Miquel Rosselló

O lugar de Cilhades localiza-se na margem direita do Rio Sabor, em pleno vale. Em termos administrativos pertence à freguesia de Felgar, concelho de Torre de Moncorvo, e distrito de Bragança, na região portuguesa de Trás-os-Montes.
Com este trabalho, divulga-se o estudo levado a cabo sobre o conjunto de materiais cerâmicos que testemunham a continuidade da ocupação deste lugar na Tardo Antiguidade e na Alta Idade Média, destacando-se deste acervo um conjunto assinalável de cerâmicas de feição islâmica.

We present the first results obtained in the archaeological research project carried
out in València la Vella between 2016 and 2018. In these first campaigns we documented
the settlement topographically and dug stratigraphic verification trenches. We have also
started to document the section of the wall most damaged by actions in the twentieth
century.
These activities have allowed us to corroborate the Visigothic chronology of a walled
nucleus of almost 5 hectares and to confirm the importance of the intramural urban
planning and the economic activities undertaken in it. In this way we are able to offer
València la Vella to the scientific community as one of the most important Visigothic
archaeological sites for contributing to our knowledge of urban planning and society in
the sixth and seventh centuries.

València la Vella, a new and very important fortified settlement of 5 hectares, emerged at the end of the 6th century. The site is 16 km away from Valentia on the Turia river. This new city was made ex novo, so it was necessary a great building effort. In addition to the large walled enclosure, three quarters and several public buildings have been located in the lower part and another in the citadel. This site must have been another center of power in Carthaginensis province.
València la Vella was abandoned in the late 7th or early 8th centuries. Contemporarily another important power center was created in Pla de Nadal, about 2 km. from València la Vella. The large palace of central courtyard was its most notorious element, but the various buildings that are appearing around it, indicate that it would be a complex yet to be delimited. Probably the recently disappeared site would be used as a quarry.

An intense constructive activity was developed in certain places and times in Valentia and around between the 6th and 8th centuries. The construction of the monumental episcopal center in the first half of the 6th century changed the urban landscape. The new buildings (cathedral, baptistery, mausoleum and others) continuously and selectively used a large number of Roman elements.
The Circus arena was urbanized from the second half of the 6th century until the middle of the 7th. These findings are small excavations. There are a lot of walls but they do not allow to identify any building. Anyway, they attest the continuity in the reuse of Roman materials. This area had less entity than the Episcopal area. In both cases, the supply of the reused material would be from the remains of the old Roman town. Archaeological materials have a significant proportion of Eastern and African imports.
Valencia la Vella, a new and very important fortified settlement of 5 hectares, emerged at the end of the 6th century. The site is 16 km away from Valentia on the Turia river. This new city was made ex novo, so it was necessary a great building effort. In addition to the large walled enclosure two public buildings have been located in the lower part and another in the citadel. This site must have been the center of power in Carthaginensis province.
Valencia la Vella was abandoned in the late 7th or early 8th centuries. Contemporarily another important power center was created in Pla de Nadal, about 2 km. from Valencia la Vella. Probably the recently disappeared site would be used as a quarry.
Resumen
En Valentia y su entorno se registró una intensa actividad constructiva en determinados lugares y momentos entre los siglos VI y VIII. La construcción del monumental centro episcopal en la primera mitad del s. VI, iniciativa del obispo Justiniano, cambió el paisaje urbano. En sus edificios (catedral, baptisterio, mausoleo y otros) se aprecia el uso continuado, pero selectivo y diferenciado, según cada uno de los conjuntos, de gran cantidad de elementos romanos. A partir de mediados del s. VI la actividad edilicia en Valentia decayó. Lo único a destacar es que se urbanizó la arena del Circo, un amplio espacio de 70 por 350 metros. Estos hallazgos se conocen peor, por ser excavaciones de poca extensión que no permiten identificar ningún edificio entre los muros aparecidos, pero sí que atestiguan un proyecto constructivo unitario, aunque de menor entidad que en la zona episcopal. Los materiales arqueológicos presentan una importante proporción de importaciones orientales y africanas. A finales del s. VI, a 16 km. de Valentia surgió un nuevo asentamiento fortificado de cierta extensión, 5 hectáreas, València la Vella. Su construcción, ex novo, supuso un gran esfuerzo edilicio. Además del gran recinto amurallado se han localizado dos edificios públicos en la parte baja y otro en la ciudadela. Debió ser el centro del poder de la provincia Carthaginensis. El yacimiento se abandonó a finales del s. VII o inicios del VIII. Al mismo tiempo, se creó otro centro monumental, el importante centro de poder de Pla de Nadal, a unos 2 km. de València la Vella. Su elemento más notorio fue el gran palacio de patio central, pero los diversos edificios que van apareciendo a su alrededor, indican que sería un complejo aún por delimitar.

