Michell Marins

No estudo da criatura, não se deve exercer uma curiosidade vã e perecedoura, mas ascender rumo àquilo que é imortal e permanente." Agostinho de Hipona É possível ser um bom estudante aquele que é um mau leitor? Entendemos que não. O primeiro passo para iniciar uma vida de estudo focada na busca séria e honesta pelo saber é reconhecer-se um ignorante. E o segundo passo é, justamente, reconhecer a necessidade inadiável de aprender a ler, escrever e pensar com excelência.

Este artigo tem como objetivo apresentar esclarecimentos sobre o tema para demonstrar à sociedade a importância deste assunto, para se evitar conflitos quando o filho, proveniente da reprodução heteróloga, queira reconhecer sua paternidade biológica, assim como, no caso dos doadores entenderem de que possui algum direito sobre a criança. Quando se fala de inseminação artificial não podemos confundir paternidade biológica com paternidade sócio-afetiva, pois, o doador não possui nenhuma relação com o concebido, a não ser congênita, porém, não se pode excluir o direito do próprio filho de conhecer sua identidade genética. Uma forma de minimizar esta situação de reconhecimento biológico evitando a desconstituição da paternidade sócio-afetiva é conhecer a importância de uma norma regulamentadora que possibilite a identificação da origem genética do filho desta reprodução heteróloga. É de conhecimento de uma norma de Resolução 1.957/2010 do Conselho Federal de Medicina, que regulamenta a reprodução heteróloga, determinando que o doador permaneça no anonimato e todos os envolvidos no procedimento, os pais sócio-afetivos com os filhos provenientes desta técnica. Na visão da jurisprudência existem aspectos que envolvem a inseminação artificial heteróloga que são questionados, na qual, são abordados assuntos como a possibilidade de identificação da origem genética e os reflexos quanto ao sigilo do doador. Enfim, podemos dizer que a jurisprudência entende a grande importância que existe na inseminação artificial heteróloga e que traz grandes relevâncias, ou seja, questões de direito e conhecimento. PALAVRAS-CHAVE Reprodução heteróloga; jurisprudência; identidade genética; direito e valores sociais.

Esta pesquisa qualitativa seguirá uma metodologia de pesquisa bibliográfica e análises documentais a partir de fontes primárias. Focando na demonstração da estrutura de ensino da Abordagem por Princípios ou The Principle Approach. Serão examinados os materiais produzidos pela AECEP — Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios, que vem impulsionando no Brasil a metodologia criada por James Rose e estruturada sobre as pesquisas históricas de Verna Hall no Estado Unidos. Apresentar a Abordagem por Princípios e sua história, valores e metodologia, expondo minuciosamente uma nova forma ensino eficaz para Educadores Cristãos e introduzir para futuros pedagogos, um método de ensino direcionado para a formação integral do aluno, fundamentada em princípios universais.

Procuramos uma lista concisa e suficientemente abrangente para dar algum "trabalho" ao leitor encerrá-la. Um leitor ávido pode encerrá-la em ou ou dois anos. Mas não nos esqueçamos: as listas de literatura são um projeto de vida e um pontapé inicial. Não é necessário encerrá-las para acessar as outras listas; leiam à vontade, mantenham sempre algum deles por perto para relaxar quando algum outro encher o saco.

Aqui elencamos a quarta parte da Lista de Leitura de Literatura. Ela pode ser lida antes dos Prolegômenos da Lista de Leitura de Filosofia, embora não o seja recomendável; o correto seria uma leitura simultânea. Por conta da extensão da lista, ela será dividida em algumas partes, sendo esta a quarta.

O Ordenamento das Leituras O guia definitivo das listas de leitura Um homem que, no meio de uma multidão de livros, não segue um método e uma ordem de leitura, estaria como um andarilho sem rumo na densidão da floresta, perdendo o caminho do itinerário reto, corroborando a escritura: "ainda sempre estudando, nunca alcança o saber". Hugo de São Vitor Sabemos que, no exercício da atividade intelectual, há pessoas que praticam o estudo com disposição natural e outras que precisam se esforçar muito para torná-lo um hábito. Entre um grupo e outro, há aqueles que receberam desde a infância o incentivo adequado e aqueles que receberam pouca ou nenhuma educação verdadeira por toda a vida.

