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Começada em 1556 a Catedral de Portalegre tem sido vista, desde a obra de George Kubler, como um dos arquétipos fundacionais do “estilo-chão”, juntamente com as suas congéneres de Leiria (1551) e Miranda (1552). Embora no geral correcta,... more
Começada em 1556 a Catedral de Portalegre tem sido vista, desde a obra de George Kubler, como um dos arquétipos fundacionais do “estilo-chão”, juntamente com as suas congéneres de Leiria (1551) e Miranda (1552). Embora no geral correcta, esta perspectiva carece actualmente de um enquadramento mais preciso, dado que o edifício integra desde a sua concepção um conjunto de elementos de relevo que, não só pela sua matriz clássica divergem daquela categorização, como simultaneamente são percursores de soluções que se tornarão constantes na arquitectura eclesial posterior de matriz não “chã”. Isto é, integráveis no classicismo assente na tratadística de arquitectura, mormente de Serlio. Até agora ninguém questionou a origem conceptual das seis grandes capelas colaterais dos flancos da catedral (seguintes às debaixo do coro-alto), das primeiras ao modo clássico em Portugal com abóbadas em berço de caixotões e ligação intercomunicante, bem como da grande cúpula de caixotões sobre o cruzeiro, também ela precursora no seu género. Contrariamente ao que se tem dito e repisado, não pode ter sido Afonso Álvares o arquitecto que dirigiu o estaleiro da Sé de Portalegre desde início e insistir neste equívoco, é não só contrariar o que nos diz o edifício, mas também ignorar dados importantes que as fontes documentais nos fornecem. O arquitecto “de todas as obras reais em toda a comarca do Alentejo” ao tempo do arranque das obras da catedral é Diogo de Torralva (c.1500-1566), que ocupou o cargo de 1548 até à sua morte. Manuel Pires substituiu-o de 1566 até 1570, ano em que falece, sendo então rendido por Afonso Álvares [†1575].
O Zé Sarmento de Matos foi mais do que um historiador. Foi um grande olisipógrafo. Talvez o último com a dimensão e características comparáveis com os mais importantes nomes desta área do saber no século XX, como Júlio de Castilho, Vieira... more
O Zé Sarmento de Matos foi mais do que um historiador. Foi um grande olisipógrafo. Talvez o último com a dimensão e características comparáveis com os mais importantes nomes desta área do saber no século XX, como Júlio de Castilho, Vieira da Silva ou Matos Sequeira. É que há historiadores que estudam sobretudo assuntos, temas relacionados com Lisboa, arquitectura de Lisboa (onde me incluo) e depois há pessoas como ele (poucas, muito poucas), que estudam A Cidade, O Sítio, o fazer da cidade ao longo dos tempos – de todos os tempos – e de forma sistemática! E isso é, sem dúvida, extraordinário.
Tinha além do mais, uma capacidade invulgar para falar de arquitectura e de entender realmente os aspectos mais conceptuais da arte da construção, aspecto que o distinguia dos seus predecessores e dos colegas do seu tempo e que eu muito apreciava, talvez por ser filho de arquitecto. E também por essa razão nos entendemos imediatamente. Ficávamos por vezes horas a falar de arquitectura – projectos actuais, antigos e outros incompletos ou nunca realizados – destes últimos, sobretudo os do século XVI em Lisboa, interesse que eu tinha e que rapidamente percebi que ele também partilhava. Aquele tempo entre as fantasias de Francisco de Holanda e a realidade do período filipino contada por Luís Mendes de Vasconcelos. Era a predilecção dele.
A Catedral de Leiria (inic. 1551) pertence ao grupo das três novas sés erguidas no final do reinado de D. João III, sendo também das últimas a serem erguidas de raiz em todo o período moderno. O que nos interessa destacar nesta ocasião é... more
A Catedral de Leiria (inic. 1551) pertence ao grupo das três novas sés erguidas no final do reinado de D. João III, sendo também das últimas a serem erguidas de raiz em todo o período moderno. O que nos interessa destacar nesta ocasião é sobretudo a matriz da arquitectura da Sé leiriense que, tal como as outras duas Sés do reinado de D. João III – a de Miranda (inic. 1552) e a de Portalegre (inic. 1556) –, têm em comum a direcção programática de Miguel de Arruda. Embora semelhantes, há alguns aspectos importantes que as diferenciam entre si e que reflectem direcções de obra diferentes, nomeadamente quanto às soluções adoptadas na cabeceira, cruzeiro e capelas. Em relação a este último aspecto, e de acordo com dados inéditos que revelamos neste estudo, o plano que se acabou por construir na Sé de Leiria (apenas com duas capelas abertas para as naves) não corresponde ao que D. fr. Brás de Barros terá inicialmente idealizado para o corpo da Catedral. Por último analisamos igualmente a arquitectura distinta, de um classicismo evoluído e mais tardio, das três capelas da cabeceira da Sé de Leiria, que terão sido comissionadas a Baltazar Álvares. O "Couseiro ou Memórias do Bispado de Leiria", dá a capela-mor da Sé como concluída em 1569, o que constitui uma dado relevante não só para a compreensão de outras obras atribuídas a Baltazar Álvares, mas também por fazer recuar a sua actividade, bem como a data conjectural do seu nascimento, que situamos na década de 1540.
