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  • Pós-Doutorado em Filosofia pela Université Paris-Nanterre. Doutor em Psicologia Social e Institucional pela Universid... moreedit
Impessoais, indiscerníveis, impensados, instáveis, incertos, inconsequentes, delirantes, desviantes. Podem tentar à vontade, mas nunca conseguirão nos definir, somos Bichos da Luz. Aparecemos e desaparecemos de maneiras diferentes,... more
Impessoais, indiscerníveis, impensados, instáveis, incertos, inconsequentes, delirantes, desviantes. Podem tentar à vontade, mas nunca conseguirão nos definir, somos Bichos da Luz. Aparecemos e desaparecemos de maneiras diferentes, brincando com conexões e desconexões entre as coisas, entre a linguagem visual e a linguagem escrita, colocando tudo em questão. Este ensaio visual é um convite para adentrar um escuro de possibilidades, dúvidas, imaginação, transformação e criação.
O ensaio oferece uma breve introdução a respeito da Arte Indígena Contemporânea. Propõe uma leitura agenciada a três regimes de enunciação: Aesthesis: onde se evidencia a relação dos povos originários com uma estética distinta daquela que... more
O ensaio oferece uma breve introdução a respeito da Arte Indígena Contemporânea. Propõe uma leitura agenciada a três regimes de enunciação: Aesthesis: onde se evidencia a relação dos povos originários com uma estética distinta daquela que é narrada pela história da arte. Os Ancestrais Animais: onde são os bichos que ensinam. E por fim, O Sonho como Instituição: onde aquele que sonha, e por consequência também aquele que cria, vem a reboque dos coletivos e das imagens que o precedem. O referencial teórico utilizado vem do pensamento Yanomami, Krenak, Macuxi, e da filosofia da diferença. O método de trabalho está agenciado pelo método de dramatização.
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com... more
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com a arte. Dedica-se atualmente ao desenvolvimento de uma Ecologia das Imagens, onde conceitos da filosofia da diferença dialogam intensivamente com sua poética em pintura, e oferecem novas abordagens ao conceito de imagem. Suas obras foram exibidas em diversas exposições na França e na Suíça, e seus livros traduzidos para várias línguas. Professora do departamento de filosofia na Université Paris-Nanterre, acolhe pesquisadores do mundo inteiro no seu Laboratório EA 4414 HAR: Histoire des Arts et des Représentations. Numa ensolarada tarde de junho de 2019, em Paris, conversamos a respeito de sua obra, cercados pelos livros de sua biblioteca, e diante de seus cadernos de pinturas e desenhos. A entrevista que segue é parte do material registrado nesse encontro, e posteriormente traduzido.
O presente artigo busca problematizar os processos de criação a partir da obra de Anne Sauvagnargues. Para isso apresenta uma introdução sobre a concepção elaborada por esta artista e filósofa, tendo como objeto de análise três de suas... more
O presente artigo busca problematizar os processos de criação a partir da obra de Anne Sauvagnargues. Para isso
apresenta uma introdução sobre a concepção elaborada por esta artista e filósofa, tendo como objeto de análise
três de suas pinturas: “Station Saint Michel”, “Viva Italia!” e “Arrêt à Marseille”. A partir dessa exposição inicial
desenvolve-se, então, uma aproximação com o conceito de bloqueio - visto que para a autora é o bloqueio quem cria
- e com a noção de subtração - visto que para Sauvagnargues a criação é sempre subtrativa. A hipótese defendida
pelo ensaio é de que haja uma teoria da criação em Anne Sauvagnargues que ao mesmo tempo se relaciona com
a ideia de bloqueio - a qual seria distinta de uma determinada compreensão do conceito de resistência em Gilles
Deleuze: criar é resistir - e com a subtração enquanto invalidação de uma lei naturalizada. Naturalização que, por
sua vez, impede a percepção de que a defesa de sistemas coerentes são sempre imposições de uma leitura em
específico. Nesse sentido, a aposta do trabalho é de que a obra de Anne Sauvagnargues, ainda pouco traduzida
no Brasil, tenha contribuições importantes para cartografias cuja intenção passe pelo mapeamento de relações
que envolvem os processos de criação e os processos de subjetivação.
Resumo Resumo O artigo problematiza o conceito de imagem a partir do pensamento de Maurice Blanchot e Georges Didi-Huberman. Explorando especialmente os conceitos de duplicidade da imagem em Blanchot e dupla distância do olhar em... more
Resumo Resumo O artigo problematiza o conceito de imagem a partir do pensamento de Maurice Blanchot e Georges Didi-Huberman. Explorando especialmente os conceitos de duplicidade da imagem em Blanchot e dupla distância do olhar em DidiHuberman, pretende-se verificar os pontos em que se faz convergir nesses autores um modo de operar o pensamento e a escrita sobre a arte em sua relação com a imagem. Nesse jogo, sujeito e objeto são lançados a uma instabilidade, movimento em que o sujeito se desfaz de si mesmo pela imagem, se desfaz de si no encontro com uma obra. Momento em que a imagem solicita a palavra e em que a língua torna-se o lugar desde onde podemos nos aproximar dela. Abstract The article problematizes the concept of image from the thinking of Maurice Blanchot and Georges Didi-Huberman. Exploring especially the concepts of duplicity of the image in Blanchot and double distance of the look in Didi-Huberman, it is intended to compose a starting plan that will allow to verify the points in which one converges in these authors a way of operating the thought about art in its relation to the image. In this game subject and object are thrown into an instability, a movement in which the subject undoes himself by the image, he discards himself in the encounter with a work. Moment when the image asks for the word and where the language becomes the place from which we can approach it. Resumen El artículo problematiza el concepto de imagen a partir del pensamiento de Maurice Blanchot y Georges DidiHuberman. Examinando especialmente los conceptos de duplicidad de la imagen en Blanchot y doble distancia de la mirada en Didi-Huberman, se pretende verificar los puntos en los que se hace converger en esos autores un modo de operar el pensamiento y la escritura sobre el arte en su relación con la imagen. En ese juego, sujeto y objeto son lanzados a una inestabilidad, movimiento en que el sujeto se deshace de sí mismo por la imagen, se deshace de sí en el encuentro con una obra. Momento en el que la imagen pide la palabra y en el que la lengua se convierte en el lugar desde donde podemos acercarnos a ella.
