Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Figuras de Linguagem

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 17

FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS Palavras Metonmia

CONCEITOS Substitui o sentido de uma palavra pelo de outra que com ela apresenta relao constante.

EXEMPLOS Ganhar o po com o suor do rosto. O homem bebeu dois copos de cerveja e comeu quatro espetinhos de churrasco Ele descansava nos braos da poltrona O poeta dos escravos morreu jovem Sua voz um violo em serenata.

Palavras Catacrese Palavras Perfrase Palavras Metfora

D um novo sentido a um termo j Enterrei uma existente que passa a designar um aguina na mo outro ser semelhante. Substitui um nome prprio por uma circunstncia ou qualidade que a ele se refere. Compara dois seres atravs de uma qualidade atribuda a ambos. Comparao sem presena da conjuno. Mistura numa mesma expresso sensaes percebidas por diferentes sentidos. A cidade-luz continua bela e majestosa. A vida um combate

Palavras Sinestesia

Um cheiro azedo E as doces exalava daquele palavras que eu cobertor. tinha c dentro ( Gonalves Dias) Joo forte como um leo. A bola entro como um raio.

Palavras Comparao

Compara dois elementos atravs de qualidade comum a ambos. Os elementos so ligados pela conjuno como. Exagera a expresso para reforar a idia.

Pensamento Hiprbole

Estou esperando Saiba de cor mil h um sculo e trezentas que voc se oraes. arrume. A casa que ele fazia. Sendo a sua liberdade. Era a sua escravido. (Vinicius de Morais) Ora temos esperana, ora nos damos ao desespero.

Pensamento Prosopopia

Ope duas ou mais idias ou pensamentos.

Pensamento Ironia

Ocorre quando dizemos o contrrio Aatmosfera da do que pensamos. cidade poluda purssima.

Eis o grande esforo que fizeste: tiraste nota dois na prova.

FIGURAS

CONCEITOS

EXEMPLOS

Pensamento Eufemismo

Abranda as expresses duras e rudes Interpela algum em meio ao discurso. Altera a ordem normal dos termos na orao ou nas oraes no perodo. Omite propositalmente a conjuno e ou outras conjunes aditivas. a palavra ou expresso redundante que torna a frase mais vigorosa e enftica. Repete enfaticamente a conjuno e. Repete a palavra ou a frase no incio de versos ou frases.

Voc faltou com a verdade

Ele passou desta para melhor

Pensamento Apstrofe

Moreninha, moreninha. Sei que nunca sers minha. (Fernando pessoa) Desfilavam a frente de todas as crianas da prescola.

Amigo no desperdice o tempo da mocidade.

Construo Inverso

Sinto da tua vida ao amargo preo.

Construo Assndeto

O louco corria, pulava os portes, assustava as pessoas, ria sem parar.

Eu tinha a fama, a palavra, a carreira poltica.

Construo Pleonasmo

Eu canto um canto matinal. (Guilherme de Almeida)

Vi com meus prprios olhos a terrvel cena.

Construo Polissndeto

Sua irm carinhosa e meiga e doce e encantadora. Nosso cu tem mais estrelas. Nossas vrzeas tm mais flores. Nossos bosques tm mais vida. Nossa vida Mais amores (Gonalves Dias)

Tudo era lnguido, e vazio, e descampado, e deserto. (Graa aranha) Vi uma estrela to alta. Vi uma estrela to iria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia. (Manuel Bandeira)

Construo Anfora

Construo Elipse

Omite palavras ou expresses facilmente subentendidas. Faz a concordncia com a idia subentendida e no com a palavra expressa.

Usa luvas nas mos, na cabea chapu.

O mar- lago sereno. O cu- manto azulado. (Cassimiro de Abreu)

Construo Silepse

So Paulo muito populosa.

Todos os homens somos iguais.

Construo Anacoluto

Frase Tua lngua materna, nunca A beleza, em ns que ela interrompida vi idioma mais complicado. existe. quando se inicia um outro pensamento sem ligao alguma com o anterior.

