Antropoceno

Enquanto o relativismo cultural predominante na antropologia
moderna compreendia a diversidade das culturas do mundo pela sua relação
com uma única natureza de fundo, apresentando assim sua face etnocêntrica
ao arrogar-se o acesso privilegiado à Natureza universal, o "relativismo
natural" (Latour, 1994) considera a existência de naturezas tão diversas quanto
as culturas que as constroem. Porém, a exemplo do que sabemos pela voz de
Davi Kopenawa (Kopenawa & Albert, 2015), a catástrofe ambiental
antropogênica eminente atinge não apenas a Natureza enquanto construto da
cosmologia ocidental, mas também incide sobre as naturezas de outros povos,
outros coletivos com seus próprios arranjos cosmológicos. Este problema
arrisca conduzir-nos a uma questão viciada, a de nos perguntarmos qual é a
Natureza comum a todos os diferentes povos atingidos pela catástrofe
ambiental. Identificamos, porém, esta questão como falsa quando
reconhecemos que as categorias universalistas do pensamento ocidental
entram em crise no Antropoceno. Compreendemos então que, no trato das
questões antropológicas e filosóficas da crise ambiental, de modo a evitar o
recurso a ideais etnocêntricos, precisamos suspender a procura por unívocos
(Viveiros de Castro, 2004) e redirecionarmos a busca pelo espaço comum da
catástrofe ao espaço virtual da equivocação enquanto dimensão das relações
interculturais de modo a conservar as diferenças e potencializar a tradução
antropológica.

Este ensaio procura a atualidade na História do Futuro de Padre António Vieira. Como é que uma obra escrita há mais de três séculos pode falar tanto dos desafios que hoje atravessamos? Propomos um percurso eminentemente ontológico. Primeiro, e tomando a futuridade na ficção enquanto um dos disparadores da modernidade, revelam-se impulsos de reconfiguração humana. Seguir-se-á a própria futuridade enquanto exercício ontológico – como o tempo em Vieira, enquanto processo em curso, revela um futuro a remeter para o presente. Daí a pertinência de ficcionar mundos fora da ciência, porque o futuro que nos chega é inimaginável: o planeta a reagir ao agenciamento humano com mutações climáticas e geológicas nunca antes vistas. Eis o Antropoceno, estando ainda por perceber as suas consequências. Mas é também este o momento em que o projeto fraterno do Quinto Império ganha renovada relevância política.
Palavras-chave: Futuridade, Antropoceno, Apocalíptico, Ficção fora da Ciência

This paper considers how feminist new materialist thinking may offer a resource for reorienting pedagogy in light of pressing global issues such as climate change and political unrest. The paper applies feminist new materialist thinking to develop a new pedagogical agenda. I argue that pedagogies are always already normative or are engaged in practices that play a role in opening up to various and unusual ways of relating and being in and to the world. Pedagogy is a worlding practice as it facilitates diverse ways of relating, thinking, sensing, acting, and is thus involved in the shaping of a 'collective intelligence'. In this paper, I argue that one fruitful approach to pedagogy may be to focus on entanglements and affects and on finding ways of facilitating a 'sensing' living/being of such entanglements. The paper concludes by introducing affective geology to suggest possible steps towards a transformation of our ways of knowing, sensing, and relating.

RESUMEN. Objetivo/contexto: este artículo analiza las discusiones sobre el
Antropoceno y el Capitaloceno en el ecomarxismo, en especial en las escuelas de la ruptura metabólica y la ecología-mundo. Estas entraron en una confrontación conceptual sobre cómo debe ser nombrado este nuevo estado del sistema Tierra, sus características, responsables, génesis y relación con el capitalismo. Metodología: se privilegia la lectura crítica de la bibliografía reciente sobre las nociones de Antropoceno y Capitaloceno, en particular aquella producida por el ecomarxismo. Conclusiones: las principales divergencias entre las escuelas mencionadas se dan en torno al inicio del Antropoceno y el Capitaloceno, que para la primera remitiría al largo siglo XVI, mientras que para la segunda se ubicaría a comienzos del siglo XIX o a mediados del siglo XX; también se ha polemizado sobre la pertinencia del dualismo naturaleza-sociedad. A la par de las divergencias, existe consenso sobre el papel central de la acumulación de capital, la responsabilidad de los capitalistas en el proceso de cambio global y el carácter sistémico de la crisis contemporánea. Originalidad: el artículo realiza una revisión minuciosa de una de las discusiones centrales dentro del ecomarxismo, campo que cobra cada vez más relevancia en la teoría marxista contemporánea; si bien se han publicado unas pocas reflexiones análogas, estas se encuentran sesgadas por su adscripción a una de las dos escuelas en pugna.

