Alterações Climáticas

Jogos sobre alterações climáticas ou jogos climáticos são definidos como "jogos e simulações em que alterações climáticas são o tema central e os quais têm foco nos processos (naturais), no papel dos sistemas humanos e nos potenciais impactos". A definição é dos autores Jason Wu e Joey Lee.

Este trabalho visa demonstrar a contribuição da Governança Global e do Direito Ambiental Internacional na construção de um Regime Internacional de Mudanças Climáticas. Com o aumento da degradação ambiental causadas pelas ações antropogênicas e, consequentemente, a intensificação das alterações climáticas, surge a necessidade de unir esforços de Estados, organizações não governamentais, sociedade civil e outros entes, para evitar resultados ainda mais drásticos. Essa colaboração mútua gerou o conceito de Governança Global, que pode ser definido como um movimento de cooperação política entre atores transnacionais com o objetivo de buscar soluções de problemas globais. Este trabalho visa demonstrar a importância deste novo sistema para a solução de conflitos internacionais e a sua influência para a criação de um novo ramo do Direito, o Direito Ambiental Internacional. Para tanto, o trabalho se inicia pelo estudo do surgimento da Governança Ambiental Global e o seu desenvolvimento, assim como, a sua distinção de Governabilidade e a criação do conceito de Governança Ambiental Global. A seguir, desenvolve-se um breve histórico sobre o surgimento do Direito Ambiental Internacional, que possui como objeto as relações dos sujeitos de Direito Internacional e dos novos atores internacionais. Será demonstrado a importância desta nova área para a resolução de problemas ambientais globais e a sua contribuição para o Regime Ambiental Internacional. Por fim, será exposto a criação do Regime Internacional de Mudanças Climáticas para prever medidas de redução das emissões de gases de efeito estufa e de adaptação, mediante Tratados e Convenções Internacionais, e o surgimento do primeiro acordo legalmente vinculante sobre mudanças climáticas, o Acordo de Paris

A metáfora da metamorfose tem de certo modo um já longo percurso nas ciências sociais. Recordemos que Karl Marx (2017 [1863]) recorre a esta para se referir à transfiguração do capital circulante numa economia capitalista. Mais recentemente, no início do século xx, Franz Kafka (2017 [1912]) utilizou-a para satirizar o crescente individualismo das sociedades em rápida urbanização.

O presente trabalho, faz referência ao Papel das florestas no combate às alterações climáticas, sendo identificadas “como uma das maiores ameaças ambientais, sociais e económicas que o planeta e a humanidade enfrentam. Constituem, por isso, um dos principais desafios para o desenvolvimento da humanidade, havendo um consenso alargado sobre a necessidade de adoptar estratégias que facilitem a adaptação da sociedade às novas condições de clima. Para tal levantou-se a seguinte problemática: Como as florestas contribuem no combate às alterações climáticas? Diante do exposto, Caracterizar o papel das florestas no combate às alterações climáticas, consiste no objectivo geral deste trabalho. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, apresentando na sua estrutura os fundamentos científicos das alterações climáticas e descrevem-se as metodologias que permitem avaliar de forma integrada os impactos e medidas de adaptação e mitigação às alterações climáticas e importância das florestas no combate à estas alterações. No final apresentam-se algumas considerações e bibliografia.
Palavras-chave:
- Alterações Climáticas
- Efeito de Estufa
- Florestas
- Desflorestação

Análise da coerência das políticas para o desenvolvimento nas políticas globais, europeias e nacionais, na interligação entre alterações climática e desenvolvimento. Estarão as políticas no domínio do ambiente e do clima plenamente conscientes dos desafios do Desenvolvimento e será que as estratégias "verdes” equacionam os seus impactos à escala global, sobretudo nas legítimas aspirações dos mais pobres a uma vida digna? Da mesma forma, as estratégias de Desenvolvimento incluem de forma abrangente, integrada e coerente, as preocupações ambientais e a urgência de uma atuação concertada sobre as alterações climáticas? E estarão os países em desenvolvimento a ser devidamente apoiados neste desígnio?
Estudo elaborado para o projeto "Coerência.PT", também disponível em http://www.fecongd.org/coerencia/estudos/

