Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
PLCS 40/41 tem como foco a experiência pessoal e a produção literária de escritores e escritoras cujas vidas têm transitado de diferentes maneiras e em diferentes épocas entre Angola e Portugal. O grupo destas pessoas dificilmente pode... more
PLCS 40/41 tem como foco a experiência pessoal e a produção literária de escritores e escritoras cujas vidas têm transitado de diferentes maneiras e em diferentes épocas entre Angola e Portugal. O grupo destas pessoas dificilmente pode ser abrangido com um único termo, como migrantes, refugiados/as, africanos/as da diáspora, afrodescendentes, afropeus, afropolitanos etc. Optou-se, neste projeto, pelo termo “pessoas em trânsito” com o intuito de abordar as mais diversas experiências migratórias entre Angola e Portugal e as suas repercussões na literatura.

Este número inclui, por um lado, a transcrição de seis entrevistas – a Ana Paula Tavares, Aida Gomes, Kalaf Epalanga, Raquel Lima, Yara Monteiro e Zetho Cunha Gonçalves – originalmente gravadas para o documentario Viver e escrever em trânsito: entre Angola e Portugal (2021). Por outro lado, inclui ensaios teóricos e estudos sobre obras dos/as entrevistados/as bem como de outra escritora em trânsito entre Angola e Portugal, Djaimilia Pereira de Almeida.
Jubilado em plena pandemia de Covid-19, Pires Laranjeira não pôde fazer a chamada última lição, que deveria ter assinalado as suas quatro décadas de ensino e investigação em torno das literaturas africanas de língua portuguesa na... more
Jubilado em plena pandemia de Covid-19, Pires Laranjeira não pôde fazer a chamada última lição, que deveria ter assinalado as suas quatro décadas de ensino e investigação em torno das literaturas africanas de língua portuguesa na Universidade de Coimbra.
Por este motivo, a sua contribuição decisiva para esta área de estudos foi comemorada através de um colóquio que decorreu de 9 a 11 de novembro de 2021, nas Faculdades de Letras do Porto e de Coimbra. Mais que homenagem, esse encontro foi um colóquio no sentido etimológico da palavra, funcionando como um espaço de conversa e de partilha. Partilha de saberes sobre literaturas africanas, e em particular sobre literatura angolana. Mas partilha também de experiências pedagógicas de ensino da literatura e de gosto pela palavra e pela poesia. E partilha de afetos entre gente que, presencialmente ou à distância, vinha de espaços diversos de Portugal, de Angola, do Brasil – os lugares onde são mais fortes as marcas do legado de Pires Laranjeira – mas também da Croácia, da França e da Itália.
Em busca de todas as áfricas do mundo reúne a quase totalidade das comunicações apresentadas no colóquio de 2021. Abre com um texto do novel jubilado, seguindo-se uma série de depoimentos e ensaios e ainda um catálogo bibliográfico acompanhado de alguns desenhos. Fica, assim, o retrato possível de uma figura maior de professor, investigador, crítico, pensador, poeta, artista plástico e fotógrafo.
A construção de identidades nacionais tem desenvolvido um papel crucial nos processos de emancipação e autodeterminação dos povos. Contudo, as identidades coletivas resultantes destes processos também se têm revelado construções... more
A construção de identidades nacionais tem desenvolvido um papel crucial nos processos de emancipação e autodeterminação dos povos. Contudo, as identidades coletivas resultantes destes processos também se têm revelado construções homogeneizadoras, orientadas para a obliteração das diferenças. Em muitos contextos, as narrativas oficiais das novas nações identificam o heroísmo nacional com ideias, ações e obras de homens heterossexuais, em detrimento tanto das mulheres, quanto de outras identidades de género.

Este livro propõe leituras críticas do nacional tomando o género como categoria orientadora. No foco de interesse estão os países africanos de língua oficial portuguesa, mas também, numa perspetiva comparatista, os diálogos com outros países africanos e com Portugal. As contribuições reunidas apresentam análises de obras literárias, fílmicas e artísticas, bem como de movimentos sociais, no intuito comum de refletir sobre a relação entre género e nação.
A flor de cuerpo reúne ensayos sobre las representaciones del género y de las disidencias sexo-genéricas en Latinoamérica en el campo cultural (literatura, cine, cómic, teatro, música, fanzines, artes y artivismos) y los movimientos... more
A flor de cuerpo reúne ensayos sobre las representaciones del género y de las disidencias sexo-genéricas en Latinoamérica en el campo cultural (literatura, cine, cómic, teatro, música, fanzines, artes y artivismos) y los movimientos sociales. Los ensayos abordan el trabajo de artistas y activistas latinoamericanxs queer, feministas y/o antirracistas como una comunidad transnacional y heterogénea. El libro, con un enfoque interseccional, pretende visibilizar las condiciones concretas en las que viven las mujeres y las disidencias sexo-genéricas en Latinoamérica, discutir sus múltiples estrategias de resistencia y sus contradiscursos para eludir los mecanismos de opresión específicos de la región, resultantes de una mezcla de fuerzas allí presentes.
Florencio Conde. Escenas de la vida colombiana, novela publicada en 1875, ejemplifica el papel que desempeñó la diversidad étnica en la tradición novelística de las neo-repúblicas hispanoamericanas. Segundo Conde, un esclavo nacido a... more
Florencio Conde. Escenas de la vida colombiana, novela publicada en 1875, ejemplifica el papel que desempeñó la diversidad étnica en la tradición novelística de las neo-repúblicas hispanoamericanas. Segundo Conde, un esclavo nacido a finales del siglo XVIII, y Florencio, su hijo mestizo, ilustran cómo la consolidación de identidades nacionales pasaba por la construcción de cuadros idealizados del mestizaje. El talento individual y la confianza en una democracia liberal e ilustrada trazan los contornos de estos personajes, que constituyen una misma fórmula de cara a los estertores de la sociedad esclavista y del racismo. Además, la novela deja entrever que el patriarcado es un sistema opresivo que limita aún más a los individuos que la raza. Los que tienen derecho a participar en el proyecto de nación son, por el mérito de su esfuerzo individual, los hombres mestizos, mientras que las mujeres, sean blancas o mestizas (ni hablar de las negras), permanecen relegadas al ámbito de lo privado, sin plena ciudadanía.
Die Magisterarbeit untersucht zwei heterogene Werke der lateinamerikanischen Literatur, Os sertões (1902) von Euclides da Cunha aus Brasilien und La guerra del fin del mundo (1981) von Mario Vargas Llosa aus Peru. Beide reflektieren... more
Die Magisterarbeit untersucht zwei heterogene Werke der lateinamerikanischen Literatur, Os sertões (1902) von Euclides da Cunha aus Brasilien und La guerra del fin del mundo (1981) von Mario Vargas Llosa aus Peru. Beide reflektieren dasselbe historische Ereignis, den Canudos-Krieg im Nordosten Brasiliens (1897, Kap. 1), differieren aber in ihrer Gattung. Ziel der Arbeit ist es, die beiden Werke im Hinblick auf die unterschiedliche Gewichtung von Historiographie und Fiktion zu untersuchen.

Kap. 2 diskutiert die Frage nach der Gattung der Werke, um die unterschiedliche Aufbereitung der historischen Fakten herauszuarbeiten. Os sertões vermischt wissenschaftlichen, historiographischen und literarischen Diskurs. La guerra… hingegen ordnet sich in die Subgattung des historischen Romans bzw. der „nueva novela histórica“ ein.