El Antropoceno abre el camino a un nuevo paradigma en la historia del planeta Tierra, poniendo de relieve la crisis ecológica global, resultado de acciones antrópicas. De hecho, hace falta buscar respuestas legales a los desafíos que surgen en esta coyuntura. De ahí que, este artículo hace un análisis, desde la perspectiva del desarrollo sostenible, una propuesta basada en los principios para sostener el derecho ambiental en la nueva época geológica del Antropoceno. Para ello, en primer lugar, el trabajo aborda las implicaciones jurídicas derivadas del reconocimiento del Antropoceno, entendiéndolo como un concepto que va más allá de la geología y entra en el mundo jurídico como un paradigma inédito. Posteriormente, estudia los principios del derecho ambiental que se manifiestan como respuesta
a las rupturas provocadas por el Antropoceno. Por lo tanto, se llevó a cabo una investigación exploratoria y descriptiva, bibliográfica y documental, con análisis de trabajos y artículos científicos mediante el método analítico-deductivo.

RESUMO: A partir das propostas do grupo Internacional Situacionista, o foco desse ensaio é estabelecer uma interlocução com aquilo elaborado pela filósofa da ciência Isabelle Stengers. A autora, ao colocar que a humanidade vive o chamado Capitaloceno e se defronta com a "intrusão de Gaia", propõe que uma estratégia de resistência para as problemáticas advindas da visão de mundo capitalista seriam, entre diversas outras, o retorno aos saberes comuns, ao animismo, ao vínculo com a Terra, aos agenciamentos capazes de nos afetar, capazes de transformar nossa maneira de sentir, pensar e agir. A partir de uma breve análise comparativa das produções desses pensadores, busca-se elucidar tais similaridades, concluindo que um diálogo entre o situacionismo e manifestações anímicas, mágicas, artísticas e espirituais no espaço público podem se comportar como estratégias efetivas de resistência política, urbana e espiritual na sociedade contemporânea.

ABSTRACT: Based on the proposals of the International Situationist group, the focus of this essay is to establish an interlocution with that elaborated by the philosopher of science Isabelle Stengers. The author, when posing that humanity lives the so-called Capitalocene and faces the "intrusion of Gaia", proposes that a resistance strategy for the problems arising from the capitalist worldview would be, among several others, the return to common knowledge, to animism, to the bond with the Earth, to the agencies capable of affecting us, capable of transforming our way of feeling, thinking and acting. From a brief comparative analysis of the productions of these thinkers, we seek to elucidate such similarities, concluding that a dialogue between situationism and animic, magical, artistic and spiritual manifestations in the contemporary society

Resumo: O artigo busca analisar as novas modulações da segurança que se evidenciam com a crise gerada pela pandemia do covid-19. Partindo de uma análise de pandemias históricas, buscamos evidenciar o caráter interconectado do mundo num paradigma do Antropoceno e logo as novas tecnologias de segurança globais decorrentes do combate à crise. Palavras-chave: covid; biossegurança. Abstract: The article seeks to analyze the new security modulations that are evident with the crisis generated by the covid-19 pandemic. Starting from an analysis of historical pandemics, we seek to highlight the world's interconnected feature in an Anthropocene paradigm and then the new global security technologies that result from fighting the crisis. Uma nova pandemia paralisou o mundo, fluxos internacionais de mercadorias e pessoas se interromperam abruptamente, cidades que nunca dormem agora se encontram quarentenadas, com ruas desertas, colocando em xeque a economia globalizada. O atual vírus age diretamente na barreira alvéolo-capilar, atacando a zona de troca de oxigênio do ar que respiramos e dos glóbulos vermelhos nos capilares pulmonares. Causando a sensação de morrer afogado no seco, falta de ar, negação de um dos últimos recursos naturais ainda não comoditizados. O embate que se coloca, face a catástrofe biológica, é entre de um lado o consenso científico pregando distanciamento social e higienização constante com o objetivo de achatar o pico da epidemia para lidarmos com a deplorável insuficiência dos sistemas de saúde precarizados por décadas de neoliberalismo. Em muitas partes do suposto mundo "civilizado", os governos locais e regionais, que invariavelmente formam a primeira linha de defesa da saúde pública e das emergências sanitárias deste gênero, estavam privados de financiamento graças a uma política de austeridade destinada a financiar cortes de impostos e subsídios às grandes empresas e aos ricos. (HARVEYIn:AMADEO, 2020:87)

Multiactor governance proves to be fundamental for dealing with climate change, a characteristic phenomenon of the Anthropocene. Recognizing the role played by Civil Society, State and Market is a necessary step to implement an effective environmental governance, capable of promoting the mitigation of greenhouse gas emissions and adaptation to climate change. The Anthropocene, marked by human activity as a driving force for the transformation of the planet, is a challenge for the different political, economic and social actors who need to mobilize to overcome the current stage of deterioration of the environment caused by human activity. The asymmetric relations of power existing in the current model of governance hinders an effective action capable of promoting the overcoming of the challenges of the Anthropocene.

