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4 Usinagem Fresamento

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OPERAÇÃO

DE
FRESAMENTO
FRESAGEM
 O fresamento é um processo para a obtenção
superfícies usinadas pela remoção
progressiva de uma quantidade pré-
determinada de material da peça a uma taxa de
movimento ou avanço relativamente baixa
mediante a uma ferramenta
multicortante, a fresa, que gira a uma alta
velocidade.
FRESAGEM

 A característica principal do processo


de fresamento é que cada aresta de
corte da fresa remove a sua parcela do
material na forma de cavacos individuais
pequenos.
FRESAGEM
 O fresamento se diferencia dos demais
processos de usinagem devido a sua
cinemática onde a peça translada e
ferramenta gira. A máquina ferramenta que
propicia a operação é a fresadora. Esta
operação pode gerar superfícies não planas
e não de revolução, ao contrário de alguns
outros processos de usinagem.
FRESAGEM
 As fresadoras, para alcançar o maior
rendimento, devem ter uma arquitetura
que as torne sólidas, porque o mandril
porta fresa é submetido a esforços
notáveis de torção, pois a ferramenta
ataca, com suas arestas cortantes, um
amplo arco de material na superfície das
peças.
FRESAGEM
 Tais esforços variam também com a
intensidade, segundo uma frequência que
pode redundar em vibrações danosas
para a máquina, se esta não for
suficientemente robusta.
FRESAGEM
 Algumas das características das fresadoras
estão citadas abaixo:
◦ Comprimento e largura da mesa;
◦ Giro da mesa em ambos os sentidos;
◦ Máximo deslocamento longitudinal da mesa;
◦ Máximo deslocamento transversal da mesa;
◦ Máximo deslocamento vertical do suporte da
mesa;
FRESAGEM
◦ Máxima altura da superfície da mesa em relação
ao eixo principal;
◦ Maiores e menores números de RPM do eixo
principal;
◦ Avanços da mesa em mm/min;
◦ Velocidade e potência do motor;
◦ Peso que a máquina suporta sobre a mesa.
FRESAGEM
O Fresamento é caracterizado
por:
 Ferramenta provida de arestas cortantes
dispostas em torno de um eixo;
 Movimento de corte proporcionado pela
rotação da fresa ao redor de seu eixo;
 Movimento de avanço realizado pela própria
peça.
FRESAGEM
 Aplicações do processo de fresagem.
◦ O fresamento possui grande aplicação para a
usinagem de peças com variedade de formas e
superfícies que podem ser produzidas, na
qualidade dos acabamentos superficiais, nas
altas taxas de remoção de cavaco (alta
produtividade) e na disponibilidade de ampla
variedade de ferramentas.
FRESAGEM
 Movimento relativo na fresagem.
◦ De um modo geral, neste processo tanto a peça
como a ferramenta podem assumir
movimentos relativos, independentes ou
combinados, permitindo desta forma a realização
de uma ampla variedade de operações.
FRESAGEM
 Divisão do processo de fresamento –
segundo a norma DIN 8589
◦ Fresamento plano;
◦ Fresamento circular;
◦ Fresamento de forma;
◦ Fresamento de geração (engrenagens);
◦ Fresamento de perfil.
FRESAGEM
 Fresamento de Superfícies planas
FRESAGEM
 Fresamento de circulares
FRESAGEM
 Fresamento de formas
FRESAGEM
 Fresamento de geração (engrenagens)
FRESAGEM
 Fresamento de perfis
FRESAGEM

 Tipos de fresamento
◦ As operações de fresamento dividem-se
basicamente em:
 Fresamento tangencial ou periférico;
 Fresamento frontal ou de topo.
FRESAGEM
 Divisão de acordo com a cinemática
do processo.
FRESAGEM
 Fresamento tangencial – dentes ativos
encontram-se na periferia (superfície cilíndrica)
da ferramenta, e o eixo da ferramenta é
paralelo à superfície a ser usinada. As
ferramentas usadas no fresamento tangencial
são chamadas fresas cilíndricas ou
tangenciais.
FRESAGEM
 Esquema de um fresamento tangencial
FRESAGEM
 Fresamento frontal – dentes ativos estão
na superfície frontal da ferramenta,
cujo eixo é perpendicular à superfície a
ser usinada. As ferramentas usadas no
fresamento frontal são chamadas fresas
frontais ou de topo.
FRESAGEM