A lista abaixo contém as principais obras referentes à Linguística, Filosofia da Linguagem e Filologia. Diferente das outras, esta lista não segue uma ordem cronológica de leitura, porém, foi organizada de modo a favorecer a leitura do mais fácil ao mais difícil. Recomendamos, inicialmente, leituras históricas e descritivas mais básicas para acúmulo de material filológico e teórico. Após isto, o estudante estará pronto o suficiente para encarar obras mais complexas como as de Bühler, Cassirer e Heidegger.

Lhes apresentamos aqui a lista de sugestões de leitura elaborada pelo saudoso Prof. José Monir Nasser em seu [lendário] Expedições pelo Mundo da Cultura. Assim como a lista sugerida por Mortimer Adler, não há aqui uma ordem estrutural por trás das sugestões, à exceção da óbvia posição do Como ler Livros na posição número um. Muitos livros sugeridos aqui já foram listados por nós e desejamos que sejam lidos segundo a ordem proposta em suas devidas listas organizadas pelo ordenamento. Então, seguindo o exemplo das sugestões de Mortimer Adler, vamos colocar alguns rodapés nos livros para guiar o leitor entre os livros e evitar que um desavisado abra Virgílio logo de primeira e passe o resto da vida preso na primeira página na Eneida.

A presente lista foi pensada para que o seu fiel leitor, mesmo que partindo do "zero absoluto", possa adquirir a capacidade de dominar questões matemáticas com os mais altos graus de dificuldade. A Matemática é uma ciência que exige do estudante prática e dedicação. Engana-se aquele que imagina poder apreendê-la apenas por meio da contemplação passiva. É preciso um esforço obstinado e resiliência para resistir às frustrações. A memória, se não é o maior, com certeza é um dos mais importantes atributos exigidos por esta ciência, e só pode ser alcançada pelo correto entendimento, pela prática, pela repetição e por revisões periódicas sistemáticas, embora algumas técnicas também possam servir de grande ajuda.

No estudo da criatura, não se deve exercer uma curiosidade vã e perecedoura, mas ascender rumo àquilo que é imortal e permanente." Agostinho de Hipona É possível ser um bom estudante aquele que é um mau leitor? Entendemos que não. O primeiro passo para iniciar uma vida de estudo focada na busca séria e honesta pelo saber é reconhecer-se um ignorante. E o segundo passo é, justamente, reconhecer a necessidade inadiável de aprender a ler, escrever e pensar com excelência.

Lista de Cinema Está cansado de sentir-se perdido na barafunda das produções de cinema atuais? Pois então, a lista que se segue, feita por alguém que dispensa apresentações, Roberto Mallet, tem o objetivo de indicar ao cinéfilo-ou pretendente-aquilo que de melhor há na história da Sétima Arte, e que mais desafia as leis, por assim dizer, do entretenimento contemporâneo. Trata-se de arte verdadeira (acompanhada de uma sempre bem vinda cortesia de riso e alegria, de fato: docere cum delectare), mas não de top 10 da Netflix, feito por e para homens ocos de mentes vazias.

Atualmente as músicas são demasiado simplistas-melodias de 5 notas que se repetem por vários minutos, rítmica absurda que é a mesma durante a música toda, harmonia de fundo simplesmente infantil; sem falar das letras, que são completamente vulgares. Estas músicas não entretém, mas distraem, hipnotizam, além de destruir nosso senso estético e embotar nosso gosto. Uma noção básica de música é necessária a todo ser humano, assim como conhecer músicas de toda história e de todas as nações. Enriquecer o imaginário com a música é tão importante quanto fazê-lo com a literatura. Assim, escutar música é um prazer, mas pode ser também uma modulação de nossos sentimentos, de nosso imaginário, a depender do que desejamos ressaltar. Mas também não é só isso, um estudante de música analisa mais do que isso, analisa a harmonia e a melodia, o ritmo, as cadências, e como tudo isso influi na estética e no que a música deseja transpassar. A natureza da música é contar uma história, revelar ou enaltecer um sentimento, por uma linguagem diferente daquela que originalmente surgiu. Por isso essa lista de leitura inicia-se com três livros absolutamente introdutórios aos interessados no mundo da música.