O lugar de Cilhades localiza-se na margem direita do Rio Sabor, em pleno vale. Em termos administrativos pertence à freguesia de Felgar, concelho de Torre de Moncorvo, e distrito de Bragança, na região portuguesa de Trás-os-Montes. Com este trabalho, divulga-se o estudo levado a cabo sobre o conjunto de mate-riais cerâmicos que testemunham a continuidade da ocupação deste lugar na Tardo Antiguidade e na Alta Idade Média, destacando-se deste acervo um conjunto assi-nalável de cerâmicas de feição islâmica. Enquadrado no Estudo Etno-Arqueológico de Cilhades, este trabalho assume-se, e assim deve ser entendido, como uma consequência direta das medidas de mini-mização sobre elementos patrimoniais na órbita de afetação do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor 1 , medidas essas consignadas em documento próprio elaborado para o efeito e designado por Plano de Salvaguarda do Património 2. A par de outros estudos contemplados, que atendem sobretudo a períodos cro-nológicos precisos e a distintas categorias patrimoniais, da Pré-história à contem-poraneidade, o grande objectivo desta análise particular, de âmbito geográfico, seria o de dar conta da dilatada ocupação humana, nalguns casos apenas inferida, de uma área geográfica muito circunscrita da margem direita do Rio Sabor, correspondendo esta, grosso modo, à quase totalidade 3 do lugar de Cilhades. É um apontamento muito particular dessa longa diacronia que aqui se apresenta. 2. ENQUADRAMENTO ARQUEOLÓGICO Com o desenvolvimento de um plano de escavações alargadas, que incidiram sobre o espaço previamente prospectado e posterior-mente sondado dentro do lugar em apreço-que deve ser visto como uma vasta e única área arqueológica-, foram aqui intervencio-nados três pontos distintos, conhecidos na microtoponímia local como Castelinho, Cemi-tério dos Mouros e Laranjal. Para o primeiro, a intervenção arqueológica em área que ali se desenvolveu, acabou por dar conta de um excepcional sítio fortificado da II Idade do ferro, atestando-se nas que foram levadas a cabo fora do esporão onde este se estabeleceu, por áreas de menor expressão topográfica e de maior proximidade ao rio, na parte central do lugar de Cilhades, evidências mais dilatadas da longa diacronia 4 deste lugar. Acresce referir ainda que, muito embora os vestígios arqueo-lógicos desse tempo longo se possam inclusi-vamente recuar e fazer enquadrar na Pré-his-35 * Arqueólogos (AHBS-Baixo Sabor).

Between the 6th and 8th centuries the city of Valencia maintained its Episcopal and urban functions. The city got a spectacular building activity embodied in the final configuration of the episcopal Center. This activity has been widely documented over the last 30 years of archaeological research.
At the same time, despite the still scarce and dispersed information, the vast territory of the See is revealing a rich, varied and complex panorama. The territory is closely linked to the evolution of the city, with "privileged" sites such as monasteries, fortified Castra and rural mansions.
Similarly, the archaeological evidence shows the architectural and functional transformations of the old villae, especially linked to the regular presence of imported goods until, at least, the half of the 7th century, and to the productive aspects show activity Economic and the inclusion of courage and its territory in the Mediterranean trade networks of late Antiquity.


Entre los siglos VI y VIII la ciudad de Valencia mantiene sus funciones episcopales y urbanas. La urbe va a conocer una espectacular actividad edilicia plasmada en la definitiva configuración del centro episcopal, actividad ampliamente documentada durante los últimos 30 años de investigación arqueológica.
Paralelamente, a pesar de la todavía escasa y dispersa información, el amplio territorio de la sede va revelándonos un panorama rico, variado y complejo, íntimamente ligado a la propia evolución de la ciudad, con yacimientos “privilegiados” como los monasterios, castra fortificados y palacios rurales.
De manera análoga, las transformaciones arquitectónicas y funcionales de las villae próximas, especialmente ligadas a aspectos productivos, y la regular presencia de productos importados hasta, al menos, la mitad del siglo VII, evidencian la actividad económica y la inserción de Valentia y su territorio en las redes comerciales mediterráneas de la Antigüedad Tardía.

