. Sobre as irregularidades, percebidas como arbitrárias, que provocam incerteza, vida e morte, destinos indeterminados, podemos pensar uma determinação exterior, que nos transcende na duração e no conhecimento. Ao lançar “Deus” como tema deste número da revista Estúdio teve-se a perceção inteira da sua profundidade. A condição humana faz-se da representa...

Cidadania e arte, uma questão de revolução. A perfeição do gosto académico reproduz a perfeição do Estado absoluto, a disciplina é descoberta e lança mão de toda a coreografia: os gestos significam, e por isso os gestos são determinados no novo ballet da política esclarecida. Então como é que a revolução chega às artes? Precisamente por as artes funcionarem a um ponto tão modelar e exigente, nas academias, que vão ser chamadas a fornecer novos espelhos da nova perfeição programática. Quando a revolução começa a anunciar-se, os artistas vão reivindicar a representação apolínea da revolução, perfeita como as artes decorativas, como as alamedas de Versailles. Neste número da revista Croma apresenta-se uma seleção de artigos que, além de tratarem a obra de artistas pelo olhar de outros artistas, fazem-no apontando perspetivas implicadas, comprometidas, relacionais.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

Como é característica fundadora do projeto CSO – criadores sobre outras obras – os artistas são aqui convidados a comunicar o seu conhecimento sobre outros artistas, dentro de um descentramento que toma os idiomas ibéricos como uma plataforma territorial de emergência, e de resistência, também. É uma área cultural periférica, alternativa, que se afirma em crescente grandeza. Dentro deste dispositivo comunicativo, a revista Croma delimita mais ainda o seu tema, nos artistas que de algum modo fazem incorporar a implicação social, a interação e a criação e formação de novos públicos como um dos componentes estruturantes da sua obra. Surgem na Croma obras intervenientes, que provocam, e que convocam, que estabelecem pontes, ou que as ameaçam. São obras em que a componente relacional (N. Bourriaud) ou formativa e integradora (P. Freire) assumem uma atualidade constante e renovada. Os artigos reunidos neste quinto número da Revista Croma propõem, no seu conjunto uma intenção de proximidad...

Crescer na intervenção e na comunicação é um dos objetivos da Revista Gama, estudos artísticos. Promove-se a comunicação, formal, dentro das regras da comunicação académica, através de textos cuja característica comum é serem escritos por artistas, sobre a obra de outros artistas. Este foi o critério base que inspirou o projeto das iniciativas associadas ao Congresso CSO (criadores sobre outras obras), que já completou seis anos de disseminação. A Revista Gama singularizou-se por convocar artistas e obras que de algum modo estariam esquecidos, desconhecidos, ou ainda pouco divulgados. Obras cuja execução tem raízes em passados mais ou menos recentes, mas que pelo excesso de discursos na contemporaneidade, não obtiveram a divulgação desejada. Este é um propósito de intervenção no conhecimento patrimonial: as obras existem, foram executadas, enriquecem o nosso património, mas há que as fazer funcionar, dar a conhecer, aos outros artistas, aos especialistas, ao grande público. Assim se...

Às vezes as palavras podem ser escondidas antes de ser ditas, cabendo ao artista, ou ao poeta, a capacidade de as revelar. São coisas difíceis, pois tratam-se de coisas de difícil acesso, apenas franqueadas pelos poetas e artistas. E estes artistas, convocados por outros artistas, se anunciam vivos pelo olhar da afinidade, pela convergência para lá do visível, pela cumplicidade assinalada. Assim se reunem os artigos deste número da revista Estúdio 23.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

As relações entre espaço e imagem vêm permeando o trabalho do artista brasileiro Rubens Mano (1960- ) desde suas investigações iniciais acerca do ambiente urbano, ainda na década de 80, quando a fotografia mostrava-se como o único canal de articulação para o artista apresentar suas reflexões sobre tais questões. Sua produção artística se estabelece dentro de um campo no qual questões espaciais e luminosas se instauram para colocar em xeque aquilo que nos é visível. Trabalhando com a transformação do espaço em imagem, Rubens Mano, cuja formação universitária foi na área da arquitetura e urbanismo, articula questões nas quais a luz aparece com elemento de importância fundamental.

Among fabrics, embroidery and stamping, the designer André Lima transits between diverse cultural territories in an anthropophagic movement, resulting in collections that feature a profusion of colors, textures and models, all of which were researched and created by him. This article aims to reflect on the concepts of culture, issues of cultural identity and complex processes in the construction of own fabrics of the stylist's work. RESUMO: Entre tecidos, bordados e estamparias, o estilista André Lima transita entre territórios culturais diversos, em um movimento antropofágico, que resulta em coleções que apresentam uma profusão de cores, texturas e modelagens pesquisadas e criadas por ele. Este artigo tem como objetivo refletir sobre os conceitos de cultura, questões de identidade cultural e processos complexos de construção de tecidos próprios da obra do estilista. Taylor & Francis Group, London, ISBN 978-1-138-29611-4

Trabalho de Pos-doutoramento supervisionado pelo Prof. Doutor Joao Paulo Queiroz, especialmente elaborado pela finalizacao do estagio Pos-doutoral no Centro de Investigacao e de Estudos em Belas Artes da Faculdade de Belas Artes de Lisboa (CIEBA-FBAUL)