Figuras de Linguagem Figuras sonoras Aliterao repetio de sons consonantais (consoantes). Cruz e Souza o melhor exemplo deste recurso. Uma das caractersticas marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia. Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volpias dos violes, vozes veladas / Vagam nos velhos vrtices velozes / Dos ventos, vivas, vs, vulcanizadas." (fragmento de Violes que choram. Cruz e Souza) Assonncia repetio dos mesmos sons voclicos. Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrtico do litoral." (Caetano Veloso) (E, O) - "O que o vago e incngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa) Paranomsia o emprego de palavras parnimas (sons parecidos). Ex: "Com tais premissas ele sem dvida leva-nos s primcias" (Padre Antonio Vieira) Onomatopia criao de uma palavra para imitar um som Ex: A lngua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com algum. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem -nhem-nhem-nhemnhem..." (Ceclia Meireles) Figuras de sintaxe Elipse omisso de um termo ou expresso facilmente subentendida. Casos mais comuns: a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implcito: iremos depois, comprareis a casa? b) substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracan, no ligar de o es tdio Maracan c) preposio - estar bbado, a camisa rota, as calas rasgadas, no lugar de: estar bbado, com a camisa rota, com as calas rasgadas. d) conjuno espero voc me entenda, no lugar de: espero que voc me entenda. e) verbo - queria mais ao filho que filha, no lugar de: queria mais o filho que queria filha. Em especial o verbo dizer em dilogos - E o rapaz: - No sei de nada !, em vez de E o rapaz disse: Zeugma omisso (elipse) de um termo que j apareceu antes. Se for verbo, pode ne cessitar adaptaes de nmero e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, nas or. comparativas. Ex: Alguns estudam, outros no, por: alguns estudam, outros no estudam. / "O meu pai era paulista / Meu av, pernambucano / O meu bisav, mineiro / Meu tatarav, baiano." (Chico Buarque) - omisso de era Hiprbato alterao ou inverso da ordem direta dos termos na orao, ou das oraes no perodo. So determinadas por nfase e podem at gerar anacolutos. Ex: Morreu o presidente, por: O presidente morreu. Obs1.: Bechara denomina esta figura antecipao. Obs2.: Se a inverso for violenta, comprometendo o sentido drasticamente, Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na snquise Obs3.: RL considera anstrofe um tipo de hiprbato Anstrofe anteposio, em expresses nominais, do termo regido de preposio ao termo regente. Ex: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos. Obs.: para Rocha Lima um tipo de hiprbato Pleonasmo repetio de um termo j expresso, com objetivo de enfatizar a idia. Ex: Vi com meus prprios olhos. "E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes), Ao pobre no lhe devo (OI pleonstico) Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da ignorncia, perdendo o carter enftico (hemorragia de sangue, descer para baixo) Assndeto ausncia de conectivos de ligao, assim atribui maior rapidez ao texto. Ocorre muito nas or. coordenadas. Ex: "No sopra o vento; no gemem as vagas; no murmuram os rios." Polissndeto repetio de conectivos na ligao entre elementos da frase ou do perodo. Ex: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. "E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vmito (...)" (Carlos Drummond de Andrade) Anacoluto termo solto na frase, quebrando a estruturao lgica. Normalmente, inicia -se uma determinada construo sinttica e depois se opta por outra. Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha vida, tudo no passa de alguns anos sem importncia (sujeito sem predicado) / Quem ama o feio, bonito lhe parece (alteraram-se as relaes entre termos da orao) Anfora repetio de uma mesma palavra no incio de versos ou frases. Ex: "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico Buarque)

