Homeopatia 03
Homeopatia 03
Homeopatia 03
Portal Educação
CURSO DE
HOMEOPATIA
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
CURSO DE
HOMEOPATIA
MÓDULO III
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MÓDULO III
B - Derivados de animais:
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II - Produtos fisiológicos (SARCÓDIOS)
Ex: Lachesis trigonocefalus, Crotalus horridus, Naja vipera
(venenos de cobras)
Sepia succus (tinta de polvo)
Mephitis putorius (secreção de glândulas anais de um tipo
de raposa)
Moschus (musk)
Lac defloratum e Lac caninum (leites)
Calcarea ostrearum (pó de cascas de ostras)
I- Origem natural:
Ex.: Aurum metalicum (Ouro), Kali carbonicum (carbonato de
potássio obtido das cinzas de plantas), Natrum muriaticum (sal
marinho não purificado), Graphites (produto inglês da mina de
Borrowdale), Petroleum (da Áustria), Mica (completamente
branca, da Índia), Sulphur (da Itália).
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II - Origem industrial, sintética: sais orgânicos, vitaminas.
Ex.: Sulfanilamida, Mercurius iodatus ruber, diversas
penicilinas.
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MEDICAMENTOS TÓXICOS: não podem ser usados em baixas potências:
Arsenicum album CH 1, Lachesis CH 1, Mercurius solubilis CH 1, tinturas-mãe
tóxicas em uso interno (Belladonna, Arnica Montana, Rhus toxicodendron, etc.
12 VEÍCULOS E EXCIPIENTES
12.1 ÁGUA
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A destilação é o processo mais recomendado para as farmácias homeopá-
ticas, pois obtemos água teoricamente estéril a baixo custo. A título de curiosidade
histórica, Hahnemann empregava a água da chuva ou da neve derretida para a
preparação dos medicamentos homeopáticos. Hoje, não devemos utilizá-las pelo
alto índice de poluentes encontrados na atmosfera.
12.2 ÁLCOOL
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• Diferentes diluições alcoólicas: são utilizadas na elaboração das tinturas
homeopáticas e na diluição de drogas solúveis, nas três primeiras dinamizações
centesimais (1/100) ou nas seis primeiras dinamizações decimais (1/10).
12.3 GLICERINA
12.4 LACTOSE
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(trituração) e na confecção de comprimidos, tabletes e glóbulos inertes. Pode ainda
ser impregnada com dinamizações líquidas, para a obtenção da forma farmacêutica
sólida de uso interno, chamada “pós”.
12.5 SACAROSE
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12.7 MICROGLÓBULOS INERTES
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13 O QUE SÃO FORMAS FARMACÊUTICAS DERIVADAS?
14 AS ESCALAS
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1 mL da TM de Arnica montana + 9 mL de álcool 30% (100 sucussões)
Arnica montana 1X ou
Arnica montana D1 ou
Arnica montana 1DH
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15 A SUCUSSÃO
16 OS MÉTODOS
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16.1 O MÉTODO HAHNEMANNIANO (H)
Assim chamado por ter sido criado pelo fundador da Homeopatia, pode ser
subdividido em três outros métodos:
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não apresenta escala definida como o hahnemanniano. Seu uso é consagrado para
preparar altas potências com mais rapidez e quando não há número suficiente de
frascos esterilizados. Todavia, como não se trata de um método exato, sua utilização
somente se justifica em casos de urgência médica.
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dispensada, se líquida (dose única e preparações administradas sob a forma de
gotas) ou sólida (dose única, glóbulos, comprimidos, tabletes e pós).
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7. Para as demais dinamizações, proceder de maneira idêntica até atingir a potência
desejada. A seguir, para facilitar o entendimento da técnica de preparação das
formas farmacêuticas derivadas a partir da TM, será dado dois exemplos
esquemáticos, um na escala decimal e outro na centesimal.