Refletir sobre a producao visual no cenario contemporâneo brasileiro a partir das relacoes empregadas por artistas no campo das imagens, procurando apontar as operacoes comunicacionais da imagem que se constituem dentro do territorio da arte e o objetivo deste trabalho. A partir de teorias da Semiotica da Cultura, buscamos apontar para as questoes relacionadas a criacao de imagens e como estas se articulam no campo da arte contemporânea brasileira. Para tanto, faz-se necessario compreender como se dao os processos de construcao de imagens, seus dialogos com sistemas e tecnicas de captacao, bem como seus desdobramentos, conceituais e fisicos, que tomam parte significativa nos processos artisticos, propiciando outras formas de relacao com o campo visual, gerando experiencias e resultados complexos, como forma de relacao com o mundo

Este artigo pretende tracar um panorama dos processos curatoriais e documentais empreendidos ao longo da instauracao da Colecao Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Para e seus desdobramentos em sistemas internos de pesquisa e externos na extravasao para o publico, compreendendo que as acoes curatoriais em uma colecao atravessam para o publico, compreendendo que as acoes curatoriais em uma colecao atravessam distintos aspectos que ultrapassam o evento exposicao, amplificando-se em procedimentos variados de trabalho. Filosofia, teoria da arte, teoria museologica e antropologia sao ativadas no processo de trabalho e servem como chaves para a compreensao das multiplas situacoes que envolvem esse processo curatorial no periodo de 2010 a 2017.

This article concentrates on the production of the artist Éder Oliveira (1983), born in the northeast of Pará (Amazônia), in a village near the small town of Nova Timboteua, son of a teacher and a housewife, the artist was created in the Bragantine zone, between nature, school and drawings. His works reach the look of curators and public, being part of public and private collections, such as the Amazonian Collection of Art of the Federal University of Pará; Dos de Mayo Art Center — Madrid, among others, as well as exhibitions in the country and abroad, like for example: Pororoca — The Amazon in the MAR, Museum of Art of Rio de Janeiro, 2014; 31st SP Biennial of Arts, 2014 and Serralves Foundation, Porto, 2015; Malerei — oder die Fotogafie als Gewaltakt, Kunsthalle Lingen, Germany, 2016. Keywords: Painting / Amazon / Art and Politics.

This paper aims at making visible artworks produced in the city of Belem do Pará from the 1980s to the 2020s, and that emphasize LGBTQIAP+ discussions. Taking this year’s conference theme - (Re)Existências - as aprompt, we selected for analysis some artists that have been investigating in their projects some issues related with the interruption that a heteronormative and patriarchal society inputs on certain bodies. This discussion emerges from the current situation in which human life on earth is threatened, and a Brazil that reinforces violence and condemn differences. We explore these subjects through the works of Rosangela Britto, Orlando Maneschy, Victor de La Rocque, Maurício Igor, Henrique Montagne, Keyla Sobral, Allyster Fagundes, Rafael Matheus Moreira and Rafael Bqueer. RESUMO Este trabalho pretende trazer à luz uma produção que ainda hoje se encontra pouco visibilizada no campo da arte; obras com forte ênfase nas questões LGBTQIAP+ e que foram realizadas em Belém do Pará entre os anos 1980 e 2020. Partindo do tema do 30o Encontro da ANPAP (Re)Existências, em uma situação de risco nunca dantes vista à vida. humana do planeta, com uma configuração de país no qual as diferenças e violências vêm se recrudescendo, em que corpos/corpas/corpes dissidentes têm sido alvo de censura e interdição, optamos por abordar a produção de artistas que vêm friccionando, por meio de seus projetos, questões e limites que a sociedade heteronormativa patriarcal busca estabelecer, como Rosangela Britto, Orlando Maneschy, Victor de La Rocque, Maurício Igor, Henrique Montagne, Keyla Sobral, Allyster Fagundes, Rafael Matheus Moreira e Rafael Bqueer.

This paper aims at making visible artworks produced in the city of Belem do Pará from the 1980s to the 2020s, and that emphasize LGBTQIAP+ discussions. Taking this year’s conference theme - (Re)Existências - as a prompt, we selected for analysis some artists that have been investigating in their projects some issues related with the interruption that a heteronormative and patriarchal society inputs on certain bodies. This discussion emerges from the current situation in which human life on earth is threatened, and a Brazil that reinforces violence and condemn differences. We explore these subjects through the works of Rosangela Britto, Orlando Maneschy, Victor de La Rocque, Maurício Igor, Henrique Montagne, Keyla Sobral, Allyster Fagundes, Rafael Matheus Moreira and Rafael Bqueer.

RESUMO
Este trabalho pretende trazer à luz uma produção que ainda hoje se encontra pouco visibilizada no campo da arte; obras com forte ênfase nas questões LGBTQIAP+ e que foram realizadas em Belém do Pará entre os anos 1980 e 2020. Partindo do tema do 30o Encontro da ANPAP (Re)Existências, em uma situação de risco nunca dantes vista à vida humana do planeta, com uma configuração de país no qual as diferenças e violências vêm se recrudescendo, em que corpos/corpas/corpes dissidentes têm sido alvo de censura e interdição, optamos por abordar a produção de artistas que vêm friccionando, por meio de seus projetos, questões e limites que a sociedade heteronormativa patriarcal busca estabelecer, como Rosangela Britto, Orlando Maneschy, Victor de La Rocque, Maurício Igor, Henrique Montagne, Keyla Sobral, Allyster Fagundes, Rafael Matheus Moreira e Rafael Bqueer.