A génese dos primeiros modelos de templos surgidos logo antes ou na sequência imediata das resoluções do Concílio de Trento (1545-1563), de concepção já adequada a uma liturgia e culto reformados, constituem uma das questões mais... more
A génese dos primeiros modelos de templos surgidos logo antes ou na sequência imediata das resoluções do Concílio de Trento (1545-1563), de concepção já adequada a uma liturgia e culto reformados, constituem uma das questões mais importantes da história da arquitectura do período moderno. A situação portuguesa não é excepção e constitui, aliás, um caso de estudo de particular interesse e relevância mesmo a nível europeu, pelo impacto produzido no seu espaço continental e ultramarino. Em discussão estará o papel da Companhia de Jesus no surgimento precoce de um modelo de raiz nacional, periférico em relação à realidade artística itálica, e a importação de formas e linguagens deste contexto e o seu reflexo na formação de um italianismo português igualmente de grande fortuna na nossa arquitectura religiosa.
O antigo mosteiro cisterciense de N.ª Senhora do Desterro, apesar das vicissitudes que sofreu e da obscuridade em que permaneceu a história da sua construção permanece, ainda hoje, como um marco arquitectónico fundamental na imagem da... more
O antigo mosteiro cisterciense de N.ª Senhora do Desterro, apesar das vicissitudes que sofreu e da obscuridade em que permaneceu a história da sua construção permanece, ainda hoje, como um marco arquitectónico fundamental na imagem da cidade de Lisboa. Em boa parte poupado pelo Terramoto, os estragos a que foi sujeito desde o final do séc. XIX ao início do XX, devem-se sobretudo à acção humana. Décadas de incúria e delapidações sucessivas, conduziram a uma descaracterização progressiva a que não foi também alheia a própria transformação em hospital, traduzida em alterações profundas de adaptação pouco adequadas ao edifício.
Contudo, bem longe da imagem que vulgarmente dele se transmite, o antigo Mosteiro do Desterro constitui, apesar do estado fragmentário a que chegou aos nossos dias, um raro testemunho da nossa mais qualificada arquitectura tardo-clássica, fazendo parte dos grandes complexos monástico-conventuais construídos no período filipino (1580-1640).
O presente artigo pretende, além de comprovar a autoria do arquitecto Baltazar Álvares, dar a conhecer, a partir das fontes documentais, o processo construtivo do mosteiro e alguns aspectos desconhecidos do seu projecto. Nomeadamente, as influências da traça erudita da fachada (derivada de um desenho de Rafael para a Villa Madama incluído no tratado de Serlio) e as características peculiares dos espaços monásticos, como os claustros, impostas pela topografia acidentada do terreno.
O Colégio jesuíta de S.to Antão-o-Novo foi um dos maiores empreendimentos arquitectónicos da centúria de Seiscentos, tendo o seu risco conhecido várias alterações no período filipino, no sentido de um classicismo monumental italianizante,... more
O Colégio jesuíta de S.to Antão-o-Novo foi um dos maiores empreendimentos arquitectónicos da centúria de Seiscentos, tendo o seu risco conhecido várias alterações no período filipino, no sentido de um classicismo monumental italianizante, próximo do modelo de S. Vicente de Fora. Com o patrocínio de D. Filipa de Sá, a igreja foi erguida entre 1612 e 1658, embora partes do exterior ficassem por terminar até ao séc. XVIII. Este artigo procura atestar a autoria projectual de Baltazar Álvares e esclarecer a direcção da obra que ficou a cargo de um dos seus discípulos, Diogo Marques Lucas. As questões associadas ao estatuto profissional dos arquitectos, a par do domínio das regras clássicas da arquitectura do tempo, são aspectos que transparecem da documentação inédita encontrada sobre a fase final da construção da igreja no séc. XVII, quando os contactos informados com centros artísticos externos eram já menos frequentes.

The jesuit college of Santo Antão-o-Novo was one of the largest architectural projects of the 17th century in Portugal. Its design was the object of several amendments during the Philippine period (1580-1640), bringing it closer to the kind of Italian monumental classicism exemplified by the monastery of São Vicente de Fora. Under the patronage of D. Filipa de Sá, the church was built between 1612 and 1658, though parts of the exterior were only concluded in the 18th century. This paper aims to assert Baltazar Álvares’ authorship of the project, while shedding some light on the building works supervision entrusted to one of his disciples, Diogo Marques Lucas. The paper will also consider the professional status of architects and their knowledge of the standards of classical architecture at the time. This analysis will be based on recently uncovered documentation about the final phase of the church’s building works, in the 17th century, at a time when informed contacts with foreign artistic centres had become less frequent.