Kap. 3 untersucht die ideologischen und literaturtheoretischen Prämissen, denen die Werke verpflichtet sind. Da Cunha orientiert sich wissenschaftlich am Positivismus und Sozialdarwinismus. Vargas Llosa dagegen bezeichnet in seiner Romantheorie den Schriftsteller als „Gottesmörder“, der „fortwährend gegen die Wirklichkeit rebellier[t]“ und der den „Wahrheitsgehalt“ des Dargestellten nicht wie Da Cunha „an seiner Nähe zur Realität“, sondern „am Gelingen der literarischen Persuasionsstrategien“ misst.

Kap. 4 beschäftigt sich mit darstellungsästhetischen Aspekten, wobei der Erzählsituation und der Sprache in beiden Werken besondere Aufmerksamkeit zukommt.

Kap. 5 befasst sich mit der Funktion der Personenkonstellation und der Charakterisierung einzelner Figuren, wodurch die ideologische Positionierung von Os sertões (als Hypotext) und La guerra… (als Hypertext) manifest wird. Euclides da Cunhas Wissenschaftsverständnis bringt dabei andere Wertungen und Einschätzungen zu Tage, als der Roman von Vargas Llosa. So stellt Da Cunha die sertanejos aufgrund ihres Mischlingscharakters als genetisch determinierte Relikte dar. Dagegen führt Vargas Llosa ökonomische und psychologische Gründe für den Canudos-Konflikt an und „falsifiziert“ die Argumente Da Cunhas.

Aus Kap. 6 geht die philosophische Dimension der divergenten Wirklichkeits-, Wahrheits- und Geschichtskonzeptionen der beiden Werke hervor. Beide Autoren wurden von einem unterschiedlichen Geschichtsverständnis geleitet.
Cities of the Lusophone World addresses diverse literary and cultural representations of urban settings produced in the period from the 1960s to the present day and originating from the Island of Mozambique, Lisbon, Luanda, Macau, Maputo,... more
Cities of the Lusophone World addresses diverse literary and cultural representations of urban settings produced in the period from the 1960s to the present day and originating from the Island of Mozambique, Lisbon, Luanda, Macau, Maputo, Porto Alegre and São Paulo. The volume contributes to the interdisciplinary research field of urban cultural studies, which lies at the crossroads between the social sciences and the humanities. The essays gathered here consider the city not only as a geographical configuration, but also as a historical discourse where space and time merge and where different individual and collective practices and actions take place. They explore how memories and identities are framed, how people at the margins create discourses of resistance, and how processes of migration and urban transformation disrupt established social and cultural borders.
A construção de uma identidade cultural nos países africanos de língua portuguesa surgiu numa época em que, em outras regiões do mundo, o conceito de “nação” parecia haver perdido o poder de mobilização. Contudo, o colonialismo português,... more
A construção de uma identidade cultural nos países africanos de língua portuguesa surgiu numa época em que, em outras regiões do mundo, o conceito de “nação” parecia haver perdido o poder de mobilização. Contudo, o colonialismo português, a luta pela independência e as guerras civis subsequentes despertaram a necessidade de se criar uma consciência nacional que permitisse encaminhar as novas nações para a liberdade e a paz. Essas novas identidades africanas, longe de serem homogêneas, dialogam de maneira diferente com as literaturas e as culturas portuguesa e (afro)brasileira. Considerando os eventos históricos que abriram um espaço para a construção de identidades múltiplas, neste livro se apresentam diferentes estudos de projetos identitários que tematizam e discutem os diálogos literários e culturais luso-africano, afro-brasileiro e afro-português.
Novela policial, novela negra, novela negrocriminal… der lateinamerikanische Kriminalroman hat viele Gesichter. Mit welchen Kriterien lässt sich ein so heterogenes Textkorpus sinnvoll eingrenzen und strukturieren? Doris Wieser erarbeitet... more
Novela policial, novela negra, novela negrocriminal… der lateinamerikanische Kriminalroman hat viele Gesichter. Mit welchen Kriterien lässt sich ein so heterogenes Textkorpus sinnvoll eingrenzen und strukturieren? Doris Wieser erarbeitet einen gattungstheoretischen Neuansatz, indem sie den Kriminalroman in Hispanoamerika und Brasilien vor der Folie seines spezifischen, audiovisuell geprägten Erwartungshorizonts untersucht. In zwölf Detailstudien werden die Prozesse der Transkulturation des Genres als Durchbrechung pseudonormativer Vorstellungen dargelegt.

Doris Wieser studierte Romanistik und Germanistik in Heidelberg, São Paulo und Mexiko-Stadt, war Schulbuchredakteurin beim Klett Verlag und promovierte mit dieser Arbeit an der Universität Göttingen, wo sie iberoromanische Literaturwissenschaft lehrt.
Esta compilación de entrevistas facilita por primera vez una indagación comparativa de la poética y las obras de escritores contemporáneos de América Latina y África lusófona, que escriben mayoritaria o parcialmente novela policial:... more
Esta compilación de entrevistas facilita por primera vez una indagación comparativa de la poética y las obras de escritores contemporáneos de América Latina y África lusófona, que escriben mayoritaria o parcialmente novela policial: Roberto Ampuero, Raúl Argemí, Alonso Cueto, Pablo De Santis, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Guillermo Martínez, Élmer Mendoza, Leonardo Padura, Pepetela y Santiago Roncagliolo.

