As Contribuições de Paulo Freire Na Educação de
As Contribuições de Paulo Freire Na Educação de
As Contribuições de Paulo Freire Na Educação de
JOVENS E ADULTOS
1 Introdução
Acadêmica do curso de pedagogia do Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN e-mail
edilainestar@hotmail.com
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Professora doutora em educação e docente do curso de pedagogia do Centro Universitário da Grande
Dourados- UNIGRAN e-mail mrosilene9@gmail.com
país. A principal função da educação de adultos era a de formar indivíduos que
agissem reproduzissem as instruções recebidas, sem nenhum senso crítico. Nesse
período uma proposta de educação que formasse cidadãos críticos foi desenvolvida
pelo educador Paulo Freire.
O trabalho de Freire esteve ligado à crença no aluno analfabeto enquanto
sujeito com potencial para o trabalho, habilidoso com as atividades laborais, que,
mesmo sem o domínio do código que o possibilitasse ler e escrever, trilhou
caminhos com muita riqueza cultural, repleta de aprendizados elaborados ligados a
diversas áreas. Freire (1989) acredita em uma essência criadora e transformadora,
em uma natureza humana marcadamente dialógica. Essa natureza leva-o à busca
pela humanização e pela libertação (MOURA, 1999).
O presente estudo procurou refletir sobre educação de jovens e adultos na
visão de Paulo Freire, e constituiu-se em de levantamento bibliográfico para
identificar aspectos gerais do tema abordado e para possibilitar o enriquecimento na
construção de novos conhecimentos acadêmicos na área.
Bello (1993) relata que Paulo Freire se preocupava com a formação crítica
dos educandos, a base da sua metodologia era o diálogo, o Mobral que usava como
apoio os cartazes, fichas, família silábica, tinha outra proposta. Nesse sentido, pode-
se inferir que a dialogicidade como método de ensino de jovens e adultos era a
principal característica que o diferenciava do mobral. O programa militar, ao mesmo
tempo em que limitava a formação crítica do aluno, que aprendia a ler e escrever
destituído de uma visão de mundo crítica e interventora, pretendia, portanto, formar
sujeitos aptos a consumir e adaptados às novas formas de produção (BELLO, 1993).
O conceito de educação de jovens e adultos vai se movendo na direção ao de
educação popular na medida em que a realidade começa a fazer exigência à
sensibilidade e a competência científica dos educadores e educadoras. Uma dessas
exigências tem a ver com a compreensão crítica dos educadores de que vem
ocorrendo na cotidianidade do meio popular (GADOTTI, 2003).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Constata-se que a Educação de Jovens e Adultos não pode ser um fardo que
os alunos adultos devem carregar; precisa sim, ser um apoio e um incentivo para
melhoria de suas vidas. Para tanto, é função do educador, deve ser buscar formas
de intervenção e transformação da realidade, problematizando-a, através de uma
relação de diálogo constante com o educando.
Freire (1987, p.67) destaca a necessidade do homem entender sua vocação
ontológica, como ponto de partida para se obter nessa análise uma consciência
libertadora, isto é, o homem só chegará à consciência do seu contexto e do seu
tempo na relação dialética com a realidade, pois só desta maneira terá criticidade
para aprofundar seus conhecimentos e tomar atitudes frente a situações objetivas
Conclui- se que o modelo de educação proposto por Paulo Freire se
diferencia da educação tradicional que trata o aluno como objeto a modelar e
equipar do exterior por um processo de transmissão do saber do professor para o
aluno, pois abomina dentre outras coisas a dependência dominadora.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. São Paulo: Paz e Terra,
1967.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.