Obs.: repetio em final de versos ou frases epstrofe; repetio no incio e no fim ser smploce. Classifi aes c propostas por Rocha Lima. Silepse a concordncia com a idia, e no com a palavra escrita. Existem trs tipos: a) de gnero (masc x fem): So Paulo continua poluda (= a cidade de So Paulo). V. S lisonjeiro b) de nmero (sing x pl): Os Sertes contra a Guerra de Canudos (= o livro de Euclides da Cunha). O casal no veio, estavam ocupados. c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3 pess - os brasileiros, mas quem fala ou escreve tambm participa do processo verbal) Antecipao antecipao de termo ou expresso, como recurso enftico. Pode gerar anacoluto. Ex.: Joana creio que veio aqui hoje. O tempo parece que vai piorar Obs.: Celso Cunha denomina-a prolepse. Figuras de palavras ou tropos (Para Bechara alteraes semnticas) Metfora emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. um tipo de comparao implcita, sem termo comparativo. Ex: A Amaznia o pulmo do mundo. Encontrei a chave do problema. / "Veja bem, nosso caso / uma porta entreaberta." (Lus Gonzaga Junior) Obs1.: Rocha Lima define como modalidades de metfora: personificao (animismo), hiprbole, smbolo e sinestesia. ? Personificao - atribuio de aes, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados. (A lua sorri aos enamorados) ? Smbolo - nome de um ser ou coisa concreta assumindo valor convencional, abstrato. (balana = justia, D. Quixote = idealismo, co = fidelidade, alm do simbolismo universal das cores) Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas Catacrese uso imprprio de uma palavra ou expresso, por esquecimento ou na ausncia de termo especfico. Ex.: Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado." O verbo enterrar era usado primitivamente para significar apenas colocar na terra. Obs1.: Modernamente, casos como p de meia e boca de forno so considerados metforas viciadas. Perderam valor estilstico e se formaram graas semelhana de forma existente entre seres. Obs2.: Para Rocha Lima, um tipo de metfora Metonmia substituio de um nome por outro em virtude de haver entre eles associao de significado. Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor pelo possudo, ou vice -versa barbearia) / Bebi dois copos de leite (continente pelo contedo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivduo pala classe - culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (matria pela obra - copos). Antonomsia, perfrase substituio de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expresso que facilmente o identifique. Fuso entre nome e seu aposto. Ex: O mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o leo, Escritor Maldito = Lima Barreto Obs.: Rocha Lima considera como uma variao da metonmia Sinestesia interpenetrao sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, viso, audio, gustao e tato). Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava ... / Na dolncia velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lnguida espiral que iluminava / Brancas sonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava." (Cruz e Souza ) Obs.: Para Rocha Lima, representa uma modalidade de metfora Anadiplose a repetio de palavra ou expresso de fim de um membro de frase no comeo de outro membro de frase. Ex: "Todo pranto um comentrio. Um comentrio que amargamente condena os m otivos dados." Figuras de pensamento Anttese aproximao de termos ou frases que se opem pelo sentido. Ex: "Neste momento todos os bares esto repletos de homens vazios" (Vinicius de Moraes) Obs.: Paradoxo - idias contraditrias num s pensamento, proposio de Rocha Lima ("dor que desatina sem doer" Cames) Eufemismo consiste em "suavizar" alguma idia desagradvel Ex: Ele enriqueceu por meios ilcitos. (roubou), Voc no foi feliz nos exames. (foi reprovado) Obs.: Rocha Lima prope uma variao chamada litote - afirma-se algo pela negao do contrrio. (Ele no v, em lugar de Ele cego; No sou moo, em vez de Sou velho). Para Bechara, alterao semntica. Hiprbole exagero de uma idia com finalidade expressiva Ex: Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela louca pelos filhos (gosta muito dos filhos) Obs.: Para Rocha Lima, uma das modalidades de metfora. Ironia utilizao de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irnico.

