Marianna de Oliveira Rodrigues

Este guia trata-se de um material de fundamental importância a ser utilizado pelos delegados
participantes da edição de 2018 do MUNDO Ritter, a fim de que possam compreender as
estruturas de funcionamento de seus respectivos comitês, dos debates e do evento em geral. O
objetivo deste guia consiste em disseminar a todos os delegados participantes os conhecimentos
acerca das normas de escrita, fala e conduta de cada comitê, assim como, apresentar as regras
específicas para debate e votação em cada organização a ser simulada. Cabe assim ao
Secretariado e às Diretorias do MUNDO Ritter 2018 solicitar a todos os delegados que façam
uso deste guia, com total empenho e atenção, durante toda a simulação, visando o respeito às
normas que serão cobradas durante as sessões. Caso haja qualquer tipo de questionamento em
relação às normas e procedimentos, pedimos que entrem em contato através de nosso e-mail:
mundoritter@gmail.com. Ainda, caso tais questionamentos surjam durante o decorrer do
evento, nossa equipe estará circulando pelo campus sempre disponível para atender às suas
necessidades

A América Latina há muito enfrenta ameaças ligadas à presença do narcotráfico em suas estruturas políticas, que se intensificou a partir dos anos 80 com a atuação dos grandes cartéis, como os de Medellín e de Sinaloa. O cartel de Medellín, famoso pela figura de seu líder Pablo Escobar Gaviria, foi um dos cartéis mais famosos do mundo, tendo sua sede na Colômbia, e braços de atuação em países como Bolívia, Peru, Honduras, Estados Unidos, Canadá, Brasil e alguns países europeus, durante os anos de 1972 e 1993. Já o cartel de Sinaloa, de fama tão relevante quanto, também atribui sua notoriedade a seu líder, Joaquín Guzmán (mais conhecido como El Chapo), que sediado no México, expandiu a rede do cartel para os Estados Unidos, Colômbia, Peru, e Bolívia, e segue em pleno funcionamento até os dias atuais, mesmo após a prisão de El Chapo (Colombo 2019).

The 21st century is marked by changes in matters of power balancing and system polarity, which could be explained by Geopolitical theories. In this paper, we intend to investigate how the classical Geopolitical theories – such as the Heartland/Pivot Area theory, wrote down by Halford J. Mackinder, and the Sea Power theory, wrote down by Alfred T. Mahan – could be faced and readapted amid the new settles of strategic routes and military development needs, brought by the ice-melting of the Arctic Ocean. The study cases will concentrate on Russia and China, due to their recent investments in the opening of new strategic routes for navigation and trade, including the Arctic routes, demanding inputs on technologies, transport innovation, and military emulation. Working on a qualitative method, with analysis of primary sources (such as government documents on strategies for the Arctic), and secondary sources (such as books, articles, interviews and other published materials on the topic),...

Além de um índice crescente com atuais 1.188 casos confirmados e 52 mortes pelo COVID-19 (10/08/2020), a Síria também enfrenta dificuldades na luta contra a pandemia diante dos cortes da Turquia em seu abastecimento de água. Nos últimos tempos, muito se ouve falar sobre as medidas de combate ao novo coronavírus que, em meados de dezembro de 2019 deu início a uma crise sanitária mundial, se disseminando após o surto iniciado na província de Wuhan, território chinês. Tais medidas envolvem, além do isolamento social e do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o aumento da frequência da higienização das mãos, roupas e utensílios que possam ter sido expostos ao vírus em algum momento. Contudo, com as problemáticas envolvendo disputas de poder no entorno dos recursos hídricos,  tais medidas tornam-se impraticáveis.

Diante da pandemia do COVID-19, que teve início em dezembro de 2019, se intensificando em escala global entre fevereiro e março de 2020, os posicionamentos de duas potências globais — Estados Unidos e China — têm sido amplamente discutidos na esfera internacional em termos de contingenciamento de crises, e de reformulação das estruturas políticas e diplomáticas mundiais.