RESUMO: Este artigo aborda a produção visual da fotografia paraense e as relações entre política, arte e vida nas proposições e ações realizadas no projeto Seqüestros: imagem na arte contemporânea paraense. Palavras-chave: Arte brasileira contemporânea; arte e ...

Buscamos identificar os mecanismos de expansão da fotografia e do vídeo em suas relações com o conteúdo literário nos trabalhos produzidos pioneiramente pelo grupo Caixa de Pandora no estado do Pará, Brasil. Constatamos a presença do que chamamos de Redes de Colaboração, interconectadas a partir dos seguintes Nós de Interação: 1) o processo de tradução do conteúdo literário, 2) a fotografia expandida, e 3) a espacialização da imagem.Palavras-chave: processos de tradução, espacialização, redes de colaboração

Lúcia Gomes: an artist in Amazonia
This article is about the visual production of paraense artist Lúcia Gomes and the relationship between politic, art and life in the proposes and actions done. Keywords: Contemporary brazilian art / art and politic / art in Amazônia / performance.

Resumo: Este artigo aborda a produção visual da artista paraense Lúcia Gomes e as relações entre política, arte e vida nas proposições e ações realizadas. Palavras chave: Arte brasileira contemporânea / arte e política / arte na Amazônia / performance.

Ensaio sobre a obra da fotógrafa Paula Sampaio para seu catálogo Embarque publicado no projeto Arte Pará 2012.

Essay on the work of photographer Paula Sampaio for her catalog called Embarque published in the Arte Pará 2012 project.

Há ainda textos de:
Armando Queiroz, Cláudia Leão, Ernani Chaves, Marisa Mokarzel, Roberta Maiorana e Rose Silveira.

Thinking about a country and its artistics processes in an apocalyptic scenario in which all logic seems to fail. Understand the Art and democratic processes can be a path against the ignorance and invisibility of the other. In this article we will make some digression to understand the role of art through experience of art and life that impact on the place of culture, even if they go through erasures processes.
Pensar um país e seus processos artísticos em um cenário apocaliptico em que todas as lógicas parecem ruir. Compreender que a arte e os processos democráticos podem ser um caminho contra a ignirância e a invisibilização do outro. Neste artigo cometeremos algums digressões para compreender o papel da arte por meio de experiência de arte e vida que impactam no lugar da cultura, mesmo que passem por processos de apagamento.

Artigo sobre a produção do fotógrafo Gratuliano Bibas publicado em em livro editado pelo governo do Estado do Pará.

Article about the production of the photographer Gratuliano Bibas published in a book edited by the government of the State of Pará.

http://www.fotoparaense80-90.pa.gov.br/Orlando_texto.htm
https://icaadocs.mfah.org/s/en/item/1111171#?c=&m=&s=&cv=&xywh=-1334%2C90%2C4367%2C2444

PARÁ. Secretaria de Estado da Cultura Fotografia Contemporânea Paraense - Panorama 80/90. Belém: SECULT, 2002.

RESUMO: O trabalho discute a tríade arte, moda e museologia utilizando como objeto principal a Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará (UFPA). Esta coleção tem por objetivo tratar da arte moderna e contemporânea com um recorte poético e político sobre a região amazônica. Com isso, serão apresentados alguns conceitos norteadores para esta discussão que busca alcançar o objetivo de refletir sobre como Arte e Moda podem ser articuladas dentro do campo da Museologia. Investigando como estas conseguem dialogar entre si, tomando por base a formação da referida coleção na busca de pensar na inserção da Seção Moda neste debate. Soma-se a isto, discussões museológicas relevantes a esse entrelace, tais como a reflexão sobre o preservar ações efêmeras, visando contribuir para a ampliação das perspectivas acerca dos processos de preservação da Museologia. PALAVRAS-CHAVE: Museologia. Moda. Arte. Coleção Amazoniana. ABSTRACT: The paper discusses the triad art, fashion and museology using as main object the Amazonian Art Collection of the Federal University of Pará (UFPA). This collection aims to address modern and contemporary art with a poetic and political perspective on the Amazon region. With this, some guiding concepts will be presented for this discussion that seeks to reach the goal of reflecting on how Art and Fashion can be articulated within the field of Museology. Investigating how they can dialogue with each other, based on the formation of this collection in order to think about the insertion of the Fashion Section in this debate. In addition to this, museological discussions relevant to this intertwining, such as the reflection on preserving ephemeral actions, aiming to contribute to the broadening of perspectives on the preservation processes of Museology.

RESUMO: Entre tecidos, bordados e estamparias, o estilista André Lima transita entre territórios culturais diversos, em um movimento antropofágico, que resulta em coleções que apresentam uma profusão de cores, texturas e modelagens pesquisadas e criadas por ele. Este artigo tem como objetivo refletir sobre os conceitos de cultura, questões de identidade cultural e processos complexos de construção de tecidos próprios da obra
do estilista.

Among fabrics, embroidery and stamping, the designer André Lima transits between diverse
cultural territories in an anthropophagic movement, resulting in collections that feature a profusion of colors, textures and models, all of which were researched and created by him. This article aims to reflect on the concepts of culture, issues of cultural identity and complex processes in the construction of own fabrics of the stylist's work.