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Com o frasco dinamizador de 30 mL, podem-se preparar 20 mL, que
representam 2/3 da sua capacidade. Para obter a quantidade de insumo ativo (uma
parte), é necessário dividir o volume de 20 mL por 100, pois se trata da escala
centesimal. Para obter a quantidade de insumo inerte (99 partes), é necessário
multiplicar o volume do insumo ativo por 99 ou diminuir o volume total (cem partes)
do volume do insumo ativo (uma parte). Assim, teremos:
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o insumo inerte a ser utilizado vai depender da forma farmacêutica a ser dispensada,
se líquida (dose única líquida e preparações líquidas administradas sob a forma de
gotas) ou sólida (dose única sólida, glóbulos, comprimidos, tabletes e pós).
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8. Para as demais dinamizações, proceder de maneira idêntica até atingir a potência
desejada.
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dinamizações centesimais utilizar o mesmo título hidroalcoólico do etanol que
solubilizou a droga. Conforme regra geral, utilizar para as dinamizações
intermediárias o etanol 70%.
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lactose e da droga devem ter tamanhos semelhantes.
5. Com a espátula misturar bem a droga na lactose.
6. Triturar com força por seis minutos.
7. Com a espátula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, às paredes e ao fundo do
gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.
8. Ainda com a primeira porção, triturar com força por seis minutos.
9. Com a espátula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, às paredes e ao fundo do
gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.
10. Acrescentar a segunda porção de lactose.
11. Triturar com força por seis minutos.
12. Com a espátula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, às paredes e ao fundo
do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.
13. Ainda com a segunda porção, triturar com força por seis minutos.
14. Com a espátula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, às paredes e ao fundo
do gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.
15. Acrescentar a terceira porção de lactose.
16.Triturar com força por seis minutos.
17.Com a espátula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, às paredes e ao fundo do
gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.
18. Ainda com a terceira porção, triturar com força por seis minutos.
19.Com a espátula, raspar o triturado que aderiu ao pistilo, às paredes e ao fundo do
gral, por quatro minutos, homogeneizando-o.
20. Ao final de, no mínimo, sessenta minutos de operação, teremos a primeira
trituração decimal ou centesimal, dependendo da proporção da droga/lactose, 1DH
trit. ou 1CH trit., respectivamente.
21. Essa primeira trituração será acondicionada num pote de boca larga bem
fechado e protegido da luz. Essa dinamização constitui-se o ponto de partida para as
demais triturações. No caso de trituração decimal, fazer mais cinco dinamizações
sólidas até obter a 6DH trit. Para a trituração centesimal, fazer mais duas
dinamizações até obter a 3CH trit.
22. Para solubilizar a 3CH trit. ou a 6DH trit., em um cálice dissolver uma parte do
triturado em oitenta partes de água destilada, completar para vinte partes de etanol
96% e misturar. Sucussionar cem vezes para obter, desse modo, a 4CH ou 8DH.
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Não se deve preparar a 7DH a partir da 6DH, pois a lactose utilizada na trituração é
insolúvel na proporção 1/10. Assim, excepcionalmente, preparamos diretamente a
8DH a partir da 6DH (1/100).
A seguir, serão dados dois exemplos esquemáticos, um na escala decimal e
outro na centesimal, para facilitar o entendimento da técnica de preparação das
formas farmacêuticas derivadas a partir de drogas insolúveis. Exemplo de
medicamento preparado na escala decimal a partir de droga insolúvel:
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1 g de Argentum metailicum 1DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de trituração =
Argentum metailicum 2DH trit.
1 g de Argentum metailicum 2DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de trituração =
Argentum metailicum 3DH trit.
1 g de Argentum metailicum 3DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de trituração =
Argentum metailicum 4DH trit.
1 g de Argentum metailicum 4DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de trituração =
Argentum metailicum 5DH trit.
1 g de Argentum metailicum 5DH trit. + 9 g de lactose + 60 mm. de trituração =
Argentum metailicum 6D. trit.