Todas las entrevistas se guían por la misma línea de investigación. Una parte de las preguntas indaga la concepción del género policial de los autores, sus modelos literarios así como las ventajas e inconvenientes de escribir dentro de este género. Otra parte cuestiona el nexo de la novela negra con el respectivo contexto sociopolítico, la (des)confianza de la gente en la policía y otras instituciones estatales, y también las consecuencias de dictaduras militares, conflictos armados y delincuencia organizada para la sociedad. Finalmente, algunas preguntas se concentran en aspectos estéticos de las diferentes novelas, las características de los protagonistas y la inscripción de la trama en un determinado contexto.
De acordo com a análise do filósofo moçambicano Severino E. Ngoenha, os moçambicanos encontram-se inseridos em duas historicidades diferentes: uma étnica (diferente para cada comunidade etnolinguística) e uma colonial (transversal a todas... more
De acordo com a análise do filósofo moçambicano Severino E. Ngoenha, os moçambicanos encontram-se inseridos em duas historicidades diferentes: uma étnica (diferente para cada comunidade etnolinguística) e uma colonial (transversal a todas as comunidades do território de Moçambique). O presente ensaio questiona em que medida a poesia moçambicana, que surge no contexto da denúncia de injustiças coloniais e do início da consciencialização nacionalista, lida com esta dualidade identitária. As obras em estudo são Xigubo (1964), o primeiro livro de José Craveirinha, e o primeiro volume de Poesia de Combate (1971), organizado pela FRELIMO. A análise aborda as divergentes propostas poéticas presentes nas duas obras e concentra-se, num segundo passo, na semantização das diferentes historicidades enfocando a representação tanto do passado (étnico e colonial), como do presente, e as visões do futuro.
A introdução ao dossiê Regimes de verdade. História e ficção nas literaturas da África subsaariana começa por se debruçar sobre o conceito de “regime de verdade” cunhado por Foucault, para depois refletir sobre a distinção entre... more
A introdução ao dossiê Regimes de verdade. História e ficção nas literaturas da África subsaariana começa por se debruçar sobre o conceito de “regime de verdade” cunhado por Foucault, para depois refletir sobre a distinção entre historiografia e ficção a partir da maneira como ambas pretendem dizer a verdade. Enquanto a primeira estabelece o seu regime de verdade sobre premissas epistemológicas, a segunda fá-lo a partir de premissas estéticas. Argumentamos que esta distinção entre ambos os regimes depende do contexto no qual os textos são elaborados e que a suposta cientificidade da escrita histórica é consequência de uma perspetiva particular que se tornou hegemónica. A questão das diferenças estilísticas entre ambas as escritas constitui o cerne da primeira parte do artigo, que, na segunda parte, questiona essa diferenciação no contexto das literaturas africanas subsaarianas. Fá-lo, mais especificamente, a partir do romance histórico, um género de origem europeia e reinventado em moldes próprios por escritores/as pós-coloniais. A partir desta produção inovadora, revisitamos noções como “arquivo”, “oralidade”, “perspetiva pós-colonial”, para evidenciar algumas características de uma narração que questiona a relação entre historiografia e ficção. Esta abordagem teórica permite, por fim, uma contextualização matizada dos textos deste dossiê.
In: Forero Quintero, Gustavo (ed.) (2018): Justicia y paz en la novela de crímenes. Bogotá: Siglo del Hombre, pp. 25-46.
The cultural heterogeneity of many African countries in post-colonial times makes it difficult to create a sense of national belonging. For this reason, the FRELIMO government in Mozambique focused on the devaluation of culture-specific... more
The cultural heterogeneity of many African countries in post-colonial times makes it difficult to create a sense of national belonging. For this reason, the FRELIMO government in Mozambique focused on the devaluation of culture-specific traditions with the aim of homogenizing and "modernizing" the nation. Against this background, the novel As duas Sombras do Rio by João Paulo Borges Coelho deals with the loss of identity and the feeling of being uprooted. The aim of the present article is to examine the representation of nation building in the novel using Lotman's concept of semantic spaces.
Analisando o romance A morte do ouvidor (2010), de Germano Almeida, este ensaio propõe compreender o exercício de recontar o passado realizado por Almeida como resposta às demandas pós-coloniais de domínio e consciência sobre a história e... more
Analisando o romance A morte do ouvidor (2010), de Germano Almeida, este ensaio propõe compreender o exercício de recontar o passado realizado por Almeida como resposta às demandas pós-coloniais de domínio e consciência sobre a história e como uma maneira de questionar e reformular as noções de identidade cultural em Cabo Verde. Ao observar os recursos historiográficos e metaficcionais mobilizados no romance para montar a trajetória do coronel António de Barros Bezerra de Oliveira, busca-se perceber como os dois eixos em que se articula o romance exploram o passado e o presente de forma crítica, irônica e fragmentada, e abrem caminho para afirmar o “ser cabo-verdiano” e a possibilidades de novos posicionamentos.
Wieser, Doris (2018): “Urban Transformations in Maputo after Independence: Crónica da Rua 513.2, by João Paulo Borges Coelho”. In: Wieser, Doris / Prata, Ana Filipa (org.) (2018): Cities of the Lusophone World: Literature, Culture and... more
Wieser, Doris (2018): “Urban Transformations in Maputo after Independence: Crónica da Rua 513.2, by João Paulo Borges Coelho”. In: Wieser, Doris / Prata, Ana Filipa (org.) (2018): Cities of the Lusophone World: Literature, Culture and Urban Transformations. Oxford: Peter Lang (Reconfiguring Identities in the Portuguese-Speaking World 10), pp. 237-256.

(Submitted Manuscript)
O filme de longa-metragem, Cavalo Dinheiro (2014), do realizador português Pedro Costa, é a continuação da sua trilogia sobre a vida dos imigrantes cabo-verdianos nas zonas suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa. Este ensaio propõe... more
O filme de longa-metragem, Cavalo Dinheiro (2014), do realizador português Pedro Costa, é a continuação da sua trilogia sobre a vida dos imigrantes cabo-verdianos nas zonas suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa. Este ensaio propõe uma leitura cronotópica do filme, questionando as relações entre espaço e tempo, com vista ao êxito ou fracasso da construção de uma identidade coletiva (transnacional ou local). A análise apoia-se sobretudo no conceito de “não-lugar” (Augé) e de “heterotopia” (Foucault), contextualizando, além disso, a docuficção de Pedro Costa no seu contexto socio-histórico.
Wieser, Doris (2019): “El crimen perfecto de la globalización: una relectura abismal de la serie Cayetano Brulé de Roberto Ampuero”, DURA – Revista de literatura criminal hispana, 1, 5-31.
Der Titel des historischen Romans des mosambikanischen Schriftstellers Ungulani Ba Ka Khosa (*1957), Choriro (2009), bezeichnet die dreitätige Trauer-Zeremonie um den verstorbenen König der sogenannten achicunda. Überraschenderweise ist... more
Der Titel des historischen Romans des mosambikanischen Schriftstellers Ungulani Ba Ka Khosa (*1957), Choriro (2009), bezeichnet die dreitätige Trauer-Zeremonie um den verstorbenen König der sogenannten achicunda. Überraschenderweise ist der Verstorbene ein Weißer, der portugiesische Deserteur Luís António Gregódio, der sich in der zweiten Hälfte des 19. Jahrhunderts die Position eines mambo (eines Stammesführers) im Sambesi-Tal erarbeitet hat und von seinen afrikanischen Untertanen auch respektvoll Nhabezi (curandeiro, Medizinmann) genannt wird. Nhabezis Wunsch ist es, sich nach seinem Tod in einen Beschützergeist zu verwandeln, einen mpondoro.
Im Folgenden interessiert mich der Prozess der Akkulturation des weißen Gregódio an die afrikanische Kultur sowie der Prozess der Konstruktion einer chicunda-Identität in diesem Roman.
Im 17. Jahrhundert verteidigte Königin/Rainha Njinga (1582–1663) das Reich von Ndongo und später Matamba – gelegen im heutigen Angola – gegen die portugiesischen Kolonisatoren. Njinga wuchs während der ersten Kriege zwischen Mbundu und... more
Im 17. Jahrhundert verteidigte Königin/Rainha Njinga (1582–1663) das Reich von Ndongo und später Matamba – gelegen im heutigen Angola – gegen die portugiesischen Kolonisatoren. Njinga wuchs während der ersten Kriege zwischen Mbundu und Portugiesen sowie der Auseinandersetzung zwischen den Mbundu und den Jagas/Yakas auf. Dank ihres diplomatischen Geschicks erzielte sie als Königin (ngola) der Mbundu eine fast 20-jährige Friedensperiode. Nach der Unabhängigkeit Angolas (1975) wurde Njinga als Nationalheldin in Anspruch genommen. Plätze, Straßen, Schulen und auch Lebensmittel wie Kaffee erhielten ihren Namen; Denkmäler wurden errichtet. Die afrikanische Königin und Widerstandskämpferin ist außerdem Figur von historischen Romanen und Filmen.
Neste ensaio analisa-se o funcionamento de famílias poligâmicas como redes ego-centradas em três romances africanos de diferentes momentos históricos: o grande clássico da literatura nigeriana, Things Fall Apart (1958), de Chinua Achebe,... more
Neste ensaio analisa-se o funcionamento de famílias poligâmicas como redes ego-centradas em três romances africanos de diferentes momentos históricos: o grande clássico da literatura nigeriana, Things Fall Apart (1958), de Chinua Achebe, Xala (1973), do autor senegalês Ousmane Sembène, e Niketche (2002), um também já clássico contemporâneo da escritora moçambicana Paulina Chiziane.