Sendo iniciada em 15 de novembro de 1884 e tendo fim após três meses de intensas discussões, no dia 26 de fevereiro de 1885 foi levada a termo a Conferência de Berlim, encontro entre representantes de treze países europeus, além dos líderes dos Estados Unidos e do Império Otomano que marcaria permanentemente a história do continente africano. Seu objetivo inicial era o de estabelecer um acordo de uso e domínio sobre as bacias, nascentes, afluentes e fozes dos Rios Congo e Níger para a exploração e navegação comercial. Todavia, a reunião acabou culminando na partilha de todo o continente africano.

Há 29 anos, no dia 17 de março de 1992, era realizado o referendo que oficializaria o fim do regime do Apartheid, que tomou conta da África do Sul desde o ano de 1948 até sua total erradicação em 1994, culminando em políticas de segregação racial e inúmeras mortes nos levantes e guerras civis contrários ao regime.

Há exatos 57 anos, no dia 31 de março de 1964, as tropas comandadas pelo general Olímpio Mourão Filho, em Juiz de Fora (MG), marchavam para o Rio de Janeiro, deflagrando o golpe que deu início a ditadura militar, um dos períodos mais sombrios da história contemporânea do Brasil, que se estendeu por longos e dolorosos 21 anos, caracterizados pela censura, pela perseguição, e por inúmeros sequestros, torturas e execuções.

Há 27 anos, o avião que transportava o presidente ruandês Juvénal Habyarimana foi derrubado, sendo o estopim para um dos marcos históricos mais sangrentos da história recente do continente africano: o Genocídio em Ruanda que, em cerca de 100 dias de conflito, deixou um saldo de 800 mil mortos e mais de 21 mil deslocados e refugiados.

Há 10 anos, no dia 02 de maio de 2011, o saudita Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda – a maior organização terrorista reconhecida em âmbito mundial –, foi capturado e morto em operação militar dos Estados Unidos. A operação orquestrada no território pertencente ao Paquistão serviu como grande símbolo da vitória dos Estados Unidos na Guerra ao Terror, deflagrada após os ataques ao Pentágono e às torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

Resumo Este artigo investiga a importância do programa nuclear do Irã para a garantia da estabilidade regional do Oriente Médio, a partir da análise comparada com o exitoso programa nuclear da Coreia do Norte. Desse modo, esta pesquisa trabalha com o método histórico comparativo. Nesse sentido, os autores trabalham com a hipótese de que a nuclearização do Estado iraniano traria um novo cenário de estabilidade do Complexo Regional de Segurança (CRS). Os resultados preliminares apontam para a necessidade de contrabalanço do protagonismo israelense em termos militares e nucleares regionais, conferindo à nuclearização iraniana o poder de atenuar assimetrias de poder entre os Estados, que são as responsáveis pela perpetuação dos conflitos. Sendo assim, a presente investigação parte de uma matriz teórica pautada na teoria da dissuasão e compreende que armamentos atômicos se constituem como elementos dissuasórios por excelência devido às suas capacidades de alterar as dinâmicas da balança de poder regional. Palavras-chave: Dissuasão Nuclear. Irã. Coreia do Norte. Segurança Internacional.

A América Latina há muito enfrenta ameaças ligadas à presença do
narcotráfico em suas estruturas políticas, que se intensificou a partir dos anos 80 com a atuação dos grandes cartéis, como os de Medellín e de Sinaloa. O cartel de Medellín, famoso pela figura de seu líder Pablo Escobar Gaviria, foi um dos cartéis mais famosos do mundo, tendo sua sede na Colômbia, e braços de atuação em países como Bolívia, Peru, Honduras, Estados Unidos, Canadá, Brasil e alguns países europeus, durante os anos de 1972 e 1993. Já o cartel de Sinaloa, de fama tão relevante quanto, também atribui sua notoriedade a seu líder, Joaquín Guzmán (mais conhecido como El Chapo), que sediado no México, expandiu a rede do cartel para os Estados Unidos, Colômbia, Peru, e Bolívia, e segue em pleno funcionamento até os dias atuais, mesmo após a prisão de El Chapo (Colombo 2019).