Obs.: Rocha Lima designa como antfrase Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta. Gradao apresentao de idias em progresso ascendente (clmax) ou desc endente (anticlmax) Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu no saiba, que eu no veja, que eu no conhea perfeitamente." Prosopopia, personificao, animismo a atribuio de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados . Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jao Bosco / Aldir Blanc) Obs.: Para Rocha Lima, uma modalidade de metfora Figuras de estilo (ou Figuras de Linguagem) a) " - Minha alma est fria " Outras expresses poderiam substituir esta frase, por exemplo: b) " Estou triste " ou ainda c) " Estou sem emoes " . Voc percebe que a primeira frase poderia ser substituda por outra para expressar o mesmo sentimento por parte do narrador. Ao escolher a palavra fria para conotar o seu sentimento, o narrador consegue transmitir o seu sentimento com maior intensidade. Toda vez que uma palavra ou expresso for utilizada conotativamente com o objetivo de realar uma idia ou emoo, ocorre uma figura de estilo. Como so muitas as Figuras de Estilo, vamos tratar nessa pgina somente as mais usadas na escrita convencional e que provavelmente sero as pedidas nos concursos e nos vestibulares. Figura de Estilo ou Figura de Linguagem - um recurso lingstico usado para realar uma idia ou emoo. " - Suas mos eram pura seda... " - Nessa frase o narrador associa a suavidade das mos de uma mulher a um tipo de tecido macio, sedoso e agradvel ao toque, baseando -se na sua emoo. Surge assim, uma comparao subjetiva que fica subentendida no contexto geral da frase. Nesse confronto de ordem pessoal e emotivo do escritor reside o valor literrio dessa figura denominada metfora. Metfora - acontece quando o narrador usa um termo, para representar outro ou para substitui-lo, baseandose numa comparao de ordem pessoal ou subjetiva. Ex.: "Suas mos eram pura seda" quando queria dizer "Suas mo eram muito macias". Veja outros exemplos: "Meu corao est ilhado" , "No achei a chave do problema". " - Estou lendo Jorge Amado " - Nessa frase bvio que o narrador no pode estar lendo Jorge Amado (pessoa), mas sim textos de Jorge Amado. Essa figura de estilo consiste na substituio de um termo ( lendo Jorge Amado) por outro ( Um livro de Jorge Amado). Esse tipo de figura de linguagem recebe o nome de metonmia. Metonmia - a substituio de um termo por outro, baseando -se numa estreita ligao de sentido entre eles. Assim podemos citar tambm como exemplos: "Todo Brasil vai torcer pela seleo na copa do mundo" ( onde todo Brasil refere-se ao povo brasileiro), "O careca no veio ao trabalho hoje" ( Onde uma caracterstica fsica substitui uma pessoa), " Vamos tomar uma coca? " (onde uma marca substitui um produto), "O Cear disse que seu filho nasceu" ( onde o lugar substitui a pessoa), etc. " - A perna da mesa est quebrada." A palavra perna, usada com mais propriedade quando se refere a um ser animado, homem ou animal, no entanto, por falta de um termo apropriado para defin essa parte do mvel, ir usamos a palavra para defini-la. Essa figura de estilo chama-se catacrese. Catacrese - aparece quando por falta de um termo prprio usamos um termo figurado. um tipo de metfora. Veja outros exemplos de catacrese: "Sentou no brao do sof." , "Tempere com um dente de alho." , "A asa da xcara est quebrada." " - No existiria som, se no houvesse o silncio, no existiria luz se no fosse a escurido..." (Lulu Santos) Para dar maior realce s suas idias, o autor utilizou expr esses de sentido oposto, colocando lado a lado, som / silncio, luz / escurido. Quando usado esse recurso, ele recebe o nome de anttese. Anttese - uma figura de estilo pela qual se salienta a oposio entre palavras ou idias. "- Jos entregou a alma Deus ". Para no dizer que Jos morreu, o emissor utilizou uma expresso mais suave. Ao recurso de suavizar a expresso de uma idia considerada chocante ou desagradvel, damos o nome de eufemismo.

Eufemismo- o emprego de uma expresso suave e polida no lugar de uma outra considerada grosseira ou pouco polida. Outros exemplos de eufemismo so: " Vestir um terno de madeira.", "Ele faltou com a verdade." , "Passar desta para melhor." Prosopopia ou Personificao - a figura de estilo que consiste em atribuir uma caracterstica humana a um ser inanimado, por exemplo: " as folhas batiam palmas ao vento " - nessa frase o autor confere uma ao que s possvel ao homem executar s folhas de uma rvore.Veja outro exemplo: "A brisa cantava suave". Hiprbole - o exagero intencional de uma expresso para reforar um pensamento. Exemplo: " Estou morrendo de rir". ou "J lhe avisei mil vezes". Gradao - Acontece quando voc expe suas idias de maneira crescente ou d ecrescente. Exemplo: " ... e assim, Jos conquistou o bairro, a cidade e o pas". Perfrase - Acontece quando voc substitui um termo usual e costumeiro por outro no muito comum. Exemplo: " O Astro Rei nasceu mais cedo". ( Sol ), ou ainda, " Visitarei a cidade-luz." Ironia - Acontece justamente quando voc atribui um valor depreciativo ou sarcstico a palavras ou expresses, permitindo um entendimento contrrio ao que foi dito ou escrito. Exemplo: Num dilogo entre duas pessoas ( marido e mulher ) eles esto discutindo e em dado momento o marido diz: " Mas voc hoje est insuportvel, hein?" ao que a mulher responde: - " No diga, meu amor! ". - Nesse contexto as palavras meu amor, querem dizer exatamente o contrrio do que simbolizam. Elipse: a omisso de termos que esto subentendidos na frase mas, que no foram enunciados anteriormente, veja um exemplo disso: Na frase: No deserto, o Sol escaldante. A elipse ocorre com o verbo arder, pois, ele no escrito na frase, porm, sabemos que est l, veja: No deserto, o Sol arde escaldante.