RESUMO O artigo problematiza a relação entre arte e vida no pensamento sobre a história em Friedrich Nietzsche, que circula o tempo das vivências, intensidades e devires. Se para o filósofo alemão a história deve ser vista sob a ótica da... more
RESUMO O artigo problematiza a relação entre arte e vida no pensamento sobre a história em Friedrich Nietzsche, que circula o tempo das vivências, intensidades e devires. Se para o filósofo alemão a história deve ser vista sob a ótica da vida e a vida sob a ótica da arte, podemos considerar que seu pensamento é de fundamental importância para as reflexões que envolvem a dupla composição entre arte e vida em seus enlaces e desenlaces com a história, processo de inventariar singularidades, num movimento contínuo de multiplicidades e modalidades de agenciamento do sujeito com o mundo, onde se coloca em cena a vida mesma como obra de arte. Partindo destes pressupostos, nos propomos interrogar o conceito de história em Nietzsche trazendo autores como Georges Didi-Huberman, Jacques Rancière e Giorgio Agamben para um diálogo contemporâneo com a questão. ABSTRACT The article problematizes the relation between art and life in the thought about the history in Friedrich Nietzsche, that circulates the time of the experiences, intensities and becomes. If, for the German philosopher, history must be viewed from the point of view of life and life from the point of view of art, we can consider that his thought is of fundamental importance for the reflections that involve the relation between art and life in its links with history, process of inventorying singularities, in a continuous movement of multiplicities and modalities of agency of the subject with the world, where life itself is put on the scene as a work of art. Starting from these assumptions, we propose to interrogate the concept of history in Nietzsche bringing authors such as Georges Didi-Huberman, Jacques Rancière and Giorgio Agamben for a contemporary dialogue with the question.
Este artigo é uma versão em português do primeiro capítulo do livro de Anne Sauvagnargues Deleuze et l’art, publicado em francês em 2005 pela Presses Universitaires de France. Mais do que uma introdução ao livro, ele apresenta as... more
Este artigo é uma versão em português do primeiro capítulo do livro de Anne Sauvagnargues Deleuze et l’art, publicado em francês em 2005 pela Presses Universitaires de France. Mais do que uma introdução ao livro, ele apresenta as principais linhas que, para a autora, conduziram o pensamento de Deleuze sobre a arte. Segundo Sauvagnargues é possível cartografar três filosofias da arte operando no pensamento de Gilles Deleuze, num movimento que inicia dando privilégio à literatura, passando por uma investigação das implicações da crítica política sobre a arte, até uma última fase dedicada a uma semiótica da imagem e da criação artística. Sauvagnargues ainda reconhece, nesse percurso, os desdobramentos que o encontro com o pensamento de Félix Guattari produzirá nas reflexões de Deleuze sobre o campo artístico. Desse modo a autora nos mostra que das obras iniciais até Diferença e Repetição (1968), a literatura possui lugar de destaque nas análises de Deleuze. De O Anti-Édipo (1972) até M...
A partir do conceito de Arte Indígena Contemporânea – AIC – enunciado por Jaider Esbell (2016, 2018a; 2018b) apresentamos uma breve coleção envolvendo onze trabalhos de oito artistas: Arissana Pataxó, Carmézia Emiliano, Denilson Baniwa,... more
A partir do conceito de Arte Indígena Contemporânea – AIC – enunciado por Jaider Esbell (2016, 2018a; 2018b) apresentamos uma breve coleção envolvendo onze trabalhos de oito artistas: Arissana Pataxó, Carmézia Emiliano, Denilson Baniwa, Daiara Tukano, Ibã Huni Kuin (Coletivo MAHKU), Jaider Esbell, Joseca Yanomami e Mário Flores Taurepang. Onde se enuncia uma estética singular, uma lógica da sensação ameríndia, imagens que resistiram bravamente à colonização. Imagens ancestrais que nos falam sobre um daqui a pouco. O ensaio busca expor uma paisagem inicial sobre a Arte Indígena Contemporânea, movimento que se encontra em plena ebulição. O referencial teórico utilizado vem do pensamento ameríndio e da filosofia da diferença.
Por meio dos cruzamentos experienciados entre o XIV Erep-Sul - Encontro Regional dos Estudantes de Psicologia - e o II Fórum Social Mundial, o artigo se propõe a discutir o desafio da pluralidade étnica para a Psicologia brasileira.... more
Por meio dos cruzamentos experienciados entre o XIV Erep-Sul - Encontro Regional dos Estudantes de Psicologia - e o II Fórum Social Mundial, o artigo se propõe a discutir o desafio da pluralidade étnica para a Psicologia brasileira. Demostra haver duas pluralidades possíveis: a do folclore, da essência do dentro, e a da fronteira, da etnicidade do fora, chega, conseqüentemente, a uma Psicologia da homogeneização, cuja intervenção se debruça sobre o indivíduo; e numa outra que, experimentando o devir por desafio, pretende trabalhar com as relações do múltiplo. O texto aponta o devir como desafio à psicologia plural.