The 21st century is marked by changes in matters of power balancing and system polarity, which could be explained by Geopolitical theories. In this paper, we intend to investigate how the classical Geopolitical theories-such as the Heartland/Pivot Area theory, wrote down by Halford J. Mackinder, and the Sea Power theory, wrote down by Alfred T. Mahan-could be faced and readapted amid the new settles of strategic routes and military development needs, brought by the ice-melting of the Arctic Ocean. The study cases will concentrate on Russia and China, due to their recent investments in the opening of new strategic routes for navigation and trade, including the Arctic routes, demanding inputs on technologies, transport innovation, and military emulation. Working on a qualitative method, with analysis of primary sources (such as government documents on strategies for the Arctic), and secondary sources (such as books, articles, interviews and other published materials on the topic), we hypothesize that: (i) the classical theories never predicted the ice-melting of the Arctic Ocean, perceiving it as a natural shield, and not as a navigable pathway; (ii) that the Arctic defrosting opens up new strategic routes for other countries besides Russia and China, like Canada and the United States, emerging a new conflict spot due to their different interests around this opportunity. Based on that, the preliminary results point out that: (i) it is not possible to apply the classical theories of geopolitics to these new configurations of the international system, without at least a reinterpretation/readaptation to the current context, which would alter all the power dynamics predicted by its authors; (ii) Russia and China are readequating themselves to this new scenario, in order to gain some advantages in a hypothetical dispute for the Arctic control.

Esta pesquisa propõe-se a analisar os fatores geopolíticos ocultos nos processos políticos e diplomáticos da admissão da República da Colômbia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Seu objetivo concentra-se na observação da admissão colombiana como um mecanismo de expansão das zonas de influência dos países-membros da OTAN – principalmente dos EUA – a partir dos interesses estratégicos atrelados ao continente sul-americano. Tal estudo é relevante para a dinâmica regional em razão do aumento dos desafios de segurança e defesa ligados às questões de soberania, instabilidades político-econômicas e à presença de potências extrarregionais, pautadas pelos interesses nos recursos naturais abundantes na região. Para atingir seus objetivos, esta pesquisa trabalha com a teoria dos Complexos Regionais de Segurança (CRS), de Buzan e Waever (2003), que são eixos geograficamente próximos, interligados por ameaças comuns, que apenas podem ser dissolvidas através de soluções conjuntas; bem como, com a teoria Geopolítica de Nicholas Spykman (1942) que aborda a necessidade da congregação de vantagens estratégicas naturais com vistas à projeção do poder no Sistema Internacional, defendendo a não intervenção das potências ocidentais nas questões geopolíticas e securitárias das Américas. A conjugação destes conceitos serve de alicerce para análise das relações entre os Estados envolvidos na integração Colômbia-OTAN, identificando a presença de interesses que vão além da cooperação inter-regional. Para conduzir tal análise, este trabalho secciona-se da seguinte maneira: primeiramente, é construído um panorama histórico das relações entre os Estados-membros da OTAN e a Colômbia, de modo a encontrar eixos comuns de atuação em seus respectivos CRS. Em seguida, são analisados os atores e interesses envolvidos neste processo de integração e os impactos no contexto conjuntural de ambas as partes. E por fim, são prospectados possíveis cenários que poderão se apresentar em um futuro próximo, a fim de apontar seus benefícios e prejuízos à Segurança Regional.

