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O presente artigo versa sobre a possibilidade de uma figuracao logica da realidade, atraves do metodo de projecao do pensamento, mostrando a linguagem como um caminho plausivel, dentro da Filosofia da Linguagem de Wittgenstein, expressa... more
O presente artigo versa sobre a possibilidade de uma figuracao logica da realidade, atraves do metodo de projecao do pensamento, mostrando a linguagem como um caminho plausivel, dentro da Filosofia da Linguagem de Wittgenstein, expressa no Tractatus Logico-philosophicus. Neste intuito se imiscui a tentativa de exploracao, ainda que nao muito pormenorizada, dos componentes principais envolvidos desta tarefa, a saber, o mundo, a linguagem e o pensamento, apesar de se levar em conta as dificuldades que tal estudo apresenta, bem como o reconhecimento de que se busca apenas levantar algumas chaves de leitura para a compreensa da supradita questao, sem pretender abarcar o todo que o pensamento wittgensteiniano propoe.
RESUMO: A presente exposição se orienta pela investigação de um possível interesse de Ludwig Feuerbach (1804-1872) pelo tema do conhecimento, neste caso específico tomando por base o escrito Pensamentos sobre a morte e a imortalidade... more
RESUMO: A presente exposição se orienta pela investigação de um possível interesse de Ludwig Feuerbach (1804-1872) pelo tema do conhecimento, neste caso específico tomando por base o escrito Pensamentos sobre a morte e a imortalidade (Gedanken über Tod und Unsterblichkeit [1830]). Embora esta temática pareça constituir um objeto lateral no interior da obra e, por isso, ali não exista um tratamento sistemático da mesma, procuro justificar a legitimidade de concluir que a questão do conhecimento não está apenas presente, mas que dela decorrem implicações diretas para a compreensão de outros problemas que aparecem seja no referido texto de 1830, seja em obras futuras, algo que sugere a importância de examinar tal questão mais demoradamente. Neste texto investigo o problema com base em uma tipologia do saber, para daí avaliar pontos como a distinção entre subjetividade e objetividade, assim como sobre as capacidades humanas a propósito de uma compreensão da exterioridade-em que comparece a centralidade da sensibilidade como condição de possibilidade do conhecimento-, sem desconsiderar a viabilidade da abstração. Finalizo anunciando o tema da valorização da natureza, que parece já estar considerado aqui em 1830 (e que virá retomado no pensamento feuerbachiano posterior), procurando igualmente compreender a questão do conhecimento a partir de um vínculo com a natureza e com a dimensão espácio-temporal que determina qualquer existência real.
ABSTRACT: This paper deals with investigating a possible interest of Ludwig Feuerbach (1804-1872) in the subject of knowledge, in this specific case based on his work entitled Thoughts on death and immortality (Gedan- ken über Tod und Unsterblichkeit [1830]). Although this theme appears to be a lateral object within his work and where there seems to be no systematic treatment of it, this paper tries to support its legitimacy by concluding that the question of knowledge is not only present, but that it has direct implications for the understanding of other problems that arise either in the mentioned 1830 text or in future works, which suggests the importance of examining this issue at length. The problem is investigated here based on a typology of knowledge, in order to evaluate points such as the distinction betw een subjectivity and objectivity, as well as human capacities regarding an understanding of exteriority - in which the centrality of sensitivity appears as a condition for the realization of knowledge - without disregarding the viability of abstraction. The paper is concluded by announcing that the theme - appreciation of nature - seems to be already considered back there in 1830 (and which will be taken up in later Feuerbachian thought). As such, the paper stands for the effort to understand the question of knowledge from its link with nature and with the time-and-space dimension, a configuration that determines any real existence.