Neste texto, compartilhamos um relato de experiência, a partir do Núcleo Sul Sul da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), baseado no projeto de extensão “O que pode a Psicologia Social em Meio à Pandemia do Coronavírus?”.... more
Neste texto, compartilhamos um relato de experiência, a partir do Núcleo Sul Sul da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), baseado no projeto de extensão “O que pode a Psicologia Social em Meio à Pandemia do Coronavírus?”. O referido projeto começou a ser agenciado em maio de 2020 e foi composto por cinco atos divididos entre experiências teórico-afectivas: conversações, discussões e experiências práticas-corporais, que se relacionam aos encontros vivenciais online. Como agenciamento, a cartografia nos possibilitou acompanhar os processos de subjetivação e mapear os territórios percorridos em cada ato. Nesse sentido, buscamos as contribuições da Psicologia Social em direção às novas formas de reinventar e criar espaços de cuidado coletivo nesse contexto pandêmico.
Este ensaio questiona a nocao de amor ideal presente no discurso platonico e sua relacao com a verdade, posto que esta vem sendo instituida historicamente como um discurso superior. Dessa forma, faz-se uma revisao acerca da tematica em... more
Este ensaio questiona a nocao de amor ideal presente no discurso platonico e sua relacao com a verdade, posto que esta vem sendo instituida historicamente como um discurso superior. Dessa forma, faz-se uma revisao acerca da tematica em tres movimentos intitulados: “Amor ideal: contexto e problematizacoes”, “Problematizacoes sobre verdades” e “Amor e outros possiveis”. Partindo desse trajeto, objetiva-se tensionar essas nocoes absolutas e pensar o amor sob outras paisagens, para alem do sistema platonico. Assim, criam-se outras possibilidades para afirmar a vida e experienciar os encontros. Dizendo de outro modo, acredita-se que, ao produzir aberturas desprendidas de concepcoes ideais e valores superiores, fortalece-se certa potencia de vida.
O presente artigo busca problematizar os processos de criação a partir da obra de Anne Sauvagnargues. Para isso apresenta uma introdução sobre a concepção elaborada por esta artista e filósofa tendo como objeto de análise três de suas... more
O presente artigo busca problematizar os processos de criação a partir da obra de Anne Sauvagnargues. Para isso apresenta uma introdução sobre a concepção elaborada por esta artista e filósofa tendo como objeto de análise três de suas pinturas: “Station Saint Michel”, “Viva Italia!” e “Arrêt à Marseille”. A partir dessa exposição inicial desenvolve-se, então, uma aproximação com o conceito de bloqueio - visto que para a autora é o bloqueio quem cria - e com a noção de subtração - visto que para Sauvagnargues a criação é sempre subtrativa. A hipótese defendida pelo ensaio é de que haja uma teoria da criação em Anne Sauvagnargues que ao mesmo tempo se relaciona com a ideia de bloqueio - a qual seria distinta de uma determinada compreensão do conceito de resistência em Gilles Deleuze: criar é resistir - e com a subtração enquanto invalidação de uma lei naturalizada. Naturalização, que por sua vez, impede a percepção de que a defesa de sistemas coerentes são sempre imposições de uma lei...
O presente trabalho consiste em uma análise compreensiva do personagem Sidarta, protagonista do famoso romance de Hermann Hesse. Teve como principal objetivo a produção de uma hermenêutica sobre os quatro eixos existenciais – tempo;... more
O presente trabalho consiste em uma análise compreensiva do personagem Sidarta, protagonista do famoso romance de Hermann Hesse. Teve como principal objetivo a produção de uma hermenêutica sobre os quatro eixos existenciais – tempo; espaço; outro; obra– em Sidarta. Como resultado, encontra-se no personagem em questão uma problematização entre autenticidade e inautenticidade. Trata-se de uma descrição analítica fundamentada pela fenomenologia existencial, na qual se recorre à literatura universal como possibilidade de compreensão do fenômeno humano.
Neste ensaio procuramos responder à pergunta “Por que uma Zona de Investigações Poéticas (ZIP)?”, situando-a no contexto político-educacional de nosso país. Trazemos a noção de Zona Autônoma Temporáriaanunciada por Hakim Bey,... more
Neste ensaio procuramos responder à pergunta “Por que uma Zona de Investigações Poéticas (ZIP)?”, situando-a no contexto político-educacional de nosso país. Trazemos a noção de Zona Autônoma Temporáriaanunciada por Hakim Bey, compreendendo a poética como um modo de fazer e a política uma forma de viver-junto. Apresentamos a figura da amizade pelo viés pré-individual, não limitando-a à relação entre sujeitos ou às imagens unitárias de Ego e Grupo. Com Agamben e Ortega pensamos a amizade enquanto experiência poética e política, em que os sujeitos são vaporizados de seus lugares de intimidade, forjados e forçados a outras configurações na relação com o mundo e sob circuitos de afetos diversos. Com Dardot e Laval trazemos a noção de cosmocapitalismo como força colonizadora do inconsciente acadêmico, através do que Bordieu chama de homo academicus. Para além de um Grupo de Pesquisa, a ZIP é defendida como território a ser cartografado e como fantasia de convivência.In this essay we attem...
