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Trabalho EJA - Caderno I MEC

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

GOIÁS.
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS I
LICENCIATURA EM HISTÓRIA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
PERÍODO: OITAVO
DOCENTE: ALEIR FERRAZ
ACADÊMICA LÍLIAN COELHO

Resumo da terceira parte: O que a escola representa para os jovens e adultos.


(Páginas 26 a 41) do Caderno 1 do MEC.

Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) foi um educador, escritor e filósofo


pernambucano. Tendo sua formação inicial em Direito, Freire desistiu da advocacia e
atuou durante o início de sua carreira como professor de Língua Portuguesa no Colégio
Oswaldo Cruz, instituição em que o professor havia concluído o Ensino Básico. Freire
também trabalhou para o Serviço Social da Indústria (SESI) como diretor do setor de
educação e cultura, além de ter lecionado Filosofia da Educação na então Universidade
de Recife. Paulo Freire foi agraciado com cerca de 48 títulos, entre doutorados honoris
causa e outras honrarias de universidades e organizações brasileiras e do exterior. É
considerado o brasileiro com mais títulos de doutorados honoris causa e é o escritor da
terceira obra mais citada em trabalhos de ciências humanas do mundo: Pedagogia do
oprimido.
Para Freire(1996) é necessário refletir sobre a militância, reconhecendo a prática
política como uma prática educativa que se recusa aprisionar na estreiteza burocrática
de procedimentos escolarizantes.
Lidar com problemas reais dos discentes, não ignorar suas vivências, profissão,
vínculos familiares e afetivos faz parte do trabalho de construção de uma educação
acolhedora, sem mordaças e inclusiva, porque por meio dessa experiência pedagógica
os sentidos da educação ultrapassam palavras soltas e sem nexo, que seguem um
modelo clássico, desprovido de significados.
Freire (1996) pontua que a escola é um espaço de construção do conhecimento,
de sociabilidade e transformação social, em que proporciona ao aluno possibilidades de
realização pessoal e relação.
É necessário, segundo o texto, que façamos com que o aluno se sinta acolhido,
saber sobre sua vida, sua família, sua vivência fora da escola mostra que uma educação
ideal é aquela que engloba todos os aspectos, sejam os acadêmicos, sejas os informais,
sobre a vida pessoal de cada aluno.
Caminhar na direção de uma educação democrática e libertadora, comprometida
com a realidade social, econômica e cultural dos mais pobres, é um caminho sonhado
pelo patrono da educação Paulo Freire.
Por meio da construção de conhecimentos sobre a leitura, a escrita, os números e
as operações acontecem de maneira eficaz.
Exemplificando a professora Renata em sua experiência com alunos, percebeu
que era possível estabelecer uma aliança entre o mundo real e concreto dos alunos e os
conhecimentos formais, e olhando para eles como sujeitos sociais e do conhecimento.
É importante mesclar o conteúdo executado na escola com os conteúdos
acumulados pelos alunos, da vida, porque agrega, afinal nenhum conhecimento é
completo e definitivo.
A escola é um espaço privilegiado de divulgação da cultura local, regional, de
diferentes povos e em diferentes épocas, e agora mais do que nunca precisamos
decolonizar o pensamento, e contar a História de todos, não somente a História do
colonizador branco, do vencedor.
A escola é um espaço de conhecimento, produzido por todos que ali se instalam,
vivo, mutável, transformador, emergente das mais variadas formas de ação humana.
Por meio da leitura e da escrita, os alunos devem ocupam lugar central na escola,
caracterizados pela heterogeneidade, cada um constrói um corpo de conhecimentos
sobre a escrita ou sobre qualquer outro conteúdo com o qual estabelece contato.
Para Freire (Freire 1996), ensinar é querer bem os educandos, e é fundamental a
atuação do professor como mediador desse processo evasivo, porque ele reconhece a
realidade, a necessidade e a dificuldade do aluno. “Pensar certo” congrega todo o
caráter necessário ao professor, seja dentro ou fora da sala de aula, extrapolando esse
muro e esse mesmo professor, para que o bem social de todos seja alcançado e não uma
pequena minoria.
Equalizar a voz de todos é o processo de inclusão mais eficaz para que a
educação resulte em algo transformador, em que o conhecimento seja o conjunto de
saberes produzidos pelos homens em busca de si e do mundo, construindo sua
consciência histórica.
Para Cerri (2001) a consciência histórica é algo universalmente humano, dada
necessariamente junto com a intencionalidade da vida prática dos homens, enraizada na
historicidade intrínseca à própria vida humana prática.
Saibamos que o fato de uma pessoa não saber ler e escrever não significa que ela
seja totalmente destituída de conhecimentos sobre a escrita e que mesmo desconhecendo
esse sistema, os adultos analfabetos fazem ideia dos efeitos da escrita sobre a
linguagem.
REFERÊNCIAS:

CERRI, Luis Fernando. Os conceitos de consciência histórica e os desafios da didática


da história. Revista de História Regional, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 12. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

SECAD. Coleção Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos. Brasília, 2006.

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