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A música negra brasileira surge de sobrevivências africanas que estão na base da musicalidade compartilhada pelas populações negras fora da África. O mercado de consumo que então se organiza no Brasil vai observar as possibilidades massivas dessa música, o que desencadeia uma permanente tensão entre indústria e identidade. Enquanto o mercado captura e lança produtos originados nessa cultura afro, os negros buscam novos ritmos. O samba surge com música síntese da hibridização cultural, remetendo à tradição e à ressignificação local. Essa iniciativa também atendia demandas de reconhecimento dessa identidade. Frente ao cenário de internacionalização da cultura, novos gêneros e estilos atendem às demandas identitárias. O soul e sua derivação com um ritmo mais marcado, o funk, chegarão ao Brasil neste período, iniciando o movimento denominado Black. Esse encontro entre gêneros da diáspora e a recombinação com tradições locais irá produzir diferentes estilos e musicalidades. O mangue beat é considerado o exemplo melhor acabado desses encontros. Esse movimento constitui identidade, pois é a principal sobrevivência dos africanismos que construíram as culturas negras na diáspora. Trata-se, conforme Gilroy (2007), do mesmo mutante, o que se mantém mesmo em transformação de África nas culturas negras fora de África, motivo pelo qual a música é tão importante nas culturas negras.
Esta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar a roda de samba como uma prática de comunicação intertemporal da cultura afro-brasileira: uma práxis de cunho sociocultural que comunica a matriz simbólica africana do samba entre as diferentes gerações, através do resgate e atualização do legado ancestral negro originário da diáspora em terras brasileiras, que aqui chamamos de cultura de arkhé. Para alcançar tal finalidade, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre as rodas de samba pioneiras e uma pesquisa de campo com o método da observação participante nas rodas de samba contemporâneas, buscando traçar as continuidades e atualizações desta prática no seu curso histórico. Abordamos também a face mercadológica do samba, analisando sua relação com a indústria cultural e o Estado, destacando o papel que a roda de samba desempenha como espaço de cultivo da tradição, o que lhe denota uma face contra-hegemônica. Isso porque, desde as suas origens, assim como o terreiro de candomblé, a roda de samba representa a reterritorialização em nosso país da matriz simbólica africana constantemente reprimida e marginalizada pelo sistema hegemônico. E, ainda nos dias de hoje, consegue manter elementos que não foram subjugados pelas leis do mercado ou do Estado, como a alegria, o afeto, o caráter comunal e a experimentação lúdica da vida. Nesse sentido, nossa hipótese sugere que a roda de samba contemporânea ainda é herança viva da própria tradição do samba, referenciando um legado ancestral para a continuidade dinâmica do coletivo negro marginalizado ao longo do tempo, ligando de forma dialética passado, presente e futuro das diversas gerações afrodescendentes.
O objetivo principal desta dissertação é o de recuperar a dimensão atlântica da história social das musicalidades afro-brasileiras criadas por africanos escravizados e seus descendentes durante o último século de escravismo e ao longo das primeiras décadas do período pós-abolição. O foco recai, sobretudo, no entendimento dos movimentos de transposição histórica dos tambores de fricção, de determinadas áreas do continente africano para as Américas, sua importância na formação das comunidades e culturas musicais afro-brasileiras, especialmente naquelas relacionadas ao samba urbano carioca, bem como nas transformações que o processo de diáspora imprimiu na organologia e na performance realizada por meio destes tambores de fricção. Este estudo, como também o inventário realizado dos instrumentos musicais que compunham as paisagens musicais do Brasil e de determinadas sociedades da África Central, sustenta-se sobre fontes históricas variadas, desde representações iconográficas contidas em crônicas, relatos de viagem e etnografias de viajantes e estudiosos que percorreram as diversas sociedades do período, análise de exemplares de instrumentos africanos pertencentes a coleções museológicas, até a escuta e análise de diversos fonogramas disponibilizados por meios eletrônicos.