Neste ensaio procuramos responder à pergunta “Por que uma Zona de Investigações Poéticas (ZIP)?”, situando-a no contexto político-educacional de nosso país. Trazemos a noção de Zona Autônoma Temporária anunciada por Hakim Bey,... more
Neste ensaio procuramos responder à pergunta “Por que uma Zona de Investigações Poéticas (ZIP)?”, situando-a no contexto político-educacional de nosso país. Trazemos a noção de Zona Autônoma Temporária anunciada por Hakim Bey, compreendendo a poética como um modo de fazer e a política uma forma de viver-junto. Apresentamos a figura da amizade pelo viés pré-individual, não limitando-a à relação entre sujeitos ou às imagens unitárias de Ego e Grupo. Com Agamben e Ortega pensamos a amizade enquanto experiência poética e política, em que os sujeitos são vaporizados de seus lugares de intimidade, forjados e forçados a outras configurações na relação com o mundo e sob circuitos de afetos diversos. Com Dardot e Laval trazemos a noção de cosmocapitalismo como força colonizadora do inconsciente acadêmico, através do que Bordieu chama de homo academicus. Para além de um Grupo de Pesquisa, a ZIP é defendida como território a ser cartografado e como fantasia de convivência.
Resumo O artigo problematiza o conceito de imagem a partir do pensamento de Maurice Blanchot e Georges Didi-Huberman. Explorando especialmente os conceitos de duplicidade da imagem em Blanchot e dupla distância do olhar em DidiHuberman,... more
Resumo O artigo problematiza o conceito de imagem a partir do pensamento de Maurice Blanchot e Georges Didi-Huberman. Explorando especialmente os conceitos de duplicidade da imagem em Blanchot e dupla distância do olhar em DidiHuberman, pretende-se verificar os pontos em que se faz convergir nesses autores um modo de operar o pensamento e a escrita sobre a arte em sua relação com a imagem. Nesse jogo, sujeito e objeto são lançados a uma instabilidade, movimento em que o sujeito se desfaz de si mesmo pela imagem, se desfaz de si no encontro com uma obra. Momento em que a imagem solicita a palavra e em que a língua torna-se o lugar desde onde podemos nos aproximar dela. The article problematizes the concept of image from the thinking of Maurice Blanchot and Georges Didi-Huberman. Exploring especially the concepts of duplicity of the image in Blanchot and double distance of the look in Didi-Huberman, it is intended to compose a starting plan that will allow to verify the points in whic...
O presente trabalho problematiza a nocao classica de utopia, perfurando-a com o conceito de profanacao, tal qual proposto por Giorgio Agamben (2007). Trata-se de um ensaio teorico onde se busca restituir a utopia - sacralizada como... more
O presente trabalho problematiza a nocao classica de utopia, perfurando-a com o conceito de profanacao, tal qual proposto por Giorgio Agamben (2007). Trata-se de um ensaio teorico onde se busca restituir a utopia - sacralizada como projeto, meta a ser atingida - ao uso comum. O estudo proposto se depara com algumas questoes: haveria na utopia abrigo para um exercicio etico capaz de potencializar processos de singularizacao? Tal experiencia, uma vez disparada, colocaria em questao algumas das linhas de forca que compoem os modos de subjetivacao hegemonicos no contemporâneo?
O presente ensaio busca problematizar a produção de subjetividade em corpos docentes e discentes quando atravessados pelo ressentimento. Pautado pelo Método de Dramatização (DELEUZE, 1976; 2006) intenta colocar a questão o que quer. Para... more
O presente ensaio busca problematizar a produção de subjetividade em corpos docentes e discentes quando atravessados pelo ressentimento. Pautado pelo Método de Dramatização (DELEUZE, 1976; 2006) intenta colocar a questão o que quer. Para tal apresenta um personagem conceitual, ‘o professor’, e um personagem estético, ‘o aluno’. A crítica realizada ao ressentimento abre, ao longo do texto, condições de possibilidade para que uma ética do eterno retorno (NIETZSCHE, 1995; 2012) se apresente como paradoxo à educação. Queres isso mais uma vez? Como queres? Com quais condições de possibilidades queres? O trabalho utiliza a ficção (COSTA, 2014) como disparador de uma política de escrita, tencionando a educação como prática de invenção de si.
O presente trabalho problematiza a utilização, em políticas públicas, de uma imagem-conceito que possui vários nomes: homem, identidade, eu, self, personalidade, ego, alma, psique, subjetividade, individualidade. Propõe discutir algumas... more
O presente trabalho problematiza a utilização, em políticas públicas, de uma imagem-conceito que possui vários nomes: homem, identidade, eu, self, personalidade, ego, alma, psique, subjetividade, individualidade. Propõe discutir algumas das ressonâncias dessa imagem-conceito, seus prejuízos e vicissitudes, quando aplicada às políticas públicas. Elenca como objeto de análise o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). O ensaio procura demonstrar que tal problemática não pode ser restringida a uma questão meramente teórica, já que se trata de invenção, produção e gestão de modos de vida. Ou seja, que quando incorporada a uma política pública tal imagem-conceito produz sentido, leis, normativas, espaços de interação, práticas de condução, políticas de financiamento, agentes, atores, enfim, produz modos de viver.
Resumo As Medidas Socioeducativas vêm à tona a partir de 1990 com a promulgação da Lei 8.069. Uma das teses mais aceitas, contemporaneamente, é a de que os preceitos base do Código de Menores cederam espaço aos da garantia de direitos. Já... more
Resumo As Medidas Socioeducativas vêm à tona a partir de 1990 com a promulgação da Lei 8.069. Uma das teses mais aceitas, contemporaneamente, é a de que os preceitos base do Código de Menores cederam espaço aos da garantia de direitos. Já que direitos previstos a mais de um século para população adulta brasileira são conquistados, apenas com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente, pelos adolescentes. Ao serem ampliados a esta população tais direitos trazem consigo um conceito que se torna central em todos os debates sobre infração juvenil: responsabilidade. Numa tentativa de compreender em que medida a responsabilidade abre condições de possibilidade para invenção de territórios geográficos e existenciais – verdadeiras cidades socioeducativas – toma-se como referência a obra de Friedrich Nietzsche. O artigo utiliza o ensaio como estratégia metodológica.