Zeugma: Omisso de termos que j ocorreram anteriormente no enunciado, veja: Uns querem doces, outros, salgados. Neste caso, o zeugma ocorre com o verbo querem (querer), que j foi escrito no perodo da frase uma ve e no z repetido na Segunda parte, apesar de estar l: Uns querem doces, outros querem salgados.

Assndeto: Omisso reiterada (vrias vezes) de conjunes entre oraes que se dispem em seqncia: Exemplo: Ri, chora, canta, entristece. Neste caso, a frase omite vrias vezes o uso da conjuno e, substituindo-a pela vrgula.

Pleonasmo: Redundncia de informaes que buscam enfatizar (reforar) um determinado ponto: Exemplo: Tais pessoas, j as conheo muito bem. Veja que as Tais pessoas,... - recebem um reforo quando so mencionadas novamente com o uso do pronome oblquo as - ...j as conheo muito bem.

Polissndeto: Repetio da mesma conjuno entre oraes dispostas em seqncia. Exemplo: E ri e chora e canta e entristece. Neste caso, o uso da vrgula no obrigatrio, tornando -se opcional, sendo que, alguns estudiosos aconselham o no uso da vrgula porque a pausa criada na leitura com seu uso, estaria subentendida a cada conjuno utilizada, cabendo ao leitor pausar a leitura como se a vrgula l estivesse.

Aliterao: Repetio de consoantes da mesma natureza, ou de natureza semelhante. Exemplo: Acho que a Chuva ajuda a gente a se ver. (Caetano Veloso)

Anfora: Repetio de uma palavra a espaos regulares durante o texto: Exemplo: Grandes pensadores, grandes obras, grandes resultados.

Epteto: Qualificao do nome por meio de uma caracterstica que lhe peculiar: Exemplo: No havia Lua na escura noite.

Paradoxo: Confronto de idias opostas e simultneas. Exemplo: Bastou ouvir o teu silncio para chorar de saudades. (Reinaldo Dias)

Onomatopia: Representao de algo por meio do som de uma palavra ou expresso. Exemplo: No consegui entender a explicao por causa do zumzumzum da classe. Veja que neste caso o som das palavras representado pela expresso zumzumzum. Reinaldo Dias Adaptado do livro Lngua e Literatura - aa. Carlos Faraco e Francisco Moura - editora tica

Figuras de linguagem - exerccios

Nos exerccios de nmero 1 a 22, faa a associao de acordo com o seguinte cdigo: a) elipse g) anacoluto b) zeugma h) silepse de gnero c) pleonasmo i) silepse de nmero d) polissndeto j) silepse de pessoa e) assndeto l) anfora f) hiprbato m) anstrofe 1. ( 2. ( 3) ( ) Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins pblicos.(Machado de Assis) ) Aquela mina de ouro, ele no ia deixar que outras espertas botassem as mos. (Jos Lins do Rego ) ) Este prefcio, apesar de interessante, intil. (Mrio Andrade)

4. ( ) Era vspera de Natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de l -Dijina, em sua casa deles dois, da outra banda, na Lapa-Laje. (Guimares Rosa) 5. ( ) Em volta: lees deitados, pombas voando, ramalhetes de flores com laos de fitas, o Z -Povinho de chapu erguido. (Anbal Machado) 6. ( ) Sob os tetos abatidos e entre os esteios fumegantes, deslizavam melhor, a salv ou tinham mais o, inviolveis esconderijos, os sertanejos emboscados. (Euclides da Cunha) 7. ( 8. ( 9. ( ) V. Exa. est cansado? ) Caa, ningum no pegava... (Mrio de Andrade) ) Mas, me escute, a gente vamos chegar l.(Guimares Rosa)

10. ( ) Grande parte, porm, dos membros daquela assemblia estavam longe destas idias.(Alexandre Herculano) 11. ( ) E brinquei, e dancei e fui

Vestido de rei....(Chico Buarque) 12. ( ) Wilfredo foge. O horror vai com ele, inclemente. Foge, corre, e vacila, e tropea e resvala, E levanta se, e foge alucinadamente....(Olavo Bilac) 13. ( ) Agachou-se, atiou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, ps -se a chupar o canudo do taquari cheio de sarro. (Graciliano Ramos) 14. ( ) To bom se ela estivesse viva me ver assim.