2013 •
As representações imagéticas de África são constantemente abordadas na história da música popular brasileira. Seus registros a partir da criação de uma indústria fonográfica nacional vão demonstrando-se frequentes, e cada vez mais abrangentes, incluído desde uma devoção à terra ancestral deixada para trás, à exaltação dos valores construídos através das identidades afro-brasileiras. Os discursos acerca de África elaborados nos diferentes períodos de nossa música popular representam importantes materiais de pesquisa para a análise acerca dos processos de produção de um pensamento afrocêntrico, assim como para a compreensão da relevância que as culturas de matrizes africanas possuíram e ainda possuem na formação da identidade nacional. Discutiremos deste modo, como a formação do imaginário sobre África se processou a partir da década de 30 na MPB, e como ele se reflete ainda hoje na produção musical brasileira contemporânea, que aparenta desvelar novos caminhos para a criação de identidades africanizadas. A música, por ser um dos campos onde é possível perceber mais referências voltadas à construção destas representações sobre África, torna-se um campo essencial para a compreensão deste processo, do lugar que a África ocupou, e que novamente passa a ocupar no pensamento social coletivo. O presente trabalho busca, portanto, compreender o papel que as culturas de matrizes africanas exercem, através do imaginário representado na música popular brasileira, para a formação de identidades nacionais afrocêntricas.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES -ECA-USP PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM MÚSICA -PPGMUS
PIXINGUINHA ENTRE O VELHO E O NOVO: OS ARRANJOS PARA ORQUESTRA POPULAR (1947-1957)2018 •
A presente tese observa a influência da musicalidade do princípio do gênero choro nos arranjos de Pixinguinha para orquestra popular do período entre 1947 a 1957. Por outro lado, nos referidos arranjos encontram-se elementos musicais considerados modernos, os quais Pixinguinha já vinha incorporando na linguagem do choro. Dentre eles destacam-se a criação de vozes em contraponto à melodia principal, como também o uso de variações rítmicas ligadas ao samba dos seus primórdios e ao maxixe. Diferentemente da sua atuação como arranjador na fase áurea da música popular, ligados aos padrões estéticos da indústria fonográfica no Brasil, no período abordado na tese Pixinguinha pôde explorar e vivenciar o tipo de musicalidade presente no princípio dos gêneros choro e samba no Brasil. A partir da realização de um levantamento das publicações e gravações surgidas desde a década de 80, dedicadas ao repertório, principalmente, do princípio do choro, foi realizada a análise musical de quatro arranjos para orquestra popular criados por Pixinguinha nessa fase da sua carreira.
Since the first decades of the twentieth century the Brazilian artistic-musical class has had an opening of influences to the genres of American popular music. From the 1960s, in Bossa-Nova, there was a strong relationship of exchange of influences among the musicians of these countries. Therefore, the term Brazilian Jazz emerged to translate a relationship of hybridism and "friction of musicalities" (Piedade 2003) between American jazz and popular Brazilian instrumental music. In this context, Samba appeared as the main element representing the musical identity of Brazil, evidenced by the albums of the artists linked to this aspect, both Brazilians and North Americans. Subsequently, other musical genres such as Baião and Frevo begin to gain space in this musical amalgam in albums like Coisas (1965, Form), Quarteto Novo (1967, Odeon), Egberto Gismonti (1969, Cast) and Hermeto (1970, Buddah), thus complementing the characteristics necessary for the consolidation of the musical genre known as Jazz Brasileiro. This work was composed of four main research vectors. In the first part, I focused mainly on the bibliographical analysis to illustrate and evaluate the historical panorama of the studied universe (Schuller 1986; Castro 1990; Calado 1990; Gioia 1998; Tinhorão 1998; Boffi 1999; Gridley 2000; Severiano 2008). In the second part, I sought to elucidate the Jazz Brasileiro language as a rhetorical / musical discourse, reflecting and using the "topic theory" (Ratner 1980; Agawu 1991) aimed at the analysis of Brazilian music (Piedade 2004). In the third part I present a performative component, represented by the composition and production of the author album Porto (2015), in addition to his musical analysis. In the fourth part I analyzed (Bardin 2009) the tasks related to the field work (interviews and a focus group) with the intention of personally witnessing the impressions of some of its actors in this artistic community. In general, I wanted to cooperate with studies related to Jazz in the academic universe, besides contributing to the consolidation and systematization of the Jazz Brasileiro musical characteristics.
