Colonial Hispanic American culture

This essay examines the ways in which science and the city shaped each other in the
context of the era of the Bourbon Reforms, between the expulsion of the Jesuits in
1767 and the beginning of the War of Independence in 1810. Characterized by imperial
attempts to impose a more efficient political control and economic exploitation of the
colonies in the New World, this period saw the formation of a comprehensive agenda
for the study of nature, carried out through the deployment of scientific expeditions,
the foundation of new institutions for learning, and the promotion of novel spaces
for the production and exchange of natural knowledge. Though they had their roots
in metropolitan ambitions and in the sciences of the Enlightenment, the ways these
developments played out in Mexico City reveal deeply local configurations of political
and intellectual interests, where natural and urban orders produced each other as part
of the same historical process.

Quando se fala em conquista da América se pensa nos massacres promovidos pelos invasores. Seriam mesmo os espanhóis vitoriosos? No século XVI, os tesouros americanos estavam sob o comando dos "vencedores", mas o novo território pertencia ao rei e não se tornou propriedade dos conquistadores. Com a prata, a Coroa expandiu a burocracia, presenteou os aliados e armou tropas para aniquilar seus opositores no Novo Mundo.
A era das conquistas trata da formação do maior império colonial na América, o espanhol. Entre os ameríndios, uns resistiram e outros participaram das invasões, mas aos poucos foram submetidos. Embora lutassem pelo rei, os espanhóis ficaram descontentes com seus ganhos e se rebelaram contra a Coroa. Suas vitórias não foram duradouras, logo se enquadraram ou foram aniquilados pelas tropas do rei. Quem se sagraria vitorioso desta epopeia? Este livro reúne argumentos e fatos capazes de modificar a visão simplista e parcial sobre a conquista da América.


Na orelha do seu livro, o senhor fala de “visão simplista e parcial sobre a conquista da América”.  A que o senhor se refere e a que atribui esse simplismo analítico?
Considero uma análise simplista aquela que pretende explicar o passado a partir de uma única perspectiva. Por muito tempo, a conquista da América resumia-se aos ataques militares contra os índios indefesos e à hecatombe provocada pelas epidemias. Pretendia-se não somente culpar os espanhóis pelo massacre indígena, mas também demonstrar que os índios eram “raça inferior”,  incapazes de reação. Em seguida, influenciados pelos marxistas, os historiadores pretenderam comprovar que os índios resistiram aos espanhóis e, aos poucos, deixaram de ser vítimas e receberam contornos de heróis. De fato, fossem vítimas ou heróis da resistência, os índios tiveram participação na conquista, lutaram contra as milícias espanholas, mas também colaboraram com os invasores para massacrar as populações locais. Sem os índios, os espanhóis teriam muitas dificuldades para conquistar a América. Em pesquisas recentes, descobriu-se que os espanhóis empregaram soldados negros em embates, sobretudo no assalto a Tenochtitlan (posteriormente Cidade do México). Enfim, hoje os historiadores entendem que as rivalidades entre as comunidades americanas favoreceram os espanhóis. Eles incentivaram os indígenas a aniquilar seus rivais, mas, em outras ocasiões, os espanhóis foram usados pelos índios para submeter seus oponentes. Aliás, dependendo do espaço, ao invés de  conquista seria melhor empregar conquistas, pois algumas populações resistiram ou ficaram esquecidas por séculos. Assim, não se pode conceber a conquista como o duelo entre o bem e o mal, entre índios e espanhóis, tampouco que os combates fiquem restritos às primeiras décadas do século XVI, mas concluir que foi processo de longa duração e que os conquistadores não eram somente os espanhóis. Em vários episódios, os índios e os negros também se sagraram vitoriosos.
Como o senhor avalia os estudos mais recentes sobre os impérios numa perspectiva comparada?
A perspectiva comparada é um método muito eficaz contra os historiadores nacionalistas e regionalistas que pretendem sacralizar personagens e singularizar eventos da sua história. Com alguma defasagem temporal, existem elementos que se repetem na história da América Latina. Neste grande território, as estruturais sociais, as formas de dominação e os vínculos com a metrópole guardam muitas semelhanças. Assim, conhecer o que se passou no Peru ou no México pode lançar luzes sobre o passado colonial do Brasil. Essas regiões estavam conectadas, pois dividiam a mesma cultura política e religiosa. Por isso defendo que o diálogo com os historiadores da América hispânica é fundamental para aperfeiçoar a nossa própria pesquisa histórica e nossas conclusões sobre o passado colonial.
Qual o impacto da colonização espanhola na América?
Seria muito maniqueísta afirmar que os espanhóis criaram um potente sistema de exploração do povos indígenas. De fato eles recorreram às tradições locais, às formas de dominação que já existiam antes da conquista. Não inventaram a mita, os espanhóis aperfeiçoaram e perpetuaram os mecanismos incas que obrigaram os índios a trabalhar. Nas ilhas do Caribe, onde as populações foram dizimadas pelas epidemias e pelo excesso de trabalho, os espanhóis e os crioulos (mestiços ou brancos nascidos na América) introduziram o trabalho escravo africano. O mesmo procedimento ocorreu em regiões tropicais, onde não havia braços para cultivar a cana-de-açúcar e o tabaco. Os africanos alteraram bastante o perfil populacional da América. O vazio populacional e a expansão agrícola para exportação incentivaram a difusão da abominável escravidão.  Ao meu ver, o grande impacto da colonização da América foi a introdução do escravismo, as demais formas de exploração do trabalho existiam antes da invasão espanhola.