Referência bibliográfica:
Wieser, Doris (2018): “Redes de mulheres em famílias poligâmicas africanas entre submissão e subversão: Things Fall Apart de Chinua Achebe, Xala de Ousmane Sembène e Niketche de Paulina Chiziane”. In: Almeida, Dimitri; Anastácio, Vanda; Martos Pérez, María Dolores (eds.): Mulheres em rede / Mujeres en red. Convergências lusófonas. Münster: LIT, pp. 333-356 (= LIT Ibéricas 13).
Este dossier propone establecer un diálogo Sur-Sur poco atendido en los estudios sobre los diversos flujos culturales trasatlánticos en las últimas décadas: el de América Latina y África subsahariana y, en menor medida, el de los " sures... more
Este dossier propone establecer un diálogo Sur-Sur poco atendido en los estudios sobre los diversos flujos culturales trasatlánticos en las últimas décadas: el de América Latina y África subsahariana y, en menor medida, el de los " sures " interiores de Estados Unidos y Europa. Tradicionalmente consideradas como " periféricas " respecto al orden mundial, América Latina y el África subsahariana están atravesadas por experiencias coloniales y postcoloniales cuya especificidad ensancha el debate sobre el modo en que Occidente determinó la comprensión del mundo, y las contrapropuestas, líneas de fuga y epistemes alternativas. Las relaciones trasatlánticas que aquí se exploran, intentan ir más allá del referente directo de la trata esclavista que tuvo lugar entre los siglos xv y xix, para explorar cómo se reformulan los imaginarios africanistas en la memoria cultural de ambas orillas a partir de la segunda mitad del siglo xx. Dichos imaginarios resultan altamente complejos en la medida en que entrañan diversas (y a veces con-flictivas) negociaciones para concebir nociones de pertenencia, identidad, resistencia y agencia cultural en el escenario global. No cabe duda de que ciertos elementos comunes de la cultura e historia africana han sido recuperados en diversas producciones culturales latinoamericanas. Lo que resulta, sin embargo, más difícil de dilucidar es la
Resumo: Este artigo propõe uma releitura das representações da rainha Njinga de Angola (1582-1663) à luz de estudos feministas africanos e latino-americanos. A imagem da rainha criada nas crónicas do século xvii (sobretudo Cavazzi) e o... more
Resumo: Este artigo propõe uma releitura das representações da rainha Njinga de Angola (1582-1663) à luz de estudos feministas africanos e latino-americanos. A imagem da rainha criada nas crónicas do século xvii (sobretudo Cavazzi) e o debate historiográfico sobre a legitimidade
do seu trono e a sua identidade de género são confrontados com estudos feministas que tencionam deslegitimar as categorias ocidentais “género” e “raça” no contexto africano. Analisam-se a seguir dois romances históricos escritos a partir da perspetiva brasileira, O
trono da Rainha Jinga (1999), de Alberto Mussa, e A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014), de José Eduardo Agualusa, questionando se oferecem leituras inovadoras relativamente às categorias “género” e “raça”.

Abstract: This article proposes a rereading of the representations of Queen Njinga of Angola (1582-1663) in the light of African and Latin American feminist studies. The Queen's image created in the chronicles of the 17 th century (especially Cavazzi) and the historiographi-cal debate about the legitimacy of her throne and her gender identity are confronted with feminist studies, which intend to delegitimize the Western categories of gender and race in the African context. Finally, two historical novels written from the Brazilian perspective are analyzed, O trono da Rainha Jinga (1999) by Alberto Mussa, and A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014) by José Eduardo Agualusa, questioning whether they offer innovative readings for the categories of gender and race. | Resumo: Este artigo propõe uma releitura das representações da rainha Njinga de Angola (1582-1663) à luz de estudos feministas africanos e latino-americanos. A imagem da rainha criada nas crónicas do século xvii (sobretudo Cavazzi) e o debate historiográfico sobre a legi-timidade do seu trono e a sua identidade de género são confrontados com estudos feministas que tencionam deslegitimar as categorias ocidentais " género " e " raça " no contexto africano. Analisam-se a seguir dois romances históricos escritos a partir da perspetiva brasileira, O trono da Rainha Jinga (1999), de Alberto Mussa, e A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014), de José Eduardo Agualusa, questionando se oferecem leituras inovadoras relativamente às categorias " género " e " raça " .
Este artigo apresenta um estudo sobre a memória cultural (Aleida e Jan Assmann) e pós-memória (Hirsch, Suleiman) da Guerra Colonial Portuguesa na poesia e nas artes visuais. O corpus compreende uma série de poemas escritos pela geração... more
Este artigo apresenta um estudo sobre a memória cultural (Aleida e Jan Assmann) e pós-memória (Hirsch, Suleiman) da Guerra Colonial Portuguesa na poesia e nas artes visuais. O corpus compreende uma série de poemas escritos pela geração que viveu a guerra em idade adulta de forma direta ou indireta (Manuel Alegre, Fiama Hasse Pais Brandão e José Niza) e obras elaboradas pelas gerações uma e meia e segunda: instalações de Ana Vidigal e uma curta-metragem de António Ferreira. O objetivo da análise prende-se com as estratégias dos artistas de destruir os pilares constitutivos da identidade nacional portuguesa, sepultando mitos nacionais, denunciando estragos emocionais e reivindicando a reescrita da memória cultural do país.

This article focuses on the cultural memory (Aleida and Jan Assmann) and post-memory (Hirsch, Suleiman) of the Portuguese Colonial War in poetry and visual arts. The empirical support comprises both poems written by the generation that lived the war, directly or indirectly, in its adulthood (Manuel Alegre, Fiama Hasse Pais Brandão and José Niza), as well as artworks elaborated by the one-and-a-half and second generations: installations by Ana Vidigal and a short film by António Ferreira. The goal is to analyse the strategies applied by the artists to destroy the pillars of the Portuguese national identity, burying national myths, denouncing emotional damage and claiming the rewriting of the country’s cultural memory.
RESUMO: Partindo da ainda recente história da descolonização portuguesa e dos silenciamentos em torno da mesma, este ensaio põe em diálogo dois críticos da política dos seus respetivos países: os filósofos Eduardo Lourenço (Portugal) e... more
RESUMO: Partindo da ainda recente história da descolonização portuguesa e dos silenciamentos em torno da mesma, este ensaio põe em diálogo dois críticos da política dos seus respetivos países: os filósofos Eduardo Lourenço (Portugal) e Severino Elias Ngoenha (Moçambique). Ambos se preocupam profundamente com o impacto identitário do colonialismo bem como do neocolonialismo e procuram tomar uma atitude ética e responsável. As suas propostas serão discutidas numa perspectiva decolonial, na linha de Walter D. Mignolo, Aníbal Quijano e Boaventura de Sousa Santos. Palavras-Chave: colonialismo, decolonialidade, desprendimento, identidade nacional ABSRACT: Starting from the recent history of Portuguese decolonization and the silences within it, this essay puts in dialogue two critics of the policy of their respective countries: the philosophers Eduardo Lourenço (Portugal) and Severino Elias Ngoenha (Mozambique). Both care deeply about the impact colonialism and neo-colonialism have on identity and try to adopt an ethical and responsible attitude. Their proposals will be discussed starting from a decolonial perspective, following Walter D. Mignolo, Aníbal Quijano and Boaventura de Sousa Santos.

PALAVRAS-CHAVE: colonialismo, decolonialidade, desprendimento, identidade nacional


ABSRACT: Starting from the recent history of Portuguese decolonization and the silences within it, this essay puts in dialogue two critics of the policy of their respective countries: the philosophers Eduardo Lourenço (Portugal) and Severino Elias Ngoenha (Mozambique). Both care deeply about the impact colonialism and neo-colonialism have on identity and try to adopt an ethical and responsible attitude. Their proposals will be discussed starting from a decolonial perspective, following Walter D. Mignolo, Aníbal Quijano and Boaventura de Sousa Santos.

