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  • Fernando Pessanha é doutorado em Património Histórico, pela Universidade de Huelva, mestre em História do Algarve e l... moreedit
Decorria o ano de 1999 quando Maria Augusta Lima Cruz publicou “Os portugueses em Marrocos nos séculos XV e XVI”, na História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa,1 obra de referência da historiografia da Expansão e que, de forma... more
Decorria o ano de 1999 quando Maria Augusta Lima Cruz publicou “Os
portugueses em Marrocos nos séculos XV e XVI”, na História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa,1 obra de referência da historiografia da Expansão e que, de forma clara e objectiva, expôs o “Estado da Questão” quanto à presença portuguesa no Norte de África. Não se pense, porém, que o trabalho que agora apresentamos, sob o título de “Os algarvios em Marrocos nos séculos XV e XVI”, tem qualquer pretensão em equiparar-se ao notável trabalho da supramencionada autora, circunscrevendo o objecto de estudo à presença das gentes do Algarve nas praças norte-africanas. De facto, o título do trabalho que
agora apresentamos advém do desafio lançado por Rui Loureiro, no sentido de integrarmos o programa do Workshop A História do Algarve e a Primeira Globalização – Estado da Questão, realizado em 31 de Março de 2022. Foi, portanto, por sugestão do coordenador científico deste Workshop, realizado no âmbito da componente de investigação histórica do projecto Magalhanes_ICC, que aquiescemos a redigir um trabalho que aspirasse a manual introdutório para estudantes, investigadores e outros interessados em aprofundar o tema da presença dos algarvios em Marrocos nos séculos XV e XVI. É nesse contexto que o presente contributo tem como objectivo primordial identificar quais as
principais colectâneas documentais, crónicas e bibliografia especializada que permitam determinar o “Estado da Arte” relativamente a um tema que, não obstante a ligação umbilical que unia o Algarve a Marrocos, nunca constituiu efectivo objecto de estudo.
Tal como temos vindo a defender em anteriores trabalhos, têm sido vários os contributos a nível da investigação que, nos últimos anos, têm incidido sobre a obra cartográfica de José de Sande Vasconcelos, engenheiro militar colocado no... more
Tal como temos vindo a defender em anteriores trabalhos, têm sido vários os contributos a nível da investigação que, nos últimos anos, têm incidido sobre a obra cartográfica de José de Sande Vasconcelos, engenheiro militar colocado no Reino do Algarve aquando da implementação do Plano de Restauração concebido por Sebastião José de Carvalho e Melo, o ministro de D. José I tradicionalmente conhecido como Marquês de Pombal. Autor de mais de cento e cinquenta trabalhos cartográficos relativos ao Reino do Algarve, Sande Vasconcelos deixou um legado manifestamente notável, produzido entre 1772, ano do seu estabelecimento no Algarve, e 1808, ano do seu falecimento. É certo que a sua profícua obra, consubstanciada na produção de mapas de natureza geográfica, topográfica, corográfica, estatística e hidrográfica, destaca-se pelo levantamento da Arquitetura Militar do Algarve, nomeadamente, no que respeita ao registo e representação de fortalezas, fortes, baterias, aquartelamentos e outras estruturas da Arquitetura Militar da Idade Moderna. Porém, há também que ter em consideração a qualidade técnica, artística e descritiva evidenciada em produções menos conhecidas e menos comuns na sua obra cartográfica e de que são exemplo paradigmático o conjunto de vistas que representam a construção de Vila Real de Santo António ou as manobras militares realizadas aquando da inauguração da mesma. É nesse sentido que, tendo como balizagem cronológica o compasso de tempo compreendido entre 1774 e 1776, o presente artigo tem como objetivo abordar esta vila iluminista na cartografia militar de José de Sande Vasconcelos à guarda do Arquivo Histórico Municipal
Com o fim da conquista cristã no ocidente peninsular, em 1249, a guerra entre portugueses e mouros não terminou, sendo rapidamente catapultada da terra para o mar. Em Portugal, a guerra de corso adquiriu uma expressão bastante precoce,... more
Com o fim da conquista cristã no ocidente peninsular, em 1249, a guerra entre portugueses e mouros não terminou, sendo rapidamente catapultada da terra para o mar. Em Portugal, a guerra de corso adquiriu uma expressão bastante precoce, nomeadamente, nas costas do Algarve, voltadas para o Mar das Éguas. É nesse sentido que, seguindo uma metodologia de trabalho baseada no confronto de informação entre as fontes históricas e a bibliografia especializada, o presente artigo pretende apresentar uma súmula do que foi a acção do corso e da pirataria no golfo luso-hispano-marroquino entre os inícios da Expansão Portuguesa (1415) e a morte de D. Manuel (1521).