Existiram nobres no Brasil Colônia? No Antigo Regime, a nobreza era uma categoria muito heterogênea. Variava entre titulada, fidalga e política. Os dois primeiros se destacavam pelo sangue nobre de seus antepassados enquanto a nobreza política era uma criação do rei, ou seja, eram plebeus que o monarca tornava nobres. No passado, os senhores de engenho e os capitães eram por certo poderosas lideranças de homens livres de diferentes estratos sociais. Por vezes, ditavam as suas leis, comandavam tropas armadas e contrariavam os interesses das autoridades lisboetas. Atuavam como nobres, mas nem sempre exerciam essa honra juridicamente, nem sempre eram reconhecidos pelo rei como nobres. .
Nos manuscritos não raro encontram-se distintivos sociais como “dom”, “nobreza da terra” e “principais famílias da capitania”. Eram verdadeiros “títulos brasílicos de nobreza”, embora não passassem de reverências locais, honrarias não respaldadas pela coroa. Os poderosos nem sempre apresentavam as condições necessárias para receber do monarca o foro de fidalgo, título de cavaleiro e de comendador das Ordens Militares, mecanismos legais de ascensão à baixa e média nobreza. Mesmo pejando em nome do rei, parte da elite colonial possuía sangue mestiço ou cristão-novo (de origem judaica) e estava impedida de receber as benesses régias.
Ao longo de todo livro, mas sobretudo na primeira parte, os mecanismos de enobrecimentos do Brasil colonial são comparados aos da América Espanhola. Lá existiam muitos membros da alta nobreza, pois os ricos podiam comprar títulos de conde e marquês. Tal ascensão social era impossível para os vassalos portugueses. Embora não fosse possível a compra, em momentos de guerra e carência de braços armados, sobretudo no século XVII, a coroa lusitana concedeu uma dezena de títulos de cavaleiro a caciques indígenas. Prometeu outros tantos a negros e mulatos que raramente tornavam-se nobres devido à cor da pele e à origem cativa. O racismo impedia que valorosos guerreiros ingressassem na nobreza colonial. De todo modo, mesmo brancos e puro de sangue, os nobres da América jamais desfrutavam do mesmos privilégios, honras e estabilidade da nobreza europeia.