A igreja de S. Vicente de Fora foi encerrada durante mais de dois anos (de 31 de Julho de 2008 a 22 de Janeiro de 2011), por decisão da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT), depois terem caído fragmentos de... more
A igreja de S. Vicente de Fora foi encerrada durante mais de dois anos (de 31 de Julho de 2008 a 22 de Janeiro de 2011), por decisão da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT), depois terem caído fragmentos de estuque dos caixotões da abóbada da capela-mor que provocaram estragos no piso de madeira do altar. Sendo esse o sector mais vulnerável a infiltrações em virtude de o interior dos caixotões ser de argamassa e estuque decorativo em vez de pedra como no resto da nave, a igreja foi para obras por falta de condições de segurança.  Ao contrário do que logicamente se esperava, os estuques não foram preservados mas sim destruídos, num processo polémico em que o Estado, alegadamente por falta de verbas,  não custeou as obras nem as fiscalizou como devia num edifício que é Monumento Nacional desde 1910.
Integrado no conjunto dos Hospitais Civis de Lisboa, o Hospital do Desterro, juntamente com o de S. José, o dos Capuchos, o de St.ª Marta e o Miguel Bombarda, foi posto à venda pelo Estado. O objectivo é desactivar faseadamente estas... more
Integrado no conjunto dos Hospitais Civis de Lisboa, o Hospital do Desterro, juntamente com o de S. José, o dos Capuchos, o de St.ª Marta e o Miguel Bombarda, foi posto à venda pelo Estado. O objectivo é desactivar faseadamente estas unidades, instaladas em mosteiros e conventos antigos, de modo a suportar parte dos custos do novo Hospital de Todos-os-Santos, projectado para Chelas. O problema do Desterro é que a sua classificação, em virtude das sucessivas alterações ao longo do século XX que o deturparam, encontra-se ainda "em estudo" ao contrário dos outros que já se encontram protegidos por legislação que cria (e bem) alguns constrangimentos a projectos de reabilitação / reconversão. Sublinhe-se que o mosteiro de N.ª Senhora do Desterro faz parte de um conjunto de grandes estruturas monástico-conventuais construídas no período da União Ibérica (1580-1640), como o convento de S. Bento (transformado na Assembleia da República) com o qual mantém, aliás, bastantes semelhanças, o colégio de St.º Antão-o-Novo (hospital de S. José), ou o mosteiro de Santos-o-Novo a Xabregas. Todos eles são testemunho da nossa mais qualificada arquitectura tardo-clássica iniciada em S. Vicente de Fora pelo mesmo autor (Baltazar Álvares), o “grandísimo arquitecto y trazador, que el rey D. Sebastian envió á Itália”, como prova o documento inédito que publiquei em 2008 (Tese de Mestrado).
Entre os dias 17 e 20 de Junho de 2010, decorreu em Guimarães, no Centro Cultural de Vila Flor, o primeiro congresso internacional da European Architectural History Network (EAHN), evento organizado pelo Departamento de Arquitectura da... more
Entre os dias 17 e 20 de Junho de 2010, decorreu em Guimarães, no Centro Cultural de Vila Flor, o primeiro congresso internacional da European Architectural History Network (EAHN), evento organizado pelo Departamento de Arquitectura da Universidade do Minho, que contou com a colaboração do Centro de História de Além-Mar (CHAM) da Universidade Nova de Lisboa. A par da escolha de Portugal como país anfitrião, interessa, antes de mais, salientar a relevância desta nova estrutura para o estudo da arquitectura e do urbanismo que foi primeiro discutida em 2005, ano em que se formou o comité responsável pelo arranque dos estatutos da EAHN. Apesar da partilha natural de certos objectivos e interesses com a Society of Architectural Historians (SAH), a EAHN procurou posicionar-se não como um ramo europeu daquela associação norte-americana, mas antes como uma rede autónoma verdadeiramente trans-nacional, cujo propósito final é a própria internacionalização do estudo e investigação da arquitectura europeia e das suas projecções. Este primeiro congresso da EAHN juntou pessoas dos mais variados quadrantes, desde historiadores de arquitectura e da arte, a arquitectos, urbanistas, arqueólogos, engenheiros, geógrafos, conservadores, agentes do património e paisagistas num único evento, cuja dimensão fala por si: mais de cento e cinquenta comunicações provenientes dos cinco continentes (com dezassete países europeus representados) distribuídas por vinte e cinco sessões e cinco mesas-redondas e ainda três importantes conferências públicas (em auditório) e visitas de estudo locais e regionais.