(Antnio Olavo Pereira) 15. ( 16. ( 17. ( 18. ( 19. ( ) Coisa curiosa gente velha. Como comem! (Anbal Machado) ) Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado.(Martinho da Vila) ) Rubio fez um gesto. Palha outro; mas quo diferentes.( Machado de Assis) ) Estava certo de que nunca jamais ningum saberia do meu crime. (Aurlio Buarque de Holanda) ) Fulgem as velhas almas namoradas....

- Almas tristes, severas, resignadas, De guerreiros, de santos, de poetas. (Camilo Pessanha) 20. ( ) Muita gente anda no mundo sem saber pra qu: vivem porque vem os outros viverem.

(J. Simes Lopes Neto) 21. ( ) Um mundo de vapores no ar flutua.

(Raimundo Correa) 22. ( ) Tende piedade de mulher no instante do parto.

Onde ela como a gua explodindo em convulso Onde ela como a terra vomitando clera Onde ela como a lua parindo desiluso. (Vincius de Morais) Nos exerccios de nmeros 23 a 40, faa a associao de acordo com o seguinte cdigo: a) metfora f) sindoque b) comparao g) sinestesia c) prosopopia h) onomatopia d) antonomsia i) aliterao e) metonmia j) catacrese 23. ( ) Asas tontas de luz, cortando o firmamento!

(Olavo Bilac) 24. ( 25. ( ) Redondos tomates de pele quase estalando.(Clarice Lispector) ) O administrador Jos Ferreira

Vestia a mais branca limpeza. (Joo Cabral de Melo Neto) 26. ( ) A cidade inteira viu assombrada, de queixo cado, o pistoleiro sumir de ladro, fugindo nos cascos de seu cavalo. (Jos Cndido de Carvalho) 27. ( 28. ( 29. ( 30. ( 31. ( ) A noite como um olhar longo e claro de mulher. (Vincius de Morais) ) A virgem dos lbios de mel um das personagens mais famosas de nossa literatura. ) O p que tinha no mar a si recolhe. (Cames) ) Se os deuses se vingam, que faremos ns os mortais? ( V. Bergo) ) Soluo onda trpida e lacrimosa; geme a brisa folhagem; o mesmo silncio anela de opresso.

( Jos de |Alencar) 32. ( 33. ( ) Avista-se o grito das araras. (Guimares Rosa) ) Da noite a tarde ea taciturna trova

Solua... 34. ( 35. ( 36. ( ) O Forte ergue seus braos para o cu de estrelas e de paz. ( Adonias Filho) ) L fora a noite um pulmo ofegante. (Fernando Namora) ) O meu abrao te informar de mim.

(Alcntara Machado) 37. ( ) Iam-se as sombras lentas desfazendo

Sobre as flores da terra frio orvalho. ( Cames) 38. ( ) No h criao nem morte perante a poesia

Diante dela, a vida um sol esttico No aquece, nem ilumina (Carlos Drummond de Andrade.) 39. ( ) Um olhar dessa plpebra sombra.

(lvares de Azevedo) 40. ( ) O arco-ris saltou como serpente multicolor nessa piscina de desenhos delicados. (Ceclia Meireles)

Nos exerccios de nmeros 41 a 50, faa a associao de acordo com o seguinte cdigo: a) ironia d) paradoxo b)eufemismo e) hiprbole c) anttese f) gradao 41. ( ) Na chuva de cores

Da tarde que explode A lagoa brilha (Carlos Drummond de Andrade) 42. ( ) Nasce o sol, e no dura mais que um dia.

Depois de luz, se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura Em contnuas tristezas, a alegria. (Gregrio de Matos) 43. ( ) Se eu pudesse contar as lgrimas que chorei na

vspera e na manh, somaria mais que todas as vertidas desde Ado e Eva. (Machado de Assis) 44. ( ) Todo sorriso feito de mil prantos,

toda vida se tece de mil mortes.( Carlos de Laet) 45. ( ) Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.