Ronald Raminelli, professor da UFF, pesquisador da Faperj e CNPq (Bolsista de produtividade IB). Autor de Imagens da Colonização (1996), Viagens Ultramarinas (2008) e A era das conquistas (2013). Publicou dezenas de artigos em periódicos e livros no Brasil, Portugal, Espanha, França, México, Colômbia e Argentina. É membro da Companhia das Índias e  Red Columnaria desde 2010.

“É com enorme satisfação, portanto, que apresento o novo livro de Ronald Raminelli, talvez o seu melhor livro, ouso dizer, resultado de longas pesquisas no país e no exterior. Obra de historiador consolidado. Contribuição inestimável à historiografia, sobretudo em assunto crucial do tempo presente: a questão das mestiçagens, raciais e culturais”. Trecho do prefácio de Ronaldo Vainfas.

"En cierto modo es comprensible que esta obra de teatro manuscrita no haya recibido casi ninguna atención hasta ahora: firmada en 1789 por un español emigrado a México, se trata de una obra satírica de teatro secular que nunca llegó a ser impresa, que fue representada sólo en la minúscula colonia secular californiana, conservada allí entre archivos privados, y posteriormente rescatada para ser archivada de nuevo entre los papeles de la debacle del proyecto colonizador hispano-mexicano en Alta California tras la anexión a los Estados Unidos (1846-1848).  Una de las razones obvias para la falta de consideración hacia esta pieza es la gran narrativa sobre la colonización hispana de California, dominada por el estudio del tejido misionero franciscano: en ese contexto, una obra de teatro secular es una indiscutible rareza muy difícil de explicar y entender.

This important book project will further our understanding of the Hispanic cultural heritage on the Pacific rim of the US, and will also contribute to the growing corpus of recovered literary texts from the Hispanic and Mexican period that preceded the annexation of many territories to the US. In 1796 a diverse group of families made up of veteran Catalan soldiers and Mexican prisoners was offered the chance to settle near the San Lorenzo River across the Franciscan Mission of Santa Cruz in what is today Eastern Santa Cruz. They were intent on creating Branciforte, a villa of the Enlightenment: a small agricultural township that entered into immediate competition with the alternate model of colonization represented by the neighboring feudal Misión Santa Cruz across the river. Both settlements constituted the basis for modern-day Santa Cruz in California. As the settlers naturally brought with them the artifacts and practices of daily life –including entertainment in the form of musical instruments, gambling games, and books– this play was one of the cultural products brought along and, according to archival evidence, also performed. And yet, the now obvious connection between this long-forgotten early Hispanic manuscript comedy and this community has not been traced before. The play has never appeared in print before nor has it been performed in the last two hundred years. "

Se aborda la difícil situación en que se encontraba la Iglesia católica dominicana a comienzos del periodo anexionista debido, sobre todo, a su estado de acefalia desde 1858, y las diversas posturas existentes dentro del clero con respecto a la dominación española. También se analizan las leyes promulgadas en materia religiosa durante la llamada Primera República (1844-1861), para explicar la polémica que se suscitó con Gran Bretaña y los Estados Unidos como consecuencia de la legislación matrimonial promulgada por las nuevas autoridades españolas, así como en torno a la tolerancia del culto protestante en territorio dominicano.

Abstract
This article studies the difficult situation that the Dominican Catholic Church was suffering at the beginning of the annexation of Santo Domingo to Spain, mainly due to its headless condition from 1858, and the diverse existing positions among the clergy with regard to the Spanish domination. Laws on religious matters passed in the Dominican Republic during the so called First Republic (1844-1861) are also analyzed, in order to explain the polemic provoked by Great Britain and the United States because of marriage legislation promulgated by the new Spanish authorities, as well as concerning the tolerance of Protestant worship in the Dominican territory.