In Valencia downtown, near the Cathedral, the Almoina Archaeological center is the most important excavation in the city. The buildings of Late Antiquity that have been found here and around were the main ones of this period. The Cathedral, the baptistery, the mausoleum, the Memorial of Saint Vincent martyrdom, some Roman buildings reutilized (Curia, Asklepieion), some necropolises and other minor constructions have been identified.
We know a big but incomplete (we do not have localized the bishopric palace) episcopal complex. Little by little this important quarter of the town has been reconstructed infographically. The virtual reconstruction project of Valencia was begun in 1999. In that year we showed the first proposal of the reconstruction of Roman Republican, Roman Empire and Late Antiquity cities. New and actualized versions with news archaeological remains and the applications of technological advances were made in 2003 and 2007.
In this dynamic, we followed always the same methodology. After the archeological documentation is finished, the first part was the development of architectural and modulation studies based in the archaeological remains. Archaeologists and architects work together before to decide the basic lines to reconstruct the old buildings.
So, we can present now the last proposition (2016-2017) that we are preparing about the exterior and inner aspect of the main important quarter in Valentia around 600 AD.
All these reconstructions have been profusely utilized to Scientifics and didactic presentations

O sítio do Laranjal (Cilhades, Felgar, Torre de Moncorvo), foi intervencionado no âmbito da implementação do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor, tendo os trabalhos arqueológicos sido desenvolvidos ao abrigo do Plano de Salvaguarda do Património e enquadrados no Estudo Etno-Arqueológico de Cilhades, tratando-se o mesmo de uma das medidas de minimização  contempladas pelo desenvolvimento do projecto hidroeléctrico aludido .
Localizada na margem direita do Rio Sabor, a pequena parcela agrícola do Laranjal é parte integrante do lugar de Cilhades, pertença administrativa da freguesia de Felgar, concelho de Torre de Moncorvo e distrito de Bragança, situando-se na parte oriental da região portuguesa de Trás-os-Montes.
Neste ponto preciso do lugar aludido, os vestígios mais antigos remontam à II Idade do Ferro, tendo também ali sido identificadas as ruínas associadas a um forno  de cerâmica (Fig.3:A) de provável cronologia Tardo-Romana. Não obstante, os vestígios arqueológicos mais impactantes, que acabaram por camuflar as referidas evidências, têm correspondência com uma expressiva necrópole medieval, que, ainda que apenas tenha sido parcialmente escavada, possibilitou o registo de um total de 201 sepulturas de inumação. Um conjunto significativo destes sepulcros articula-se com um pequeno edifício (Fig.3:B), tendo este sido conotado de imediato com uma igreja, que terá, a dada altura, sacralizado este espaço.
Com este trabalho, dá-se a conhecer um pequeno conjunto de materiais arqueológicos conotados com o mobiliário funerário associados a algumas das inumações mais antigas desta necrópole, tendo-nos possibilitado recuar a cronologia da mesma, que se estende até aos inícios do Séc.XIII, até ao Séc.VI, testemunhando-se desta forma, também, a significativa importância da ocupação de Cilhades durante o período Tardo-Antigo.

XVIIth century pottery set from the Convent of Nuns of St. Clare of Xàtiva, la Costera (País Valencià) The previous explorations held in the Convent of Nuns of St. Clare of Xàtiva brought an important ceramic ensemble of the 17th century composed of
dinner sets (lustre and lustre and blue Valencian wares, Catalan monochrome blue decorated tin-glazed wares and Italian majolica wares), and coarse and kitchen wares. Given the lack of studies and publications of post-medieval pottery, this study enhances the knowledge of this epoch, regarding principally
the kitchen ware.
Key words: Pottery. XVIIth century. Convent. St. Clare Nuns. Xàtiva.