RESUMO: Entre tecidos, bordados e estamparias, o estilista André Lima transita entre territórios culturais diversos,
em um movimento antropofágico, que resulta em coleções que apresentam uma profusão de cores,
texturas e modelagens pesquisadas e criadas por ele. Este artigo tem como objetivo refletir sobre os conceitos
de cultura, questões de identidade cultural e processos complexos de construção de tecidos próprios da obra
do estilista.
Taylor & Francis Group, London, ISBN 978-1-138-29611-4

It is a fact that our Western culture was established under the sign of images. This bonding system, where the subject is called upon repeatedly to establish meaningful relationships between the constituent elements of this image, becomes increasingly complex due to the sophistication of the modes of representation of reality, increasingly imbracing man to the image. This article articulates on this issue and how images and representations occur in the bear universe - from the images constituted and presented on Brazilian websites and their meanings.

É fato que nossa cultura ocidental se estabeleceu sob o signo das imagens.  Este sistema de vinculação,  onde o sujeito é convocado repetidamente a estabelecer relações de significado entre os elementos constituintes desta imagem, torna-se cada vez mais complexo a partir da sofisticação dos modos de representação da realidade, imbricando cada vez mais o homem à imagem. Este artigo articula sobre essa questão e como se dão as imagens e representações no universo ursino - bear -  a partir das imagens constituídas e apresentadas em sites brasileiros e seus significados.

The article addresses a set of actions by the artist Lúcia Gomes carried out in the first decade of the 21st century. They are performances, actions shared with the other, urban interventions that the artist operates sometimes in minimal operations, sometimes in the collective.

Resumo: O artigo aborda um conjunto de ações da artista Lúcia Gomes realizadas na primeira década do século XXI. São performances, ações compartilhadas com o outro, intervenções urbanas que a artista opera ora em operações mínimas, ora no coletivo.

RESUMO Este artigo pretende traçar um panorama dos processos curatoriais e documentais empreendidos ao longo da instauração da Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará e seus desdobramentos em sistemas internos de pesquisa e externos na extravasão para o público, compreendendo que as ações curatoriais em uma coleção atravessam distintos aspectos que ultrapassam o evento exposição, amplificando-se em procedimentos variados de trabalho. Filosofia, teoria da arte, teoria museológica e antropologia são ativadas no processo de trabalho e servem como chaves para a compreensão das múltiplas situações que envolvem esse processo curatorial no período de 2010 a 2017. ABSTRACT This article intends to outline the curatorial and documentary processes undertaken during the establishment of the Amazoniana Art Collection of the Federal University of Pará and its developments in internal research and external systems in the extravasation for the public, understanding that the curatorial actions in a collection they cross different aspects that go beyond the exposure event, amplifying themselves in varied work procedures. Philosophy, art theory, museological theory and anthropology are activated in the work process and serve as keys to the understanding of the multiple situations that involve this curatorial process in the period from 2010 to 2017.

RESUMO: Pensar a produção estética na Amazônia demanda um mergulho em um território complexo e que dista da ideia de floresta virgem. Faz-se necessário ponderar sobre fluxos que atravessaram e cortam esse ambiente para, ao olhar para o passado, compreender o tempo presente. Este artigo busca lançar vetores para pensarmos a produção estética na região e atentar para o significado de se constituir uma coleção a partir das obras de artistas que se envolvem de forma densa com particularidades da região, materializando suas experiências nas mais variadas expressões das artes visuais. Depositada na Universidade Federal do Pará, esta coleção se propõe a engendrar pensamento acerca do fazer artístico e seus imbricamentos com a sociedade, constituindo acervo, e produzir reflexão crítica sobre a elaboração estética na Amazônia.
Palavras-chave: Amazônia; Arte Contemporânea; Subjetividade

ABSTRACT: Think aesthetic production in the Amazon demand a dip in a complex territory, that is too far from the idea of virgin forest. It is necessary to think about flows that crossed and cut for this environment, to look at the past, understanding the present time. This article seeks to shed vectors to think aesthetic production in the region and attend to the significance of setting up a collection from the works of artists who develops a dense engage with the region's particularities, materializing their experiences in expressions various of the visual arts. Deposited at the Federal University of Pará, this collection aims to engender thought about making art and its imbrications with society, makes this collection, and produce thinking about aesthetic elaboration in Amazon.

Thos article is about the visual production of photography in the state of Pará (Brazil) and the relationship between politic, art and life in the proposes and actions done in the project Sequestros: image in the contemporary art of Pará..
Key words: Contemporary brazilian art; art and politic; art in Amazon; performance.

RESUMO: Este artigo aborda a produção visual da fotografia paraense e as relações entre política, arte e vida nas proposições e ações realizadas no projeto Seqüestros: imagem na arte contemporânea paraense.
Palavras-chave: Arte brasileira contemporânea; arte e política; arte na Amazônia; performance.