Este anuário tem o resumo das principais atividades desenvolvidas durante o ano 2022 pela Junta da União das Freguesias de Faro e a segunda parte desta publicação é composta pelos cadernos de Ossonoba que contém quatro artigos... more
Este anuário tem o resumo das principais atividades desenvolvidas durante o ano 2022 pela Junta da União das Freguesias de Faro e a segunda parte desta publicação é composta pelos cadernos de Ossonoba que contém quatro artigos relacionados com a história da cidade de Faro.
A visita do rei D. Sebastião à "Eurocidade do Guadiana", em 1573
La acción del corsario Jean Florin en el Golfo de las Yeguas (1521-1525) Corría el año 2014 cuando publicamos, en el ya extinto Jornal do Baixo Guadiana, un brevísimo artículo informativo titulado "Vasco Fernandes César-um aventureiro nas... more
La acción del corsario Jean Florin en el Golfo de las Yeguas (1521-1525) Corría el año 2014 cuando publicamos, en el ya extinto Jornal do Baixo Guadiana, un brevísimo artículo informativo titulado "Vasco Fernandes César-um aventureiro nas costas do Algarve Quinhentista" y que tuvo como objetivo dar a conocer un interesante episodio de la Historia Naval que enfrentó a este capitán portugués contra el corsario Jean Florin. En ese sentido y después de haber encontrado durante los últimos años otras referencias sobre este corsario, hemos considerado pertinente dar a conocer su acción depredadora en el golfo luso-hispano-marroquí, también conocido por Golfo de las Yeguas.
Jorge de Mendonça Pessanha, "cheio de rectidão e disciplina": de adail de Tânger a capitão de Ceuta
Tendo como ponto de partida “O sotavento algarvio na cartografia militar de José de Sande Vasconcelos: os casos de VRSA e Faro”, o presente trabalho procura demonstrar como o envolvimento deste engenheiro militar na edificação de Vila... more
Tendo como ponto de partida “O sotavento algarvio na cartografia militar de José de Sande Vasconcelos: os casos de VRSA e Faro”, o presente trabalho procura demonstrar como o envolvimento deste engenheiro militar na edificação de Vila Real de Santo António, nomeadamente, através da produção cartográfica relativa ao seu concelho, veio determinar a qualidade verificável em produções posteriores, particularmente, nos trabalhos relativos à cidade de Faro, produzidos já durante a década de noventa do séc. XVIII.
As operações anfíbias portuguesas adquiriram o seu cursus honorum ao longo da centúria de quatrocentos, nomeadamente, através da experiência acumulada com os ataques a várias posições no Norte de África. Este know how, catapultado para os... more
As operações anfíbias portuguesas adquiriram o seu cursus honorum ao longo da centúria de quatrocentos, nomeadamente, através da experiência acumulada com os ataques a várias posições no Norte de África. Este know how, catapultado para os mares do Oriente na centúria seguinte, foi alicerçado por empreendimentos que marcaram a expansão quatrocentista portuguesa, como a conquista de Ceuta, em 1415, ou a conquista de Arzila, em 1471. Porém, outras acções não tão mediáticas revestem-se de particular interesse, na medida em que reflectem a adopção de diferentes estratégias em função de diferentes objectivos. É nesse sentido que, passados 550 anos sobre a conquista e destruição Anafé (Casablanca) pelo infante D. Fernando, torna-se pertinente analisarmos este empreendimento militar no contexto das operações anfíbias quatrocentistas, identificando os motivos que desencadearam tal operação e enquadrando o perfil social e militar de D. Fernando no quadro da política expansionista portuguesa do séc. XV.

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