Introducción En la actualidad resulta difícil, sino imposible, realizar un estudio y análisis so-bre un aspecto de la sociedad moderna, sin considerar el contexto más amplio en el que surge, se desarrolla e interactúa dinámicamente. Esto quiere decir por ejemplo que la escuela y, en general, el sistema educacional o el ambiental, no se pueden entender de manera aislada, sino sólo en un contexto micro-global que le proporciona bordes o entornos económicos, políticos y culturales que, junto con darle consistencia histórica, le presentan desafíos presentes y futuros complejos, de difícil superación. En el pasado, los problemas se encon-traban más focalizados y enmarcados en los límites del Estado-nación y, por lo tanto, resultaban aparentemente, de más fácil solución. Así por ejemplo en la educación, se trataba de extenderla, de aumentar la alfabetización general de la población, de cubrir a mayores segmentos de la misma, especialmente a los sectores medios, trabajadores y población rural. Para ello se crearon las escuelas o institutos normalistas, para formar maestros con vocación pedagó-gica. La creación de la escuela resultó ser clave en el impulso al proceso de mo-dernización, conocido como "sustitutivo de importaciones" que los gobiernos fomentaron como política postcrisis del 29 en América Latina. El proceso de industrialización requería de mano de obra alfabeta y cualificada, así como de técnicos y profesionales universitarios. Hoy, por el contrario, no se trata tanto de la expansión del sistema educacional, sino sobre todo, de su calidad. La educación, en particular la escuela, jugó en el pasado un papel im-portante en el proceso de modernización de la sociedad y sus estructuras tra

Este es el trabajo final que escribí en 2019 para la Cátedra, Humanidad, evolución y ecología a cargo de Rolando Silla y Debora Swistun.
La consigna era escribir una especie de Ensayo relacionando algo que hayamos visto con los autores que vimos durante el cuatrimestre.
Así escribí este análisis de la Serie One strange rock ( USA) y Villefranche ( Francia) bajo la lupa de algunos autores de la Antropólogos de la mente.

Arnaldo Antunes, autor da música intitulada “Música para ouvir” realiza intensas experimentações estilísticas que permeiam a produção com poeticidade, efeito de genericidade de poesia. No vídeo musical, dirigido por Waddington e Vanzolini, em 1999, a performance do poeta estabelece relação entre o corpo e a tecnologia permitindo situar a produção na era do Antropoceno. Este artigo apresenta os resultados preliminares dos estudos das criações estilísticas no campo linguístico. Foram adotadas a noção de neologia semântica, pautada na mudança do referente do signo, apontada por Guilbert (1975) e metáforas conceituais de Lakoff e Johnson (2003 [1980]). As criações resultam de transgressões das metáforas do cotidiano cristalizadas pelo uso.

Ingenieros del Antropoceno digital: la enseñanza de las ingenierías en una época incierta, Revista CTS, nº 41, vol. 14, Junio de 2019 (pág. 185-196).
Si bien no ha sido oficialmente aprobada, cada vez se extiende más la idea de que hemos entrado en la época geológica conocida como Antropoceno. Sería la época del hombre entendido como un ser humano con capacidad para modificar el sistema Tierra en su conjunto. En esta transformación, las tecnologías desempeñan un papel fundamental. Es crucial reflexionar sobre las consecuencias, tanto positivas como indeseadas, de los avances de las tecnologías emergentes, y entre ellas las tecnologías digitales. Se han depositado muchas esperanzas en las tecnologías digitales a la hora de revertir las trayectorias preocupantes del Antropoceno, pero también hay voces que alertan de la dimensión sombría del "Antropoceno digital". La enseñanza de las ingenierías debe recoger el estudio y análisis de estos temas, de modo que los futuros profesionales se formen con una perspectiva suficientemente amplia a la hora de abordar los problemas que encontrarán en el desempeño de su actividad profesional. Es necesario fomentar un acercamiento entre las nuevas humanidades digitales y ambientales y las titulaciones técnicas, a fin de que colaboren en la resolución de los problemas de esta nueva época.
Palabras clave: Antropoceno; tecnología digital; enseñanza de la ingeniería; desmaterialización; humanidades digitales y ambientales