RESUM En aquest treball pretenem oferir una primera valoració arqueològica dels estudis previs realitzats en el Convent de Santa Clara de Xàtiva (La Costera, País Valencià). Aquest projecte contemplava la necessitat inicial de defi-nir el mòdul de l'antic claustre, així com d'identificar les seues estructures hidràuliques i, finalment, delimitar l'obra antiga de les intenses reformes efectuades després de la destrucció pràcticament total del cenobi l'estiu del 1936. Aquests treballs arqueològics, tant verticals com horitzontals, han pogut establir amb precisió els punts de con-tacte entre l'obra medieval i la nova i l'estratigrafia bàsica de l'emplaçament, amb unes primitives unitats amb materials ibèrics, romans, andalusins i, per últim, de la fase conventual. Paraules clau: Xàtiva, arquitectura conventual, intervenció arqueològica, orde de les clarisses. ABSTRACT In this article we try to offer a first archaeological draft on the preliminary studies which have taken place in San-ta Clara Convent (La Costera, Valencian Country). This project intends to define the ancient size of the cloister, identify the hydraulic structures related and, finally, delimit the medieval work to the more recent reforms done there due to the almost complete destruction of the building during the events of the Civil War in the summer of 1936. This archaeological studies, vertically and horizontally altogether, have precisely established the contact points between the medieval work and the recent one and the basic stratigraphy of the settlement, with primitive Ibe-rian, Roman, Andalusian unities and, in the upper layers, the conventual phase.

En el término de Benaguasil (València) se conservan en pie los restos de una tapia o cerca perteneciente a un poblado medieval que domina por su posición elevada el paso del río Turia. El estudio de arqueología de la arquitectura de la cerca y la realización de dos sondeos permitieron aproximarnos a su cronología de principios del s. XIV, descartando supuestas cronologías de época islámica, e introducir su fundación en la dinámica feudal de ocupación del territorio valenciano, en este caso perteneciente al señorío de los Luna.

Se reflexiona sobre la arqueología y la enseñanza de la Historia, la (no) utilización de los yacimientos arqueológicos como aulas privilegiadas de la historia, su gran potencialidad como recurso educativo y el escaso uso que se hace de los mismos.
Se trae como ejemplo de ruta histórica la Línea defensiva Puig-Carasols (1938) que a pesar de sus innegables valores patrimoniales salvo honrosas excepciones, sigue mayoritariamente desconocida y desprotegida e, incluso, cuestionada su recuperación y puesta en valor.

Se presentan diferentes contextos cerámicos de los ss. V-VII procedentes de Cullera, el antiguo Portum Sucrone. El panorama que se intuye es el de un enclave litoral con una gran actividad comercial, como lo demuestra la cantidad y variedad de cerámicas importadas, tanto vajilla de mesa como cerámica de cocina y ánforas, procedentes del N de África, Galia, Hispania, península Itálica y Mediterráneo central y oriental. Se constata, al igual que en otras zonas litorales mediterráneas, una reanimación de las actividades comerciales y económicas de este pequeño vicus costero, que contrasta con la práctica ausencia de evidencias o atonía de la etapa altoimperial.

The palace was a monumental building with two towers on the front, a central courtyard, a ground floor with utilitarian function and a luxury upper floor with an aristocratic and representative character and an extraordinary architectural decoration. The building was used a short time, less than a century, because a great fire caused its collapse and destruction of the building. After a lot of historical, archaeological and architectural dimension studies, there is a new interpretation of the palatine building. For the 3-D modelling of the palace, we use a data collection with a laser-scanner, and the plans from the excavation and the architectural modulation previously elaborated. The conclusions of the multidisciplinary work from the reconstruction have been used extensively in archaeological publications and, especially in the didactic information for the new Visigoth Museum and other touristic activities. There's also a 3-D printed model of the reconstruction. Resumen: Fue un edificio monumental con dos torres en fachada, patio central, planta baja con función utilitaria, planta superior lujosa con carácter señorial y extraordinaria decoración arquitectónica. Duró poco tiempo, menos de un siglo. Se derrumbó y destruyó por un gran incendio. Tras una serie de estudios históricos, arqueológicos y de modulación arquitectónica, se ha propuesto una nueva interpretación del conjunto. Para el alzamiento infográfico se empezó por un nuevo levantamiento en escáner –laser, sobre el que se levantó la reconstrucción previamente preparada tras el estudio de la planimetría de la excavación y de la modulación arquitectónica. El resultado del trabajo multidisciplinar de la reconstrucción se ha usado profusamente en publicaciones científicas arqueológicas y, especialmente, en la información didáctica del nuevo museo visigodo y en otras actividades de difusión turística. También ha servido para realizar una maqueta con una impresora 3D. Palabras clave: arqueología virtual, patrimonio cultural, arquitectura visigoda, aplicaciones para la difusión, historia