Lo que esta ponencia plantea es que los efectos de la modernización, entendiendo esta como un proceso de transformación social e histórica, modifico las relaciones de poder entre los sujetos subalternos del mundo colonial hispánico en Guatemala. Ello significó que algunos grupos pudieran posicionarse en relaciones de poder, mientras que otros fueron insertados en el esquema de la dominación. Sin embargo también implicó que los nuevos subalternos aprendieron el lenguaje de los dominantes a fin de presentar un proceso de resistencia ante el Estado-Nacion de Guatemala.

Dentro del mosaico de instituciones que el clero español implantó en el Nuevo Mundo para propagar la cristiandad ocuparon un rol destacado las cofradías o congregaciones, unas asociaciones piadosas y benéficas fundadas bajo una advocación religiosa que jugaron un destacado papel en la vida pública. Una de las escasas cofradías de músicos conocidas en Nueva España fue la congregación de Nuestra Señora de la Antigua de la Catedral de México, fundada a instancias del compositor español Fabián Pérez Ximeno en la década de 1640. A partir de la información de las constituciones y de la bibliografía pertinente, el presente trabajo analiza el contexto fundacional y el funcionamiento de esta congregación, así como la manera en que el colectivo de músicos de la catedral logró cohesionarse profesionalmente y proyectar su identidad peninsular a través de una devoción mariana. // Among the mosaic of institutions that the Spanish clergy implanted in the New World to spread Christianity, the confraternities or brotherhoods developed an important role as pious and charitable associations under a religious advocation and with an important role in urban public life. One of the few musicians’ confraternity known in New Spain was the congregation of Nuestra Señora de la Antigua of Mexico Cathedral, founded by the Peninsular composer Fabián Pérez Ximeno in the 1640s. Based on the information from the constitutions and relevant bibliography, this article examines the foundational context and the functioning of this congregation, as well as the way in which the group of cathedral musicians managed to cohesion professionally and to project its Peninsular identity through Marian devotion.

SAN ANTONIO DE VALERO MISSION The burials book of the Mission of San Antonio de Valero collects the records of all the people buried in the Franciscan mission during the eighty years that it was in operation. Beyond the obvious interest for genealogists, this transcription is a fundamental tool for all researchers, both in History and Philology, since, in the records, there are small capsules of the birth and history of the city of San Antonio, in Texas. The original document, unpublished until now, is treasured by the archives of the Archdiocese of San Antonio. The transcription of the burial book, carried out by Jorge Luis García Ruiz, doctor in History and Archeology from the Complutense University and the Autonomous University of Madrid, is the second volume in the series that transcribes and translates the three records of the Mission, that of baptisms, marriages, and finally burials. The English translation of this burial book is a work by Antonio Gragera, PhD in Hispanic Linguistics from the University of Massachusetts and will be available as a separate volume in June 2022.

MISIÓN DE SAN ANTONIO DE VALERO
El libro de entierros de la Misión de San Antonio de Valero recoge los registros de todos los enterrados en la misión franciscana durante los ochenta años que estuvo en funcionamiento. Más allá del evidente interés para todos aquellos dedicados al estudio de la genealogía, la transcripción que presentamos es una herramienta imprescindible para todos los investigadores, tanto de la Historia como de la Filología, ya que, incluidas en las partidas se encuentran pequeñas cápsulas del nacimiento y la historia de la ciudad de San Antonio, en Tejas. El documento original, inédito hasta ahora, es atesorado por el archivo de la Archidiócesis de San Antonio.

La transcripción del libro de entierros, realizada por Jorge Luis García Ruiz, doctor en Historia y Arqueología por la Universidad Complutense y la Universidad Autónoma de Madrid, es el primer volumen de la serie que transcribe y traduce al inglés los tres registros de la Misión, el de bautismos, el de matrimonios y finalmente, el de entierros. La traducción al inglés de este libro de entierros, es un trabajo de Antonio Gragera, doctor en Lingüística Hispana por la Universidad de Massachusetts y estará a la venta en Junio de 2022 en un volumen independiente.