Na cidade mediterrânica antiga a decoração do espaço público é atributo da arquitectura, apagando quaisquer traços identificadores das condicionantes naturais. A natureza era relegada para as traseiras em pequenos quintais abastecedores,... more
Na cidade mediterrânica antiga a decoração do espaço público é atributo da arquitectura, apagando quaisquer traços identificadores das condicionantes naturais. A natureza era relegada para as traseiras em pequenos quintais abastecedores, hortícolas ou frutícolas. O século XVIII vai assistir à revalorização do jardim, juntando a componente económica ao sentido do gosto pelas plantas exóticas, oriundas do universo ultramarino. O plano de reconstrução de Lisboa, aboliu da parte central da cidade a reminiscência do quintal da Baixa pré-Terramoto, mas em compensação programou o Passeio Público destinado à fruição da cidade. Portanto, o jardim público como espaço indispensável na concepção teórica da cidade, é uma ideia que surge depois de 1755, demorando, no entanto, quase um século até entrar no quotidiano lisboeta. É um pouco deste ajustamento progressivo entre a cidade e a natureza, que se historia neste estudo, procurando-se realçar as várias perspectivas que essa conformação mútua foi conhecendo, desde o Passeio Público ao Jardim da Estrela e do Parque Eduardo VII ao Parque da Expo 98.
A Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana da CML, através do seu programa de "Reabilitação das Igrejas dos Bairros Históricos", pretendeu inverter a degradação (em alguns casos já preocupante) destes monumentos e do... more
A Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana da CML, através do seu programa de "Reabilitação das Igrejas dos Bairros Históricos", pretendeu inverter a degradação (em alguns casos já preocupante) destes monumentos e do património integrado dos seus  interiores que as paróquias não tinham condições para recuperar. Um dos casos que tipificava esta situação era a Igreja de Sta. Catarina, na Calçada do Combro, também conhecida por Igreja dos Paulistas. No seu tempo, cabeça de uma ordem religiosa importante (dos Paulistas da Serra de Ossa), é hoje sede de uma paróquia pequena e empobrecida, embora paradoxalmente em termos patrimoniais, permaneça como uma das maiores e mais ricas igrejas de Lisboa. Exemplar notável da arquitectura religiosa seiscentista, possui um excepcional programa decorativo no interior, onde sobressaem, além dos altares laterais em talha dourada de “estilo nacional”, a pintura e a talha joanina do órgão, transepto e capela-mor (esta última da autoria do entalhador-arquitecto Santos Pacheco) – considerados expoentes máximos do período barroco.
Baltazar Álvares foi um dos mais importantes arquitectos portugueses de sempre e um dos grandes da Europa do seu tempo e entre nós, em termos de impacte produzido, provavelmente só a figura de um João de Castilho atingiu envergadura... more
Baltazar Álvares foi um dos mais importantes arquitectos portugueses de sempre e um dos grandes da Europa do seu tempo e entre nós, em termos de impacte produzido, provavelmente só a figura de um João de Castilho atingiu envergadura equiparável. O seu legado permaneceu como valiosa fonte de inspiração até ao século XVIII, acrescentando à história do nosso património monumental edifícios do maior significado. Centrado sobre a história da arquitectura conventual portuguesa entre cerca de 1550 e 1640, mas com enfoque na actividade de Baltazar Álvares, a presente monografia assenta, assim, numa metodologia que privilegiou sempre o confronto das diversas fontes documentais coligidas com a análise morfológica do espólio edificado, permitindo acrescentar aos contributos historiográficos mais recentes novos dados, bem como aspectos de natureza biográfica da vida deste notável arquitecto ainda inéditos.

A investigação levada a cabo por Ricardo Lucas Branco constitui a primeira retrospectiva da obra do arquitecto, sem dúvida uma figura-chave do panorama artístico português do final de Quinhentos-início de Seiscentos. A leitura atenta da biografia de Baltazar Álvares levará o leitor a descobrir o meio em que se movimentava, conduzindo-nos pela tratadística e pelo estado da arte que ele e os seus pares teriam em mãos no momento de aplicar à arquitectura um projecto de poder simbólico, ditado por regras e cânones clássicos. No estudo do auge da modernidade imperial que a Monarquia Católica marcou com a sua monumentalidade, Baltazar Álvares ressurge à luz de uma pesquisa criteriosa que liga as fontes ao que resta dos seus projectos. O autor oferece-nos um olhar inovador sob quatro exemplares centrais na obra do arquitecto: Santo Antão-o-Novo, São Vicente de Fora, a São Bento da Saúde e Nossa Senhora do Desterro; recorrendo não só à comparação com conjuntos arquitectónicos da época, como a propostas de reconstituição de elementos entretanto perdidos no tempo e a novos conceitos para aplicar na interpretação da arquitectura.
O traço com que Baltazar Álvares desenhou, projectou e construiu, não foram apagados. A grandiosidade da sua linguagem artística, alicerçada numa sólida formação clássica e na estética de um verdadeiro italianismo português, matizado pela Contra-Reforma, é a expressão de um tempo que, por mais ofuscado que tenha sido, permanece inolvidável na imagem da cidade.
The aim of this essay is to accomplish a new critical review of the foreign career of Filippo Terzi, the bolognese architect and military engineer invited to work in Portugal in 1576. Dedicated mainly to military engineering and to the... more
The aim of this essay is to accomplish a new critical review of the foreign career of Filippo Terzi, the bolognese architect and military engineer invited to work in Portugal in 1576. Dedicated mainly to military engineering and to the reorganization of the Atlantic coastline defenses after the integration of the Portuguese Kingdom in the Iberian monarchy, his career traditionally includes some interventions in the field of civil and religious architecture. In this area however, we maintain that his role, as shown by the analysis of official documentation along with recently identified data, was mainly that of technical supervision of the most important projects sponsored by the Crown, maybe with the exception of the Royal Palace in Lisbon (Ribeira Palace) which he himself planned. The other major works in non-military buildings belong to Baltazar Álvares, that King Sebastian sent to Italy to study architecture from 1575 to 1578.