Pla de Nadal es un conjunto palatino excepcional que se construyó en el territorio de Valentia y que se debe entender en íntima relación con la ciudad. Responde al modelo de las villae con galería, torres angulares en los flancos, un espacio central abierto y un piso superior. El aula central de la fachada meridional, la única que se ha conservado, tiene 17 m. de longitud por 5,30 m. de anchura.
En el piso de la planta baja, de tierra batida sobre el sólido terreno natural, se han encontrado evidencias de su uso como almacén de grano y vino. Al mismo tiempo, también se adaptaría como un lugar de acopio de los alimentos que se recogían para atender a las obligaciones fiscales.
El piso de la planta alta, donde se situaría la pars dominicata, estaba pavimentado con signinum probablemente enmarcado con baldosas bizcochadas, de 22 x 22 x 5 cm. De este aposento superior provendrían la mayoría, si no todas, las piezas escultóricas recuperadas. Las cubiertas eran de tejas planas y curvas a distintas aguas, con un elaborado sistema de evacuación pluvial mediante gárgolas.
El edificio presenta una estructura compacta que, junto a las torres angulares, le daban un inequívoco aire de palacio-fortaleza, que es lo que sería de aspecto, aunque la presencia de numerosos accesos y la tipología de las torres no se ajustarían con una verdadera función defensiva. Tendría, pues, un cierto aire de fortaleza pero únicamente a nivel formal, no funcional.
El esquema arquitectónico presenta elementos de continuidad con la tradición de la villa clásica, caso del patio central, pero también aporta elementos nuevos, como el desarrollo de la planta residencial en el piso superior, característico de algunas villae africanas tardías y típico de las residencias medievales.
Fue un edificio de carácter oficial, de tipo áulico y residencial, relacionada con algún importante personaje de la élite civil o eclesiástica, probablemente el famoso Teodomiro de Orihuela, posibilidad bien sustentada por un grafito en una venera con el epígrafe “Tevdinir” y un medallón con monograma cruciforme con el nombre “Tebdemir”. Aquí se daría, pues, la extraordinaria y feliz circunstancia de conocer el nombre del promotor y usuario del edificio, que, además, se podría identificar con un personaje histórico que fue un importante dirigente de este territorio en los albores del reino visigodo y los inicios de la llegada de los árabes.

PROLOGO 7
J. Morín · A. Ribera · I.M. Sánchez. Editores
PONENCIA INAUGURAL
Achim Arbeiter (Univ. de Gottingen, Alemania
Los palacios de la época de los visigodos. 11
Jorge Morin (Audema), Rafael Barroso (Audema), Jesús Carrobles
(Diputación de Toledo), Isabel Sánchez (Institut Ausonius, Université
Bordeaux Montaigne).
Los palacios visigodos de la corte de Toledo. 15
Josep M. Macias (ICAC).
La arquitectura pública tardoantigua y la necesidad de una
reflexión conjunta (Proyecto HAR2012-36963-C05-02). 19
Julia Beltrán (Museu d’Història de Barcelona).
Las residencias palatinas de Barcino en el siglo VI. 23
S. Josep Mª Nolla (Univ. Girona).
La residencia fortificada de Sant Julià de Ramis (Girona). 27
Arnau Perich (ICAC).
El palacio de Qsar ibn Wardan (Siria). ¿Un precedente de Pla de Nadal? 31
Jorge Morin (Audema), Isabel Sánchez (Institut Ausonius, Université
Bordeaux Montaigne) Rafael Barroso (Audema)
La decoración arquitectónica de Pla de Nadal. 35
Albert Ribera, Miquel Rosselló.
La reconstrucción y la función del edificio de Pla de Nadal. 39Comunicaciones
Francisco Blai
La villa áulica de Pla de Nadal: Las dimensiones de la planta,
el sistema de proporciones y el modo de proyectar. 45
Jose Vicente Calatayud
Saltar la valla. Estratigrafía y hallazgos perimetrales en la evolución del
espacio de representación en Plà de Nadal, una propuesta 49
Pepa Pascual y Albert Ribera.
Valentia entre los siglos VII y IX 55
Esperanza de Coig-O´Donnell y Jorge Morin
El Museo Visigodo de Pla de Nadal MVPLA. 59