Este artículo presenta una investigación sobre los discursos en torno al término “regeneración” -en sus aplicaciones políticas- en el entorno cronológico de dos momentos constitucionales: las Cortes Extraordinarias y Constituyentes de España e Indias (1810-1812) y la reunión de la Asamblea Constituyente de las Provincias Unidas del Río de la Plata (1813). A través del análisis de fuentes de interés para la historia política-intelectual -fundamentalmente de prensa escrita y cartas de época-, se logra comprender las distintas semánticas de la regeneración y el rol de éstas en la articulación de un discurso político que debía hilvanar diferentes dimensiones temporales en su legitimación.

Palabras clave: historia intelectual, discursos, regeneración, constitución, tiempo, acción


This paper intends to focus on the discourses emerged around the term “regeneration” in its political applications during two constitutional moments: the Cortes Extraordinarias y Constituyentes de España e Indias (1810-1812) and the gathering of Asamblea Constituyente de las Provincias Unidas del Río de la Plata (1813). Through the analysis of sources of political and intellectual value –particularly letters and periodical press-, it is possible to understand the different semantics of regeneration and the role of these in the articulation of political discourses that had to manage different chronological dimensions in their own legitimation.

Keywords: intellectual history, discourse, regeneration, constitution, time, action

Este artigo pretende pesquisar sobre os discursos que emergiu em torno do termo "regeneração" em suas aplicações políticas durante dois momentos constitucionais: as Cortes Extraordinarias y Constituyentes de España e Indias (1810-1812) e a reunião da Asamblea Constituyente de las Provincias Unidas del Río de la Plata (1813). Através da análise de fontes de valor político e intelectual -particularmente cartas e impressos periódicos- é possível entender as semânticas da regeneração. Bem como o papel a que aqueles tinham nos discursos políticos que tiveram que ser capazes de articular diferentes dimensões cronológicas em sua própria legitimação.

Palabras-chave: história intelectual, discursos, regeneração, constituição, tempo, ação

El presente trabajo se centra en el análisis de los legajos del siglo XVIII “Varias composiciones poéticas” y “Láminas curiosas” conservados en el Fondo Mutis del Real Jardín Botánico de Madrid. Estos documentos presentan un aspecto poco conocido de la actividad del botánico gaditano José Celestino Mutis en el virreinato del Nuevo Reino de Granada, vinculada con el uso de emblemática. Estos documentos, alejados de los terrenos de la ilustración científica, nos llevan a un caso de emblemática jesuítica para celebraciones regias, cuyo análisis nos adentra en problemas del barroco hispanoamericano.

The present work is committed to an analysis of two 18th Century files: “Varias composiciones poéticas” and “Láminas curiosas” preserved at the Royal Botanical Garden of Madrid on the Mutis Fund. This documents show a little known aspect of Cadiz botanist José Celestino Mutis in the vice kingdom of Nuevo Reino de Granada that is the use of emblematic. The files, far from the scientific illustration realm, presents us a case of Jesuit emblematic for Royal Commemorations, whose analysis deepens in Hispanic American Barroc issues.

Urban Space as Heritage in Late Colonial Cuba: Classicism and Dissonance on the Plaza de Armas of Havana, 1754-1828 considers the commemoration of Havana’s foundational site in the late colonial period as a heritage process. According to national legend, Havana, Cuba, was founded under the shade of a ceiba tree whose branches sheltered the island’s first Catholic mass and meeting of the town council (cabildo) in 1519. The founding site was first memorialized in 1754 by the erection of a baroque monument in Havana’s central Plaza de Armas, which was reconfigured in 1828 by the addition of a neoclassical work, El Templete. Viewing the transformation of the Plaza de Armas from the new perspective of heritage studies, this book investigates how late colonial Cuban society narrated Havana’s founding to valorize Spanish imperial power and used the monuments to underpin a local sense of place and cultural authenticity, civic achievement, and social order.