Piñuel Raigada, José Luis; Águila Coghlan, Juan Carlos; Teso Alonso, Gemma; Vicente Mariño, Miguel; & Gaitán Moya, Juan Antonio (Editors) (2012). Communication, Controversies and Uncertainty Facing the Scientific Consensus on Climate Change. La Laguna: Cuadernos Artesanos Latina, nº 30. ISBN: 978-84-15698-01-1. Available at: http://www.revistalatinacs.org/067/cuadernos/artesanos30.html

Este Policy paper analisa alguns dos principais desafios e (in)coerências na interligação entre alterações climáticas e desenvolvimento. Com efeito, à emergência de saúde provocada pela pandemia, junta-se a crise económica e a emergência climática já existente, numa confluência de fatores com impactos disruptivos na vida das pessoas, pelo que a coerência das políticas se torna ainda mais relevante. É efetuada uma análise da interligação entre alterações climáticas e desenvolvimento (incluindo em resultado da pandemia de COVID-19) e são identificadas algumas das principais incoerências destas políticas, permitindo formular recomendações para que ação climática e as políticas de desenvolvimento possam contribuir de forma mais coerente e integrada para um mundo mais justo, sustentável e inclusivo.
Publicado pela FEC - Fundação Fé e Cooperação e IMVF - Instituto Marquês de Valle Flor, dezembro de 2020.

A presente dissertação de mestrado entende que as mudanças climáticas consistem em um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade e são responsáveis pelo surgimento de novos problemas na sociedade atual. Os deslocados climáticos são um desses novos desafios que a comunidade internacional não foi capaz de prever e não são reconhecidos em nenhum dos instrumentos jurídicos de proteção atual, como a Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados. Este trabalho possui como principal objetivo: comprovar a urgência da elaboração de uma Convenção Internacional Relativa ao Estatuto dos Deslocados Climáticos demonstrando o limbo jurídico em que esse grupo se encontra e tentando, de tal forma, comprovar que: I) as alterações climáticas estão ocorrendo e as atividades antrópicas têm um papel fundamental para a intensificação desse fenômeno; II) os deslocados climáticos são vítimas diretas desses eventos; III) existe uma lacuna jurídica de proteção; IV) a elaboração de uma Convenção é essencial, porém é um processo burocrático e de longo prazo; V) existem medidas que podem ser adotadas de maneira imediata e temporária; VI) o problema dos deslocados climáticos é universal e necessita de uma cooperação conjunta na estruturação de uma nova norma jurídica. Assim, primeiramente, será feita uma introdução sobre como as alterações climáticas estão afetando as sociedades e qual é o papel do direito nessas situações. Depois, será analisada a insuficiência do termo “refugiados ambientais” e a lacuna jurídica no âmbito internacional em que os deslocados climáticos se encontram, bem como as principais propostas existentes para saná-la. Logo após, será feito um estudo prático sobre a situação dos Pequenos Estados Insulares. Em seguida, será constatada a importância dos mecanismos de soft law como alternativas temporárias viáveis até a criação de um instrumento específico e vinculante. Por último, serão examinados quais são os principais elementos e características que uma futura Convenção deve possuir para garantir uma proteção eficaz

Resumo:
Seguindo o tema central do estado de conservação dos sítios arqueológicos costeiros no Algarve, este trabalho de seminário busca analisar o estado da investigação neste tema e estudar tanto quanto possível o estado atual da conservação arqueológica algarvia através de recursos de acesso aberto. Conclui-se que o estado da investigação nacional sobre este tema encontra-se muito pouco desenvolvido quando comparada com a investigação internacional, e que a importância dada a este tema pelos investigadores portugueses é geralmente baixa. A maioria dos sítios contabilizados não apresenta qualquer de informação relacionada com este tema, e até os sítios com mais informação disponível dão pouco destaque a esta. Tenta -se assim evidenciar a necessidade de se conceder mais importância à proteção e conservação do património arqueológico, passando tanto por uma maior ênfase concedida a este tema nas publicações relacionadas com os sítios individuais e nas entradas nas bases de dados arqueológicas como na implementação de planos de acompanhamento e proteção do património vulnerável.

Palavras-chave:
Algarve; Alterações climáticas; Conservação Arqueológica; Erosão costeira; Património Arqueológico.