The Pla de Nadal was an exceptional palatine building, situated in Ribaroja de Turia, near Valencia. It was built between the end of the 7th century or with more probability in the beginning of the 8th century. It was excavated between 1981 and 1989 by the Museo de Prehistoria of Valencia with the direction of Empar Juan. This palace was accidentally discovered by works in the fields of this area. This agricultural activity destroyed more than the half of the building. The main facade and the whole southern part is the only area that has been preserved.
The palace was a monumental building with two towers on the façade, a central courtyard, and a luxurious top floor of aristocratic and representative character. The ground floor was of utilitarian function. We can highlight its extraordinarily rich architectural decoration from the collapsed upper floor.
The walls are nearly a meter thick and they have been kept in a height of 2.35 meters, with the windows. The walls have not foundations, and they supported on the solid natural soil, which was also the paving of the lower floor. The most of the walls are of masonry with the surface plastered. The architectural decoration highlights, because it constitute the most important collection, both by the number and the quality of its size, of the Visigoth Kingdom and one of the most significant of the entire Western world. They present a great functional and typological diversity, and a very specific iconography. We could speak too about the very interesting signs of the work of sculptural workshops techniques. Moreover, by the circumstances of its discovery, these sculptural pieces were found in situ in the levels of destruction of the building.
There are almost 800 pieces, which we could divide into two groups. On the one hand, the reused Roman stones of good quality and large size, which are the least. They had mainly architectural and structural function. On the other hand, the numerous sculptures who were worked directly on-the site for several hands or workshops, that developed the iconographic program of the building. About 400 of them, more than half, are ornamental and decorative, and they would be in the main room on the upper floor. The sustentation elements are also very numerous: capitals, columns and bases, some of them without authentic architectural feature, because of in the most of them prevailed the decorative function. We can see a constant repetition of the themes of scallops and the trifolias in the inner parts of the arches. There are some unique pieces, such as openwork crosses, the rosettes and the merlons.
The architecture of this building has a very clear Eastern influence of the Byzantine world.
Pla de Nadal is an exceptional ensemble of Palatine character in the territory of Valentia, which was the B.l.nt.la of the Arabic texts of the Theodemir Pact. Their architecture responds to the model of the Late Antiquity villae with Gallery and corner towers on the flanks, and a central peristyle. The compact ensemble with angular towers has the aspect of a Palace-fortress.
By archaeological and Epigraphic documents, we can link this building to Theodomir, the dux of this territory in the dawn of the Visigoth Kingdom and the beginnings of the Arab domination. Theodomir would represent the rise of the nobility in the front of the Royal power, at the same time that the historical sources reflect the failure of centralization and a State strong Visigoth. These duces provincial focused civil and military power in his hands. This early proto-feudal aristocracy would use a model house with porches, open areas of representation and copious use of the architectural decoration.
The building was used little time, less than a century. A great fire provoked the collapse and the destruction, which was been preceded by the total looting of furniture elements.
By a lot of studies about his historical, archaeological and architectural modulation, we can propose a new interpretation of the ensemble. There was another nearby building, Plan de Nadal II, which had been destroyed by the construction of a motorway.

La finalidad principal de este coloquio es reflexionar sobre las manifestaciones urbanas y arquitectónicas de las nuevas élites visigodas a través de sus sedes regia establecidas en Galia, en primer lugar, y posteriormente en la Península Ibérica. A partir de las recientes evidencias arqueológicas, y de manera paralela, de las investigaciones actuales versadas en la interpretación y conocimiento histórico de las fuentes escritas, se indagará en el proceso general y particular de transformación de las ciudades y de sus territorios, insistiendo en el modelo de implantación territorial de este pueblo en la parte del Mediterráneo occidental. Tomando como centro del discurso la capital de Toledo, se abordarán los precedentes urbanos bajoimperiales y el desarrollo inicial de una progresiva transformación social, económica, política y religiosa, así como en aquellos otros elementos de cambio y continuidad que también contribuyeron a delinear unos nuevos paisajes culturales a lo largo de la Antigüedad tardía. La residencia itinerante de la corte y de la monarquía visigoda en diversas ciudades galas e hispánicas, hasta su definitiva instalación en Toledo, debió acarrear consecuencias topográficas particulares en cada una de ellas, tanto en la propia estructuración de los nuevos espacios públicos y de representación, además de aquéllos de ámbito privado o residencial, como en la ordenación del territorio. Se pretende, por tanto, rastrear en qué medida las fundaciones civiles de patronato regio, y también las estructuras que integraban los itinerarios estacionales promovidas por el poder eclesiástico, contribuyeron al desarrollo y configuración de una nueva imagen de la ciudad tardoantigua que tendrá su última expresión en Oviedo con el inicio del reino asturiano.