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com... more
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com a arte. Dedica-se atualmente ao desenvolvimento de uma Ecologia das Imagens, onde conceitos da filosofia da diferença dialogam intensivamente com sua poética em pintura, e oferecem novas abordagens ao conceito de imagem. Suas obras foram exibidas em diversas exposições na França e na Suíça, e seus livros traduzidos para várias línguas. Professora do departamento de filosofia na Université Paris-Nanterre, acolhe pesquisadores do mundo inteiro no seu Laboratório EA 4414 HAR: Histoire des Arts et des Représentations. Numa ensolarada tarde de junho de 2019, em Paris, conversamos a respeito de sua obra, cercados pelos livros de sua biblioteca, e diante de seus cadernos de pinturas e desenhos. A entrevista que segue é parte do material registrado nesse e...
Socioeducação (en) Cena: agenciamentos entre Psicologia Social e Teatro é um projeto de extensão do curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas iniciado em 2015. Seu principal objetivo é criar condições de possibilidade para... more
Socioeducação (en) Cena: agenciamentos entre Psicologia Social e Teatro é um projeto de extensão do curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas iniciado em 2015. Seu principal objetivo é criar condições de possibilidade para invenção de territórios existenciais-disparados pelas artes, em especial pelo teatro-habitáveis por adoles-centes em cumprimento de medida socioeducativa ou egressos desse sistema. Trata-se, em suma, de um laboratório cênico, cuja maquinaria conceitual tem seu funcionamento acoplado à psicologia social contem-porânea fortemente inspirada pelas obras de Gilles Deleuze, Friedrich Nietzsche e Michel Foucault. Neste ensaio, pretendemos apresentar as principais linhas de força que envolveram os processos em cena nesses dois anos de trabalho. A fim de tornar mais confortável o deslocamento do leitor por essas paisagens, dividiremos o ensaio em quatro momentos. Inicialmente, apresentaremos uma breve contextualização sobre o proje-to. Na sequência, abriremos ...
Se um Testemunho na Escuridao dos Arquivos e uma pequena cartografia que se apresenta em tres ensaios. As duas partes iniciais estao publicadas pela Revista Mnemosine em seus Vol 9, n.2 e Vol 10 n.1. Nesta ultima etapa do trabalho... more
Se um Testemunho na Escuridao dos Arquivos e uma pequena cartografia que se apresenta em tres ensaios. As duas partes iniciais estao publicadas pela Revista Mnemosine em seus Vol 9, n.2 e Vol 10 n.1. Nesta ultima etapa do trabalho enfrentamos questoes como: quais as condicoes de possibilidade que deram emergencia as Medidas Socioeducativas? Como a Socioeducacao veio a tona, transformando-se em politica publica destinada a tantos jovens, servindo, inclusive, como pressuposto a elaboracao da Lei 12.594, de 18 de Janeiro de 2012 – SINASE? Fundamental e ressaltar que esta cartografia nao possui volicao prescritiva, nao ha aqui intencao alguma de apontar solucoes ou possibilidades aos complexos problemas socioeducativos. Nossa singela contribuicao ao debate se reduz a uma tentativa de cartografar a invencao de um conceito – medidas socioeducativas – amplamente utilizado na contemporaneidade.
O trabalho discute em que medida e de que forma a utopia agencia a participacao dos sujeitos que constroem a economia solidaria. A discussao e disparada por uma experiencia de consumo responsavel, chamada Feira Virtual Bem da Terra, que... more
O trabalho discute em que medida e de que forma a utopia agencia a participacao dos sujeitos que constroem a economia solidaria. A discussao e disparada por uma experiencia de consumo responsavel, chamada Feira Virtual Bem da Terra, que acontece no municipio de Pelotas (RS). Participam dessa experiencia produtores, consumidores e incubadoras tecnologicas de empreendimentos de economia solidaria. Foram entrevistadas quatro pessoas de cada um destes grupos. Ao final, avanca-se para a compreensao de que a utopia presente na experiencia da Feira Virtual Bem da Terra e uma utopia concreta e menor, uma vez que esta relacionada ao desejo dos seus participantes e as transformacoes presentes que ele permite.
O Estatuto da Crianca e do Adolescente – ECA esta inserido em uma doutrina de protecao integral, que por sua vez tem seu alicerce na Convencao Internacional sobre os Direitos da Crianca e do Adolescente adotada pela Assembleia Geral das... more
O Estatuto da Crianca e do Adolescente – ECA esta inserido em uma doutrina de protecao integral, que por sua vez tem seu alicerce na Convencao Internacional sobre os Direitos da Crianca e do Adolescente adotada pela Assembleia Geral das Nacoes Unidas que ocorreu no ano de 1989. Tal fato permite ao ECA uma diferenciacao das legislacoes anteriores no que diz respeito ao tratamento dado a criancas e adolescentes. Apesar de termos, como proposta no ECA, seis indicacoes de medidas socioeducativas para a “responsabilizacao” dos adolescentes, em muitos casos somente a sexta, que trata da internacao, tem por certa sua efetividade.  Quando falamos em medida socioeducativa pensamos diretamente em responsabilizacao do adolescente. E se pensarmos em reducao da maioridade penal, o que ha neste discurso? A cartografia em questao nao tem a pretensao de trazer respostas ou mesmo esgotar o tema, mas sim de abrir possibilidades, abrir uma problematica.