JÁ!EMERGÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS: CONSTRUÇÃO DE PLATAFORMA COMO PROJETO CURATORIAL

Orlando Maneschy e Ana Paula F. de Camargo Lima, UFPA, USP

Na cena contemporânea brasileira vemos diferentes manifestações que vem marcando o pensar e o fazer artístico. Ações com caráter político, vivências processuais e questionamentos ao sistema motivaram novas abordagens e relações no território da arte. Partindo de um campo de reflexão em torno desta situação no Brasil, apontando mecanismos que se apresentam em diversas regiões do país, em que estratégias colaborativas vêm se estabelecendo e engendram acontecimentos que tanto se traduzem por meio de produção artística, quanto de construção crítica, desenvolvemos o JÁ!Emergências Contemporâneas.
Este projeto nasceu como uma plataforma relacional que se manifesta no formato de livro-index, suporte para proposições apresentadas em dois vetores: imagens e conceitos que passaram a ser ordenados dentro de um desenho curatorial flexível. Assim, o projeto opera em diversas instâncias: a curadoria que se estabelece no elencar de nomes a tomarem parte, bem como na sugestão de forma de participação; a estrutura física do projeto no formato impresso, com sua edição, formatação e delimitação cromática para cada ingresso, seja de imagem ou de texto; a circulação/distribuição do livro e a realização de encontros e debates presenciais. Ao convidarmos artistas, historiadores e críticos para pensar e criar a partir do que seria, para cada um destes, uma emergência da cena contemporânea no campo das artes, visamos acionar um olhar para o que vem sendo produzido e pensado no país. Assim, o projeto se instaura como um território que reúne instâncias da tensão atual sob a forma de textos, imagens, instruções, contaminações, potências e hipertextos.
JÁ! Emergências Contemporâneas transita no meio impresso refletindo um processo curatorial que propicia a circulação de idéias e contato. A comunicação construída e ofertada por esta plataforma livro que se desdobra em outras proposições, entre as quais seminários, contou com a participação de produtores culturais, críticos, artistas e pesquisadores tais como:Acácio Sobral, Adriana Barreto, Bené Fonteles, Christine Mello, Cristina Freire, Edson Barrus, Eduardo Kac, Jorge Menna-Barreto, Josynaldo Ferreira, Keth Richard (Grupo Empreza), Lúcia Gomes, Maria Christina, Marisa Mokarzel, Melissa Barbery, Oriana Duarte, Paulo Bruscky, Paulo Herkenhoff, Raquel Garbelotti, Regina Melim, Ricardo Basbaum, Rubens Mano, Sérgio Basbaum, Solon Ribeiro, Suely Rolnik, Tadeu Costa, Vanessa Schultz, Victor de La Roque e Walter Zanini.

OUTRA NATUREZA
De que maneira a experiência íntima com a Natureza afeta a produção dos jovens artistas que vivem na Amazônia? Em que medida esse contato com o orgânico, com o espaço natural e com a ideia de paisagem se revela em suas obras? Observando o trabalho desses artistas, pensamos no entendimento acerca do conceito de Natureza – enquanto fenômenos físicos, de condições essenciais, supostamente próprias das coisas no universo são postas em fricção com a forma de estar no mundo deflagrada pelos seres vivos -, e ainda em como a lógica ocidental instituída não leva em conta o saber tradicional do homem da região. Assim, buscamos lançar um olhar sobre a complexidade presente no fazer artístico desses artistas, estruturados como outras sistematizações de mundos, em um contra-fluxo das padronizações pré-estabelecidas dentro de categorias rígidas de entendimento.
Nesse cenário, fotografias são fruto de performances; desenhos são construções de arquiteturas íntimas; performances discutem o lugar da imagem, em que o corpo assume papéis que se modificam, e transforma-se em outros. Esses artistas vem amplificando a reflexão acerca do conceito de Natureza, propondo experimentações que amolecem as perspectivas das linguagens – seja desenho, fotografia, performance -, com obras de grande intensidade por emergirem de verdadeiros arrebatamentos artísticos.
Danielle Fonseca, vem se destacando com projetos complexos em que a relação com o espaço natural e a experiência do
sujeito eclode em vídeos, fotografias e instalações, em que ora a literatura, ora a filosofia deflagram ações e instigam a realização de imagens. Keyla Sobral vem realizando uma reflexão sobre a alma humana constituindo desenhos delicados que falam de solidão, territórios íntimos, paisagens afetivas. Já Luciana Magno parte do corpo, do atrito deste com o ambiente, para constituir imagens em que busca uma simbiose com o mundo natural, na tentativa de mimetizar- se a esta. Também partindo do corpo, Victor de La Rocque apresenta performances orientadas para a fotografia, nas quais asas parecem brotar de seu rosto. Pequenas intervenções no espaço urbano ocorrem ao longo do projeto Low-Tech Garden - jardim de pequenos objetos luminosos de Melissa Barbery -, e transformaram-se em imagem, quando a artista dispôs esses objetos em lugares degradados ou em processos de modificação na cidade, refletindo sobre a transformação dos espaços.
O estabelecimento de pequenas ações, intervenções silenciosas na paisagem, em processos de diálogo com aquilo que os rodeia é algo que se manifesta aqui, nessas obras. Talvez, uma forma sutil mas não menos intensa de olhar para a Amazônia e ser atravessado por aquilo que esta reverbera como resposta.
Orlando Maneschy Curador do projeto

AMAZÔNIA, A ARTE
O Projeto de exposição Amazônia, a arte buscou apresentar  a pluralidade da região no contexto da arte, subvertendo a imagem tão assentada de Amazônia exótica, revelando uma produção vigorosa, marcada por perspectivas singulares de relação com o ambiente e a história e diferenciada dentro do panorama brasileiro. A potência da exposição se apresentou na força com que essas obras atravessam questões estéticas e conceituais evidenciando como esses artistas pensam seu papel no mundo. A curadoria desenvolveu duas perspectivas de relações entre os trabalhos, uma apresentada no Museu Vale, de 19 de junho a 5 de setembro de 2010, em Vila Velha, ES e outra no período de 15 de outubro a 23 de dezembro no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, MG.