É possível seguirmos conduzindo investigações intelectuais a partir do postulado da excepcionalidade antrópica? A distinção histórica entre Natureza e Cultura orientou uma tradição de pesquisa atualmente em exaustão, pautada sobre um profundo contraste ontológico: de um lado, teríamos um regime de ser que não se permite ludibriar por artifícios linguísticos, não se deixa convencer pela ficção, pois se encontra em uma marcha pré-determinada pelos instintos inatos decorrentes de sua existência puramente mecânica: tal regime é chamado Natureza. Do outro lado, teríamos um regime de ser que, por sua vez, constrói toda a fundamentação de seu tecido social a partir de jogos linguísticos, de acordos poéticos confeccionados enquanto inscrições da letra na forma do Nome da Lei, marcados por uma profunda indeterminação criativa compreendida como livre arbítrio: tal regime é chamado Cultura. Entretanto, o capítulo geológico a que chamamos Antropoceno exige uma reformulação dessa distinção, dado que as forças culturais se tornam a mais drástica força geofísica, e as forças naturais o mais profundo agente político. Disso resulta a necessidade de refabulação das propriedades mnêmicas da ficção e da linguagem, impossíveis de serem compreendidas como traço de excepcionalidade antrópica. Desenvolveremos, no presente escrito, uma tentativa de estudo das formas de conexão dos saberes alternativo à tradição excepcionalista. Nos pautaremos no postulado de um cosmos fraturado, cuja manifestação fissurada se dá no espetáculo das imagens e cuja leitura é o princípio de funcionamento da vitalidade cósmica. Exploraremos as formas como o limite do fundo sem fundo, o Real lacaniano a conduzir as pesquisas nas humanidades desde os meados do século XX, pode escapar de seu costumeiro correlato teórico que é a tanatopolítica, ao sublinharmos as incontáveis formas como uma fratura ontológica pode produzir, inversamente, a vida, aquém e além da civilização antrópica.

A pandemia da Covid-19 é um fenômeno sem precedentes em nível global, mas qual tem sido seu impacto na América Latina? Que transformações ela provocou? Que fenômenos ou tendências já em curso na região se aprofundaram? Quais são os principais desafios que a América Latina terá que enfrentar no mundo pós-Covid-19? Estas são algumas das perguntas que tentamos responder no primeiro Anuário de Latinoamérica21: "O Mundo Pós-Covid-19: Uma Mudança de Paradigma? Editado por Melany Barragán, Hugo Borsani e María del Carmen Villarreal, nosso primeiro anuário reúne 26 dos mais destacados especialistas e analistas internacionais da América Latina que procuram entender quais foram os impactos da pandemia da Covid-19 na região, quais os desafios que a América Latina terá que enfrentar no futuro imediato e, sobretudo, se estamos enfrentando uma mudança de época.

Este libro resultó ganador del III Premio de Literatura "Ciudad y Naturaleza" José Emilio Pacheco, otorgado en 2018 por el Museo de Ciencias Ambientales del Centro Cultural Universitario de Guadalajara, la Feria Internacional del Libro de Guadalajara y la Universidad de Guadalajara.

El próximo desierto, del poeta venezolano Santiago Acosta, construye con brillantez y originalidad una geografía de la catástrofe. La voz proyecta, a la vez que un distanciamiento crítico con una realidad contemporánea y devastada, un involucramiento personal que apela a lo fragmentario, aunque sin ejemplaridad moral, y que se manifiesta en tonos narrativos y periodísticos. El texto se coloca así en una frontera distópica, donde el desastre ya ha ocurrido. En once extensos poemas, el libro desarrolla diversos escenarios apocalípticos a partir de la crisis ecológica del presente. Pero si bien muchos de estos se proyectan a futuros posibles e incluso introducen elementos de la ciencia ficción, otros nos hablan de un presente que parece mucho más reconocible y cercano. Con este libro, Santiago Acosta introduce en la poesía hispanoamericana un espacio de reflexión acerca del Antropoceno, una nueva era geológica caracterizada por el impacto de la humanidad sobre el planeta.

Más información:
https://santiago-acosta.com/elproximodesierto

Aquí una entrevista reciente:
https://tropicoabsoluto.com/?p=1173

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This paper explores the work of the contemporary Costa-Rican novelist and poet Fernando Contreras Castro. Shaped by the massive historical, economic and political shifts of the 1990s, Contreras' writing reminds us of the centrality of the alleged periphery (namely Central America), be it in terms of its geographical location between the two major oceans of the world, worldwide economies of consumerism and, consequently, the interplay of colonialism and neo-colonialism. Thus, the term 'literary cosmos' in the title of this paper alludes to a stylistic choice in Contreras Castro that encompasses and explores the historical and aesthetic depths of these factors from an ex-centric, but in no way peripheral, point of view.