Abstract:
Following the central theme of the state of conservation of the archaeological heritage along the Algarve coast, this bachelor’s thesis seeks to analyze the current state of investigation surrounding this topic and study the current state of conservation of Algarve’s archaeological sites through the use of open access information. It’s concluded that the state of national investigation is lacking when compared to international sources, and that the importance given to this topic by Portuguese researchers is generally low. Most sites that were considered do not have any information associated with them, with even the ones with the most information available not usually giving much importance to this topic. It is therefore attempted to demonstrated a large need to give more significance to the protection and conservation of archaeological heritage, equally by an effort from researchers to give more focus to this topic both when publishing articles relating to individual sites and when filling out archaeological database entries, and by the implementation of plans to keep track of site conservation and protection.

Keywords:
Algarve; Climate Change; Archaeological Conservation; Coastal Erosion; Archaeological Heritage.

In 2019, climate change was considered a global emergency due to the gravity it represents to the world, highlighting the low engagement of society in responding to the crisis. Geographical and psychological factors, among others, play an important role in developing awareness of climate change at an individual level. In this context, the investigation aimed at identifying the predictors of climate change perception as well as climate risk in Portuguese and Brazilian university students, having as variables Place Identity, Resilience Traits and Personality Traits. The research was developed in the perspective of Psychological Geography, through which the geographical reality can be understood in a psychological perspective when it is understood that the geographic forms and contents can be conditioned by the subjective traits of individuals. We used psychometry as a technique and the SPSS software for the treatment of statistical data. The results indicate the Increase of Temperature as a strong predictor of the perception of climate change and its severity, followed by Resilience Traits (Assertiveness) and Personality Traits (Openness to New Experiences). Place identity contributes to the development of Resilience Traits, so it can be used as a management tool for adaptation to climate change. Finally, we conclude the need to develop public policies in the face of the climate crisis, customized to the unique context of each country, region, community and individual. As a strategy to promote socio-spatially resilient, aware and engaged places in the face of climate emergencies, we propose investments in climate literacy and that it should be guided by the perspective of personalized and community education.
Keywords: Climate Change, Psychological Geography, Personality, Place Identity, Resilience and Risk Perception.

Em 2019 as alterações climáticas foram consideradas uma emergência global pela gravidade que representam para o mundo, chamando atenção para o baixo engajamento da sociedade em responder à crise. Fatores geográficos e psicológicos, dentre outros, desempenham um papel importante na formação da conscientização acerca das alterações climáticas a nível individual. Nesse contexto, o objetivo da investigação foi identificar os preditores da percepção das alterações climáticas e do risco climático nos universitários portugueses e brasileiros, tendo como variáveis a Identidade de Lugar, os Traços de Resiliência e os Traços de Personalidade. Abordamos a pesquisa na perspectiva da Geografia Psicológica, pela qual a realidade geográfica pode ser compreendida numa abordagem psicológica quando se tem o entendimento de que as formas e conteúdos geográficos podem ser condicionados pelos traços subjetivos dos indivíduos. Utilizamos a psicometria como técnica e o software SPSS para o tratamento dos dados estatísticos. Os resultados apontam o Aumento da Temperatura como um forte preditor da percepção das alterações climáticas e sua gravidade, seguido pelos Traços de Resiliência (Assertividade) e os Traços de Personalidade (Abertura a Novas Experiências). A Identidade de Lugar contribui para o desenvolvimento dos Traços de Resiliência, pelo que pode ser utilizada como ferramenta de gestão para a adaptação frente às alterações climáticas. Por fim, concluímos a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas frente à crise climática, personalizadas ao contexto de cada país, região, comunidade e indivíduo. Como estratégia para promover lugares socioespacialmente resilientes, conscientes e engajados frente à emergência climática, propomos investimentos na alfabetização climática pautada na perspectiva da educação personalizada e comunitária.
Palavras-chave: Alterações Climáticas, Geografia Psicológica, Personalidade, Identidade de Lugar, Resiliência e Percepção de Risco.

Vicente Mariño, Miguel (2011). “La expansión de la investigación sobre comunicación medioambiental: ¿otra consecuencia más del cambio climático?”, en Santiago Álvarez, Convivir para perdurar. Conflictos ecosociales y sabidurías ecológicas, Icaria: Barcelona, pp. 371-387. ISBN: 978-84-9888-315-2.