TEXTO CURATORIAL DE ABERTURA >VERTITULO NO CATALOGO
A Amazônia ainda é um mistério. O inferno verde vem suscitando as mais variadas fantasias desde o início de seu desbravamento, a partir do encontro de Francisco Orellana com as guerreiras indígenas icamiabas, em um fluxo contínuo engendrado por seus diversos ciclos migratórios.
Inúmeros e inconstantes processos de integração aconteceram sobre a região de dimensões espetaculares e isolada dentro de si mesma e do país, a despeito da busca de conexão rodoviária que se estabeleceu a partir da segunda metade do século passado. Ainda assim, o continente amazônico é um território repleto de experiências ímpares, embora pouco conhecidas do resto do Brasil.
Suas cidades, em especial as capitais Manaus e Belém, encravadas na floresta, mantiveram estreita conexão com a Europa, o que garantiu a circulação de bens culturais que, somados à vivência do habitante do lugar, constituíram procedimentos de mestiçagem cultural, que se desenharam entre o contato com o continente europeu e falta de integração nacional.
Diante desse contexto de isolamentos e fluxos, as singularidades de viver a região manifestam-se de forma particular na experiência estética dos artistas que habitam a Amazônia e operam em sistemas paralelos de arte, que ora os colocam também em proximidade com o resto do mundo, ora os mantém desvinculados do trânsito operado no centro-sul do país, gerando, por vezes, uma instabilidade na produção, tanto artística, quanto de projetos institucionais para a arte.
Esta situação de fragilidade e inconstância é reflexo das políticas que se inscreveram na região ao longo de sua história, mas que, por outro lado, propiciaram uma produção artística menos comprometida com apelos do mercado e mais concentrada nas relações com seu lugar de pertencimento, sua luminosidade, suas peculiaridades sócio-culturais, fazendo com que artistas, tanto de forma coletiva, quanto individual, realizassem proposições densas, de grande potência, como as que se vê na mostra que se revela aqui, em Amazônia, a arte.
Neste conjunto veremos artistas que vêm articulando proposições distintas. Convidamos o observador a adentrar com passos lentos, olhar com calma, como faz o nativo ao penetrar a floresta densa, e entender a luminosidade e riqueza cromática; perceber como as especificidades locais se apresentam em relação aos temas globais; compreender como as políticas são acionadas em suas micro ou macro questões.
Em Amazônia, a arte vê-se um fragmento da produção contemporânea de rara densidade, visceral, autêntica que se inscreve em um território peculiar e ainda pouco conhecido. Longe de querer lançar uma visão totalizante, a exposição aponta para a necessidade de se conhecer mais, a região e o próprio país, e entender que aquilo que nos é estranho pode ser a chave para a compreensão quem somos.
Na mostra reunimos os artistas: Acácio Sobral, Alberto Bitar, Alexandre Sequeira, Armando Queiroz, Armando Sobral, Berna Reale, Cildo Meireles, Coletivo Madeirista (Joesér Alvarez, de Ariana Boaventura e Rinaldo Santos), Cláudia Andujar, Cláudia Leão/ Leonardo Pinto, Dirceu Maués, Éder Oliveira, Edilena Florenzano, Elza Lima, Emmanuel Nassar, Grupo Urucum, Helio Melo, Katie van Scherpenberg, Lise Lobato, Luiz Braga, Marcone Moreira, Maria Christina, Melissa Barbery, Miguel Chikaoka, Naia Arruda, Orlando Nakeuxima Manihipi-Theri, Otávio Cardoso, Patrick Pardini, Paula Sampaio, Roberto Evangelista, Thiago Martins de Melo e Walda Marques.
Consultoria: Paulo Herkenhoff. Produção: Maria Clara Rodrigues (Imago Escritório de Arte). Curadoria: Orlando Maneschy. Realização: Museu Vale



http://www.museuvale.com/programacao.php?tipo=1

http://3.bp.blogspot.com/_m3PAgeTxBWU/TDTIzlWa-bI/AAAAAAAAAGA/Jh-C2aqCjM4/s1600/estadao+amazonianet.jpg

http://miranteterritoriomovel.blogspot.com/2010/07/blog-post.html

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/06/648275-exposicao+amazonia+a+arte+no+museu+da+vale.html

http://www.eshoje.com.br/portal/leitura-noticia,inoticia,3506,vale+realiza+exposicao+cultural+_amazonia_+a+arte_.aspx

http://www.canalcontemporaneo.art.br/_v3/site/evento.php?idioma=br&id_evento=5660

http://www.es.gov.br/site/eventos/show.aspx?eventoId=2481

http://www.orm.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=248&codigo=476123

http://www.seculodiario.com.br/exibir_not_atracao.asp?id=3953

http://www.revistamuseu.com.br/noticias/not.asp?id=24033&MES=/5/2010&max_por=10&max_ing=5

http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=829&codigo=476111
http://www.guiadasemana.com.br/artes-e-teatro/amazonia-a-arte-palacio-das-artes-09-10-2010

http://www.folhavitoria.com.br/social/andrea-pena/2010/06/14.html

http://www.fotolog.com.br/mvrockstar/96005761

http://www.plurale.com.br/noticias-ler.php?cod_noticia=8536&origem=&filtro=
http://twitter.com/fabricionoronha

http://tricefaloemcatarse.blogspot.com/2010/06/amazonia-arte.html
https://catracalivre.com.br/geral/agenda/barato/amazonia-a-arte/

Por uma Coleção Amazoniana de Arte Na Universidade Federal do Pará.