O despertar estremunhado pela COVID-19 obriga a repensar como os agentes naturais descontrolados pelo homem– vírus, atmosfera, águas, solos, animais – nos levam a revisitar o que é ser humano e ser natural, território e civilização. Nesta crise global que pode fazer a Europa? É pela Europa que temos de falar, pois esse é o solo onde nos estabelecemos!

El Antropoceno se propone como nueva época geológica, en la cual la humanidad constata su poder para transformar la realidad terrestre a escala global, al tiempo que observa con preocupación las reacciones que está provocando. El cambio climático y muchos otros fenómenos atestiguan una nueva situación donde confluyen la historia humana y la del planeta. En esta obra se exponen con claridad los distintos significados que el Antropoceno puede presentar, los múltiples puntos de vista científicos, filosóficos e ideológicos que sobre él se proyectan. Hay que ir elaborando una nueva narración, un nuevo relato, que cuente con rigor y esperanza los vínculos que están surgiendo entre los seres humanos, las innovaciones tecnológicas y el conjunto de los seres vivos. Comprender e interpretar lo que significa el Antropoceno permitirá establecer las líneas de acción más efectivas en materia ecosocial para el presente y el futuro. Solo así será posible la coexistencia de todos, humanos y no humanos, en una misma casa: la Tierra.

Autora: Donna Haraway
Traducción: Alexandra Navarro y María Marta Andreatta
Enlace a la fuente: http://revistaleca.org/journal/index.php/RLECA/article/view/53/48

No cabe duda que los procesos antropogénicos han producido efectos planetarios, en inter/intra-acción con otros procesos y especies, desde que nuestra propia especie puede ser identificada (desde algunas decenas de miles de años atrás); y la agricultura ha tenido un enorme efecto (desde algunos miles de años atrás). Ciertamente que, desde el inicio, las bacterias y sus parientes fueron, y aún son, los mayores de todos los terraformadores (y reformadores) planetarios, también en un sinnúmero de tipos de inter/intra-acción (incluso con las personas y sus prácticas, tecnológicas y otras)[1]. La propagación de plantas por dispersión de semillas, millones de años antes de la agricultura humana, representó un gran cambio en el planeta, como así también muchos otros eventos ecológicos de desarrollo histórico, revolucionarios y evolucionarios.

Manifesto Eco Modernista, ISBN: 1230001788389 (Kotev, 2016), é um documento do Breakthrough Institute traduzido do original em língua inglesa An Eco Modernist Manifesto para o português por Maurício Waldman e Tadeu Alcides Marques, sendo primeiramente disponibilizado em Abril de 2016 na Plataforma Kobo pela Editora Kotev (Kotev ©). Em Abril de 2018, este mesmo material foi transformado em texto de acesso livre na Internet em Formato PDF. Anote-se que editorialmente, o texto de Manifesto Eco Modernista é um material gratuito, sendo vedada toda forma de reprodução comercial e também, de divulgação sem aprovação prévia da Editora Kotev (Kotev©). O texto-base do original em inglês An Eco Modernist Manifesto, acompanhado do elenco de autores e signatários pode ser acessado através do link:                                                  http://www.ecomodernism.org/manifesto/. A citação do Manifesto Eco Modernista  deve obrigatoriamente incorporar referências bibliográficas em conformidade com o padrão modelar que segue: Manifesto Eco Modernista. Breakthrough Institute. Oakland (EUA), 2015. Tradução de Maurício Waldman e Tadeu Alcides Marques. Série Meio Ambiente Nº. 8. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018.

No final do século XX e início do século XXI, uma nova época geológica teve início, o Antropoceno. Ele é caracterizado pela perda da estabilidade ambiental em razão da interferência humana, do impacto cumulativo do desenvolvimento econômico sobre o meio ambiente. A mudança é sem precedentes na experiência humana; mitigá-la significa assegurar uma existência mais segura para a humanidade. Essa mitigação, porém, requer concertação internacional muito mais densa do que a que tem sido observada no regime internacional sobre mudança do clima. A construção de alianças de descarbonização entre países-chave para a resolução do problema é crucial. Ela será possível mediante a revisão dos conceitos de ameaça, segurança e interesse nacional, e uma nova interpretação da soberania, em que interesses comuns da humanidade sejam incorporados ao fundamento vestfaliano. É uma mudança complexa, mas que atualizará fundamentos importantes para uma geopolítica capaz de lidar com questões do século XXI.

La pandemia de Covid-19 es un episodio del Antropoceno, un gran experimento ecosocial, un preludio del colapso civilizatorio que se avecina. La lección de este experimento es que hemos de cambiar de rumbo, siguiendo un doble imperativo moral: cuidarnos unos a otros y cuidar entre todos nuestra común morada terrestre.