KEYWORDS: colonialismo, decoloniality, delinking, national identity
Resumo: Neste artigo analisa-se o processo de aculturação de um desertor português à cultura africana, delineado no romance Choriro (2009), do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa. A história desenrola-se na segunda metade do século... more
Resumo: Neste artigo analisa-se o processo de aculturação de um desertor português à cultura africana, delineado no romance Choriro (2009), do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa. A história desenrola-se na segunda metade do século XIX no Vale do Zambeze no Centro de Moçambique. Concretamente demonstra-se como a aculturação (" cafrealização ") da personagem é lograda, quais as resistências e medos que provoca nos africanos, e qual a sua consequência no que diz respeito à coesão e identidade social dos achicunda (ex-escravos armados dos prazos). Estas questões discutem-se em estreita relação com as práticas sociais da época, esboçadas nos trabalhos historiográficos de Allen e Barbara Isaacman. Procura-se ainda confrontar a aculturação da personagem com os teoremas do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, e avaliar, a partir de ai, a sua importância para a construção da memória cultural e identidade nacional.

Abstract: This article analyzes the process of acculturation of a Portuguese deserter to African culture, outlined in the novel Choriro (2009) by the Mozambican writer Ungulani Ba Ka Khosa. The story takes place in the second half of the nineteenth century in the Zambezi Valley in central Mozambique. In particular this article questions the process of acculturation (" kaffrealization ") of the character, the resistance and fear it causes in the Africans, and its consequences with regard to cohesion and social identity of the achicunda (armed ex-slaves on the prazos). These issues are discussed in close relationship with the social practices of the time, outlined in the historiographical work of Allen and Barbara Isaacman. Furthermore the article confronts the acculturation of the character with the theorems of the Portuguese sociologist Boaventura de Sousa Santos, and evaluates its importance for the construction of cultural memory and national identity.
Resumo: Neste ensaio analiso os efeitos da discriminação racial colonial em Moçambique e as suas consequências na época pós-independência, em O alegre canto da perdiz (2008), de Paulina Chiziane. A análise inspira-se nos “espaços... more
Resumo: Neste ensaio analiso os efeitos da discriminação racial colonial em Moçambique e as suas consequências na época pós-independência, em O alegre canto da perdiz (2008), de Paulina Chiziane. A análise inspira-se nos “espaços semânticos” de Jurij Lotman e nos “cronotopos” de Mikhail Bakhtin. Identificam-se assim um espaço mítico, um espaço histórico (colonial e pós-colonial) e um espaço do futuro imaginado, e questiona-se o papel destes espaços para à construção de uma identidade nacional.

Palavras-chave: Literatura moçambicana, racismo, identidade nacional, Paulina Chiziane.

Abstract: In this essay, It is analyzed the effects of colonial racial discrimination in Mozambique and its consequences in the post-independence era, in O alegre canto da perdiz (2008) by Paulina Chiziane. The analysis is based on the “semantic spaces” of Jurij Lotman and the “chronotopes” of Mikhail Bakhtin. Thus, It is identified a mythical space, a historical space (colonial and post-colonial) and a space of imagined future. Afterwards It is questioned the role of these spaces for the construction of a national identity.

Keywords: Mozambican literature, racism, national identity, Paulina Chiziane.
Wieser, Doris (2015): „Die retornados in der neueren portugiesischen Literatur: eine schwierige Gratwanderung zwischen Vergangenheit und Zukunft“. In: Reinstädler, Janett / Thorau, Henry: Die Nelkenrevolution und ihre Folgen. Der... more
Wieser, Doris (2015): „Die retornados in der neueren portugiesischen Literatur: eine schwierige Gratwanderung zwischen Vergangenheit und Zukunft“. In: Reinstädler, Janett / Thorau, Henry: Die Nelkenrevolution und ihre Folgen. Der portugiesische 25. April in Literatur und Medien. Berlin: edition tranvía. S. 163-186.

Isabel Figueiredo: Caderno de Memórias Coloniais
Dulce Maria Cardoso: O Retorno
Research Interests:
Wieser, Doris (2015): „Masculinidad y violencia de género en la novela negrocriminal nicaragüense“. In: Badebec, vol. 4, n° 8, pp. 205-232. En este ensayo se cuestionan los papeles de género en tres novelas negrocriminales (novelas... more
Wieser, Doris (2015): „Masculinidad y violencia de género en la novela negrocriminal nicaragüense“. In: Badebec, vol. 4, n° 8, pp. 205-232.