 Para o fresamento frontal, é


recomenda uma penetração
de 3/4 a 2/3 do diâmetro da
fresa.
FRESAGEM

 Com isso, a espessura de cavaco na


entrada será igual ou maior que 80% do
avanço por dente e o impacto inicial se
dará afastado do gume, ou seja, em um ponto
menos vulnerável.
FRESAGEM
 Esquema de um fresamento frontal.
FRESAGEM
 Levando em consideração o movimento de
avanço da peça e a rotação da
ferramenta pode ter dois tipos de
movimento de usinagem:
◦ Fresamento CONCORDANTE ou para
baixo;
◦ Fresamento DISCORDANTE ou para cima.
FRESAGEM
 Fresamento CONCORDANTE ou para
baixo.
◦ Nesse caso, os movimentos de corte da
ferramenta e de avanço da peça têm o
mesmo sentido, iniciando com a espessura
máxima de cavaco.
FRESAGEM
 As vantagens da fresamento
CONCORDANTE são as seguintes:
◦ A força de corte atua na peça forçando-a
contra a mesa, enquanto na fresamento
discordante a força de corte tende a levantar a
peça, fazendo com que peças finas (por exemplo,
chapas) percam seu apoio na mesa ou vibrem;
◦ Vida mais longa da ferramenta (menor desgaste);
FRESAGEM
◦ Melhor acabamento superficial;
◦ Menor força e potência de avanço;
◦ Caminho mais curto do gume, durante o
corte. Esta redução é, em média, da ordem de
3% com redução correspondente do desgaste da
ferramenta.
FRESAGEM
 Exemplo de um fresamento
CONCORDANTE.
FRESAGEM
 No movimento CONCORDANTE, a
folga é empurrada pelo dente da fresa no
mesmo sentido de deslocamento da
mesa. Isto faz com que a mesa execute
movimentos irregulares, que
prejudicam o acabamento da peça e
podem até quebrar o dente da fresa.
FRESAGEM
 Exemplo do comportamento da mesa no
movimento CONCORDANTE
FRESAGEM

 Fresamento DISCORDANTE ou para


cima
◦ Nesse caso, os movimentos de avanço e corte
tem sentidos opostos, iniciando com a
espessura mínima de cavaco que é encruada
pela compressão peça-ferramenta.
FRESAGEM

 Depois de atingir uma espessura


adequada é que o cavaco passa a ser
cortado. Isso gera um escorregamento do
gume sobre a peça e consequente maior
desgaste da ferramenta.
FRESAGEM
 O fresamento DISCORDANTE deve ser
usado para casos especiais em que ocorre a
folga entre o fuso e a castanha de
comando de avanço da mesa da fresadora.
Essa folga para a fresagem concordante gera
um cavaco mais espesso que o esperado,
causando a possível quebra dos dentes ou
pastilhas.
FRESAGEM
 Outro motivo para usar o fresamento
discordante é quando a superfície usinada
possui resíduos de areia, escamas,
irregularidades grande. O fresamento
discordante nesse caso penetra abaixo da
camada indesejável e evita com isso, o
efeito desfavorável sobre a vida da
ferramenta.
FRESAGEM
 Exemplo de um fresamento
DISCORDANTE.
FRESAGEM
 No movimento DISCORDANTE, a folga
não influi no deslocamento da mesa.
Por isso, a mesa tem um movimento de
avanço mais uniforme. Isto gera um
melhor acabamento da peça.
FRESAGEM
 Assim, nas fresadoras dotadas de sistema de
avanço com porca e parafuso, é melhor
utilizar o movimento discordante. Para
tanto, basta observar o sentido de giro da
fresa e fazer a peça avançar contra o
dente da ferramenta.
FRESAGEM
 Exemplo de um fresamento concordante e
discordante.
FRESAGEM

 Movimentos no Fresamento
◦ rotação é observada no eixo da ferramenta
◦ velocidade de corte é observada na periferia
da ferramenta
FRESAGEM
 Parâmetros de processo no
fresamento
◦ Alguns parâmetros de processo relativos ao
fresamento são similares aos do processo de
torneamento. Desse modo, a velocidade de
corte, o avanço e a velocidade de avanço
dispensam maior atenção.
FRESAGEM