[English below] Uma década após a crise financeira, a crise climática emerge no plano político, fruto da mobilização da juventude estudantil internacional em greve e em protesto pelo futuro, contra a inação dos diversos governos e responsáveis políticos na ação climática. Recorrendo-se a uma metodologia engajada baseada na antropologia militante, envolvendo um compromisso político enquanto ativista no movimento social transnacional Greve Climática Estudantil em Coimbra (GCEC), explora-se a relação da juventude com a política, os seus problemas, as suas formas de participação na arena política e os agentes e instituições responsáveis pela sua politização, demonstrando a importância deste e de outros movimentos enquanto importantes catalisadores deste processo. Através de nove entrevistas semiestruturadas e duas notas de campo etnográficas das duas primeiras greves organizadas pela GCEC, estabelece-se um diálogo entre ativistas deste movimento, em confronto com bibliografia da antropologia dos movimentos sociais e das restantes ciências sociais e políticas sobre os temas. Ao traçar-se este diálogo, serão estabelecidas pontes com diversos acontecimentos políticos que têm marcado a atualidade e que se mostram relevantes neste tema, moldando a opinião pública, como o foi com as eleições europeias de 2019, que trouxe novamente ao de cima questões como a abstenção jovem. Contraria-se o estereótipo da juventude desinteressada por política, dissociando-o do grau de interesse e de participação na política formal. Reconhece-se, nos discursos acerca da crise climática e da política, o recurso dominante a um frame geracional, assim como constrangimentos assentes na influência de uma ideologia de estigma em torno da juventude.
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A decade after the financial crisis, climate crisis emerges on the political level due to international student youth mobilization, in strike and in protest for the future, against the inaction of different governments and political leaders in climate action. Using an engaged methodology based on militant anthropology, involving a political commitment as an activist in the transnational social movement Greve Climática Estudantil in Coimbra (GCEC), we explore the relationship of youth with politics, their problems, forms of participation in the political arena and agents and institutions responsible for their politicization, demonstrating the importance of this movement and others as important catalysts for this process. Through nine semi-structured interviews and two ethnographic field notes from the first two strikes organized by the GCEC, a dialogue between activists of this movement is established, in confront with bibliography from the anthropology of social movements and other social and political sciences on the themes. By drawing up this dialogue, bridges will be established with various political events that have marked the present time and that are relevant to this topic, shaping the public opinion, as it was with the 2019 european elections, which again brought to the fore issues such as youth abstention. The stereotype of youth disinterested in politics is contradicted, dissociating it from the degree of interest and participation in formal politics. A dominant resource to a generational frame is recognized in discourses about climate crisis and politics, along with constraints based on the influence of a stigma ideology surrounding youth.

As mudanças do clima que se sentem a nível mundial ultrapassam o conceito de aquecimento global e centram-se, mais do que no tipo, na
regularidade e na intensidade dos eventos geoclimáticos, nos impactos socioambientais produzidos, ou seja, na forma como a vida da população
mundial é afectada.
As Conferências das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Cimáticas realizam-se anualmente desde 1995 até à actualidade com o objectivo de certificar as condições para a implementação dos termos da Convenção com base na análise dos procedimentos institucionais dos Estados face aos compromissos assumidos.