En este ensayo se cuestionan los papeles de género en tres novelas negrocriminales (novelas policiales y/o negras) nicaragüenses: "Managua, Salsa City (¡Devórame otra vez!)" (2000) de Franz Galich, "La muerte de Acuario" (2002) de Arquímedes González Torres y "El cielo llora por mí" (2008) de Sergio Ramírez. Se dedica especial atención a los conceptos de masculinidad implícitos en las obras, a la violencia de género y a las estrategias narratológicas con las cuales se logra (o no) un distanciamiento del comportamiento hiper-virilizado de los personajes.
Wieser, Doris (2014): „Heimat und Unbehaustheit in As Duas Sombras do Rio von João Paulo Borges Coelho”. In: Bauer, Jenny / Gremler, Claudia / Penke, Niels: Heimat – Räume. Komparatistische Perspektiven auf Herkunftsnarrative. Essen: Ch.... more
Wieser, Doris (2014): „Heimat und Unbehaustheit in As Duas Sombras do Rio von João Paulo Borges Coelho”. In: Bauer, Jenny / Gremler, Claudia / Penke, Niels: Heimat – Räume. Komparatistische Perspektiven auf Herkunftsnarrative. Essen: Ch. A. Bachmann (Studia Comparatistica). S. 193-209.
Research Interests:
Wieser, Doris / Delgado Rodríguez, Martha Grizel  (2014): "Mitificación de Pancho Villa: Un recorrido cultural y literario". In: iMex. México Interdisciplinario, año 3, 5, S. 109-126.
Wieser, Doris (2013): "Literatura gay in Brasilien und Portugal: Santiago Nazarian und Mário de Sá-Carneiro". In: Klengel, Susanne / Quandt, Christiane / Schulze, Peter W. / Wink, Georg (Hg.): Novas Vozes – Zur brasilianischen Literatur... more
Wieser, Doris (2013): "Literatura gay in Brasilien und Portugal: Santiago Nazarian und Mário de Sá-Carneiro". In: Klengel, Susanne / Quandt, Christiane / Schulze, Peter W. / Wink, Georg  (Hg.): Novas Vozes – Zur brasilianischen Literatur im 21. Jahrhundert. Frankfurt a. M.: Vervuert, S. 57-74.
Research Interests:
Wieser, Doris (2012): "Parody in lusophone crime fiction from Angola: Pepetela’s Jaime Bunda". In: Oed, Anja / Matzke, Christine (eds.): Life is a Thriller: Investigating African Crime Fiction. Köln: Rüdiger Köppe (Mainzer Beiträge zur... more
Wieser, Doris (2012): "Parody in lusophone crime fiction from Angola: Pepetela’s Jaime Bunda". In: Oed, Anja / Matzke, Christine (eds.): Life is a Thriller: Investigating African Crime Fiction. Köln: Rüdiger Köppe (Mainzer Beiträge zur Afrikaforschung, Band 30), S. 63-73.
Research Interests:
Wieser, Doris (2012): "Whodunit e intratextualidad en La diabla en el espejo y El arma en el hombre de Horacio Castellanos Moya". In: Adriaensen, Brigitte / Grinberg Pla, Valeria (Hg.): Narrativas del crimen en América Latina.... more
Wieser, Doris (2012): "Whodunit e intratextualidad en La diabla en el espejo y El arma en el hombre de Horacio Castellanos Moya". In: Adriaensen, Brigitte / Grinberg Pla, Valeria (Hg.): Narrativas del crimen en América Latina. Transformaciones y transculutraciones del policial. Münster: LIT (LIT Ibéricas 3), S. 203-216.
Research Interests:
Wieser, Doris (2012): "Lenguaje y conceptos culturales en Un asesino solitario de Élmer Mendoza". In: Kunz, Marco / Mondragón, Christina / Phillips-López, Dolores (eds.): Nuevas Narrativas Mexicanas. Barcelona: Linkgua, S. 183-204.
Research Interests:
Wieser, Doris / Delgado Rodríguez, Martha Grizel (2011): "El tráfico de órganos en Loverboy de Gabriel Trujillo Muñoz y Los niños de colores de Eugenio Aguirre". In: iMex, México Interdisciplinario, 1, S. 41-57.
Research Interests:
Wieser, Doris (2011): "Humoristisches queering: Jô Soares’ O Xangô de Baker Street und das Scheitern des Rationalismus in den Tropen". In: Thorau, Henry / Brandenberger, Tobias (eds.): Corpo a corpo. Körper, Geschlecht, Sexualität in der... more
Wieser, Doris (2011): "Humoristisches queering: Jô Soares’ O Xangô de Baker Street und das Scheitern des Rationalismus in den Tropen". In: Thorau, Henry / Brandenberger, Tobias (eds.): Corpo a corpo. Körper, Geschlecht, Sexualität in der Lusophonie. Berlin: Walter Frey (edition tranvía) 2011, S. 121-136.
Research Interests:
Wieser, Doris / Delgado Rodríguez, Martha Grizel (2008): "Un dulce olor a muerte – un tradicional motivo literario y su nexo con la novela policial actual". In: Revista de literatura mexicana contemporánea, 37, 2008, S. 43-51.
Research Interests:
Wieser, Doris (2007): "Spannungserzeugung durch einen moralisch ambivalenten Protagonisten: Die Täterperspektive bei Patrícia Melo". In: Ackermann, Kathrin / Moser-Kroiss, Judith (eds.): Gespannte Erwartungen. Beiträge zur Geschichte der... more
Wieser, Doris (2007): "Spannungserzeugung durch einen moralisch ambivalenten Protagonisten: Die Täterperspektive bei Patrícia Melo". In: Ackermann, Kathrin / Moser-Kroiss, Judith (eds.): Gespannte Erwartungen. Beiträge zur Geschichte der literarischen Spannung. Wien: LIT, 2007, S. 167-179.
Research Interests:
Wieser, Doris (2006): "Kriminalliteratur aus dem afrikanischen Abseits – Pepetelas Jaime Bunda". In: König, Torsten / Mayer, Christoph O. / Ramírez Sáinz, Laura / Wetzel, Nadine (eds.): Rand-Betrachtungen. Beiträge zum 21. Forum Junge... more
Wieser, Doris (2006): "Kriminalliteratur aus dem afrikanischen Abseits – Pepetelas Jaime Bunda". In: König, Torsten / Mayer, Christoph O. / Ramírez Sáinz, Laura / Wetzel, Nadine (eds.): Rand-Betrachtungen. Beiträge zum 21. Forum Junge Romanistik. Bonn: Romanistischer Verlag, 2006, S. 43-56.
Research Interests:
Wieser, Doris (2005): "La reinvención de América y la ironización del descubrimiento: Los pasos perdidos y El arpa y la sombra a la luz de un discurso ideológico". In: Casa de las Américas, 238, 2005, S. 7-17.
Research Interests:
Wieser, Doris (2005): "La búsqueda de la verdad en historiografía y ficción: Os sertões y La guerra del fin del mundo". In: Ertler, Klaus-Dieter / Enrique Rodrigues-Moura (eds.): Fronteras e identidades – Identidades e fronteiras.... more
Wieser, Doris (2005): "La búsqueda de la verdad en historiografía y ficción: Os sertões y La guerra del fin del mundo". In: Ertler, Klaus-Dieter / Enrique Rodrigues-Moura (eds.): Fronteras e identidades – Identidades e fronteiras. Frankfurt a. M.: Peter Lang, 2005, S. 113-130.
Research Interests:
João Paulo Borges Coelho, nascido em 1955 no Porto, cresceu em Moçambique e tornou-se, na última década, um dos escritores mais produtivos e reconhecidos deste país. É também professor e investigador de História Contemporânea na... more
João Paulo Borges Coelho, nascido em 1955 no Porto, cresceu em Moçambique e tornou-se, na última década, um dos escritores mais produtivos e reconhecidos deste país. É também professor e investigador de História Contemporânea na Universidade Eduardo Mondlane. A seguinte entrevista a João Paulo Borges Coelho realizou-se em julho 2014, em Maputo. Os temas abordados são, entre outros, questões de identidade na época colonial e pós-independência, singularidades regionais da(s) cultura(s) moçambicana(s), a relação entre “modernidade europeia” e “tradição africana”, a articulação entre o espaço urbano e rural, a memória da luta de libertação da guerra civil, além de particularidades das diferentes obras do autor.
Palavras-chave: Moçambique, João Paulo Borges Coelho, identidade nacional, memória histórica, literatura moçambicana
Wieser, Doris (2015): „ʻO conceito de branco como branco não existe na cultura bantuʼ, entrevista a Ungulani Ba Ka Khosa“. In: Mulemba, 12, p. 4-20.
Research Interests:
Wieser, Doris (2015): „ʻEu não sei o que é o Moçambique profundo ou verdadeiroʼ Entrevista a Mia Couto“. In: Navegações (Porto Alegre), v. 7, n. 2, p. 214-220.
Research Interests:
Grünnagel, Christian/ Wieser, Doris (2014): „Ich mache kapitalistischen Realismus“ (Interview mit Luiz Ruffato). In: LiteraturNachrichten, 31. Jahrg., Nr. 121, Herbst 2014. S. 16-17.
Research Interests:
Paulina Chiziane (Manjacaze, 1955) é certamente uma das mais eminentes figuras da atual literatura moçambicana, e não só. Ponto de referência incontornável para as lutas feministas desse país, uma mulher que abordou na sua literatura, com... more
Paulina Chiziane (Manjacaze, 1955) é certamente uma das mais eminentes figuras da atual literatura moçambicana, e não só. Ponto de referência incontornável para as lutas feministas desse país, uma mulher que abordou na sua literatura, com intensidade inusitada, aspetos especialmente conflituosos do tecido cultural africano, trabalhando temas de que ninguém quer ouvir falar ou debater, nem no espaço privado, menos ainda na esfera pública e política. São temas silenciados, tabus, assuntos particularmente dolorosos, pendentes, irresolutos, como a guerra civil moçambicana (Ventos do Apocalipse, 1993), os direitos da mulher no sistema poligâmico (Balada de Amor ao Vento, 1990, e Niketche, 2002), a magia negra (O Sétimo Juramento, 2000), o curandeirismo tradicional (Por Quem Vibram os Tambores do Além, 2013), o racismo e outras formas de discriminação (O Alegre Canto da Perdiz, 2008).
Durante a minha viagem de investigação a Moçambique – financiada pela Fundação Fritz Thyssen – falei com a escritora em Maputo, na cafetaria da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) a 4 de Agosto 2014.
Research Interests:
Nelson Saúte (1967, Maputo) é um personagem ainda desconhecido no meu país de origem, a Alemanha. Tanto maior foi a minha curiosidade quando, numa viagem a Lisboa em 2011, me deparei com um dos seus livros de contos, O Apóstolo da... more
Nelson Saúte (1967, Maputo) é um personagem ainda desconhecido no meu país de origem, a Alemanha. Tanto maior foi a minha curiosidade quando, numa viagem a Lisboa em 2011, me deparei com um dos seus livros de contos, O Apóstolo da Desgraça (Dom Quixote, 1999). Li-o, nas minhas idas e vindas de comboio ao Estoril, com muito interesse e com aquele fascínio que sentimos quando estamos à descoberta de novos mundos e novas realidades. Nesta altura, eu dedicava-me ao estudo da literatura latino-americana, mas sentia o impulso intrínseco de me aventurar ainda noutros continentes. Assim comecei a interessar-me por África que, desde o início, me colocou muitas questões e desafios que até hoje apenas consegui resolver parcialmente. Uma das pessoas que me ajudaram nesta árdua tarefa de compenetração intercultural foi Nelson Saúte, nomeadamente com as duas antologias incontornáveis que editou: Nunca Mais é Sábado, antologia de poesia moçambicana (Dom Quixote, 2004), e As Mãos dos Pretos, antologia do conto moçambicano (Dom Quixote, 2001).
Research Interests:
Em Malhangalene (bairro de Maputo) todos conheciam “o White”. Aquele homem alto que tinha que curvar-se para entrar na porta baixa do seu bar favorito ao final da tarde, aquele homem branco que se dizia “pardo mestiço”, filho de mãe... more
Em Malhangalene (bairro de Maputo) todos conheciam “o White”. Aquele homem alto que tinha que curvar-se para entrar na porta baixa do seu bar favorito ao final da tarde, aquele homem branco que se dizia “pardo mestiço”, filho de mãe portuguesa e pai de descendência inglesa, bisneto de uma negra “grande e analfabeta”, aquele “poeta do povo” que, logo após o pôr-do-sol, tomava um whisky ou dois nas barracas do jardim da Malhangalene, mais conhecido como “o Pulmão”, entre a Rua da Resistência e a Rua do Padre André.
Eduardo White morreu a 24 de agosto de 2014.
Research Interests:
The Salvadorian writer Horacio Castellanos Moya belongs to a generation of Latin American novelists who draw on elements of the crime genre to deal with themes of violence and crime in their countries. This author of nine novels and... more
The Salvadorian writer Horacio Castellanos Moya belongs to a generation of Latin American novelists who draw on elements of the crime genre to deal with themes of violence and crime in their countries. This author of nine novels and several collections of short stories is concerned both with the violence of the past (such as the Salvadorian civil war) and with that of the present. Castellanos Moya has lived a number of countries and comes from a Salvadorian-Honduran family, which gives him a unique perspective from which he examines issues concerning other Central American countries as well as his own. This interview focuses primarily on his connection to crime fiction, but also investigates the many other levels in his literature and offers a broad overview of his work.
Research Interests:
Pablo De Santis (*1963, Buenos Aires) es autor de una veintena de libros: novelas para adultos, novelas juveniles, cuentos y guiones de historietas. En la literatura le gusta sobre todo el misterio, el enigma y la aventura. Su obra... more
Pablo De Santis (*1963, Buenos Aires) es autor de una veintena de libros: novelas para adultos, novelas juveniles, cuentos y guiones de historietas. En la literatura le gusta sobre todo el misterio, el enigma y la aventura. Su obra refleja la fuerte presencia de distintos géneros literarios en Argentina desde Borges, Bioy Casares y Cortázar: la literatura fantástica, el policial, la ciencia ficción y la historieta. Mientras que en otros países estos géneros siguen sufriendo el estigma de la subliteratura, en Argentina son parte del canon de la alta literatura nacional. Al contrario de una serie de narradores argentinos, como antes Roberto Arlt o bien actualmente Raúl Argemí, que ambientan sus novelas en contextos sociopolíticos muy concretos, Pablo De Santis pertenece a aquel segmento de escritores que se abstienen de interpretar la realidad inmediata y privilegian lo simbólico. Las novelas policiales de Pablo De Santis son, por eso, diferentes a la gran mayoría de novelas policiales actuales a nivel internacional, en tanto que no se incorporan a la corriente del compromiso social, tan característica para el género en nuestros días.
Research Interests:
El escritor argentino Raúl Argemí (La Plata, 1946), que reside desde 2000 en España, es autor de seis novelas -casi todas de género negro- galardonadas con varios premios literarios. En la Semana Negra de Gijón ya cuenta entre los... more
El escritor argentino Raúl Argemí (La Plata, 1946), que reside desde 2000 en España, es autor de seis novelas -casi todas de género negro- galardonadas con varios premios literarios. En la Semana Negra de Gijón ya cuenta entre los participantes fijos y este año fue uno de los jurados del Premio Hammett. Sus novelas tienen una relación muy cercana con el pasado y presente de Argentina. Argemí fue una de aquellas personas que lucharon en los años setenta en la guerrilla contra la dictatura militar. Además fue preso político desde 1974 hasta 1984. Después de salir de la cárcel y de una breve estancia en Buenos Aires, se trasladó a Patagonia para trabajar en el periódico Río Negro, además de tener participaciones en Claves y Le monde dipolomatique. Sus novelas cuestionan el crimen, la violencia y las razones que llevan a una persona a la marginalidad sobre el fondo de la historia argentina de las últimas décadas.
Research Interests:
Santiago Roncagliolo (Lima, 1975), el joven talento peruano, visitó este julio la ciudad de nacimiento de Bertolt Brecht, Augsburgo, donde participó en una discusión en torno a la violencia política. Antes de su participación en el... more
Santiago Roncagliolo (Lima, 1975), el joven talento peruano, visitó este julio la ciudad de nacimiento de Bertolt Brecht, Augsburgo, donde participó en una discusión en torno a la violencia política.