0,8 g de Argentum metailicum 6DH trit. + 64 mL de água destilada + qsp 80 ml de
etanol 96% + = Argentum metailicum 8DH líquida (nesse caso, não teremos uma
7DM, pois a lactose é insolúvel na proporção 1/10). 8 mL de Argentum metailicum
8DH + 72 mL de etanol 70% + ↑↓ = Argentum metailicum 9DH
8 mL de Argentum metailicum 9DH + 72 mL de etanol 70% + = Argentum metailicum
LODH
8 mL de Argentum metailicum 1ODH + 72 rnL de etanol 70% + ↑↓ = Argentum
metailicum 1 IDH
8 mL de Argentum metailicum 1 1DH + 72 mL de etanol 30% ou etanol de graduação
igual ou superior a 70% + ↑↓ = Argentum metailicum 12DH
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que corresponde a 2/3 da capacidade do frasco dinamizador.
Sucussionar cem vezes para obter a 4CH líq. Daí para frente, as demais
dinamizações intermediárias serão realizadas em álcool 70%, na proporção de
1/100, de acordo com a escala centesimal. Para a preparação da 6CH, o insumo
inerte a ser utilizado vai depender da forma farmacêutica a ser dispensada, se
líquida (dose única líquida e preparações líquidas administradas sob a forma de
gotas) ou sólida (dose única sólida, glóbulos, comprimidos, tabletes e pós).
Assim, teremos:
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20.2 A TÉCNICA DE PREPARAÇÃO
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tal forma que todos os mcglob. possam ser igualmente embebidos pela gota.
9. Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri forrada com papel de
filtro, para secá-los.
10. Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abrigo da luminosidade, e
identificá-los com o nome do medicamento acompanhado de 1LM.
11. Para preparar a 2LM, em um flaconete, dissolver 1 mcglob. da 1 LM em uma
gota d’água destilada. Cabe ressaltar que este mcglob. contém, em tese, 1/500 da
gota do 1º grau de dinamizaçao.
12. Acrescentar ao flaconete cem gotas de álcool 96%.
13. Sucussionar cem vezes. Está pronta a 2LM líquida (2º grau de dinamização).
Uma gota dessa solução contém 1/50.000 da 1LM, pois o mcglob. que continha
1/500 da 1LM líquida foi diluído cem vezes (1/500 x 1/100 = 1/50.000).
14. Em outro flaconete colocar 500 mcglob. padronizados (0,3 15 g).
15. Acrescentar uma gota da 2LM líquida sobre os 500 mcglob. Girar o flaconete de
tal forma que todos os mcglob. possam ser igualmente embebidos pela gota.
16. Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri forrada com papel de
filtro, para secá-los.
17. Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abrigo da luminosidade, e
identificá-los com o nome do medicamento acompanhado de 2LM.
18. Para as demais potências, empregar a mesma técnica. Para a dispensação do
medicamento dissolver um mcglob. em solução hidroalcoólica a 30%, devendo o
volume dispensado ocupar 2/3 da capacidade do frasco.
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21 MÉTODO KORSAKOVIANO PARA A ESCALA DECIMAL A PARTIR DA
TINTURA-MÃE, DE DROGA SOLÚVEL E INSOLÚVEL
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6. Proceder a cem sucussões vigorosas. Temos a proporção de uma parte da TM ou
da droga solúvel para cem partes do insumo inerte. Está pronta a 2D.
7. Com a pipeta de 10 mL desprezar 9 mL da dinamização 2D, de tal forma que
fique 1 mL dela no frasco dinamizador.
8. Agregar 9 mL de insumo inerte no mesmo frasco dinamizador em que está a 2D.
9. Proceder a cem sucussões vigorosas. Temos a proporção de uma parte da TM ou
da droga solúvel para mil partes do insumo inerte. Está pronta a 3D.