Socioeducacao (en) Cena: agenciamentos entre Psicologia Social e Teatro e um projeto de extensao do curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas iniciado em 2015. Seu principal objetivo e criar condicoes de possibilidade para... more
Socioeducacao (en) Cena: agenciamentos entre Psicologia Social e Teatro e um projeto de extensao do curso de Psicologia da Universidade Federal de Pelotas iniciado em 2015. Seu principal objetivo e criar condicoes de possibilidade para invencao de territorios existenciais – disparados pelas artes, em especial pelo teatro – habitaveis por adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa ou egressos desse sistema. Trata-se, em suma, de um laboratorio cenico cuja maquinaria conceitual tem seu funcionamento acoplado a uma psicologia social contemporânea fortemente inspirada pelas obras de Gilles Deleuze, Friedrich Nietzsche e Michel Foucault. Neste ensaio pretendemos apresentar as principais linhas de forca que envolveram os processos em cena nestes dois anos de trabalho. A fim de tornar mais confortavel o deslocamento do leitor por estas paisagens, dividiremos o ensaio em quatro momentos. Inicialmente apresentaremos uma breve contextualizacao sobre o projeto. Na sequencia abriremos...
O artigo procura cartografar algumas das linhas de forca que sustentam o funcionamento das medidas socioeducativas. Trata-se da continuacao de “Se um Testemunho na Escuridao dos Arquivos”, publicado pela Revista Mnemosine vol.9, n.2.... more
O artigo procura cartografar algumas das linhas de forca que sustentam o funcionamento das medidas socioeducativas. Trata-se da continuacao de “Se um Testemunho na Escuridao dos Arquivos”, publicado pela Revista Mnemosine vol.9, n.2. Previstas pelo artigo 112 do Estatuto da Crianca e do Adolescente – ECA: Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 –, as medidas socioeducativas sao aplicadas quando um ato infracional, ao qual e passivel atribuir a responsabilidade de adolescente – 12 a 18 anos – torna-se comprovado. Contudo, quais seriam as condicoes de possibilidade que tornam esta operacao possivel na contemporaneidade? Quais as principais estrategias conceituais utilizadas pela socioeducacao, com quais poderes fez/faz alianca, que tipo de corpo – atitudes, comportamentos, gesto, habitos, discursos – produz, o que faz circular, o que paralisa? O artigo esta divido em dois momentos: Um pouco de possivel, senao sufoco , onde se conta como dois adolescentes infratores criaram para si uma linha ...
O presente artigo pretende, a partir da nocao de gestao de ilegalismos, problematizar a Medida Socioeducativa de Internacao. Alem de todos os mecanismos do poder disciplinar e das instituicoes de sequestro, Vigiar e Punir apresenta a... more
O presente artigo pretende, a partir da nocao de gestao de ilegalismos, problematizar a Medida Socioeducativa de Internacao. Alem de todos os mecanismos do poder disciplinar e das instituicoes de sequestro, Vigiar e Punir apresenta a passagem do Estado Monarquico ao Estado Moderno, no que diz respeito as praticas legais. Assim, a partir da matriz teorica foucaultiana, fez-se possivel pensar nas questoes da aplicabilidade do aprisionamento como pratica ressocializadora, e de sua acao paralegal como gestao de governo. Dessa maneira, o estudo faz operar uma das principais teses apresentadas na celebre obra de Michel Foucault a luz da questao do encarceramento da juventude brasileira.
Desecrate the utopia: of social scenarios in the twilight Profanar la utopía: de los escenários sociales en el crepúsculo Édio Raniere Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil Laís Vargas Ramm Universidade Federal do... more
Desecrate the utopia: of social scenarios in the twilight Profanar la utopía: de los escenários sociales en el crepúsculo Édio Raniere Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil Laís Vargas Ramm Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil Resumo O presente trabalho problematiza a noção clássica de utopia, perfurando-a com o conceito de profanação, tal qual proposto por Giorgio Agamben (2007). Trata-se de um ensaio teórico onde se busca restituir a utopia-sacralizada como projeto, meta a ser atingida-ao uso comum. O estudo proposto se depara com algumas questões: haveria na utopia abrigo para um exercício ético capaz de potencializar processos de singularização? Tal experiência, uma vez disparada, colocaria em questão algumas das linhas de força que compõem os modos de subjetivação hegemônicos no contemporâneo? Palavras-chave: utopia; profanação; resistência. Abstract The present work problematizes the classical notion of utopia, pier...
O presente ensaio busca mapear algumas linhas de forca que trespassam as legislacoes brasileiras destinadas a criancas e adolescentes, debrucando-se, em particular, sobre os capitulos que legitimam o aprisionamento de jovens. Atraves de... more
O presente ensaio busca mapear algumas linhas de forca que trespassam as legislacoes brasileiras destinadas a criancas e adolescentes, debrucando-se, em particular, sobre os capitulos que legitimam o aprisionamento de jovens. Atraves de uma linguagem agenciada pelas artes literarias – cronica e conto – e cenicas – dramaturgia –, sobrevoa paisagens do Codigo de Menores de 1927, tambem conhecido como Codigo de Mello Mattos, bem como do Codigo de Menores de 1979 e do Estatuto da Crianca e do Adolescente de 1990. O texto organiza-se da seguinte maneira: em um primeiro momento, sao apresentados tres arquivos de datas distintas – 2012, 1982 e 1952 – pelos quais se busca enunciar as diferencas e semelhancas acerca do funcionamento de instituicoes criadas a partir de tais legislacoes com o intuito de “reeducar” adolescentes infratores; em um segundo momento, segue-se a apresentacao de dois diferentes contextos onde, respectivamente, adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa de In...