Este texto tem como objetivo refletir acerca de duas manifestações ligadas a cultura dos negros no Brasil, o samba no período republicano e as congadas no período colonial, e o papel que as mesmas desempenharam no sentido de colaborar com a inserção dos negros nos espaços sociais do Brasil república e colônia. Argumento que com habilidade e capacidade de negociação os contingentes negros aproveitaram os interstícios e brechas possíveis do sistema social, para afirmarem suas práticas culturais e com isso construir um espaço social e simbólico para suas existências. Os conceitos de hegemonia em Gramsci e de negociação do historiador João José Reis – em contraposição às ideias que apenas focalizavam o confronto – foram de suma importância para esta reflexão.
RITA - Revue Interdisciplinaire de Travaux sur les Amériques
À escuta da cidade: Pixinguinha e a paisagem sonora carioca da Primeira República2008 •
O artigo investiga a maneira singular como um músico popular-o instrumentista, compositor, arranjador e maestro Alfredo Viana da Rocha Filho (1897-1973), mais conhecido como Pixinguinha-percebeu as transformações ocorridas no Rio de Janeiro da Primeira República (1889-1930)... Atento às transformações em curso na paisagem sonora da cidade e atraído pela possibilidade de atuar no recente nicho profissional aberto pelo mercado do entretenimento, ele inovou, ao lado de outros músicos seus contemporâneos, a linguagem musical popular, incorporando a suas práticas musicais novas sonoridades, oriundas do contexto urbano, da música popular estrangeira divulgada em discos e partituras e da rítmica de origem africana presente nos rituais religiosos afro-brasileiros praticados no Rio de Janeiro. Da reinterpretação de temas folclóricos brasileiros à incorporação de sonoridades oriundas do jazz, Pixinguinha soube se valer como poucos das transformações ocorridas na cidade. Por meio da análise de gravações da época, pretendemos escutar sua escuta, de modo a compreender as inter-relações entre o contexto urbano e produção musical da época.
2013 •
EDITORIAL: A repercussão entre autores e leitores dos números anteriores 22 e 23 de Per Musi (revista qualificada com o QUALIS A1 na CAPES e indexada na base SciELO), dedicados aos estudos em música popular, motivou mais uma chamada sobre este tema, que parece ser o que mais tem atraído a atenção de pesquisadores na história recente da pesquisa em música no Brasil. Devido ao grande número de submissões, os artigos aprovados foram divididos em três volumes – 28, 29 e 30 – que trazem um total de 46 artigos, 11 partituras e 6 resenhas. Este volume 28 de Per Musi traz 14 artigos, 4 partituras e 2 resenhas. Faz-se necessária uma errata em relação às minhas traduções dos dois artigos de Phillip Tagg publicados em Per Musi 22 (2010, p.7-21) e 23 (2011, p.7-18), pois ignorei que três termos da metodologia analítica desse autor [(1) Interobjective comparison; (2) Interobjective Comparison Material (IOCM) e (3) Paramusical Field of Connotation (PMFC)] já haviam sido introduzidos anteriormente no Brasil por Martha Ulhôa no seu artigo A Análise da música brasileira popular (Cadernos do Colóquio, 1999, p.61-68) e na tradução do artigo Analisando a música popular: teoria método e prática de Tagg (Em Pauta, v.14, n.3, 2003, p.5-42). Assim, ao invés de Comparação interobjetiva, Material de Comparação Interobjetiva e Campo Paramusical de Conotação, devemos utilizar os termos Comparação entre Objetos, Material de Comparação entre Objetos (MCeO) e Campo de associações Paramusicais (CAPm). A norte-americana Deborah Mawer, em tradução de Fausto Borém, aprofunda a discussão sobre o estilo improvisatório do jazzista norte-americano Bill Evans e suas conexões com a música francesa, especialmente Ravel, Messiaen e, mesmo, o francês de adoção Chopin, apresentando as transformações de gênero, cultura, identidade nacional e linha do tempo em duas obras emblemáticas: Kind of blue de Miles Davis e Peace Piece do próprio Evans. Em seguida a própria Peace Piece de Bill Evans é apresentada em partitura transcrita por Jim Aikin. O norte-americano J. William (Bill) Murray, em tradução de Fausto Borém, apresenta um estudo sobre o estilo composicional de Bill Evans em 19 obras selecionadas, abordando elementos como andamento, métrica, tonalidade, forma, duração, ritmo harmônico, linguagem