10. Proceder do mesmo modo para as demais dinamizações.
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22.2 A TÉCNICA DE PREPARAÇÃO
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A entrada do insumo inerte na câmara deve acontecer próximo ao centro do
vórtice do líquido em dinamização. Assim, a água que entra na câmara de
dinamização pode ser turbilhonada antes de ser expulsa.
• A capacidade total da câmara deve ser medida até a altura da saída lateral do
líquido, com o aparelho em funcionamento.
• Cem sucussões correspondem a cem rotações da palheta dinamizadora. As
partes que entram em contato com o líquido dinamizado (câmara de dinamização e
palheta dinamizadora) devem ser de material termorresistente, para serem
devidamente lavadas em água destilada e, a seguir, esterilizadas, a cada nova
dinamização.
• As partes que entram em contato com o insumo inerte (funil de separação de
fases, coluna de vidro e válvula de regulagem do fluxo) devem ser lavadas em água
destilada e esterilizadas. Os anéis de vedação dessas partes, geralmente feitos de
plástico ou de borracha de qualidade, devem ser lavados em água destilada e
deixados imersos por duas horas numa solução de etanol a 70%. Tudo deve estar
seco e limpo antes do início do processo de preparação das altas potências.
• A potência desejada será determinada pelo tempo necessário para sua obtenção.
Alcançado o tempo programado para o término da operação, desligar
simultaneamente a entrada de água e o motor.
• O processo será interrompido sempre duas dinamizações anteriores àquela que
se pretende obter. Fazer mais duas dinamizações manuais de acordo com o método
hahnemanniano: a primeira preparada em álcool 70%, para ficar armazenada no
estoque e servir como matriz, e a segunda para atender à prescrição médica.
• As potências que deverão ficar estocadas como matrizes são: 199 FC, 499 FC,
999 FC, 4.999 FC, 9.999 FC, 49.999 FC e 99.999 FC, para preparar,
respectivamente, as potências 200 FC, 500 FC, 1M FC, 5M FC, 10M FC, 50M FC e
l00M FC.
• Segundo a Farmacopeia Homeopática Brasileira II, a dispensação do
medicamento homeopático obtido a partir do método de fluxo contínuo deve dar-se
somente a partir de 200 FC até a lOOM FC, como limite máximo.
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• A calibração da entrada de água destilada na câmara de dinamização é
fundamental para que ocorra um fluxo contínuo e constante. Ela depende,
basicamente, da capacidade da câmara de dinamização e do número de rotações
que o motor proporciona a cada sessenta segundos. Ela deve ser realizada sempre
que o aparelho for novamente montado, após ter sido feita sua manutenção e
limpeza.
2 mL---------------------1,66666 segundos
60 mL---------------------X segundos
X 50 segundos
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• Abrir a válvula de controle do fluxo e acionar o motor deixando fluir a água
até que a câmara de dinamização fique totalmente cheia e comece a
vazar pela saída lateral por meio de um dreno que vai dar numa pia, por
exemplo.
• Fechar a válvula de controle do fluxo, esperar o término da saída da água
e desligar o motor.
• Trocar o dreno por um cálice de 60 mL, conforme o exemplo dado, para a
coleta da água que sai pela lateral da câmara de dinamização.
• Iniciar o processo, abrindo a válvula de controle do fluxo e acionando ao
mesmo tempo o motor.
• Anotar o tempo necessário para que o nível atinja 60 ml.
• Repetir a operação regulando a válvula de controle do fluxo até que esse
tempo seja de cinquenta segundos.
• Está pronta a calibração do fluxo de água que entrará na câmara de
dinamização. Refazer os cálculos quando a capacidade da câmara de
dinamização e a velocidade do motor forem outras.
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Assim, para a 200FC, teremos:
N = (200FC — 2) — 3OCH
N=198FC— 3OCH
N = 168 dinamizações
V=FxT
V = 60 ml/50 seg. x 280 seg.
V = 336 mL
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