(Monteiro Lobato) 46. ( ) Residem juntamente no teu peito

Um demnio que ruge e um deus que chora.

(Olavo Bilac) 47. ( ) Quando a indesejada das gentes chegar.

(Manuel Bandeira) 48. ( ) Voando e no remando, lhe fugiram.

(Cames) 49. ( 50. ( Andrade) ) O dinheiro uma fora tremenda, onipotente, assombrosa. ( Olavo Bilac) ) Moa linda, bem tratada, trs sculos de famlia, burra como uma porta: um amor. (Mrio de

Identifique nos textos abaixo os tipos de recursos expressivos que ocorrem. 51. Olha a bolha dgua no galho Olha o orvalho! (Ceclia Meireles) R. 52. Bomba atmica que aterra! Pomba atnita da paz! Pomba tonta, bomba atmica. (Vincius de Morais) R. 53. Belo belo belo. Tenho tudo quanto quero. (Manuel Bandeira) R. 54. No quero amar, No quero ser amado, No quero combater No quero ser soldado.(Manuel Bandeira) R. 55. L vem o vaqueiro, pelos atalhos, tangendo as reses para os currais... Blm... Blm... blm... cantam os chocalhos dos tristes bodes patriarcais. (Ascenso Ferreira). R. 56. dvida sombra Sem dvida na sombra Na dvida, sem sombra. (Haroldo de Campos) R. 57. E fria, fluente, frouxa claridade

Flutua como as brumas de um letargo.... (Cruz e Souza) R. 58. A onda anda aonde anda a onda? a onde ainda ainda onda ainda onda aonde? aonde? a onda a onda. (Manuel Bandeira) R. Estabelea a correlao: a) assonncia b) paronomsia c) onomatopia d) aliterao 59. ( ) Se voc gritasse

Se voc gemesse, se voc tocasse a valsa vienense, se voc dormisse se voc cansasse se voc morresse Mas voc no morre, voc duro, Jos! (Drummond) 60. ( torta, Lua morta. Tua porta. (Cassiano Ricardo) 61. ( ) Diamante. Vidraa ) Rua

arisca, spera asa risca

o ar. E brilha. E passa. (Guilherme de Almeida) 62. ( ) pleno dia. O ar cheira a passarinho,

O lbio se dissolve em acares breves. O zumbido da mosca embalana de sede. .... Assurbanipa!....(Mrio de Andrade) 63. ( (...) Divindade do duro totem futuro total (Caetano Veloso) Nomeie as figuras encontradas nos exerccios abaixo: 64. ( ) Adeus: vamos para a frente, ) Do amor morto motor da saudade

recuando de olhos acesos. (Drummond) R. 65. Plantava tudo que era verdura, que ficavam velhas no cho. (Jos Lins do Rego) R. 66 A igreja era grande e pobre. Os altares, humildes. (Carlos Drummond de Andrade) R. 67. Algumas janelas, aqui e ali, continuam acesas, esquecidas da noite que se foi.( Fernando Sabino) R. 68. - Ningum no v nem um p de cana. (J. Lins do Rego) R. 69. E o olhar estaria ansioso esperando e a cabea ao saber da mgoa balanando e o corao fugindo e o corao voltando e os minutos passando e os minutos passando... (Vincius de Morais) R. 70. E os sessenta milhes de brasileiros falamos e escrevemos de inmeras maneiras a lngua que nos deu Portugal. (Raquel de Queirs) R. 71. Guardei na memria pedaos de conversas. (Graciliano Ramos) R,. 72. Essas que ao vento vm Belas chuvas de junho! (Joaquim Cardoso)

R. 73. Foi por ti que num sonho de ventura a flor da mocidade consumi. (lvares de Azevedo) R. . Identificar nos textos abaixo as figuras presentes nas frases: 74. ( ) A casa tem muitas gavetas

e papis, escadas compridas. Quem sabe a malcia das coisas quando a matria se aborrece? (Drummond) a) anttese b) assndeto c) prosopopia d) catacrese e) comparao. 75. ( ) Senhora, partem to tristes

meus olhos por vs, meu bem, que nunca to tristes vistes outros nenhum por ningum. (Cames) a) metfora e sinestesia b) silepse e catacrese c) catacrese e comparao d) anfora e hiprbole e) hiprbato e sindoque 76. ( ) O prstito passando