 Deve-se apenas atentar para o fato que,


uma vez que no fresamento a rotação é
observada no eixo da ferramenta, a
velocidade de corte é observada na
periferia desta.
FRESAGEM
FRESAGEM
 Avanço por dente (fz) – percurso
percorrido por um dente em uma
revolução da ferramenta. Representa a
distância entre duas superfícies consecutivas
na direção de avanço.
FRESAGEM

 Ângulo da direção de avanço (ϕ) –


ângulo entre as direções de corte e de
avanço. Varia continuamente durante o
processo.
FRESAGEM
 Ângulo da direção efetiva (η) – ângulo
ente a direção de corte e a direção
efetiva. Varia continuamente durante o
processo.
FRESAGEM
 Avanço de corte (fc) – distância entre
superfícies consecutivas em usinagem
medida no plano de trabalho e
perpendicular à direção de corte.
FRESAGEM
 Grandezas de avanço.
FRESAGEM
 Grandezas de penetração
◦ Profundidade ou largura de usinagem (ap) –

profundidade ou largura de penetração da

ferramenta na direção perpendicular ao plano de

trabalho.
FRESAGEM

 Penetração de trabalho (ae) – penetração da


ferramenta medida no plano de trabalho e
perpendicular à direção de avanço. Apesar de não
ser usada no processo de torneamento, é muito
importante no fresamento e na retificação plana.
FRESAGEM

 Penetração de avanço (af) –


penetração da ferramenta na direção de
avanço.
FRESAGEM
 Grandezas de penetração para o fresamento
tangencial (a) e frontal (b).
FRESAGEM
 Movimentos e forças resultantes do
processo de fresamento
TIPOS
DE
FRESADORAS
FRESAGEM
◦ As fresadoras se distinguem pela disposição do
eixo árvore e pelas possibilidades de movimento
da peça. A fresadora horizontal, utiliza a fresa
montada sobre em eixo horizontal. É utilizada
para trabalho de faceamento na horizontal e
para efetuar ranhuras e perfis retilíneos. A
ferramenta mais empregada é a fresa cilíndrica.
FRESAGEM
 A fresadora é horizontal quando seu
eixo-árvore é paralelo à mesa da
máquina.
FRESAGEM
 Exemplo de fresadora horizontal
FRESAGEM
 A fresadora universal - é uma derivada
da fresadora horizontal. Pode utilizar as
fresas tanto em árvores horizontais
como em verticais, podendo inclinar
horizontalmente a mesa. Além dos
serviços normais da fresadora horizontal,
também pode efetuar ranhuras
helicoidais sobre superfícies cilíndricas
e setores circulares perfilados.
FRESAGEM
 Exemplo de
fresadora
universal
FRESAGEM

 Exemplo de
fresadora
universal
FRESAGEM
 Exemplo de
fresadora
universal
FRESAGEM
 A fresadora Vertical - dispõe somente do eixo
árvore vertical. São máquinas muito robustas e
empregadas em serviços com necessidade de
grande potências. Isto tudo devido à grande
rigidez permitida pela forma da coluna e pela
disposição da cadeia cinemática (engrenagens, eixos
e rolamentos). Servem para facear e efetuar
ranhuras e perfilados retilíneos ou circulares.
FRESAGEM
 Exemplo de fresadora vertical
FRESAGEM
 As fresadoras especiais enquadram-
se na classe das fresadoras que se
destinam a trabalhos específicos. Por
exemplo, fresadora copiadora,
cortadora de rodas dentadas,
ferramenteira, etc.
FRESAGEM
 A fresadora Ferramenteira, é uma
máquina muito versátil, com movimentos
no cabeçote vertical e horizontal na
mesa. É aplicada para trabalho em peças
pequenas e com formato complicado. A
mesa oferece também inclinação na
vertical.
FRESAGEM
 Exemplo de uma fresadora Cortadora ou
Renânia
FRESAGEM
 Exemplo de fresadora Ferramenteira
FRESAGEM
 Exemplo de
fresadora
Ferramenteira
FRESAGEM
 Fresadora CNC
◦ São máquinas bem parecidas com fresadoras
convencionais, equipadas com comando
numérico. Podem realizar todas as operações
possíveis de fresamento e com recurso
programado. Além destas capacidades as
fresadora possuem grande precisão e
repetibilidade.
FRESAGEM