É fato que múltiplas culturas, dotadas de sofisticados procedimentos estéticos, atravessaram o território que hoje denominamos Amazônia. É ao percebermos que esta região está além das imagens clichês difundidas, que possui uma história intricada e uma produção artística potente que vem os poucos sendo conhecida além de suas fronteiras, que nos propusemos a pensar uma coleção de arte que lance à luz toda uma produção que traz, em sua gênese, relações estabelecidas no ambiente amazônico, a partir de modos empreendidos por artistas que apontam para elaboradas construções de proximidade com este território e que ativam questões vinculadas à cultura, história, experiência estética etc.

Neste cenário concebemos o projeto Amazônia, Lugar da Experiência, que partia dos anos 1970 e vinha até a segunda década do século XXI, e que pretendia reunir, inicialmente, um grupo de obras de seis artistas que realizaram projetos significativos na região, em práticas que irradiam o pensamento e rearticulam o político através da arte, instaurando posicionamento ético e estético.

Este projeto foi contemplado com o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça / Prêmio Procultura de Artes Visuais 2010. Com a grande receptividade obtida, formatamos projeto para o edital de Circulação | Mediação do Instituto de Arte do Pará – IAP - 2012. Assim, pudemos ampliar o raio de ação de Amazônia, Lugar da Experiência, agregando um número maior de obras, constituindo site na internet (www.experienciamazonia.org), realizando duas exposições, uma mostra de cinema e intervenções urbanas, de Lucas Gouvêa no centro da cidade  e de Eder Oliveira na Rua da Marinha, no bairro da Marambaia, periferia de Belém; bem como articulando o ciclo de Seminários Conversações, entre outubro de 2012 e fevereiro de 2013, criado para o aprofundamento de questões emergentes na Amazônia. Dentre outras questões, discutiu-se sobre como se dá essa produção artística num local que está fora do eixo de maior circulação e de produção artística como Rio de Janeiro e São Paulo; como  diante de uma região tão extensa, pensar e lidar com as múltiplas Amazônias, dentre outras questões levantadas nos seminários, que reuniram artistas, críticos de arte, arte-educadores, historiadores, escritores, cineastas, filósofos como Armando Queiroz, Danielle Fonseca, Gil Vieira Costa, Jorane Castro, Rosangela Britto, Vânia Leal, Ernani Chaves, Maria Christina, João de Jesus Paes Loureiro e Vicente Cecim. Os debates foram realizados no Museu da Universidade Federal do Pará, nos meses de novembro e dezembro de 2012, para um público formado por artistas, estudantes de arte e sociedade em geral, interessados em abrir esse diálogo sobre essas questões que atravessam a arte na região.

Como ferramenta de pesquisa o site www.experienciaamazonia.org, contendo dados das obras dos artistas e textos sobre os trabalhos com disponibilidade para download, propiciou ao projeto um alcance maior, uma acessibilidade mais intensificada. Além da publicação do livro Amazônia, Lugar da Experiência – Processos Artísticos na Região Norte, reunindo a produção dos 30 artistas e a produção intelectual de pesquisadores e curadores, que vêm pensando a região norte do Brasil, em 2013, com o Edital Conexão Artes Visuais MinC/Funarte/Petrobras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O livro não só congregou obras e reflexão acerca do fazer estético, mas difundiu a produção crítica e artística com sua distribuição e circulação. Ernani Chaves, João de Jesus Paes Loureiro, Marisa Mokarzel, Roberto Evangelista, João Meirelles Filho, Bárbara Palha, João Darci de Moura Saldanha e Mariana Petry Cabral, Davi Kopenawa Yanomami e Bruce Albert, Danielle Fonseca, Arthur Leandro e Armando Queiroz são os artistas e teóricos que apresentam suas reflexões no livro, juntos com outros nomes que vêm se dedicando olhar para o Norte do Brasil.



Com todo esse movimento,  conseguimos reunir obras de trinta e um artistas e agregar um grande número de pessoas em torno das mostras, seminários, transmissões simultâneas via internet, publicações, estimulando o acesso, o debate e o pensamento crítico acerca do que se realiza em termos de arte na Amazônia.

Ao adotarmos o “Amazoniana” há uma crítica ao exotismo de outrora que direcionou a constituição de várias coleções “brasilianas”. Longe de se estabelecer como simples “colecionismo”, ou um “gabinete de curiosidades”, a Coleção pretende se distinguir também por não agregar toda e qualquer produção artística constituída sobre a Amazônia. Reunimos, isso sim, obras em que artistas, da região ou de fora, projetam suas vivências no lugar, materializando-as em forma de arte, geradas na dimensão do encontro com a região, revelando múltiplas Amazônias – mas com um posicionamento ético diante do que se vê. Buscamos a inflexão, o mergulho, a diferença no movimento do encontro nos diálogos estabelecidos com o outro. São brechas, rupturas em que temos a consciência de nossa incompletude; mas a certeza de pôr em articulação propostas em que a ética acompanha processos de criação transformadores, pois é na incerteza e na experimentação que atua o conhecimento. É nesse campo de intervalo que acreditamos ser possível a construção de uma coleção que opera em um fluxo vivo, no atravessar de múltiplas experiências que se configuram em um território que está em continua transformação e estabelece-se aqui, no coração da Amazônia, como campo de constituição de possibilidades de mudanças a partir de algo que nos é tão próximo e ao mesmo tempo parece ser tão distante: nós mesmos.