A presente pesquisa trata da influência dos recursos hídricos na formação geopolítica dos Estados sul-americanos desde o período colonial até os dias atuais. Para atingir seus objetivos, esse estudo analisa os conflitos que se estabeleceram no campo das disputas pelo domínio da água nos Estados da América do Sul - uma das regiões mais relevantes quanto à posse de recursos hídricos - avaliando de que forma o fator geográfico impactou no histórico da região, e qual sua relevância como uma questão de segurança internacional. Para isso, a base desta pesquisa repousa em estudos geopolíticos e securitários que evidenciam as assimetrias na distribuição da água no âmbito global, e o potencial que tal questão possui quanto à escalada de conflitos. Para conduzir esta análise de forma compreensível, este trabalho estará seccionado da seguinte maneira: primeiramente, para haver o total entendimento sobre como um fator ligado à geografia pode moldar as relações entre os Estados transformando-se em um fator político, far-se-á uma breve análise acerca da importância da abordagem do tema no âmbito global, demonstrando como têm se dado as relações entre as Grandes Potências e os Estados Periféricos quanto ao controle da água, demonstrando qual a tendência à entropia esta questão pode apresentar para o Sistema Internacional. Logo, será conduzida uma análise dos conflitos gerados acerca da distribuição assimétrica, em âmbito regional, a fim de possibilitar o entendimento da importância da abordagem deste tema como uma questão relevante para a segurança da região. Por fim, serão analisadas as manobras mais recentes das Grandes Potências e das Grandes Corporações quanto ao domínio dos recursos hídricos, averiguando qual a probabilidade de que em cenários futuros a questão hídrica torne-se um fator determinante para a eclosão de novos conflitos na América do Sul – originados por interesses externos – assim como, um mercado fortemente capitalizado.

O presente trabalho tem como propósito analisar a conjuntura que se estabelece atualmente na economia brasileira, dadas as condições legadas pela Grande Crise de 2007-2008, no tocante ao mercado de commodities. O mercado de commodities possui grande significância para o desenvolvimento econômico brasileiro, por garantir ao Brasil o status de potência agrícola, liderando mundialmente as produções e exportações de insumos alimentícios, minerais e energéticos – detendo em seu poder duas empresas de grande importância nestes dois últimos setores (Petrobrás e Vale). Tal análise terá como base estudos geopolíticos e geoeconômicos que demonstram de forma axiomática a correlação que a Grande Crise e o desempenho deste setor da economia brasileira, - observa-se que as transformações provocadas pelas Crise de 2007-2008 influenciaram nas mudanças no modus operandi do mercado de exportações de nosso país. Assim, mesmo o Brasil sendo um grande produtor e exportador de commodities, não consegue desenvolver sua indústria associada a este mercado, a fim de buscar a condição potência econômica no mercado internacional. O trabalho em questão será estruturado de modo a erigir uma reflexão acerca dos efeitos que uma crise pode acarretar no sistema global, a curto e a longo prazo, e o que tais impactos podem influenciar no desenvolvimento da economia brasileira nos próximos anos. Para atingir seus objetivos, o trabalho está estruturado em três seções, a primeira traz à tona uma perspectiva histórica da conjuntura econômica brasileira no setor de commodities antes da crise, após, se estabelece um panorama desse setor e sua inserção internacional, a fim de instigar um levantamento das falhas que o levaram às dificuldades. E por fim fomenta a construção de cenários de como virá a ser o mercado internacional de commodities em um futuro próximo.

Esta dissertação versa sobre a Segurança Hídrica na bacia hidrográfica do Lago Chade, situada na região centro-oeste da África, composta pelos Estados de Camarões, Chade, Níger e Nigéria. Traz como objetivo a verificação da existência de uma correlação que condicione uma interação de natureza causal entre o agravamento da escassez hídrica na bacia e o aumento dos conflitos armados, buscando compreender o quanto a disponibilidade de água afeta nas dinâmicas de poder e coerção que culminam no aumento exponencial da quantidade e intensidade dos conflitos intra e interestatais. A partir da utilização dos métodos de revisão bibliográfica, análise documental e análise estatística, esta pesquisa de caráter quali-quantitativo, aplicada ao marco temporal 1989-2019, trabalha com a hipótese ↓ 𝑎 ⇒↑ 𝑔 ⇒↑ 𝑐, onde lê-se que a diminuição na disponibilidade de água, implica nas alternâncias geopolíticas, que, consequentemente, implicam no aumento da quantidade e intensidade dos conflitos. Isso ocorre porque o escasseamento agrava, em primeira instância, as disparidades no acesso à água, transformando-a em um recurso de pressão e projeção de poder entre os Estados. Desta forma, as dinâmicas de poder e coerção são tensionadas, culminando no aumento da margem conflitiva em nível intra e interestatal. Como resultados apresenta-se a relação entre os recursos hídricos e os conflitos armados como uma correlação negativa, de associação forte, que, todavia, não possui significância suficiente para conduzir a uma interação de causalidade. Entretanto, tal correlação pode se intensificar diante do agravamento da crise hídrica, podendo, em um futuro próximo, condicionar a interação de causa e efeito entre escassez hídrica e conflitos armados entre Estados e esferas de poder adjacentes atuantes na bacia do Lago Chade.