From a historiographical and comparative perspective, the article analyzes the Borbonic and Pombaline reforms. These interventions originated from disputes between European monarchies and altered the pact between the kings and their overseas subjects. They also provoked revolts led by different sectors of society, but these reactions differed widely in the Americas. Reforms and revolts have raised economic and political pressures overseas and made social conflicts clearer. Previously little used, the term "colony” has become fundamental to understand the links between monarchies and overseas possessions. In addition to producing raw materials on a large scale, the colonies stood out for their miscegenation and racial conflicts.

Em perspectiva historiográfica e comparativa, o artigo analisa as reformas borbônicas e pombalinas. Essas intervenções se originaram das disputas entre as monarquias europeias e alteraram o pacto entre os reis e seus súbitos ultramarinos. Provocaram ainda revoltas comandadas por diversos setores da sociedade, mas essas reações diferiram bastante nas Américas. Reformas e revoltas elevaram as pressões econômicas e políticas no ultramar e tornaram mais nítidos os conflitos sociais. Antes pouco empregado, o termo “colônia” tornou-se mais usual e fundamental para entender os vínculos entre as monarquias e as possessões ultramarinas. Além de produzir em larga escala matérias-primas, as colônias destacaram-se pela mestiçagem e conflitos raciais.

The article contributes to the identification and linguistic analysis of the Hispanic toponymic units of Uruguay, and presents the first attempt to classify them. Due to historical factors and geographical location, the Uruguayan toponymic corpus over the centuries have been formed of the European (mainly Hispanic) and autochthonous (mostly Guarani) layers. The author groups geographical names of Spanish origin, giving multiple examples, explaining their etymology and identifying metonymic chains. Along with the description of Hispanic commemorative toponyms, religious allusions, zoo-and phytotoponyms, emotionally colored toponyms and geographical names containing numerals, the author assigns a separate place to folk etymology, shift and repeated names.

Throughout this chapter, I trace a number of performative acts in the long
history of the colonization of the North American continent by evoking a
fragmented narrative of cultural encounters. In this narrative, Hispanic
colonizers and a diversity of indigenous peoples engaged in the tense
production of mutual knowledge through corporal performance art ranging
from military spectacle to religious acts to pantomime and drama. This
framing of Hispanic/Latina/o culture in the colonial period and beyond as
performed to a captive audience, for a public incarcerated within the matrix
of colonial power, seated within the confines of the Western episteme and
defined as a passive spectator in need of cultural and religious conversion,
allows me to critically reflect on the ethos of performance and the archives of the public stage to further disclose this literature’s foundational epistemic violence. While the scattered archival records of over 300 years of settlement and contact highlight the wide use of music, dance, and drama, as tools for the theatricalization of the colonial regime, the records also confirm these arts’ relevance as a precious space for cultural survival and resistance for the colonized.

SAN ANTONIO DE VALERO MISSION
The Book of Marriages of the Mission San Antonio de Valero, known as the Alamo, collects the records of all people married in the Franciscan mission during the eighty years that it was in operation. Beyond the obvious interest for genealogists, this transcription is a fundamental tool for all researchers, both in Genealogy, History and Philology, since, among the records, there are small capsules of the birth and history of the city of San Antonio, in Texas. The original document, unpublished until now, is carefully preserved in the archives of the Archdiocese of San Antonio.

The transcription of The Book of Marriages, carried out by Jorge Luis García Ruiz, doctor in History and Archeology from the Complutense University and the Autonomous University of Madrid, is the third volume of the series that transcribes and translates the three records of the Mission, which are baptisms, burials and finally marriages. The English translation of this book is a work by Antonio Gragera, PhD in Hispanic Linguistics from the University of Massachusetts and will be available in 2022.