Bando de clarins em cavalos fogosos Utiaritis aritis assoprando cometas sagradas Fanfarras fanfarrans fenferrens finfirrins forrobod de cuia. (Mrio de Andrade) a) aliterao e metfora b) comparao e silepse c) onomatopia e aliterao d) onomatopia e metfora e) prosopopia e comparao Relacione as figuras de palavras:

a) sinestesia d) metonmia b) catacrese e) sindoque c) metfora f) comparao 77. ( ) Deixe em paz meu corao

Que ele um pote at aqui de mgoa.(Chico Buarque) 78. ( ) ... como um lustro de seda dentro de um confuso monto de trapos de chita. (Raquel de Queirs)

79. ( ) Por uma nica janela envidraada, entravam claridades cinzentas e surdas, sem sombras. (Clarice Lispector) 80. ( ) Folheada, a folha de um livro retoma....

(Joo Cabral de Melo Neto) 81. ( 82. ( ) Navegam fome e cansao nas profundezas do rio. (Mauro Mota). ) A cidadezinha est calada, entrevada. (Carlos Drummond de Andrade)

Relacione as figuras de construo: a) silepse de gnero f) anfora b) elipse g) pleonasmo c) zeugma h) hiprbato d) assndeto i) anacoluto e) polissndeto j) silepse de nmero l) silepse de pessoa 83. ( 84. ( 85. ( 86. ( ) Poltica, Samuel no discutia. (Carlos Drummond de Andrade) ) Eu, parece-me que sim; pelo menos nada conheo, que se lhe aparente. (Mrio de S Carneiro) ) Vossa Senhoria pode ficar descansado; no digo nada; c estou para outras.( Machado de Assis) ) Os outros reparos, aceitei-os todos.

(Mrio de Andrade) 87. ( ) Entramos os cinco, em fila, na sacristia escura.

(Carlos Drummond de Andrade) 88. ( ) Ama, e treme, e delira, e voa, e foge e engana.

(Alberto de Oliveira) 89. ( ) - E o povo de Marvalha? perguntava ele aos canoeiros.

- Esto em So Miguel. (Jos Lins do Rego) 90. ( 91. ( 92. ( ) Tenho certeza que fala de amor.(Otto Lara Resende). ) noite sem lua, concha sem prola( Guimares Rosa). ) Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere.( Vieira)

93. ( ) No nos movemos, as mos que se estenderam pouco a pouco, todas quatro,pegando -se, apertando-se, fundindo-se. (Machado de Assis)

Relacione as figuras de pensamento: a) anttese b) paradoxo c) ironia d) eufemismo e) hiprbole f) gradao g) prosopopia ou personificao apstrofe 94. ( 95. ( )Parece que toda cidade precisava ter um louco na rua para chamar o povo razo. (Jos J Veiga) )E me beija com alma e fundo/ at minhalma se sentir beijada... (Chico Buarque)

96. ( ) Holanda defender a verdade de vossos sacra-mentos. Holanda edificar templos, Holanda levantar altares... (Vieira) 97. ( 98. ( 99. ( 100. ( 101. ( )As florestas ergueram os braos peludos. (Raul Bopp) ) Colombo, fecha a porte dos teus mares. (Castro Alves) ) Tendes a volpia suprema da vaidade, qu a vaidade da modstia. (Machado de Assis) ) Gente que nasceu, amou, sofreu aqui. (Fernan -do Brandt) ) E pela paz derradeira que enfim vai nos redi-mir. Deus lhe pague. (Chico Buarque)

Relacione as figuras de som: a) aliterao b) assonncia c) kparonomsia d) onomatopia 102. ( ) Leis perfeitos seus peitos direitos

me olham assim fino menino me inclino pro lado do sim rapte-me adapte-me capte-me corao. (Caetano Veloso) 103.( 104, ( ) Plunct, plact, zum, voc no vai a lugar ne-nhum. (Raul Seixas) ) Toda gente homenageia Januria na janela.

(Chico Buarque) 105. ( ) H um pinheiro esttico e exttico.

Você também pode gostar