A presente pesquisa propõe-se a investigar influência dos recursos hídricos no rebalanceamento geopolítico dos Estados sul-americanos desde a formação das estruturas estatais até o período contemporâneo. Visando atingir seus objetivos de investigação acerca do potencial conflitivo da questão hídrica na América do Sul, esse estudo analisa os conflitos e dinâmicas que se estabeleceram tanto em nível mundial quando em nível regional tendo como objeto de disputa o domínio da água. Por se tratar de uma das regiões mais relevantes quanto à posse de recursos hídricos, dado seu grande número de bacias hidrográficas e aquíferos, coloca-se a América do Sul como um estudo de caso pertinente à avaliação acerca de como os fatores geográficos impactam na formação histórica dos Estados, e verifica-se a partir das dinâmicas regionais sul-americanas qual a relevância da abordagem da questão hídrica como uma questão de segurança internacional. Tendo em vista a construção sólida de argumentos, a base desta pesquisa de caráter qualitativo repousa na análise documental e bibliográfica de estudos geopolíticos e geoeconômicos que evidenciam as assimetrias na distribuição da água no âmbito global, e o potencial que tal questão possui no que tange à escalada de conflitos entre os Estados, a partir da análise da multiplicidade de atores envolvidos nas dinâmicas regionais. Para conduzir esta análise, este trabalho estará seccionado da seguinte maneira: primeiramente, para que haja o total entendimento sobre como um fator ligado à geografia, como a água, pode moldar as relações entre os Estados transformando-se em um fator político, far-se-á uma breve análise acerca da importância da abordagem do tema no âmbito global, de modo a demonstrar como têm se dado as relações entre as Grandes Potências e os Estados Periféricos no tocante ao controle da água, objetivando demonstrar qual a tendência à entropia esta questão pode apresentar para o Sistema Internacional, juntamente à análise dos principais conflitos gerados acerca da distribuição assimétrica dos recursos hídricos em âmbito regional, a fim de possibilitar o entendimento da importância da abordagem deste tema como uma questão relevante para a formulação das políticas relativas à segurança regional. Em seguida, apresenta-se a relevância dos estudos geopolíticos acerca da questão hídrica, de modo a encontrar os embasamentos teóricos necessários à argumentação deste trabalho. E por fim, serão analisadas as manobras mais recentes das Grandes Potências e das Grandes Corporações no que tange ao domínio dos recursos hídricos, de modo a averiguar a probabilidade de que em cenários futuros a questão hídrica torne-se um fator determinante para a eclosão de novos conflitos na América do Sul – tendo sua gênese pautada em interesses externos – assim como, um mercado fortemente capitalizado de caráter desequilibrado entre as nações.

É em tom provocativo que Ailton Krenak intitula sua obra e nos convida a uma reflexão anti-sistêmica, acerca dos rumos que estamos dando para nossa casa: o planeta Terra.

Diante dos novos cenários forçadamente trazidos pela pandemia de Covid-19, o líder indígena Ailton Krenak – atuante na região do Vale do Rio Doce, onde se situa a tribo dos Krenak –, nos apresenta a obra “A vida não é útil” como uma reflexão acerca do modelo econômico capitalista no qual estamos inseridos, e seus impactos sobre a natureza e os ecossistemas que garantem os insumos necessários à vida e à subsistência.