 São aplicadas na usinagem de peças


seriadas ou não, sendo que não são
utilizadas para altas produções devido
suas ferramentas serem colocadas
individualmente.
FRESAGEM
 Exemplo de fresadoras CNC
PARTES
PRINCIPAIS DA
FRESADORA
FRESAGEM
 As principais partes da fresadora são:
◦ Base - é o componente responsável por
suportar toda a máquina e, muitas
vezes,funciona também como reservatório de
fluido refrigerante. Normalmente os apoios
possuem ajustes para nivelamento da máquina no
piso;
FRESAGEM
 Coluna - é a estrutura principal da
máquina. Costuma ser o alojamento do
sistema de acionamento e também dos
motores. Possui as guias (barramento) do
movimento vertical;
FRESAGEM

 Eixo principal - é um dos órgãos


essenciais da máquina, pois serve de
suporte à ferramenta e lhe dá
movimento. Este eixo recebe o movimento
através da caixa de velocidade;
FRESAGEM
 Mesa - é o órgão que sustenta as peças
que serão usinadas, diretamente montadas
sobre ela ou através de acessórios de fixação
(morsa, cantoneira, aparelho divisor,calços
reguláveis), razão pela qual a mesa tem
ranhuras destinadas a alojar os parafusos de
fixação;
FRESAGEM
 Carro transversal - é uma estrutura de ferro
fundido de forma retangular, em cuja parte
superior se desliga e gira a mesa em um plano
horizontal. Na base inferior, por meio de guias, o
carro transversal está acoplado ao suporte da
mesa, sobre o qual desliza, por meio de fuso e
porca, podendo ser acionado manual ou
automaticamente através da caixa de avanços.
FRESAGEM

 Suporte da mesa - é o órgão que sustenta a


mesa e seus mecanismos de acionamento. É
uma peça de ferro fundido que se desliza
verticalmente no corpo da máquina através de
guias, por meio de um parafuso telescópico e
uma porca fixa;
FRESAGEM
 Caixa de velocidades do eixo principal - é
formada por várias engrenagens que podem
acoplar-se com diferentes relações de
transmissão, para permitir uma grande
variedade de velocidades do eixo principal.
Normalmente encontra-se alojada
internamente na parte superior do corpo da
máquina.
FRESAGEM

 Caixa de velocidades do eixo principal,


o acionamento é independente da caixa de
avanço, o qual permite determinar
criteriosamente as melhores condições de
corte;
FRESAGEM
 Caixa de velocidades dos avanços - é
um mecanismo formado por várias
engrenagens montadas no interior do corpo
da fresadora, próximo a sua parte central.
Em geral, recebe o movimento diretamente
do acionamento principal da máquina.
FRESAGEM

 Na caixa de velocidades dos avanços através de


acoplamentos de rodas dentadas que se deslizam
axialmente, podem se restabelecidas diversas
velocidades de avanços. Em algumas fresadoras, a
caixa de velocidades dos avanços está colocada no
suporte da mesa com um motor especial e
independente do acionamento principal da máquina.
FRESAGEM
Principais
Acessórios para
Fresadoras
FRESAGEM

 Os principais acessórios utilizados em


operações de fresamento relacionam-se à
fixação da peça na mesa de trabalho. São
eles:
FRESAGEM
 Parafusos e grampos de fixação
FRESAGEM
 Calços.
FRESAGEM
 Cantoneiras de ângulo fixo ou ajustável.
FRESAGEM
 Morsas.
FRESAGEM
 Mesa divisora.
FRESAGEM
 Divisor universal e contraponto.
FRESAGEM
 Mandril porta fresa.
FRESAGEM
 Ferramentas utilizadas na fresadora.
FRESAGEM
 Exemplos de usinagem com a fresadora

2. 3.
FRESAGEM
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
◦ Ferraresi, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais. Edgar Blucher, 1977
◦ MACHADO, Álisson R.;ABRÃO,Alexandre M.; COELHO, Reginaldo T.; SILVA,
◦ Márcio B. da, “Teoria da Usinagem dos Materiais”,1° ed. Edgard Blücher, São Paulo, SP, 371p.,
2009.STORTI,
◦ “MANUAL Técnico de Usinagem”, Sandvik Coromant, Suécia, 2005.

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