Después de treinta años de la aparición del concepto de desarrollo sostenible, el planeta está en camino de una tragedia ecológica de grandes proporciones que apenas estamos a tiempo de evitar. Entramos en el Antropoceno, una nueva época geológica en la que la huella humana es la que determina el funcionamiento del clima y la biodiversidad del sistema terrestre. El Antropoceno es el nuevo contexto del diseño: hoy en día, el desarrollo sostenible ya no es suficiente como marco conceptual. Nuestros esfuerzos como profesionales deben apuntar más allá de la sostenibilidad.
Se identifican tres estrategias de diseño en el Antropoceno: adaptación, es decir, aprender a manejar las amenazas que representa el cambio climático; mitigación, acciones para prevenir la agudización del calentamiento global; y cambios profundos en el sistema de producción y consumo, tecno-industrial predominante.

Usando el ejemplo del genocidio acontecido durante la Conquista en el continente americano, este texto arguye que la idea del Antropoceno, es decir el periodo geológico de los humanos que comenzó con dicho proceso histórico, debería llamarse Captiloceno por haber sentado las bases económicas, sociales y políticas que distinguen la crisis climática que se vive hoy día.

El artículo desarrolla una reflexión en torno al problema de los desastres y su política a partir de la noción de Antropoceno y del escenario catastrófico que refiere, especialmente amenazante para el modo de vida occidental. Se presenta un entramado de narrativas globales y latinoamericanas en tanto respuestas a lo que se identifica como la pregunta filosófico-política más radical que plantea: «qué hacer» ante los crecientes desastres, considerando que el «sujeto» de la acción y la libertad moderna es parte fundamental del problema. Se expone así la elaboración de una imaginación sobre otros modos de ser de la política, desde vertientes teoréticas que buscan desplazar y superar al sujeto como único polo agencial, así como tensionar geopolíticamente esta problemática.

"Éste es un ensayo singular. No se trata de demostrar que las décadas venideras serán cruciales, ni tampoco de describir lo que podría ocurrir: tenemos suficiente información al respecto. Lo que Isabelle Stengers intenta es más bien una «intervención», como cuando, durante un debate, un participante toma la palabra y presenta la situación debatida bajo otra perspectiva, suscitando un leve tiempo de detención y abriendo un espacio para un posterior desplazamiento de la forma de plantear todo.

Intervenir requiere cierta brevedad, porque no se trata de convencer, sino más bien de transmitir lo que hace que uno piense, sienta, imagine. Pero es también una experiencia bastante exigente, un trayecto donde es fácil patinar —las exigencias de rigor se acrecientan— Isabelle Stengers, científica y humanista, no defrauda los requerimientos inauditos que plantea este «tiempo de catástrofes», el suyo, el nuestro."

The ontology of animality, starting from Derrida's writings, determines the reconsideration of the human being and his ontological condition within an environment (Umwelt) in which the anthropocentric point of view has hitherto been predominant. The post-human represents the urgency for ethics willing to reflect on a world inhabited both by hybridizing life forms breaking the boundaries, and a common and immanent substratum yearning for its own limit: the animality partaken by all of us. The boundaries will be deconstructed starting from the ontology, through the epistemology, in order to define post-human ethics.

http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/?p=5258
Todos os mil nomes propostos são grandes demais e pequenos demais; todas as histórias são grandes demais e pequenas demais. Como Jim Clifford me ensinou, nós precisamos de narrativas (e teorias) que sejam grandes o bastante (e não mais que isso) para reunir as complexidades e manter as bordas abertas e ávidas por novas e velhas conexões surpreendentes.

Current debates about the Anthropocene have sparked renewed interest in the relationship between ecology, technology, and coloniality. How do humans relate to one another, to the living environment, and to their material or technological artifacts; and how are these relations structured by coloniality, defined not only as a material process of appropriation and subjugation, but also as an exclusionary hierarchy of knowing and being that still pervades contemporary life? While these questions have of course received attention in decolonial theory, they have also captured the interest of scholars who self-identify with the field of political ecology. However, it can be argued that political ecology still primarily adheres to research practices and paradigms that have been developed in the West, regardless of its diversity and dynamism as a field of research. It is therefore suggested that a rapprochement between decolonial theory and political ecology can open up new perspectives on current debates that are emerging around the concept of the Anthropocene. In particular, the article takes the recent interest in the ontological implications of the Anthropocene as a point of departure to bring the decolonial notion of 'border thinking' into a conversation with the so-called 'new materialism' in political ecology. While both approaches are not necessarily opposed to values grounded in rationality, they can be seen as attempts to rethink ontological divisions such as human/nature or subject/object based on 'enchanted' ways of knowing and being-in-the-world. Yet, although enchantment has the potential to counter inherently colonial practices of appropriation, commodification and objectification, it is argued that keeping a moderately critical distance to enchanted narratives is still recommended, not because of the alleged naïveté of such narratives, but rather because enchantments may also function as and through technologies of power.