El Occidente romano durante el siglo V estuvo marcado por las grandes migraciones de los denominados gentes barbarae, muchos de ellos germanos y de raigambre eminentemente militar. En el contexto geográfico a analizar, tras la llegada de Ataúlfo en el 412, que reside en Narbona, se instalan definitivamente en Aquitania con la firma del foedus del 418. Teodorico II elige Toulouse como sede regia. Tras varios acontecimientos, controlan la Provenza a partir del 476, y casi un siglo más tarde, vencidos por los francos, establecen una nueva capital visigoda en Toledo.

La discusión histórica sobre las capitales de les reinos dirigidos por monarcas germanos en los territorios del Imperio Occidental durante la Antigüedad tardía, no es nuevo, siendo un referente historiográfico fundamental la publicación de Sedes Regias editado por G. Ripoll y J.M. Gurt en 2000, donde se abordaba este mismo tema a través de varios casos de estudio. A esta monografía se sumaron posteriormente un sin fin de trabajos tanto de síntesis como de problemáticas locales o regionales. Pero, desafortunadamente, desconocemos numerosos aspectos de las relaciones entre visigodos arrianos, la aristocracia católica en Gaule y en Hispania, así como con el restos de la población galo o hispanorromana. La dificultad para alcanzar un consenso respecto a la existencia de una cultura material identitaria, por un lado, y las escasas evidencias monumentales para reconstruir la imagen urbana de las sedes visigodas, por otro, sigue siendo un problema arqueológico. A ello se suman otras cuestiones igualmente complejas que protagonizan el debate científico actual, en torno a la etnicidad, que están enmarcadas en planteamientos y postulados muy elaborados de larga trayectoria historiográfica, y que merecerían un foro de debate propio. Pero, probablemente las élites visigodas estaban bastante «romanizadas», y los referentes para sus manifestaciones arquitectónicas y expresión de estatus en la creación de nuevos espacios se encuentran en el mundo romano bajoimperial y en Oriente.

La idea de reabrir este debate científico surge por las novedades y avances en el conocimiento arqueológico de los últimos 15 años, sobre todo en los contextos urbanos de la Península Ibérica. Esta es la razón por la que nos hemos ceñido geográficamente al marco de la Península Ibérica y al Sur de Francia. Las novedades en cuanto a una arquitectura de poder relacionada con las élites militares y civiles visigodas, siguen siendo menores en este último caso, pero conocer la realidad arqueológica de la Gaule, desde el control visigodo efectivo de Aquitaine en el 418 hasta Vouillé en el 507, es prioritario para el caso hispano y conocer fenémenos que afectaron a ambos territorios. De ahí que debamos mirar a la Gaule du Midi, l’Aquitaine et la Provence, para establecer, siempre que sea posible unos referentes topográficos y posibles antecedentes de un modelo de organización territorial. Quizás no exista, quizá no podamos identificarlo ni definirlo por el momento.

Desde esta perspectiva y para fomentar el diálogo histórico sobre las sociedades tardoantiguas y altomedievales en Europa, nos planteamos seleccionar varias casos de estudio, que serán abordados por reconocidos especialistas. En este primer encuentro que se desarrollará durante una única pero intensa jornadas, se examinarán conceptos topográficos, arquitectónicos y territoriales como una de las vías para comprender la concepción espacial del poder y la construcción de nuevos paisajes culturales vinculados a las élites tardoantiguas y visigodas, y su reflejo e importancia en el norte peninsular a partir del siglo IX.