O presente artigo pretende analisar os conceitos de certeza sensível em Hegel e Feuerbach, partindo da ex- posição do primeiro capítulo da Fenomenologia do Espírito (Phänomenologie des Geistes [1807]) hegeliana e do texto feuerbachiano... more
O presente artigo pretende analisar os conceitos de certeza sensível em Hegel e Feuerbach, partindo da ex- posição do primeiro capítulo da Fenomenologia do Espírito (Phänomenologie des Geistes [1807]) hegeliana e do texto feuerbachiano Para a crítica da filosofia de Hegel (Zur Kritik der Hegelschen Philosophie [1839]). Em um primeiro momento a exposição é orientada pela perspectiva hegeliana, a qual defende a tese de que, en- quanto a consciência sensitiva tem a pretensão de alcançar a verdade do objeto como algo singular e isento de mediações e que, por isso, acredita ter a posse do saber mais verdadeiro e rico, passa por contradições que não pode resolver sem dar o salto para o nível da percepção; o que parecia singular lhe parece agora universal, e o “saber” pretensamente rico, se revelará o mais pobre e vazio abstrato. No segundo momento, lendo a supracitada obra de Feuerbach, temos que a certeza sensível, tal como considerada pela Fenomeno- logia, não passa de um jogo de palavras do pensamento consigo mesmo; a tese agora é a de que Hegel parte de um conceito de sensibilidade distinto da realidade efetiva e que, portanto, a refutação hegeliana só se dá logicamente, mas não realmente em relação à verdade da certeza sensível. / This article aims to analyze sensitive certain concepts in Hegel and Feuerbach, based on the exposure of the first chapter of the Hegel's Phenomenology of Spirit (Phänomenologie des Geistes [1807]) and feuerbachian For the critique of Hegel's philosophy (Zur Kritik der Hegelschen Philosophie [1839]). At first moment the exposure is driven by Hegelian perspective, which takes the view that while the sensitive conscience pretends to reach the truth of the object as something natural and free of mediations and that, therefore, believed to have possession knowledge truer and rich, goes through contradictions that cannot be solved without making the leap to the level of perception; what seemed natural it looks now universal, and the "know" supposedly rich will prove the poorest and abstract empty. In the second phase, reading the above work of Feuerbach, we have to be sensitive sure, as considered by the Phenomenology, is just a play on words of thought to himself; the argument now is that Hegel part of a concept of distinct sensitivity of the actual reality and that, therefore, the refutation Hegelian only occurs logically, but not really about the truth of sensitive certain.
Ludwig Feuerbach, Philosopher of Language? A Study of De Ratione, una, universali, infinita (1828) Resumo: O objetivo desse trabalho é tratar da problematização filosófica da linguagem realizada por Ludwig Feuerbach (1804-1872) na obra De... more
Ludwig Feuerbach, Philosopher of Language? A Study of De Ratione, una, universali, infinita (1828) Resumo: O objetivo desse trabalho é tratar da problematização filosófica da linguagem realizada por Ludwig Feuerbach (1804-1872) na obra De Ratione, una, universali, infinita (1828). Em que pese o fato da literatura especializada dificilmente enfrentar a importância desse tema no interior da contribuição teórica feuerbachiana, relegando-o a uma questão de segunda ordem ou raramente se referindo a ele como uma temática discutida pelo pensador, meu texto propõe a centralidade da linguagem para oferecer uma leitura alternativa de De Ratione, algo que efetuo com base no tratamento de alguns passos complementares, quais sejam, (i) do desafio de discutir uma questão semântica na compreensão feuerbachiana da questão, por meio do que insiro no debate certos aspectos de grande repercussão para o conjunto da construção filosófica de Feuerbach-como a questão do conhecimento, por exemplo-, e (ii) da insistência na realidade da compreensão dialógica do ser humano que tem por fundamento o problema da linguagem, algo que oferece significativas implicações para elementos vinculados ao domínio prático do pensamento feuerbachiano. Palavras-chave: Ludwig Feuerbach; linguagem; conhecimento; filosofia prática.
Abstract: This article aims at dealing with Ludwig Feuerbach’s (1804-1872) assessment of language as a philosophical problem seen in his work De Ratione, una, universali, infinita (1828). Notwithstanding that the specialized literature hardly tackles the importance of this theme within the theoretical contribution of Feuerbach, consigning it to a second order issue or rarely referring to it as a question discussed by the thinker, this article, on the other hand, moves language to the center in an attempt to offer an alternative reading of De Ratione, something done based on the treatment of some complementary steps, such as, (i) the challenge of discussing a semantic issue in the Feuerbachian assessment of the problem, which led to the insertion of certain aspects in the debate considered as having great repercussion for the whole of Feuerbach's philosophical construction - such as the question of knowledge, for example - and (ii) the insistence on the reality of a dialogic understanding of the human being based on the problem of language, something that offers significant implications for elements associated with the practical domain of Feuerbachian thought.