Nonetheless, professionally very versatile, Filippo Terzi made drawings for the Convent of Christ’s aqueduct in Tomar, the bridge over the Mondego in Coimbra, and its pier, and also solved the problems with the roof designs of two major churches in Lisbon, using flat wooden ceilings, a solution of great technical boldness given the width of both internal spaces. He was also responsible for the formation of a new generation of Portuguese architects, through its official teaching in the architecture’s class of the Royal Palace, established in 1594, of which he was the first director.
Taking into account previous historiographical contributions but also new information, the authors analyze the professional activity of Filippo Terzi and the catalogue of works currently attributed to him, both in the field of civil and religious architecture (Ricardo Lucas Branco) and military and civil engineering (Miguel Soromenho).
A Câmara Municipal de Lisboa decidiu, em 2003, implementar um programa de conservação e valorização dos monumentos sediados nas zonas históricas da cidade. A principal razão prende-se com o facto de se considerar que, a par da... more
A Câmara Municipal de Lisboa decidiu, em 2003, implementar um programa de conservação e valorização dos monumentos sediados nas zonas históricas da cidade. A principal razão prende-se com o facto de se considerar que, a par da reabilitação do edificado antigo para fins habitacionais e de espaço público, os monumentos constituem uma mais-valia para a renovação das referidas zonas. Nesse sentido, e no seguimento do levantamento realizado em 2002/2003, chegou-se à conclusão de que os monumentos da cidade, a maior parte de cariz religioso, careciam de importantes intervenções de reabilitação, quer ao nível da parte edificada, quer do seu património artístico integrado. Por se tratar de imóveis fundamentais para a imagem da cidade, seja em termos de fruição dos que nela habitam, seja em termos turísticos e culturais, entendeu a CML apoiar as iniciativas de salvaguarda e de valorização dos mesmos em parceria com outras entidades, designadamente aquelas que têm competências para intervir na reabilitação de imóveis classificados ou em vias de classificação como o IPCR, a DGEMN e o IPPAR. Com base nos referidos pressupostos e nas prioridades estabelecidas, foram adoptadas medidas de acordo com as mais actualizadas metodologias de intervenção em Conservação e Restauro para as operações neste domínio, supervisionadas por técnicos habilitados quer da Autarquia, quer dos organismos acima referidos.
A igreja do Menino-Deus é uma das maiores jóias arquitectónicas que o Terramoto poupou e constitui um marco fundamental na arquitectura barroca portuguesa. A sua autoria ainda não foi documentalmente provada, mas o projecto é... more
A igreja do Menino-Deus é uma das maiores jóias arquitectónicas que o Terramoto poupou e constitui um marco fundamental na arquitectura barroca portuguesa. A sua autoria ainda não foi documentalmente provada, mas o projecto é consensualmente atribuído ao arquitecto régio João Antunes. A maioria dos historiadores que lhe atribuem a obra (nos quais me incluo) concordam existir fortes razões para essa autoria: foi discípulo do Pe. Francisco Tinoco da Silva, notável geómetra, que detinha os cargos de Arquitecto do Palácio Real da Ribeira, e de Mestre da Aula de Arquitectura do Paço. Foi certamente sob a sua protecção que venceu o concurso para a igreja de Sta. Engrácia (1681) pois João Antunes era ainda somente mestre-pedreiro. Revelou aí desde logo, como no Menino-Deus mais tarde, um notável domínio da geometria, sendo o paralelo entre as duas igrejas (ambas de planta não latina) evidente na linguagem arquitectónica e na exploração do espaço, inovadores na produção arquitectónica do tempo, apesar de mostrarem até que ponto a leitura dos tratados de Serlio e Vignola perduraram em Portugal.
A igreja do Convento dos Paulistas é hoje também designada de Santa Catarina porque existiu, no alto com o mesmo nome, no cimo da calçada, uma igreja com essa invocação - a igreja de Santa Catarina do Monte Sinai - fundada em 1557 por D.... more
A igreja do Convento dos Paulistas é hoje também designada de Santa Catarina porque existiu, no alto com o mesmo nome, no cimo da calçada, uma igreja com essa invocação - a igreja de Santa Catarina do Monte Sinai - fundada em 1557 por D. Catarina, mulher do rei D. João III. Muito danificado pelo Terramoto de 1755, esse templo, da autoria do arquitecto Afonso Álvares, e do qual se conhecem planta e desenhos em corte, seria finalmente demolido entre 1856-1862, acabando assim por dar o nome ao sítio e à Paróquia actual que passou para a igreja dos frades Paulistas, antes dedicada ao Santíssimo Sacramento. Em termos arquitectónicos, a igreja dos Paulistas (inic. 1654) radica-se no modelo do maneirismo italiano introduzido em Portugal com a construção da igreja de São Vicente de Fora em 1582, por iniciativa de Filipe II, de Espanha e cuja traça se deve a Baltazar Álvares. Começada tardiamente, a igreja dos Paulistas só viria a terminar-se  quando todas as outras igrejas deste tipo se encontravam já em fase de conclusão, dando origem à introdução de alguns pormenores decorativos mais tardios na fachada e, sobretudo, a uma decoração interna já totalmente executada em moldes barrocos.