As sociedades modernas encontram-se confrontadas com os limites do próprio modelo de desenvolvimento. Ao risco confere-se, atualmente, o mesmo grau de importância que obteve a pobreza no século XIX, e a segurança no século XX. Desde então, a confiança e a legitimidade políticas são conseguidas através do progressivo desenvolvimento do Estado Providência, assente nos pressupostos do controle e da segurança, através dos quais tanto as instituições públicas como privadas providenciam garantias contra o risco em diversas dimensões da vida, nomeadamente na saúde pública, pensões, subsídios de desemprego e de doença e benefícios de bem-estar. Os riscos têm estado sempre presentes no decurso da história da humanidade, sendo, hoje, contudo, de natureza qualitativamente diferente. E, o facto de as pessoas estarem expostas a perigos (em relação aos quais não têm capacidade de decisão) é, em alguma extensão, dependente do conhecimento, um conhecimento que frequentemente as vítimas não possuem para poderem decidir sobre eventuais riscos aceitáveis. Os termos: mudança do clima, mudança climática ou alteração climática referem-se à variação do clima à escala global, ou dos climas regionais da Terra ao longo do tempo. Estas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenómenos climáticos em relação às médias históricas. Segundo o "Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas" (da sigla em inglês IPCC), mudança climática é uma variação a longo prazo, estatisticamente significante num parâmetro climático (como temperatura, precipitação ou ventos) médio, ou na sua variabilidade, durante um período que pode durar de décadas a milhões de anos. No contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a mudança de Clima (CQNUMC), as alterações climáticas são definidas como uma mudança do clima atribuída direta ou indiretamente à atividade humana que altera a composição da atmosfera e que associada à variabilidade natural do clima é observada por longos períodos de tempo. A CQNUMC faz uma distinção entre a "variabilidade climática" atribuída a causas naturais-há causas naturais (internas à Terra no sistema Planetário) que concorrem para as mudanças climáticas (Escurecimento global; Recuo dos glaciares desde 1850; Ciclo solar, Variação orbital; Impacto de meteoritos; Deriva dos continentes e Movimentação de placas tectónicas; Movimentos orogenéticos de formação de montanhas; Mudanças de temperatura nas água nos Oceanos; Variação de intensidade dos Ventos Alísios; Vulcanismo). O clima terrestre manifesta também fenómenos extremos (como cheias, secas, granizo, tornados, furacões, etc.), os quais podem ter efeitos devastadores, a vários níveis: natural e humano, social, económico, político, geográfico, cultural-e a "mudança climática" devida à atividade humana alterando a composição da atmosfera caracterizada pelo aumento inequívoco e continuado da temperatura média do sistema climático da Terra-denominado aquecimento global. A elevação da concentração desses gases na atmosfera desencadeia reações à escala planetária, retendo calor e modificando virtualmente todos os sistemas físicos, químicos e biológicos da Terra incluindo o clima. As reações químicas são aceleradas com a elevação das temperaturas. A maior parte dos seres vivos não regula a sua temperatura corpórea e mais ou menos acompanha os níveis do ambiente. Os gases estufa do ar impregnam os oceanos e acentuam sua acidez, além de contribuírem para uma maior desoxigenação. O aumento da temperatura interfere no ciclo das chuvas e na quantidade de água a que temos acesso; faz os gelos derreterem modificando ecossistemas e reduzindo o albedo (ou coeficiente de reflexão) terrestre; faz o oceano aquecer e aumentar de volume; altera as correntes marinhas e a estratificação da coluna de água; derrete os solos congelados; aumenta o nível de humidade no ar e reduz a humidade do solo; modifica

Resumo
O presente trabalho, faz referência ao Papel das florestas no combate às
alterações climáticas, sendo identificadas “como uma das maiores ameaças
ambientais, sociais e económicas que o planeta e a humanidade enfrentam. Constituem, por isso, um dos principais desafios para o desenvolvimento da
humanidade, havendo um consenso alargado sobre a necessidade de adoptar
estratégias que facilitem a adaptação da sociedade às novas condições de
clima. Para tal levantou-se a seguinte problemática: Como as florestas
contribuem no combate às alterações climáticas? Diante do exposto,
Caracterizar o papel das florestas no combate às alterações climáticas,
consiste no objectivo geral deste trabalho. Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, apresentando na sua estrutura os fundamentos científicos das
alterações climáticas e descrevem-se as metodologias que permitem avaliar de
forma integrada os impactos e medidas de adaptação e mitigação às
alterações climáticas e importância das florestas no combate à estas
alterações. No final apresentam-se algumas considerações e bibliografia.
Palavras-chave:
- Alterações Climáticas
- Efeito de Estufa
- Florestas
- Desflorestação

Tendo em mente o cenário desencadeado pelas Alterações Climáticas (ACs) e o contexto europeu, este artigo pretende contribuir para fazer um balanço geral da situação nos países ibéricos, com dois tipos de dados complementares. Por um lado, dados objetivos, assentes no conhecimento técnico-científico, avançados pelo Índice de Desempenho em Alterações Climáticas (Climate Change Performance Index – CCPI), que inclui a consulta de peritos. Por outro lado, fazendo uso dos inquéritos à opinião pública europeia sobre as mesmas matérias (Eurobarômetro Especial 490 de 2019), analisa-se o ponto de vista dos leigos (i.e., percepções e atitudes dos cidadãos). Globalmente, pode concluir-se que existe um certo afastamento entre peritos e leigos quanto ao problema das ACs e suas consequências, ficando clara a urgência da sua aproximação para se conseguir um processo adaptativo mais rápido e eficaz e, também, mais justo.