O artigo explora ressonâncias entre arte e psicologia. Em métodos tradicionais de pesquisa a entrevista com artistas aparece, quase sempre, como fonte primária de informação. Nesses a explicação da obra torna-se o grande objetivo do... more
O artigo explora ressonâncias entre arte e psicologia. Em métodos tradicionais de pesquisa a entrevista com artistas aparece, quase sempre, como fonte primária de informação. Nesses a explicação da obra torna-se o grande objetivo do pesquisador. Ao artista restaria um saber implícito, desgovernado, e por vezes incoerente sobre aquilo que ele mesmo criou. Saber que seria desvelado, explicitado, revelado pelo crítico/pesquisador. A aposta deste trabalho é de que a Entrevista de Explicitação, técnica desenvolvida pelo psicólogo francês Pierre Vermesch, seja uma importante contribuição, nesse sentido, às pesquisas em arte. Afinal, o que aconteceria se à entrevista coubesse cartografar o processo de criação, ou se, em meio às investigações, o crítico mantivesse sua escuta atenta ao Know How – saber como – enunciado pelo artista? Numa tentativa de aprofundar a problematização recorre-se a conceitos de Thierry De Duve, Varela, Thompson e Rosch, bem como dos artistas Allan Kaprow e Robert S...
O artigo explora ressonâncias entre arte e psicologia. Em métodos tradicionais de pesquisa a entrevista com artistas aparece, quase sempre, como fonte primária de informação. Nesses a explicação da obra torna-se o grande objetivo do... more
O artigo explora ressonâncias entre arte e psicologia. Em métodos tradicionais de pesquisa a entrevista com artistas aparece, quase sempre, como fonte primária de informação. Nesses a explicação da obra torna-se o grande objetivo do pesquisador. Ao artista restaria um saber implícito, desgovernado, e por vezes incoerente sobre aquilo que ele mesmo criou. Saber que seria desvelado, explicitado, revelado pelo crítico/pesquisador. A aposta deste trabalho é de que a Entrevista de Explicitação, técnica desenvolvida pelo psicólogo francês Pierre Vermesch, seja uma importante contribuição, nesse sentido, às pesquisas em arte. Afinal, o que aconteceria se à entrevista coubesse cartografar o processo de criação, ou se, em meio às investigações, o crítico mantivesse sua escuta atenta ao Know How – saber como – enunciado pelo artista? Numa tentativa de aprofundar a problematização recorre-se a conceitos de Thierry De Duve, Varela, Thompson e Rosch, bem como dos artistas Allan Kaprow e Robert S...
O presente trabalho consiste em uma análise compreensiva do personagem Sidarta, protagonista do famoso romance de Hermann Hesse. Teve como principal objetivo a produção de uma hermenêutica sobre os quatro eixos existenciais – tempo;... more
O presente trabalho consiste em uma análise compreensiva do personagem Sidarta, protagonista do famoso romance de Hermann Hesse. Teve como principal objetivo a produção de uma hermenêutica sobre os quatro eixos existenciais – tempo; espaço; outro; obra– em Sidarta. Como resultado, encontra-se no personagem em questão uma problematização entre autenticidade e inautenticidade. Trata-se de uma descrição analítica fundamentada pela fenomenologia existencial, na qual se recorre à literatura universal como possibilidade de compreensão do fenômeno humano.
Resumo: O presente trabalho consiste em uma análise compreensiva do personagem Sidarta, protagonista do famoso romance de Hermann Hesse. Teve como principal objetivo a produção de uma hermenêutica sobre os quatro eixos existenciais-tempo;... more
Resumo: O presente trabalho consiste em uma análise compreensiva do personagem Sidarta, protagonista do famoso romance de Hermann Hesse. Teve como principal objetivo a produção de uma hermenêutica sobre os quatro eixos existenciais-tempo; espaço; outro; obra-em Sidarta. Como resultado, encontra-se no personagem em questão uma problematização entre autenticidade e inautenticidade. Trata-se de uma descrição analítica fundamentada pela fenomenologia existencial, na qual se recorre à literatura universal como possibilidade de compreensão do fenômeno humano. Palavras-chave: tempo; espaço; obra pessoal; romance; filosofia fenomenológica existencial. Abstract: This work involves a comprehensive analysis of the character Siddhartha, the protagonist of the celebrated novel of the same name by Hermann Hesse. This study aimed to enable the hermeneutics of the four existential axes-time; space; the other and realization-in Siddhartha. As a result, a problematization between authenticity and inauthenticity is found in the character. This is an analytical description based on existential phenomenology relying on universal literature as a possible source of understanding the human phenomenon.
Resumo O artigo problematiza o conceito de imagem a partir do pensamento de Maurice Blanchot e Georges Didi-Huberman. Explorando especialmente os conceitos de duplicidade da imagem em Blanchot e dupla distância do olhar em Didi-Huberman,... more
Resumo O artigo problematiza o conceito de imagem a partir do pensamento de Maurice Blanchot e Georges Didi-Huberman. Explorando especialmente os conceitos de duplicidade da imagem em Blanchot e dupla distância do olhar em Didi-Huberman, pretende-se verificar os pontos em que se faz convergir nesses autores um modo de operar o pensamento e a escrita sobre a arte em sua relação com a imagem. Nesse jogo, sujeito e objeto são lançados a uma instabilidade, movimento em que o sujeito se desfaz de si mesmo pela imagem, se desfaz de si no encontro com uma obra. Momento em que a imagem solicita a palavra e em que a língua torna-se o lugar desde onde podemos nos aproximar dela. Palavras-chave: Blanchot, Didi-Huberman, imagem
Entrevista Realizada por Édio Raniere. Registrada e traduzida por Lilian Hack. Revisão de Rosane Neves. Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora... more
Entrevista Realizada por Édio Raniere. Registrada e traduzida por Lilian Hack. Revisão de Rosane Neves.