Antes de su participación en el evento tuve oportunidad de charlar con él. Habíamos quedado delante del Schaetzlerpalais, un palacio estilo rococó que suele albergar eventos culturales como en este caso la “Brecht Connected”. Santiago, un joven relajado, amable y sobre todo muy simpático, reside desde el 2000 en España. Actualmente vive con su esposa y su hijo pequeño en Barcelona donde trabaja como periodista, escritor y guionista. Cuenta con una amplia y polifacética obra en diversos géneros literarios (véase bibliografía al final). Con Abril rojo ganó el prestigioso Premio Alfaguara de novela (2006) y desde entonces se encuentra entre los mejores representantes de la literatura actual de su país. Pasé un rato muy agradable con él en el que nos compartió detalles interesantes en torno a su literatura y su proceso creativo.
Research Interests:
Luiz Alfredo Garcia-Roza, nascido no Rio de Janeiro em 1936, foi professor de filosofia e teoria psicanalítica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a maior parte da sua vida. Em 1996 lançou seu primeiro romance policial,... more
Luiz Alfredo Garcia-Roza, nascido no Rio de Janeiro em 1936, foi professor de filosofia e teoria psicanalítica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a maior parte da sua vida. Em 1996 lançou seu primeiro romance policial, atualmente já tem seis publicados e todos “vendem bem”, como o próprio autor constata. Seu primeiro romance, O silêncio da chuva (1996), conquistou os premios Nestlé e Jabuti e tornou possível que o autor se dedicasse inteiramente à literatura. Depois seguiram Achados e perdidos (1998), Vento sudoeste (1999), Uma janela em Copacabana (2001), Perseguido (2003) e Berenice procura (2005), todos publicados pela Companhia das Letras. Como muitos escritores do gênero policial ele criou um herói de série. O delegado Espinosa, que vive e trabalha em Copacabana, é uma pessoa honesta, ética e um tanto caótica na sua maneira de raciocinar. Gosta de imaginar soluções dos casos criminosos página após página para depois declarar que tudo aquilo foi pura fantasia. Ao final triunfa a racionalidade embora a casualidade também contribua em grande medida à solução do caso.
Research Interests:
Arthur Carlos Maurício Pestana dos Santos (*1941), melhor conhecido por seu nome de guerra Pepetela (Pestana em umbundu), é um dos mais importantes autores de Angola dos nossos dias. Na atual literatura lusófona ele se destaca por ser um... more
Arthur Carlos Maurício Pestana dos Santos (*1941), melhor conhecido por seu nome de guerra Pepetela (Pestana em umbundu), é um dos mais importantes autores de Angola dos nossos dias. Na atual literatura lusófona ele se destaca por ser um escritor popular e muito experiente que recebeu vários prêmios importantes (prêmio Camões 1997 entre outros). Sua obra é objeto de numerosos estudos acadêmicos e valorizada tanto pelos leitores como pelos críticos. A biografia do escritor está impregnada pela história do seu país, que sofreu uma longa guerra civil (1975-2002) logo depois da guerra de independencia contra Portugal (1961-75). Durante seus estudos universitários em Lisboa Pepetela juntou-se ao Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) e teve que sair de Portugal por motivos políticos. Exilou-se na Argélia onde concluiu a carreira de sociologia. Na década dos 70 lutou como guerrilheiro pela libertação de Angola. Depois da independência foi vice-ministro da educação e hoje é professor de sociologia na Universidade Agostinho Neto em Luanda.