Resumo: O presente artigo considera a questão da subjetividade e do saber técnico-científico na perspectiva de Theodor W. Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), sobretudo no texto Dialética do Esclarecimento (1985), com o... more
Resumo: O presente artigo considera a questão da subjetividade e do saber técnico-científico na perspectiva de Theodor W. Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), sobretudo no texto Dialética do Esclarecimento (1985), com o objetivo de identificar, baseado na crítica da concepção kantiana de esclarecimento, se é possível se ter a autonomia do sujeito conservando o saber técnico-científico como a única forma válida de conhecimento. O modus operandi desse saber, transmuta o sujeito pensante em operador técnico para produzir mercadoria na sociedade capitalista, convertendo autonomia em aperfeiçoamento técnico-produtivo. Com isso, homens e máquinas são unificados, tanto pela linguagem da ciência como na produção em série de mercadorias. A busca pela eficácia e utilidade do saber, ao invés de estimular o homem a se esforçar para fazer uso do seu entendimento por conta própria, para evitar interferências externas nas suas decisões, ao contrário, leva-o para uma competição com as máquinas, renunciando, gradativamente, à sua subjetividade para se adaptar aos mecanismos de dominação da sociedade capitalista. Palavras-Chave: Autonomia. Aperfeiçoamento técnico-operacional. Racionalidade técnico-científica. Operador do saber técnico-científico.
Abstract: This article considers the issue of subjectivity and technical-scientific knowledge from the perspective of
Theodor W. Adorno (1903-1969) and Max Horkheimer (1895-1973), above all, in the text Dialectic of Enlightenment (1985), with the objective to identify, based on the critique of Kantian concept of enlightenment, whether it is possible to have the subject's autonomy, conserving technical-scientific knowledge as the only valid form of knowledge. The modus operandi of this knowledge, transmutes the thinking subject into a technical operator to produce merchandise in capitalist society, converting autonomy into technical-productive improvement. With this, men and machines are unified, both by the language of science and in the serial production of goods. The search for the effectiveness and usefulness of knowledge, instead of encouraging man to strive to make use of his understanding on his own, to avoid external interference in his decisions, on the contrary, leads him to a competition with machines,
renouncing , gradually, its subjectivity to adapt to the domination mechanisms of capitalist society.
Keywords: Autonomy. Technical-operational improvement. Technical-scientific rationality. Operator of
technical-scientific knowledge.
Resumo: Neste artigo introdutório pretendo contribuir com o debate a respeito da importância das discussões sobre a "antropologia" em Kant (1724-1804), na medida em que compreendo que a relação dessa com outras regiões do pensa-mento... more
Resumo: Neste artigo introdutório pretendo contribuir com o debate a respeito da importância das discussões sobre a "antropologia" em Kant (1724-1804), na medida em que compreendo que a relação dessa com outras regiões do pensa-mento kantiano pode produzir uma interpretação mais próxima entre a filosofia de Kant e a realidade concreta. Para cumprir esse intento, sugiro que existe a possibilidade de se pensar a Filosofia Crítica sustentada por uma "teoria da sub-jetividade" que se aproxima de uma "reflexão transcendental sobre o homem", a qual permitiria certa "sistematicidade orgânica" à filosofia kantiana. Proponho igualmente os temas do conceito kantiano de filosofia e da constituição do pro-blema do "transcendental" como elementos que auxiliam essa compreensão.
Palavras-chave: Antropologia. Reflexão transcendental sobre o homem. Teoria da subjetividade. Conceito de filosofia. Método Transcendental.