Orlando Franco Maneschy

Propositor do Projeto e Curador da Coleção Amazoniana de Arte da UFPA

Catálogo virtual editado por Bené Fonteles com artistas e poetas apresentando produções realizadas durante a quarentena com o intuito do fortalececimento e não dar vez ao vírus,  acionando potencias e alegria criativa para nossa cura e da humanidade.

Collection of texts produced in the context of the Amazon Scales Seminar. The edition emerged the need to systematize and to discuss the role of Public Policies in Visual Arts in the region. In this way, the first contours of what would become make the Amazon Scales Seminar.
This time, the states chosen for the development of the actions were Acre, Amazonas and Pará, representing east to west of the Amazon territory. The central axes that guided the execution of the research work for the Seminar and, later, for the production of the book were the mapping of policies of culture related to Visual Arts in the three states
and a theoretical foundation of the theme from the area of ​​Sciences
Social.

Coletânea de textos produzidos no contexto do Seminário Escalas Amazônicas. A edição emergiu a necessidade de sistematizar e de discutir o papel das Políticas Públicas nas Artes Visuais na região. Dessa maneira, surgiram os primeiros contornos do que viria a se tornar o Seminário Escalas Amazônicas. Desta vez, os estados escolhidos para o desenvolvimento das ações foram o Acre, o Amazonas e o Pará, representatividade de leste a oeste do território amazônico. Os eixos centrais que nortearam a efetivação dos trabalhos de pesquisa para o Seminário e, posteriormente, para a produção do livro foram o mapeamento das políticas públicas de cultura referente às Artes Visuais nos três estados e uma fundamentação teórica da temática advinda da área das Ciências Sociais.

Resumo expandido:
Na cena contemporânea brasileira vemos diferentes manifestações que vem marcando o pensar e o
fazer artístico. Ações com caráter político, vivências processuais e questionamentos ao sistema motivaram
novas abordagens e relações no território da arte. Partindo de um campo de reflexão em torno desta
situação no Brasil, apontando mecanismos que se apresentam em diversas regiões do país, em que
estratégias colaborativas vêm se estabelecendo e engendram acontecimentos que tanto se traduzem por
meio de produção artística, quanto de construção crítica, desenvolvemos o JÁ!Emergências
Contemporâneas.
Este projeto nasceu como uma plataforma relacional que se manifesta no formato de livro-index,
suporte para proposições apresentadas em dois vetores: imagens e conceitos que passaram a ser ordenados
dentro de um desenho curatorial flexível. Assim, o projeto opera em diversas instâncias: a curadoria que se
estabelece no elencar de nomes a tomarem parte, bem como na sugestão de forma de participação; a
estrutura física do projeto no formato impresso, com sua edição, formatação e delimitação cromática para
cada ingresso, seja de imagem ou de texto; a circulação/distribuição do livro e a realização de encontros e
debates presenciais. Ao convidarmos artistas, historiadores e críticos para pensar e criar a partir do que
seria, para cada um destes, uma emergência da cena contemporânea no campo das artes, visamos acionar
um olhar para o que vem sendo produzido e pensado no país. Assim, o projeto se instaura como um
território que reúne instâncias da tensão atual sob a forma de textos, imagens, instruções, contaminações,
potências e hipertextos.
JÁ! Emergências Contemporâneas transita no meio impresso refletindo um processo curatorial
que propicia a circulação de idéias e contato. A comunicação construída e ofertada por esta plataforma livro
que se desdobra em outras proposições, entre as quais seminários, contou com a participação de produtores
culturais, críticos, artistas e pesquisadores tais como:Acácio Sobral, Adriana Barreto, Bené Fonteles,
Christine Mello, Cristina Freire, Edson Barrus, Eduardo Kac, Jorge Menna-Barreto, Josynaldo Ferreira,
Keth Richard (Grupo Empreza), Lúcia Gomes, Maria Christina, Marisa Mokarzel, Melissa Barbery, Oriana
Duarte, Paulo Bruscky, Paulo Herkenhoff, Raquel Garbelotti, Regina Melim, Ricardo Basbaum, Rubens
Mano, Sérgio Basbaum, Solon Ribeiro, Suely Rolnik, Tadeu Costa, Vanessa Schultz, Victor de La Roque e
Walter Zanini.

Palavras-chave: Livro; Seminário; Curadoria.

Na região Amazônica, com a chegada da fotografia, foi deflagrada uma especial relação com a imagem, que influenciou na delimitação de ideia desse território, tomou parte em seu desenvolvimento, inscreveu-se em sua existência, circunscre- vendo um momento “presente”, sempre reativado. Ela foi utilizada na construção de uma representação social e de um imaginário cultural, propagado ao redor do mundo, que, por vezes, ultrapassou o estreito limiar entre realidade e ficção. Esse tipo de operação, empregado amplamente em proposições artísticas da contemporaneidade é presente na imagem que ocorre na Amazônia desde o século XIX.

In the Amazon region, with the arrival of photography, a special relationship with the image was developed, which influenced the delimitation of the idea of this territory, took part in its development, was inscribed in its existence, circumscribing a "present" moment, always reactivated. It was used in the construction of a social representation and a cultural imaginary, propagated around the world, which sometimes crossed the narrow threshold between reality and fiction. This type of operation, widely used in contemporary artistic propositions, is present in the image that has occurred in the Amazon since the 19th century.
THIS HAPPENS IN A VIVO ART MOV. BELÉM FESTIVAL 2010. Simpósio:  A construção da identidade e do imaginário local pelas mídias (visibilidade/invisibilidade): FLuxo, reFLuxo e reinterpretações