Uma lista de filosofia chinesa naturalmente provoca a seguinte pergunta: existiu, de fato, no pensamento clássico da China, algo como uma filosofia? Alguns, os historicistas de plantão, diriam que não, sob a justificativa de que a filosofia seria um fenômeno inescapavelmente enraizado nas circunstâncias histórico-culturais da Grécia de Platão e Aristóteles. Outros, produtos de um Ocidente que nem mais se recorda de suas inigualáveis origens teóricoespeculativas, querem ser tão "mente aberta" que acabam deixando o cérebro cair para fora: em nome de um anti-eurocentrismo obstinado, saboreiam cocktails pseudo-filosóficos das mais variadas cores, abstendo-se de beber da água pura e fria do logos alethinos. Para estes, filosofar não significa senão "pensar", do que se conclui naturalmente a existência de filosofias africanas, indígenas, egípcias, indianas, chinesas, etc. Afinal, lato sensu, todo ser humano pensa; entretanto, a quem considera, por isso, Caetano Veloso um grande filósofo, é preciso dizer: o buraco é mais embaixo.

Apenas dois avisos: Olavo de Carvalho escreve de forma eminentemente "ensaística", o que no fundo não é senão uma maneira filosófica de ser bagunceiro e desorganizado-coisa com a qual, admito, eu me identifico profundamente. Por isso, fica muito difícil estabelecer qualquer ordem definitiva de leitura da sua obra. O leitor, para compreender a forma mentis do autor, deve em alguma medida imitá-la, ser tão autêntico e anárquico quanto ele, viajar por seus livros como quem viaja na maionese, ao sabor das vicissitudes do momento. Em suma, leia o que te apraz e ligue o foda-se para a Mademoiselle Rigueur: docere cum delectare.

Theodore Dalrymple não é um filósofo e nem um autor sistemático.* Ele está mais próximo de um crítico cultural e/ou pensador menor daqueles muito prazerosos de serem lidos. Aqui dispomos suas obras que são muito úteis como relatos de experiências ocorridas dentro e fora do consultório psiquiátrico, como viagens pelo mundo, e algumas críticas feitas a situações cotidianas e outros. Seus livros são de "classificação livre" dentro de nosso ordenamento das leituras, mas devem obedecer à regra geral de serem lidos após os prolegômenos da lista de leitura de filosofia. *Ordenamos apenas as obras traduzidas para o português. Caso desejem, colocaremos também as no original inglês.

foi um eminente jurista brasileiro. Bastante influenciado pelo realismo de Aristóteles e de Santo Tomás de Aquino, analisou com propriedade o estado e as mudanças político-sociais do Brasil desde os tempos do Império. Adepto do direito natural, dizia que o sistema jurídico e político de um país sempre deve considerar os usos e costumes de seu próprio povo. Em razão disso, considerava inadequada a importação abstrata e idealista de modelos estrangeiros sem a devida adaptação à realidade brasileira, como se sucedera com a República em 1889, cujo o texto, apesar de tecnicamente perfeito, inaugurou um novo "direito constitucional abstrato a prevalecer sôbre o direito histórico, o sistema em conflito com a realidade, o Estado contra a Nação." (José Pedro Galvão de Sousa, Raízes Históricas da Crise Política Brasileira, Petrópolis: Vozes, 1965, p. 65).

Gilbert Keith Chesterton, como muitos o crêem, não foi propriamente um filósofo; entretanto, isso não o impede de exercitar a filosofia em muitos de seus escritos, o que é demonstrado, entre outros pontos, por sua insana cultura filosófica, superada apenas por sua cultura literária.

O Futuro do Pensamento Brasileiro é uma daquelas raras obras que nos inspira a percorrer um caminho cultural em prol de algo mais elevado, cuja recompensa não será imediata, como muitos brasileiros almejam. Essa resenha irá explorar as ideias centrais do livro e ressaltar a importância da obra para a cultura tupiniquim.