Sua obra compreende até a data atual treze romances, duas peças de teatro e um livro de contos. Com seus dois romances mais recentes, "Jaime Bunda, agente secreto" (2001) e "Jaime Bunda e a morte do americano" (2003), Pepetela deu um passo na direção do gênero policial pela primeira vez. Através do anti-herói Jaime Bunda (paródia de James Bond) o autor analisa a sociedade de Luanda aguçadamente e sobre tudo com muito humor.
Research Interests:
El escritor cubano Leonardo Padura (1955) discurrió el 8 de noviembre 2004 en la Casa de las Américas de La Habana sobre uno de sus temas favoritos: Alejo Carpentier. Después de su ponencia, que hacía parte de la inauguración del congreso... more
El escritor cubano Leonardo Padura (1955) discurrió el 8 de noviembre 2004 en la Casa de las Américas de La Habana sobre uno de sus temas favoritos: Alejo Carpentier. Después de su ponencia, que hacía parte de la inauguración del congreso internacional “El siglo de Alejo Carpentier”, tuve la feliz oportunidad de entrevistarlo y cuestionarlo sobre otro de sus temas predilectos: la novela policíaca.
Research Interests:
Grünnagel, Christian / Wieser, Doris (2015): “Nós somos machistas”: entrevistas com escritores/as brasileiros/as. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 45, pp. 343-350. This dossier brings together seven interviews carried... more
Grünnagel, Christian / Wieser, Doris (2015): “Nós somos machistas”: entrevistas com escritores/as brasileiros/as. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 45, pp. 343-350.

This dossier brings together seven interviews carried out at the Frankfurt Book Fair in 2013 with the following Brazilian writers: Ana Paula Maia, Beatriz Bracher, Bernardo Ajzenberg, Carola Saavedra, Ferréz, Luiz Ruffato and Marcelino Freire. The first part of each interview focusses on gender issues, in particular on diverging concepts of masculinity and femininity in Brazilian society and literature. These concepts are based on the theory developed by the Australian sociologist R. W. Connell, who is one of the most distinguished contemporary scholars of masculinities and gender relations. The second part shifts its focus to question about the particularities of each writer‟s work, their main aesthetic concerns and the connections between their works.
Research Interests:
Grünnagel, Christian / Wieser, Doris (2015): “Há 200 anos era a mesma coisa”: entrevista com Beatriz Bracher. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 45, pp. 425-443.
Research Interests:
Grünnagel, Christian / Wieser, Doris (2015): “Sou um homossexual não praticante”: entrevista com Marcelino Freire. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 45, pp. 445-462.
Research Interests:
Grünnagel, Christian / Wieser, Doris (2015): “O Brasil é um país extremamente machista”: entrevista com Luiz Ruffato. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 45, pp. 383-395.
Research Interests:
Grünnagel, Christian / Wieser, Doris (2015): “A sociedade aprendeu a cobrar do homem”: entrevista com Ferréz. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 45, pp. 411-423.
Research Interests:
Grünnagel, Christian / Wieser, Doris (2015): “Falar que não existe machismo... Claro que existe!”: entrevista com Carola Saavedra. In: Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 45, pp. 397-409.
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Iberoromania, 83, 130-134
Research Interests:
Iberoamericana, v. 16, n. 61, 310-314.
Research Interests:
Desde a época colonial até ao presente, passando pelos tempos das Guerras de Libertação e da formação de Estados nacionais independentes, a pro¬dução literária em português na África, assim como a produção de outras formas artísticas,... more
Desde a época colonial até ao presente, passando pelos tempos das Guerras de Libertação e da formação de Estados nacionais independentes, a pro¬dução literária em português na África, assim como a produção de outras formas artísticas, nunca deixou de crescer de forma constante. É de salien¬tar, ainda, que as culturas africanas de língua portuguesa mantêm um per¬manente diálogo com Portugal – e com a língua portuguesa – e que os seus atores, voluntária ou involuntariamente, estão marcados pelas mudanças geográficas de lugar. Nesse contexto, no decorrer do século xx e no âmbito dos variados movimentos migratórios entre a colónia e a metrópole, surge a pergunta: onde termina a literatura portuguesa colonial “sobre” a África e a partir de quando é que se pode falar de uma literatura ou cultura angola¬na, moçambicana, cabo-verdiana, etc.? Segundo Antonio Candido (1959), para que se possa falar de uma literatura nacional, é condição inalienável a existência prévia de um sistema literário. Assim, entende-se que este se constitui pelo agir de um grupo de autores mais ou menos conscientes do seu papel, pela existência de um público leitor, que se organiza em diferen¬tes grupos de acordo com os seus interesses, e pela configuração de um me¬canismo de divulgação (também na forma de uma tradição literária com a qual dialogar). Somente num sistema literário assim definido é possível conformar uma tradição que ponha em relação os elementos individuais entre si e que estabeleça, ao mesmo tempo, um sistema de comunicação que propicie uma consciência de pertença cultural partilhada (na linha das Imagined Communities de Anderson 1983).

A construção de uma identidade cultural e literária nos países africanos de língua portuguesa surgiu numa época em que, em outras regiões do mundo, o conceito de “nação” e o projeto fundacional a ele associado pare¬ciam haver perdido o poder de mobilização. Some-se a isso que a heteroge¬neidade dos países africanos, devida, também, aos movimentos migratórios provocados pelas respetivas guerras civis, fez com que a construção de uma memória coletiva unificadora (Jan Assmann 1992, Aleida Assmann 1999) adquirisse algumas particularidades específicas. Patrick Chabal (1994) di¬ferencia, no eixo do tempo, quatro fases de desenvolvimento das literaturas africanas em geral: Assimilação (época colonial), Resistência (durante as Guerras de Libertação), Afirmação (após o período das independências) e Consolidação (o tempo presente), as quais servem de guia para o estu¬do dos diferentes processos de construção de uma cultura nacional. Nesse contexto, surgem as seguintes perguntas: pode-se falar, realmente, de uma cultura nacional em Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Prín¬cipe e na Guiné-Bissau? Como se orquestram e constroem essas identida¬des culturais no âmbito da literatura? Já se desenvolveu, entretanto, uma identidade cultural nos países africanos de língua portuguesa, que possa ser considerada nacional, ou esta dilui-se nas várias identidades regionais heterogêneas e mesmo nas que surgem da migração e do exílio?