Les débats récents sur l'anthropocène soulignent un nouveau intérêt scientifique pour les relations complexes entre la écologie, la technologie, et le colonialisme. Comment est-ce que l'humanité se rapportent les uns envers les autres, à leur milieu de vie et à leurs objets physiques et techniques, et comment ces relations sont-ils structurées par le colonialisme, non seulement définies comme un processus matériel de l'appropriation et de l'assujettissement, mais aussi comme une hiérarchie d'exclusion de la connaissance et de l'être, qui imprègne encore la vie contemporaine? Bien que ces questions étaient naturellement traitées dans la théorie de la décolonialisme, ils ont également suscité l'intérêt des scientifiques, qui se disent les écologistes politiques. Néanmoins, on peut affirmer que l'écologie politique suivie encore des pratiques et paradigmes de recherche occidentaux, mais il est un domaine diversifié de la recherche. Il est donc proposé qu'un rapprochement entre la théorie décolonial et l'écologie politique peut ouvrir une nouvelle perspective sur les débats autour de l'anthropocène. Avant tout, cet article prend l'intérêt récent pour les implications ontologiques de l'anthropocène comme point de départ pour amener la notion décolonial de la «pensée frontalière» dans une conversation avec le soi-disant «nouveau matérialisme» dans l'écologie politique. Bien que les deux approches ne sont pas nécessairement opposés à des valeurs fondées sur la rationalité, ce sont des tentatives de reconsidérer les divisions ontologiques entre l'homme et la nature ou entre sujet et objet basé sur les moyens «enchantés» de savoir et d'être-dans-le-monde. Pourtant, bien que l'enchantement a le potentiel pour contrer les pratiques coloniales d'appropriation, de la marchandisation et de l'objectivation, il est soutenu que garder une distance critique aux récits enchantées est recommandé, pas à cause de la naïveté présumée de ces récits, mais plutôt parce que enchantements peut également fonctionner comme et grâce à des technologies du pouvoir.

Recientes debates académicos sobre el Antropoceno apuntan hacia un renovado interés académico en las complejas relaciones entre la ecología, la tecnología y la colonialidad. ¿De qué manera los seres humanos se relacionan entre sí, de las condiciones de vida y de sus materiales o tecnológicos artefactos, y cómo son estas relaciones estructuradas por la colonialidad, que se define no sólo como un proceso material de la apropiación y el sometimiento, sino también como una jerarquía de exclusión del conocimiento y ser, que todavía impregna la vida contemporánea? Si bien estas cuestiones fueron tratadas por supuesto en la teoría decolonial, sino que también han atraído el interés de los científicos que se llaman ecologistas políticos. Sin embargo, se puede argumentar que la ecología política siguió siendo prácticas de investigación y paradigmas occidentales, aunque hay un amplio campo de investigación. Por lo tanto, se sugiere que un acercamiento entre la teoría decolonial y la ecología política puede abrir nuevas perspectivas sobre los debates actuales que están surgiendo en torno al concepto del Antropoceno. En particular, el artículo toma el reciente interés en las implicaciones ontológicas del Antropoceno como un punto de partida para que la noción decolonial de 'pensamiento fronterizo' en una conversación con el llamado 'nuevo materialismo' en la ecología política. Si bien ambos enfoques no son necesariamente opuestos a los valores fundados en la racionalidad, que pueden verse como intentos de replantear divisiones ontológicas entre los humanos y la naturaleza o entre sujeto y objeto en función de maneras 'encantadas' de conocer y de ser-en-el-mundo. Sin embargo, a pesar de encantamiento puede servir como un medio útil para contrarrestar las prácticas destructivas de apropiación, la cosificación y mercantilización, se argumenta que una distancia moderadamente crítico para narrativas encantada es recomendable, no es principalmente debido a la supuesta ingenuidad de estas narrativas, sino más bien porque encantamientos también podría funcionar como tecnologías de poder, y por medio de tecnologías de poder.

Este ensaio versa sobre a obra No tempo das Catástrofes (2015), de Isabelle Stengers, professora de Filosofia da Ciência na Universidade de Bruxelas. Para apresentar cada um dos dezesseis capítulos da obra, foram desenvolvidas quinze questões e uma proposição. Nesse sentido, o texto articula aspectos teóricos desenvolvidos pela autora
em perspectiva com acontecimentos que têm como pano de fundo o Brasil e o mundo. Assim, a proposta segue um modelo defendido pela própria autora de fazer atravessar aspectos teóricos com questões conjunturais, buscando uma aproximação pragmática, que ofereça caminhos de análise e atuação. Trata-se, em suma, de pensar aspectos políticos por meio da Filosofia da Ciência.