Neste trabalho são apresentados resultados do conteúdo de água no solo de uma floresta de Laurissilva em Tenerife.  São apresentadas algumas características morfológicas das árvores de Laurus Azorica bem como alguns aspectos físicos associados à distribuição espacial de água no solo, em torno de cada árvore. É apresentado um resumo dos principais aspectos climáticos e edafológicos que influenciam a floresta de Laurissilva.

1. Antecedentes: Nuestro planeta se calienta inexorablemente, por lo que el objetivo de la comunidad cientifica internacional, de los gobiernos y de la sociedad en general, es hacer que el aumento de la temperatura planetaria no supere los dos grados Celsius en este siglo. Considerando esta situacion, el resto de los datos y las proyecciones previstas por el informe del IPCC (Grupo Intergubernamental de Expertos sobre el Cambio Climatico de las Naciones Unidas) es comprensible la gran preocupacion producida por el fenomeno del cambio climatico (CC) en todos los ambitos de la sociedad. La discusion que se ha producido en los circulos cientificos acerca de la posibilidad de detener o controlar este proceso, por lo general tiene un consenso bien establecido, pero cuando se trata de la transferencia de este conocimiento y sus proyecciones a los ciudadanos no especializados en este ambito y al publico en general, se producen diferencias, dudas y conflictos que llevan a una creciente incertidumbre, incluso promovida de alguna manera por elementos ajenos al fenomeno mismo. 2. Objeto: El objeto del Panel es la presentacion, analisis y discusion de diversos aspectos tecnicos, sociales, culturales y comunicacionales acerca del Cambio Climatico y reunir a cientificos de renombre en estos campos, para promover un debate de alto nivel acerca de este proceso, sus implicaciones y consecuencias. 3. Metodologia: Para ello, el Panel reune a expertos de prestigio internacional en las cuestiones sociales, la cultura, la ciencia y la comunicacion, todos ellos relacionados con el Cambio Climatico, para discutir al mas alto nivel las caracteristicas de este fenomeno y como puede ser abordado por la comunidad cientifica y los interlocutores sociales involucrados en su analisis, difusion y proposicion de soluciones. Cada uno de los panelistas presenta la vision del problema desde su especialidad para que se organice un debate y discusion, con el animo de llegar a conclusiones compartidas que sean utiles y que permitan la orientacion para realizar acciones, aclarar conceptos y proponer soluciones en los temas pertinentes tanto a corto como a mediano plazo y asi hacer una contribucion al tratamiento de un problema que involucra a toda la sociedad. 4. Resultados: Como cuerpo visible de las consecuencias de esta reunion, se realizara una publicacion con la vision y las contribuciones de cada uno de los expertos sobre el Cambio Climatico y las conclusiones y directrices resultantes del analisis y el debate de los temas presentados.

Diariamente, milhões de pessoas acedem às redes sociais para visualizarem e publicarem conteúdos, sejam eles textos, imagens ou vídeos, o que envolve também o consumo e disseminação de notícias e opiniões. Estes novos espaços comunicacionais já fazem parte do cotidiano de grande parte das sociedades contemporâneas, principalmente dos jovens, e como um suporte de informação variada são relevantes para a investigação em diversas áreas, como a comunicação sobre as alterações climáticas que é o foco deste artigo.
As características mensagens curtas e a instantaneidade provocada pela pergunta de abertura “o que está acontecendo?”, fizeram com que a rede social Twitter chegasse a ser apontada como canal de organização de mobilizações como Occuppy Wall Street e a Primavera Árabe. O uso de termos supervalorizados como a “revolução do Twitter” atraíram a atenção da academia para estudos sobre interação e participação online. O Twitter já foi classificado como um termômetro da percepção pública (Brown & Wake, 2015) e no caso da comunicação sobre as alterações climáticas, foi caracterizado como uma rede distribuída de sensores (Kirilenko et al., 2015). Devido a possibilidade de pesquisa e da agregação de publicações por termos-chave (e hashtags) cria-se um ambiente segmentado por tema, permitindo identificar os conteúdos mais valorizados dentro da rede social.
Desta forma, este trabalho analisa os termos-chave mais utilizados para se referir às alterações climáticas em português e espanhol, no período de seis meses, incluindo o período de realização da 21a Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas. Buscou-se compreender quais os conteúdos mais relevantes nesta rede social, o impacto da realização da COP21 e a influência da mídia, como também tentar perceber os usos da rede social no contexto da comunicação sobre as alterações climáticas. Entre os resultados, a mídia é referência importante dentro da rede social e conteúdos sobre consequências negativas tiveram destaque. Houve variação nas temáticas dos conteúdos comparativamente entre os dois períodos da análise.