El hilo conductor, por tanto, es abordar las manifestaciones monumentales y arquitectónicas de la monarquía visigoda en el paisaje urbano de sus capitales regias en la Gaule du Midi y en la Península Ibérica (Barcino y Toledo). A partir de ellas, se analizarán los precedentes e influencias del mundo bajoimperial (residencias imperiales y prefecturas como Trier y Arles en Gaule en los siglos IV y V), la exportación de modelos desde estas capitales a otras zonas hispanas (caso de Pla de Nadal), así como el peso de su influencia los nuevos reinos cristianos (Oviedo). Este panorama se completa con otras evidencias arqueológicas significativas, y coetáneas del territorio hispano, que muestran la configuración de nuevos espacios de poder relacionados con la presencia de otras élites, suevas (Emerita Augusta), y orientales (Carthago Spartaria).

Con motivo de la apertura del curso académico 2018-2019 y para conmemorar el nacimiento del arqueólogo emeritense Maximiliano Macías, os informamos que el Instituto de Arqueología de Mérida (CSIC-Mérida) ha organizado para el próximo día 20 de Septiembre a las 18 h, una actividad científica que incluye la presentación de algunas de las novedades arqueológicas en España más significativas, del programa científico del IAM, y también la presentación de la nueva serie editorial del IAM, Mytra, con sus dos primeros volúmenes: Territorio, topografía y arquitectura de poder durante la Antigüedad Tardía (v. 1) y Fortificaciones, recintos ciclópeos y proceso de romanización en la comarca natural de La Serena (siglos II a.C. al I d.C.) (v. 2).
En el primer volumen presentamos los trabajos de Toledo y Pla de Nadal.

El curs pretén apropar els participants a la metodologia bàsica d’excavació i d’anàlisi arqueològica mitjançant un programa que diàriament combinarà el treball de camp en el jaciment amb el tractament dels seus resultats,  a banda d’un seguit d’activitats teòriques i visites a jaciments de l’entorn. Amb aquest curs oferim una activitat formativa orientada específicament a l’arqueologia tardoantiga, la seva cultura material i la seva problemàtica històrica. València “la Vella” és un jaciment d’època visigoda del municipi de Riba-roja de Túria situat a uns 16 km de la ciutat de València. És un enclavament emmurallat situat dalt d’un turó en una ubicació espectacular sobre el riu Túria, a uns 2 km del palau de Pla de Nadal i dins del Parc Natural del riu Túria. És un recinte fortificat d’unes 4,5 ha. d’extensió i on s’han desenvolupat escasses intervencions arqueològiques. Un indret gairebé inèdit i fonamental per a comprendre la transformació del territori de Valentia entre el període visigot i musulmà. Per la seua especial situació defensiva, no es descarten troballes de períodes anteriors, tal com va succeir posteriorment a la Guerra Civil, quan aquest promontori formà part de la línia de defensa de València, de la que es veuen restes per tot el jaciment, que també seran objecte d’una intervenció paral•lela per part d’un grup de recuperació de la Memòria Històrica.

The palace was a monumental building with two towers on the front, a central courtyard, a ground floor with utilitarian function and a luxury upper floor with an aristocratic and representative character and an extraordinary architectural decoration. The building was used a short time, less than a century, because a great fire caused its collapse and destruction of the building. After a lot of historical, archaeological and architectural dimension studies, there is a new interpretation of the palatine building. For the 3-D modelling of the palace, we use a data collection with a laser-scanner, and the plans from the excavation and the architectural modulation previously elaborated. The conclusions of the multidisciplinary work from the reconstruction have been used extensively in archaeological publications and, especially in the didactic information for the new Visigoth Museum and other touristic activities. There's also a 3-D printed model of the reconstruction. Resumen: Fue un edificio monumental con dos torres en fachada, patio central, planta baja con función utilitaria, planta superior lujosa con carácter señorial y extraordinaria decoración arquitectónica. Duró poco tiempo, menos de un siglo. Se derrumbó y destruyó por un gran incendio. Tras una serie de estudios históricos, arqueológicos y de modulación arquitectónica, se ha propuesto una nueva interpretación del conjunto. Para el alzamiento infográfico se empezó por un nuevo levantamiento en escáner –laser, sobre el que se levantó la reconstrucción previamente preparada tras el estudio de la planimetría de la excavación y de la modulación arquitectónica. El resultado del trabajo multidisciplinar de la reconstrucción se ha usado profusamente en publicaciones científicas arqueológicas y, especialmente, en la información didáctica del nuevo museo visigodo y en otras actividades de difusión turística. También ha servido para realizar una maqueta con una impresora 3D. Palabras clave: arqueología virtual, patrimonio cultural, arquitectura visigoda, aplicaciones para la difusión, historia