Baltazar Álvares, que é o autor do famoso plano inicial do Colégio com 7 pátios (de 1579) e o autor do projecto final da igreja iniciada em 1612 e demolida no séc. XIX, foi o introdutor em Portugal do modelo eclesial italiano da... more
Baltazar Álvares, que é o autor do famoso plano inicial do Colégio com 7 pátios (de 1579) e o autor do projecto final da igreja iniciada em 1612 e demolida no séc. XIX, foi o introdutor em Portugal do modelo eclesial italiano da contra-reforma, com o projecto da igreja de S. Vicente de Fora. Este paradigma  não foi o único que Baltazar trouxe para a arquitectura eclesial portuguesa. O da fachada de aletas e frontão, esta sim inspirada no Gesù de Roma, também foi ele que introduziu e divulgou no País, modelo esse que, apesar da demolição de S.to Antão-o-Novo, em Lisboa (1612), felizmente ainda sobrevive na notável igreja do Colégio de Jesus de Coimbra (1598) e no Colégio de S. Lourenço do Porto (1614). A partir de então, nas grandes igrejas monásticas de planimetria ítalo-jesuítica do final de Quinhentos e Seiscentos, com fachadas clássicas estruturadas por pilastras gigantes, é evidente a tentativa de se articular ou não, as torres e o frontão no mesmo plano, oscilando entre as duas grandes influências em jogo: o modelo de fachada do Gesù de Roma e o modelo de fachada de S. Vicente de Fora de Lisboa. Neste colóquio procurámos demonstrar que o confronto entre esses dois modelos da arquitectura eclesial do tempo, gerou um problema na edificação da igreja do Colégio e S.to Antão-o-Novo, com reflexo na própria documentação da época.
Contratado em 1576 para servir no reino e nas conquistas, Filippo Terzi (†1597), nascido e formado em Bolonha, foi o mais importante engenheiro militar activo em Portugal no último quartel do século XVI, além de ter também desempenhado um... more
Contratado em 1576 para servir no reino e nas conquistas, Filippo Terzi (†1597), nascido e formado em Bolonha, foi o mais importante engenheiro militar activo em Portugal no último quartel do século XVI, além de ter também desempenhado um papel relevante como arquitecto, apesar da escassa obra conhecida. Depois da Batalha de Alcácer Quibir, onde ficou cativo, foi – em data incerta – nomeado como engenheiro-mor, o que o obrigou a uma itinerância constante pelo reino, do Minho ao Algarve, em tarefas de concepção e inspecção do sistema defensivo atlântico e de assistência a obras públicas de grande envergadura. A sua presença em Coimbra está documentada por diversas vezes em trabalhos de engenharia: na ponte de Coimbra, na construção de um cais e de um canal de escoamento fluvial e do aqueduto de S. Sebastião. Além de projectos para os cárceres da Inquisição na cidade, em concorrência com o arquitecto régio Nicolau de Frias, atribuem-se a Terzi intervenções no colégio da Sapiência, dos padres agostinhos, e ainda no paço episcopal. Aí esteve em 1592 a convite de D. Afonso Castelo Branco, tendo mantido boas relações com o bispo, que na época se desmultiplicava no acompanhamento de obras na cerca do Mosteiro de Santa Cruz e na remodelação do palácio. A ligação autoral a estes empreendimentos é aqui discutida a partir do estudo das fontes disponíveis, da avaliação da sua cultura arquitectónica, das obras conhecidas construídas em Itália e Portugal e da análise crítica e comparativa dos edifícios conservados.