Abstract: In this introductory article I aim at contributing to the debate over the importance of discussions on "anthropology" as they are seen in Kant (1724-1804), insofar as I understand that the relation of this with other regions of Kantian thought can produce a closer interpretation of philosophy and concrete reality. In order to fulfill this purpose, I suggest that there is a possibility of thinking about critical philosophy under the support of a "theory of subjectivity" that would approach a "transcendental reflection on man", revealing an "organic systematicity" in Kantian philosophy. I also propose Kantian themes related to the concept of philosophy, constitution of the problem and of the "transcendental" as elements that would help this understanding. Keywords: Anthropology. Transcendental reflection on man. Theory of subjectivity. Concept of philosophy. Transcendental Method.
Resumen: En este artículo introductorio pretendo contribuir con el debate sobre la importancia de las discusiones sobre la "antropología" en Kant (1724-1804) en la medida en que comprendo que la relación de esta con otras regiones del pensamiento kantiano puede producir una interpretación más cercana entre la filosofía de Kant y la realidad concreta. Para cumplir este intento, sugiero que existe la posibilidad de pensar la Filosofía Crítica sostenida por una "teoría de la subjetividad" que se acerca a una "reflexión trascendental sobre el hombre" que permitiría cierta "sistematicidad orgánica" a la filosofía kantiana. Propongo también los temas del concepto kantiano de la filosofía y de la constitución del problema del "trascendental" como elementos que auxilian esta comprensión.
Palabras clave: Antropología. Reflexión trascendental sobre el hombre. Teoría de la subjetividad. Concepto de filosofía. Método trascendental.
Neste texto trato da possibilidade de defender uma “ontologia da singularidade” e seus reflexos no problema do conhecimento, bem como de oferecer uma introdução à questão da linguagem, todos estes problemas compreendidos como elementos de... more
Neste texto trato da possibilidade de defender uma “ontologia da singularidade” e seus reflexos no problema do conhecimento, bem como de oferecer uma introdução à questão da linguagem, todos estes problemas compreendidos como elementos de interesse no pensamento de Ludwig Feuerbach  (1804-1872), restringindo-me a uma investigação situada nos limites de Zur Kritik der Hegelschen Philosophie (1839). Em primeiro lugar procuro desenvolver a demarcação conceitual do que chamo de “ontologia da singularidade”, pressuposto a partir do qual coube a Feuerbach empreender uma rearticulação da filosofia com a realidade material concreta, e as implicações desta questão para o tema do conhecimento. Em segundo, proponho que estes problemas parecem vir de algum modo relacionados a uma discussão sobre a linguagem, concebida como meio de expressão do pensamento.
RESUMO: A presente exposição propõe a tese, com base no pensamento de Immanuel Kant (1724-1804), de que educação e melhoramento humano são noções que se implicam necessariamente. Isso significa que não se pode conceber, desde a posição... more
RESUMO: A presente exposição propõe a tese, com base no pensamento de Immanuel Kant (1724-1804), de que educação e melhoramento humano são noções que se implicam necessariamente. Isso significa que não se pode conceber, desde a posição kantiana, uma proposta pedagógica cujo cume não desemboque na construção de si do sujeito como instância racional teórico-prática. Parte-se, pela leitura imanente da opera kantiana, da necessidade da admissão da unidade da razão, para se desdobrarem os argumentos que pretendem justificar a posição da pedagogia como o cumprimento do ideal de Esclarecimento moderno, o qual articula em seu bojo o desenvolvimento do indivíduo, seja do ponto de vista teórico-especulativo, seja daquele moral. Ao fim e ao cabo, a proposta da educação coincide com a proposta do Esclarecimento, que, por sua vez, nada mais é que aquela da autoconstrução do sujeito como senhor de si mesmo, como horizonte aberto em permanente aprimoramento. PALAVRAS-CHAVE: Educação. Formação humana. Esclarecimento.