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com a arte. Dedica-se atualmente ao desenvolvimento de uma Ecologia das Imagens, onde conceitos da filosofia da diferença dialogam intensivamente com sua poética em pintura, e oferecem novas abordagens ao conceito de imagem.
Resumo O presente ensaio busca problematizar a produção de subjetividade em corpos docentes e discentes quando atravessados pelo ressentimento. Pautado pelo Método de Dramatização (DELEUZE, 1976; 2006) intenta colocar a questão o que... more
Resumo O presente ensaio busca problematizar a produção de subjetividade em corpos docentes e discentes quando atravessados pelo ressentimento. Pautado pelo Método de Dramatização (DELEUZE, 1976; 2006) intenta colocar a questão o que quer. Para tal apresenta um personagem conceitual, 'o professor', e um personagem estético, 'o aluno'. A crítica realizada ao ressentimento abre, ao longo do texto, condições de possibilidade para que uma ética do eterno retorno (NIETZSCHE, 1995; 2012) se apresente como paradoxo à educação. Queres isso mais uma vez? Como queres? Com quais condições de possibilidades queres? O trabalho utiliza a ficção (COSTA, 2014) como disparador de uma política de escrita, tencionando a educação como prática de invenção de si.
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com... more
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com a arte. Dedica-se atualmente ao desenvolvimento de uma Ecologia das Imagens, onde conceitos da filosofia da diferença dialogam intensivamente com sua poética em pintura, e oferecem novas abordagens ao conceito de imagem. Suas obras foram exibidas em diversas exposições na França e na Suíça, e seus livros traduzidos para várias línguas. Professora do departamento de filosofia na Université Paris-Nanterre, acolhe pesquisadores do mundo inteiro no seu Laboratório EA 4414 HAR: Histoire des Arts et des Représentations. Numa ensolarada tarde de junho de 2019, em Paris, conversamos a respeito de sua obra, cercados pelos livros de sua biblioteca, e diante de seus cadernos de pinturas e desenhos. A entrevista que segue é parte do material registrado nesse encontro, e posteriormente traduzido.
Anne Sauvagnargues é artista visual, escritora, filósofa e uma das maiores especialistas no pensamento de Gilles Deleuze. Pesquisadora da história da arte e da estética, explora o fio que atravessa toda obra deste autor em sua relação com... more
Anne Sauvagnargues é artista visual,
escritora, filósofa e uma das maiores
especialistas no pensamento de Gilles
Deleuze. Pesquisadora da história da arte
e da estética, explora o fio que atravessa
toda obra deste autor em sua relação com
a arte. Dedica-se atualmente ao
desenvolvimento de uma Ecologia das
Imagens, onde conceitos da filosofia da
diferença dialogam intensivamente com
sua poética em pintura, e oferecem novas
abordagens ao conceito de imagem. Suas
obras foram exibidas em diversas
exposições na França e na Suíça, e seus
livros traduzidos para várias línguas.
Professora do departamento de filosofia
na Université Paris-Nanterre, acolhe
pesquisadores do mundo inteiro no seu
Laboratório EA 4414 HAR: Histoire des
Arts et des Représentations. Numa
ensolarada tarde de junho de 2019, em
Paris, conversamos a respeito de sua obra, cercados pelos livros de sua
biblioteca, e diante de seus cadernos de
pinturas e desenhos. A entrevista que
segue é parte do material registrado
nesse encontro, e posteriormente
traduzido
Cet article est une version portugaise du premier chapitre du livre d’Anne Sauvagnargues Deleuze et l’art, publié en français en 2005 aux Presses Universitaires de France. Plus qu'une introduction au livre, il présente les lignes qui,... more
Cet article est une version portugaise du premier chapitre du livre d’Anne Sauvagnargues Deleuze et l’art, publié en français en 2005 aux Presses Universitaires de France. Plus qu'une introduction au livre, il présente les lignes qui, pour l'auteur, ont conduit la pensée de Deleuze sur l'art. Selon Sauvagnargues, il est possible de cartographier trois philosophies de l'art opérant dans la pensée de Gilles Deleuze, dans un mouvement qui commence par le privilège à la littérature, en passant par une investigation sur les implications de la critique politique sur l'art, jusqu'à une dernière phase consacrée à la sémiotique de l'image et de la création artistique. Sauvagnargues reconnaît encore, dans cette voie, les implications que la rencontre avec la pensée de Félix Guattari va produire dans les réflexions de Deleuze sur le plan artistique. Ainsi, l'auteur nous montre que depuis les premières œuvres jusqu'à Différence et Répétition (1968), la littérature occupe une place prépondérante dans les analyses de Deleuze. De L’Anti-Œdipe (1972) à Mille Plateaux (1980), écrit avec Félix Guattari, nous aurons une critique radicale de l'interprétation. Enfin, dans la dernière phase, Deleuze se consacre aux arts non discursifs, où le concept d'image gagnera plus d’espace dans des œuvres telles que Francis Bacon – Logique de la Sensation (1981), consacrée à la peinture, et dans Cinéma 1: L'Image-Mouvement (1983) et Cinéma 2: L'image-Temps (1985), œuvres dédiées au cinéma