Um dos mais importantes arquitectos portugueses de sempre e um dos grandes da Europa no seu tempo, Baltazar Álvares permanece na arquitectura do final de Quinhentos e de todo o séc. XVII como um “astro isolado”. De facto a sua obra não... more
Um dos mais importantes arquitectos portugueses de sempre e um dos grandes da Europa no seu tempo, Baltazar Álvares permanece na arquitectura do final de Quinhentos e de todo o séc. XVII como um “astro isolado”. De facto a sua obra não tem a mais pequena semelhança com qualquer outro arquitecto do período filipino. Altura em que, como um vórtex gigante, tudo absorveu, transformando para sempre a imagem de Lisboa e a própria arquitectura portuguesa como se constata pelo impressionante catálogo da sua obra: Mosteiro de S. Vicente de Fora (1582), Palácio Moura-Corte Real (1590), Mosteiro de N.ª Senhora do Desterro (1591), Convento de S. Bento da Saúde (1598), Noviciado da Cotovia (1607), Mosteiro de Santos-o-Novo (1609), Hospital de N.ª Senhora da Luz (1610), Colégio de S.to Antão-o-Novo (1612), Mosteiro de N.ª Senhora dos Remédios ao Rato (1614). Todos estes edifícios, que correspondem aos maiores projectos arquitectónicos do período filipino em Lisboa, são da autoria de Baltazar Álvares. Se aos mesmos juntarmos o claustro do Convento da Graça, em Lisboa (c. 1597) que lhe atribuímos, a igreja do grande Colégio de Jesus em Coimbra (1598), as sedes das Ordens Militares de S. Bento de Avis (1609) e Santiago de Palmela (1611), bem como os perdidos Colégio de S. Bento (1576) e Colégio das Ordens Militares (1615), em Coimbra, que igualmente lhe pertencem, podemos mesmo afirmar que o arquitecto centralizou na sua figura a maioria dos grandes projectos construtivos do reino na esfera não militar.
Link para a visualização da conferência:
https://www.youtube.com/watch?v=w2K03nlwOmU
Baltazar Álvares (c.1545-1624) was one of the most important Portuguese architects ever - perhaps the greatest, alongside João de Castilho, of the entire modern period - and one of the greatest in Europe of his time. While I am finalizing... more
Baltazar Álvares (c.1545-1624) was one of the most important Portuguese architects ever - perhaps the greatest, alongside João de Castilho, of the entire modern period - and one of the greatest in Europe of his time. While I am finalizing the publication on his work, I take the opportunity to publicize the conference on his legacy in Lisbon, which I will hold at ISCTE, with architects Carrilho da Graça, Pedro Domingos and Inês Lobo, on March 3, 2020.
https://www.espacolivro.eu/arquitectura/748-baltazar-alvares-grandissimo-arquitecto-e-tracador.html?
Desde há muito tempo que Historiadores, Arquitectos e Arqueólogos se vêm confrontando com o problema do estudo de património arquitectónico que, por razões várias, desapareceu em parte ou na totalidade, impedindo ou dificultando a sua... more
Desde há muito tempo que Historiadores, Arquitectos e Arqueólogos se vêm confrontando com o problema do estudo de património arquitectónico que, por razões várias, desapareceu em parte ou na totalidade, impedindo ou dificultando a sua caracterização e reconhecimento da sua importância. Este problema sempre teve um particular peso no caso da historiografia da arquitectura de Lisboa, obviamente em virtude da destruição que a cidade sofreu em 1755.
Os modelos em 3D de edifícios anteriores ao Terramoto de 1755 que iremos apresentar resultaram de dois projectos que tiveram esse objectivo em atenção: o primeiro do portal “Itinerários Culturais”, que foi desenvolvido para o site da Associação do Turismo de Lisboa entre 2007 e 2009 e que pretendia mostrar de uma forma integrada a evolução da cidade de Lisboa e os seus lugares e monumentos de interesse, sobretudo os que foram afectados ou transformados pelo Terramoto. Tendo em conta que na altura (como ainda hoje) a grande maioria dos roteiros se limitam a zonas específicas da cidade ou particularizam monumentos e lugares de relevo, o objectivo foi inseri-los numa leitura integrada da evolução histórica da própria cidade, da forma como se processou o seu desenvolvimento e das diversas fases que a marcaram. Uma das componentes mais importantes do projecto passou pela criação de animações 3D de alguns monumentos-chave com um nível de detalhe até então inédito em Portugal.
No segundo projecto, que foi criado para o Museu do Dinheiro do Banco de Portugal, o que se propôs foi a criação de um filme em 3D que mostrasse a continuidade do sítio do banco central português como local de produção e transacção monetária. Dado que esta se fixou nos finais do século XVI junto ao paço real, na antiga Rua Nova dos Mercadores, antepassada da actual Rua do Comércio, optou-se por um filme que abarcasse toda a zona envolvente, incluindo o Terreiro do Paço, depois das obras ordenadas por Filipe II. A novidade do trabalho resultou da reconstituição detalhada em 3D de uma parte central de Lisboa, onde se incluíram os mais recentes dados historiográficos, de que é exemplo a Rua Nova que reflecte a pintura de Kelmscott Manor, então descoberta.     
A ilustração dos monumentos por animação em 3D destes dois projectos permitiu ir além das possibilidades limitadas de gravuras ou fotografias e obter um melhor e mais alargado conhecimento dos monumentos, mesmo daqueles que não estão abertos ao público, que foram transformados ou que desapareceram no Terramoto. Conjugou-se assim, de uma forma inovadora, um trabalho científico de investigação histórica com a componente técnica mais avançada da elaboração de imagens virtuais, integrando, numa iniciativa de inegável alcance cultural e pedagógico, reconstituições de peças arquitectónicas nunca realizadas, algumas com reconstituição de elementos arquitectónicos desaparecidos, em alta resolução com elevado nível de rigor e detalhe.