harmônica e outros detalhes relevantes. Fabiano Araújo e Fausto Borém propõe uma aplicação da teoria tonal de Schoenberg como ferramenta de análise, realização e composição no contexto da música popular, ilustrando com exemplos retirados da música de Hermeto Pascoal. Em um segundo artigo, Fabiano Araújo e Fausto Borém aplicam esta proposta na realização de duas lead sheets do monumental Calendário do som de Hermeto Pascoal. Finalmente, são apresentados os manuscritos e as lead sheets realizadas dessas duas músicas de Hermeto Pascoal - 23 de junho de 1996 e 9 de Junho de 1997 - , realizadas e editadas por Fabiano Araújo. As práticas composicionais e improvisatórias de Egberto Gismonti ao piano são o foco de Marcelo G. M. Magalhães Pinto e Fausto Borém, que apontam, na música Frevo, o hibridismo de gêneros e estilos característico do compositor multi-instrumentista, com ecos de J. S. Bach, F. Chopin, H. Villa-Lobos, da Primeira e Segunda Escolas de Viena e do período pós-1950. Em seguida, a partitura de Frevo de Egberto Gismonti, em transcrição e edição de Marcelo G. M. Magalhães e Fausto Borém, é apresentada. Rafael Tomazoni Gomes e Guilherme A. Sauerbronn de Barros revelam, na música Cristal, como Cesar Camargo Mariano transpõe elementos afro-brasileiros do samba e a ambiência de sua formação instrumental para o piano. Por meio de uma análise estilística da música Pé no chão, Guilherme Araújo Freire e Rafael dos Santos abordam o hibridismo de gêneros brasileiros e norte-americanos na linguagem instrumental de vanguarda do grupo paulista Medusa na década de 1980. Alvaro Neder discute a utilização da canção Mesmo que seja eu como forma de contestação feminina a papeis de gênero estabelecidos. A música é compreendida como um discurso social, interferindo ativamente na produção de novas subjetividades e na reestruturação da sociedade. Rodrigo Cantos Savelli Gomes investiga o papel das mulheres negras no berço do samba carioca, conhecido como Pequena África, buscando restaurar suas histórias no Rio de Janeiro do início do século XX, hoje esquecidas, como compositoras, instrumentistas, cantoras e formadoras de opinião. Renata Schmidt de Arruda Gomes aborda a estigmatização da umbanda, religião afro-brasileira essencialmente musical e, a partir de um estudo de caso sobre o terreiro Reino de Luz, mostra os pontos de conflito e preconceitos entre suas práticas de performance e a aceitação social. Adelcio Camilo Machado aborda o início da trajetória do sambista Martinho da Vila, focando sua análise no arranjo, letra, melodia, harmonia e contexto histórico das canções Boa noite, Carnaval de ilusões e Caramba, que integram a primeira faixa de seu LP de estreia de 1969 e marcam a sua passagem do cenário mais restrito das escolas de samba para o grande mercado da música popular brasileira. Renan Paiva Chaves e Eduardo de Lima Visconti esmiúçam cada faixa do disco México 70, revelando o mosaico musical de Wilson Simonal em meio às relações entre futebol, imprensa, música popular e política, ao mesmo tempo em que apresentam os conflitos simbólicos da internacionalização da cultura e da consolidação da indústria fonográfica no Brasil. Com base em práticas deliberadas e práticas informais de aprendizagem musical, Ana Carolina Nunes do Couto propõe uma abordagem no ensino de teclado em grupo para o repertório instrumental popular, exemplificando com arranjos de Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), O Trem Azul (Lô Borges e Ronaldo Bastos), Viagem (João de Aquino e Paulo César Pinheiro) e Eleanor Rigby (John Lennon e Paul McCartney). Procurando ampliar a percepção estereotipada e simplista da música popular na vida cotidiana recebida via mídia de massa, Heloísa de A. Duarte Valente discute a rede de signos da paisagem sonora da música popular entre os governos de FHC e Lula, com seus modelos e formas de comportamento. Na Seção de Resenhas – Pega na Chaleira, dois livros Liliana Harb Bollos são apresentados: Bossa nova e crítica: polifonia de vozes na imprensa por Carlos Ernest Dias e Clara na Música Popular, por Kátia Milene Lima da Conceição. Finalmente, Informamos que Per Musi está disponível gratuitamente nos sites www.scielo.com.br e www.musica.ufmg. br/permusi. As versões impressas de quase todos os números da revista ainda podem ser adquiridas através do e-mail permusi@ufmg.br.