La III Escuela Doctoral de Verano IberLab se celebrará del 20 al 24 de junio de 2022 en la Universidad de Granada. Las actividades están destinadas a estudiantes nacionales e internacionales de máster, doctorado y posdoctorado interesados en el estudio de la cultura iberoamericana, desde los ámbitos de la crítica, la lengua, la filosofía y la literatura.

Las actividades tendrán lugar en la Facultad de Filosofía y Letras en Granada y se contará con la presencia de Franco Bifo Berardi, Roland Breeur, Mariano Siskind y Ursula Heise.

Esta tercera edición de la Escuela de Verano Iber-Lab está articulada en un módulo común ´Metodologías de la investigación y estrategias curriculares´ y dos itinerarios a elegir por los asistentes. El itinerario de Literatura y Filosofía se titula "Futuro desde los Sures: distopía, ecología y fin del mundo" y cuenta con los siguientes ejes de reflexión:
    Futurabilidad, crisis y fines del mundo.
    Políticas y poéticas de la distopía y la ciencia ficción
    Estéticas weird, góticas y del terror
    Antropoceno, ecocrítica y literatura

Seminarios, conferencias, talleres y presentaciones de proyectos de doctorado en los que participarán otros profesores invitados: Pablo Brescia, Ana Boccuti, Juan Manuel Marrero, Donald Tuten, Guillermo Rojo, Ignacio Palacio, Mario Barcala; y profesores de IberLab: Ana Gallego Cuiñas, José Antonio Pérez Tapias, Luis Sáez, Pedro Ruiz Pérez, Azucena González Blanco, Óscar Barroso, Mayte García Godoy, Miguel Calderón Campos, Cristóbal Lozano e Ignacio López Sako.

El programa académico se complementa con un atractivo programa cultural y de ocio para los asistentes en el inigualable entorno de la histórica ciudad de Granada.

Hay dos modalidades de participación: presencial y virtual.
*Primera fecha de inscripción: hasta el 15 de mayo del 2022.
*Segunda fecha de inscripción: hasta el 15 de junio del 2022.
Web: http://iberlabsummerschool.ugr.es/
Contacto: iberlabsummerschool@ugr.es

Livro organizado pro Atilio Butturi Junior, José Luís Câmara Leme e Davide Scarso - Pontes, 2021

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
DÉRBIS, LEBRES E KANI-KAMA
José Luís Câmara Leme
7
LEVINAS, GAGARINE E A QUARENTENA DE DEUS
O DESENRAIZAMENTO E A EXPLORAÇÃO ESPACIAL
José Luís Câmara Leme
11
MUNDO HUMANO E NATUREZA:
NOTAS SOBRE ANTI ANTI-DUALISMO
Davide Scarso
57
ENTRE O PADRÃO E A PRESENÇA: BUSCANDO UMA HEURÍSTICA PARA A
BIOPOLÍTICA DO PÓS-HUMANO
Marcelo El Khouri Buzato
83
CORPO, CARNE E PANDEMIA NO CAPITALOCENO
NOTAS PARA UMA ARQUEOLOGIA DAS
PRÁTICAS DIETÉTICAS
Ilda Teresa de Castro
127
MONÓLITOS NEOLIBERAIS, METAMORFOSES PERIFÉRICAS: ESCALA E
PRECARIEDADE NO RIO DE JANEIRO E NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM
Daniel N. Silva
Branca Falabella Fabrício
169
“PODE UM RIO MORRER? OS MUNDURUKU NAS LUTAS
CONTRA-ANTROPOCÊNICAS
Thiago Mota Cardoso
207
SERÁ QUE A HATSUNE MIKU SONHA COM OVELHAS ELÉCTRICAS?
VOCALOIDES, AGENTES INTELIGENTES E PÓS-HUMANIDADE
Ana Matilde Sousa
Maria Paula Diogo
231
DISPOSITIVOS-TRAVESTI, PÓS-HUMANO E BOMBADEIRAS DO BRASIL
Atilio Butturi Junior
279
QUANDO CLIMATOLOGISTAS ENCONTRAM CIENTISTAS SOCIAIS:
ESPECULAÇÕES ETNOGRÁFICAS SOBRE EQUÍVOCOS INTERDISCIPLINARES
Renzo Romano Taddei
Sophie Haines
299
SOBRE OS ORGANIZADORES
323
SOBRE OS AUTORES E AS AUTORAS
325