Tendo em mente o cenário imposto pelas alterações climáticas na Europa, as páginas seguintes procurarão contribuir para fazer um balanço geral da situação nos países ibéricos, no contexto da União Europeia, com dois tipos de dados complementares. Por um lado, dados objetivos assentes no conhecimento técnico-científico, avançados pelo Índice de Desempenho em Alterações Climáticas (CCPI – Climate Change Performance Index). Por outro lado, fazendo uso do Eurobarômetro Especial 490 de 2019, analisar-se-ão dados de origem fundamentalmente leiga e mais subjetiva que, versando as mesmas matérias, assentam no ponto de vista dos cidadãos, suas percepções e atitudes. Procura-se, fundamentalmente, contrapor duas fontes de conhecimento distintas (perito e leigo) e, a partir daí, retirar ilações para o futuro da Europa e, particularmente, para o futuro dos dois países ibéricos aqui em foco.

As sociedades modernas encontram-se confrontadas com os limites do próprio modelo de desenvolvimento. Ao risco confere-se, atualmente, o mesmo grau de importância que obteve a pobreza no século XIX, e a segurança no século XX. Desde então, a confiança e a legitimidade políticas são conseguidas através do progressivo desenvolvimento do Estado Providência, assente nos pressupostos do controle e da segurança, através dos quais tanto as instituições públicas como privadas providenciam garantias contra o risco em diversas dimensões da vida, nomeadamente na saúde pública, pensões, subsídios de desemprego e de doença e benefícios de bem-estar. Os riscos têm estado sempre presentes no decurso da história da humanidade, sendo, hoje, contudo, de natureza qualitativamente diferente. E, o facto de as pessoas estarem expostas a perigos (em relação aos quais não têm capacidade de decisão) é, em alguma extensão, dependente do conhecimento, um conhecimento que frequentemente as vítimas não possuem para poderem decidir sobre eventuais riscos aceitáveis. Os termos: mudança do clima, mudança climática ou alteração climática referem-se à variação do clima à escala global, ou dos climas regionais da Terra ao longo do tempo. Estas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenómenos climáticos em relação às médias históricas. Segundo o "Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas" (da sigla em inglês IPCC), mudança climática é uma variação a longo prazo, estatisticamente significante num parâmetro climático (como temperatura, precipitação ou ventos) médio, ou na sua variabilidade, durante um período que pode durar de décadas a milhões de anos. No contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a mudança de Clima (CQNUMC), as alterações climáticas são definidas como uma mudança do clima atribuída direta ou indiretamente à atividade humana que altera a composição da atmosfera e que associada à variabilidade natural do clima é observada por longos períodos de tempo. A CQNUMC faz uma distinção entre a "variabilidade climática" atribuída a causas naturais-há causas naturais (internas à Terra no sistema Planetário) que concorrem para as mudanças climáticas (Escurecimento global; Recuo dos glaciares desde 1850; Ciclo solar, Variação orbital; Impacto de meteoritos; Deriva dos continentes e Movimentação de placas tectónicas; Movimentos orogenéticos de formação de montanhas; Mudanças de temperatura nas água nos Oceanos; Variação de intensidade dos Ventos Alísios; Vulcanismo). O clima terrestre manifesta também fenómenos extremos (como cheias, secas, granizo, tornados, furacões, etc.), os quais podem ter efeitos devastadores, a vários níveis: natural e humano, social, económico, político, geográfico, cultural-e a "mudança climática" devida à atividade humana alterando a composição da atmosfera caracterizada pelo aumento inequívoco e continuado da temperatura média do sistema climático da Terra-denominado aquecimento global. A elevação da concentração desses gases na atmosfera desencadeia reações à escala planetária, retendo calor e modificando virtualmente todos os sistemas físicos, químicos e biológicos da Terra incluindo o clima. As reações químicas são aceleradas com a elevação das temperaturas. A maior parte dos seres vivos não regula a sua temperatura corpórea e mais ou menos acompanha os níveis do ambiente. Os gases estufa do ar impregnam os oceanos e acentuam sua acidez, além de contribuírem para uma maior desoxigenação. O aumento da temperatura interfere no ciclo das chuvas e na quantidade de água a que temos acesso; faz os gelos derreterem modificando ecossistemas e reduzindo o albedo (ou coeficiente de reflexão) terrestre; faz o oceano aquecer e aumentar de volume; altera as correntes marinhas e a estratificação da coluna de água; derrete os solos congelados; aumenta o nível de humidade no ar e reduz a humidade do solo; modifica