RESUMO O presente artigo versa sobre uma pos-sível interpretação da natureza em Aris-tóteles que corresponda à exigência da viabilidade da deliberação para a ação humana, ou seja, sobre o problema da articulação da natureza com a... more
RESUMO O presente artigo versa sobre uma pos-sível interpretação da natureza em Aris-tóteles que corresponda à exigência da viabilidade da deliberação para a ação humana, ou seja, sobre o problema da articulação da natureza com a contin-gência como seu momento interno. Para isso, propõe-se a visualização de um percurso teórico que apresenta breve-mente o conceito de natureza desde a Física aristotélica até a interpretação da possibilidade de uma ontologia da con-tingência no pensamento do Estagirita, o que é realizado com base na hipótese interpretativade Pierre Aubenque. A con-sequência da defesa do estabelecimento de um lugar para a indeterminação e a imprevisibilidade, características da ação humana, fortalece a concepção de deli-beração e demonstra a importância des-te conceito para a política em Aristóteles, algo que justifica a relevância da presen-te proposta de trabalho. ABSTRACT This paper deals with a possible interpretation of nature in Aristotle that matches the viability requirement of deliberation over human action, namely, the problem of articulation of nature with contingency as its internal time. For this, it is proposed a visual display of a theoretical path that briefly introduces the concept of nature, having its beginning in Aristotle's Physics up to the interpretation of the possibility of a contingency ontology in the thought of the Stagirite, which is performed based on the interpretive hypothesis of Pierre Aubenque. The upshot of one defending a place to indeterminacy and unpredicta-bility, features that characterize human action, strengthens the conception of deliberation and reveals the importance of this concept for politics in Aristotle, something which justifies the relevance of the proposed work. KEYWORDS Nature and contingency in Aristotle; Ontology of contingency in Aristotle; Nature, Deliberation and Politics in Aristotle.
Resumo: Este artigo defende a tese de que a passagem da metafísica dogmática à transcendental pela Crítica da razão pura de Kant, paralela à necessidade de delinear os contornos dos limites epistêmicos do sujeito cognoscente, faz que a... more
Resumo: Este artigo defende a tese de que a passagem da metafísica dogmática à transcendental pela Crítica da razão pura de Kant, paralela à necessidade de delinear os contornos dos limites epistêmicos do sujeito cognoscente, faz que a própria filosofia transcendental possa ser compreendida como certa metafísica pós-metafísica. Esta mudança metodológica é o que permite a Kant tematizar a ideia de Deus como uma máxima lógica exigida pela constituição interna da subjetividade transcendental; o argumento não é suficiente para garantir seja uma prova da existência de Deus, seja do contrário, mas certamente estabelece esta ideia da razão como condição metafísica ineliminável de todo o conhecimento possível. Palavras-chave: Metafísica; Deus; Kant.
Neste artigo pretendo discutir o tema do conhecimento como um problema filosófico no pensamento de Ludwig Feuerbach, tomando por fundamento as formulações desenvolvidas pelo pensador no escrito Princípios da filosofia do futuro (1843).... more
Neste artigo pretendo discutir o tema do conhecimento como um problema filosófico no pensamento de Ludwig Feuerbach, tomando por fundamento as formulações desenvolvidas pelo pensador no escrito Princípios da filosofia do futuro (1843). Nele comparece o interesse de Feuerbach por estabelecer a importância de uma filosofia cuja base é a realidade concreta e o reconhecimento da sensibilidade, a que nomeia “nova filosofia”. Por discutir a importância da concretude material para tematização do conhecimento, Feuerbach pressupõe a admissão de certa concepção ontológica, de modo que foi preciso passar por uma breve demarcação da ontologia materialista da qual a nova filosofia parte.
Neste artigo proponho alguns elementos que permitem identificar um interesse político no interior do pensamento de Feuerbach, considerando o desenvolvimento da questão sobretudo nos textos da década de 1840, embora por vezes recorra a... more
Neste artigo proponho alguns elementos que permitem identificar um interesse político no interior do pensamento de Feuerbach, considerando o desenvolvimento da questão sobretudo nos textos da década de 1840, embora por vezes recorra a textos posteriores. Meu objetivo é mostrar como, partindo seja do diagnóstico da situação política de sua época, seja da avaliação crítica da pseudo-comunidade cristã, Feuerbach procura estabelecer os fundamentos de uma reflexão política que considera a centralidade da comunidade para a realização essência humana, a qual encontra numa teoria do reconhecimento e na secularização do conceito de religião o espaço de sua efetividade.
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