MISIÓN DE SAN ANTONIO DE VALERO
El libro de Casamientos de la Misión de San Antonio de Valero, popularmente conocida como El Álamo, recoge los registros de todos los matrimonios celebrados en la misión franciscana durante los ochenta años que estuvo en funcionamiento. Más allá del evidente interés para todos aquellos dedicados al estudio de la genealogía, la transcripción que presentamos es una herramienta imprescindible para todos los investigadores, tanto de la Historia como de la Filología, ya que, incluidas en las partidas se encuentran pequeñas cápsulas del nacimiento y la historia de la ciudad de San Antonio, en Tejas. El documento original, inédito hasta ahora, es atesorado por el archivo de la Archidiócesis de San Antonio.

Las transcripción de este libro, realizada por Jorge Luis García Ruiz, doctor en Historia y Arqueología por la Universidad Complutense y la Universidad Autónoma de Madrid, es el tercer volumen de la serie que transcribe y traduce al inglés los tres registros de la Misión, el de bautismos, el de entierros, y finalmente el de casamientos. La traducción al inglés de este libro de matrimonios, es un trabajo de Antonio Gragera, doctor en Lingüística Hispana por la Universidad de Massachusetts y estará a la venta en 2022.

Nobrezas do Novo Mundo (The nobility of the New World) represents a welcome addition to the growing literature on the social dynamics of colonial Latin America, particularly Brazil. By combining discussions of race and nobility, Ronald Raminelli brings his audience beyond narratives of Brazilian colonial society dichotomized into black and white, master and slave. He unveils race as a multivalent concept in colonial Brazil—one that did not preclude the entrance of blacks and Indians into the lower nobility. Raminelli recognizes, however, the perils that accompanied African, Indian, Jewish, and Islamic lineages in the Luso-Atlantic, and he deftly navigates the paradoxes inherent in bestowing privileges of nobility on blacks and Indians.

Raminelli divides Nobrezas into two parts, with the first part mapping out the structures of nobility in South America and the second part analyzing black and Indian nobility. He delineates four major...

A partir del empleo de documentos primarios se desarrolla una visión detallada sobre la alimentación en Cuenca durante los 50 años posteriores a la fundación de la ciudad. Los resultados permiten observar cómo se produce el proceso, cuál fue el papel de los indígenas, los efectos de la siembra de especies introducidas y las decisiones del cabildo en torno a la regulación de precios y otros elementos.

Hispanic settlers throughout the Americas deployed religious performances and dramatic acts to signify and to impose a sense of spiritual and cultural bond(age) to a new audience: the people they were seeking to conquer and subjugate. This enforced western aesthetics staged novel cultural performances of newfangled hierarchies of power. Colonial performances displaced, replaced, repressed and criminalized the cultural practices of the colonized native inhabitants after casting them first as pagan, and then increasingly as demonic.1 In many areas now incorporated into the U.S., from Puerto Rico to California, the cultural patterns of an emerging latinidad were fraught with the original sin of this bondage, a captivity presented as the cultural bond of a new community where colonial hierarchies of race, class, and gender determined the legitimacy of aesthetic knowledge(s) and practices. Throughout this chapter, I trace a number of performative acts in the long history of the colonization of the North American continent by evoking a fragmented narrative of cultural encounters. In this narrative, Hispanic colonizers and a diversity of indigenous peoples engaged in the tense production of mutual knowledge through corporal performance art ranging from military spectacle to religious acts to pantomime and drama. This framing of Hispanic/Latino culture in the colonial period and beyond as performed to a captive audience, for a public incarcerated within the matrix of colonial power, seated within the confines of the Western episteme and defined as a passive spectator in need of cultural, religious conversion, allows me to critically reflect on the ethos of performance and the archives of the public stage to further disclose their foundational epistemic violence. While the scattered archival records of over three hundred years of settlement and contact highlight the wide use of music, dance, as well as drama, as a tool for the theatricalization of the colonial regime, they also confirm their relevance as a