O desafio da investigação foi aproximar indivíduos e alterações climáticas. Para isso, o Aventura Climática©: um jogo de estratégia para manter o efeito de estufa em equilíbrio foi construído e testado. O canal de comunicação encurta o distanciamento entre as partes a partir de elementos de tangibilização (materialização). A intangibilidade e suas três dimensões e os moderadores de risco de distanciamento são estabelecidos pelo quadro teórico do Marketing de Serviços. Os participantes nos testes do jogo de tabuleiro têm interesse em conhecer soluções que possam realizar (individual e coletivamente) para minimizar os efeitos das AC, mas não demonstram a mesma curiosidade sobre o problema e suas causas. A abordagem é qualitativa e emprega um mix metodológico: levantamento bibliográfico e documental e os procedimentos e as técnicas de Design Thinking, uma abordagem disciplinar que concentra na criação de artefatos sua atenção para solucionar problemas de ordem prática dos indivíduos em sociedade.

A Ilha de Moçambique integra-se no Mundo Indico ou Império das Monções, como por vezes é referida na historiografia anglo-saxónica, com uma história feita de encontros e desencontros. De constituição coralina, a ilha pode ser olhada como um complexo micro-arquipalágico, onde o assentamento humano convive de muito perto com o oceano. Uma comunidade que dele depende, seja pela atividade económicas de transporte e pesca, seja pelo apelo do turismo e lazer, que a sua condição de Património da Humanidade lhe atribui desde 1991. Lugar de memórias controversas é para os portugueses o lugar mítico que abriu as portas às Índias, transformado em Ilha dos amores pela pena de Luís Vaz. No capítulo do tráfico negreiro, é uma memória tensa, quase oculta pelos tempos dos lazeres e pelas memórias atuais, herdeiras do trato. O projeto nacional tem também dificuldades em construir uma narrativa sobre esta ilha, antiga capital colonial.
Dos vários encontros e desencontros, o desenvolvimento sustentável, transformado na agenda global 2030 parece trazer novos desafios, agora com base nos efeitos do antropoceno.
Para além das questões da pobreza, da educação para todos, da saúde e bem-estar que caracterizaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio; que inclusive tiveram no projeto da aldeia do milénio do Lumbo, uma experiencia piloto, apoiada pela boas intenções da cooperação portuguesa, que visava transferir ilhéus para o continente – os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável incorporam novos desafios. A condição de cidade ilha coloca Moçambique no centro desta agenda por via das alterações climáticas e da perda da biodiversidade em meio marinho.
A agenda 2030 das Nações Unidas assenta em três pilares. Economia, Sociedade e Ambiente. A ilha de Moçambique é Património da Humanidade, por via dos critérios da especificidade da sua cultura e da sue paisagem. Constituindo-se a cultura como uma ação transversal nos ODS, a Ilha de Moçambique, assume-se como um caso de estudo para a construção duma agenda local para os ODS, no âmbito da qual a economia criativa é convocada a procurar um espaço de encontro para construções de soluções inovadoras.

The Amazon is a region of great importance on the agenda of climate change. In this sense, the actions of local communities who value the use of “standing forest” are fundamental to the construction of models of autonomous development and adaptation to this phenomenon. Based on this consideration, this work aims to include the valuation of ecosystem services in the debate on climate change based on Brazilian Amazonian experiences, with a focus on the collection of açaí in the state of Amapá. Methodologically, we start off with three conceptual procedures: we treat development as the freedom that people should have in order not to suffer substantial deprivation; we considered the territorial autonomy as fundamental for other manifestations of development to be introduced into environmental policies, such as the emergence of forest sustainability as an indicator; and finally, we treat the environment as a hybrid of nature and culture, which makes it possible to distance ourselves from...

Neste artigo analiso os desafios do multilateralismo para envolver as potências, sobretudo as maiores emissoras de gases de efeito estufa, no esforço mútuo contra as alterações climáticas.
Antes de contribuir para a construção de arranjos multilaterais exequíveis, a pressão de americanos e europeus por acordos radicais limita o engajamento de países imprescindíveis à solução do problema ambiental.