O Mosteiro do Desterro em Lisboa constitui a primeira grande fundação da Ordem de Cister no Período Moderno e apesar de inacabado e mutilado, permanece como uma das suas mais imponentes realizações. As obras já se tinham iniciado em Abril... more
O Mosteiro do Desterro em Lisboa constitui a primeira grande fundação da Ordem de Cister no Período Moderno e apesar de inacabado e mutilado, permanece como uma das suas mais imponentes realizações. As obras já se tinham iniciado em Abril de 1591, quando se lançou a primeira pedra, e continuaram sem interrupção até 1640, quando o advento da Restauração provocou a sua suspensão total. Nascido em plena conjuntura filipina, depois radicalmente alterada, a construção do Mosteiro do Desterro nunca se concluiria. Em 1707 a obra da igreja estava adiantada, com a fachada erguida até à última cornija, estando a nave terminada até ao cruzeiro, embora a capela provisória na portaria continuasse a servir o culto (onde ainda hoje se encontra), pois faltava construir a capela-mor. Terá sido por esta altura que o mosteiro adquiriu a forma que hoje apresenta, com os dois claustros (pequeno e grande) e suas dependências à direita do templo. O processo de recuperação do antigo Mosteiro do Desterro iniciado em 2013 só possível graças à reunião de uma equipa multidisciplinar integrando vários saberes, da arquitectura, história da arquitectura e urbanismo, à engenharia, que procurou realizar, da forma mais adequada, a reintegração patrimonial deste notável monumento. Tanto na resposta às sucessivas alterações que o deturparam, mas também no estudo da própria orgânica funcional do conjunto monástico primitivo, que apresentámos, essencial para se poder conceber o actual projecto de utilização de uma forma que se pretende harmoniosa e pouco intrusiva. Neste sentido, foi nossa intenção mostrar não só os novos espaços e elementos descobertos na intervenção, mas igualmente as reconstituições (nunca tentadas) do plano geral primitivo, do interior da igreja e da sua fachada à escala de desenho de pormenor, e do claustro grande do mosteiro.
Estudo solicitado pela Estamo-Parpública destinado a fornecer orientações para o processo de intervenção no desactivado Hospital do Desterro - antigo Mosteiro cisterciense de Nª Senhora do Desterro. Tendo Integrado, como Historiador /... more
Estudo solicitado pela Estamo-Parpública destinado a fornecer orientações para o processo de intervenção no desactivado Hospital do Desterro - antigo Mosteiro cisterciense de Nª Senhora do Desterro. Tendo Integrado, como Historiador / consultor de Património, a equipa multidisciplinar de arquitectura e engenharia responsável pelo projecto - Arquitecto Pedro Domingos (Pedro Domingos Arquitectos), João Favila (Atelier Bugio) e Engenheiro Civil Pedro Ribeiro (A2P) - o trabalho interdisciplinar realizado tornou possível a reintegração patrimonial deste notável monumento (que nunca foi terminado) respeitando ao máximo a sua arquitectura original.

Vertentes da responsabilidade do autor - análise histórico-patrimonial do edificado e do sítio; cronologia da construção e morfologia arquitectónica do imóvel; caracterização da utilização funcional do espaço interno e acompanhamento das primeiras fases da intervenção: participação no plano de sondagens, avaliação das adições desvirtuantes a demolir, definição dos objectivos essenciais para a reintegração urbana do conjunto primitivo com a envolvente citadina. Reconstituição planimétrica e altimétrica da igreja e do claustro principal.
Filme em 3D sobre a Baixa e história do local do Banco de Portugal de 1600 à actualidade, integrado no percurso museológico do Museu do Dinheiro. Consultor do estudo histórico e patrimonial do sítio da sede: desenvolvimento de... more
Filme em 3D sobre a Baixa e história do local do Banco de Portugal de 1600 à actualidade, integrado no percurso museológico do Museu do Dinheiro. Consultor do estudo histórico e patrimonial do sítio da sede: desenvolvimento de competências nas áreas de História da Arte e da Arquitectura e co-autor do filme - pesquisa documental, desenho de arquitectura, recolha de elementos gráficos, fotográficos e imagens de referência para as modelações 3D do urbanismo da zona nos diferentes períodos históricos, coordenação científica das reconstituições dos edifícios e do filme em 3D de Lisboa antes do Terramoto de 1755.
Site desenvolvido para a Associação Turismo de Lisboa, considerou a criação de itinerários temáticos sobre a cidade, a apresentação da evolução urbana desde o período romano à actualidade e o desenvolvimento de reconstituições e animações... more
Site desenvolvido para a Associação Turismo de Lisboa, considerou a criação de itinerários temáticos sobre a cidade, a apresentação da evolução urbana desde o período romano à actualidade e o desenvolvimento de reconstituições e animações 3D de alguns dos principais monumentos da cidade.
Projecto coordenado por José Sarmento de Matos, investigação de José Sarmento de Matos, Ricardo Lucas Branco e Cátia Teles e Marques, reconstituições e animações 3D de Ricardo Lucas Branco e ND3D e fotografia de Telmo Miller.