Revista Pontos de Interrogação - Pos-Critica UNEB
Dossiê "Estudando o Samba" - Estudos Transdisciplinares sobre os sambas2018 •
Katharina Döring, Tiago de Oliveira Pinto, Caio Csermak, Fernanda Castro de Queiroz, Charles Exdell
O Dossiê “Estudando o Samba...” vem com a proposição de apresentar autores/as e estudos sobre os muitos sambas da Bahia, do Brasil em geral que constituem uma espécie de marca particular do Ser Brasileiro, uma “unidade simbólica elementar” (Serra, 2000, p. 99), embora ainda lhes falte o devido reconhecimento enquanto marcas das matrizes africanas que chegaram ao Brasil ao longo de séculos de escravidão negra. A bibliografia sobre os sambas brasileiros contabiliza inúmeros títulos no Brasil, com maior representatividade e visibilidade, a ponto de que este tema poderia ser um assunto resolvido e debatido, no que se refere à contextualização e historicidade na literatura conhecida. No entanto, nos últimos 20 anos surgiram publicações sobre o samba carioca e a percepção histórica e sociocultural dos agentes, comportamentos e das comunidades no processo dos saberes e fazeres do samba, que tem mudado o foco para novas paisagens temáticas da contemporaneidade: gênero, raça e feminismo, ações afirmativas, estéticas musicais e poéticas negras, juventudes negras ‘globais’, iniciativas sócio-educacionais e comunitárias, entre outros, que contribuem para o reconhecimento da performance musical do evento como um todo, da ritualidade, da participação fundamental das comunidades, juventudes e mulheres negras. A ameaça da dominação, domesticação, antropofagia, mercantilização e devoração, assim como o branqueamento do samba, enquanto musicalidade e performance negra ancestral que gera um discurso de autenticidade, também surge como preocupação a partir da politica cultural da patrimonialização do IPHAN, iniciado ha quase 20 anos. Ao longo dos processos de afirmação e empoderamento, percebe-se que a patrimonialização tem tecido um diálogo inusitado entre os diversos sambas nas regiões brasileiras: o ressurgimento do samba de roda como produção de conhecimento e cultura retorna com força para os centros urbanos, os produtores e fazedores dos sambas ‘autorais’, incitando novas reflexões a partir dessas práticas musicais, enquanto territórios de saberes e fazeres estéticos das comunidades negras, sejam elas urbanas ou/e rurais.
2019 •
2019 •
2011 •
2010 •
Contracampo Brazilian Journal of Communication
Presença e atuação de mulheres em espaços culturais no Rio de Janeiro do século XIX: O que podem as mulheres em festa?Cultura Negra volume 2 - Trajetórias e lutas de intelectuais negros
É possível escrever a biografia da rainha Jinga? Reflexões sobre o gênero biográfico a partir da pesquisa sobre uma rainha negra no litoral do Rio Grande do Sul (c. 1887-1980)2018 •
2019 •
2013 •
Revista Garrafa
A vigência de Noel Rosa como mediador cultural na transformação do samba novo nos anos 19302013 •
Dissertação (Mestrado em História Social). São Paulo, FFLCH-USP
Um bocadinho de cada coisa: trajetória e obra de Pixinguinha. História e música popular no Brasil dos anos 20 e 302006 •
Da polca ao brazilian jazz: A roda do choro em movimento FORTALEZA 2013
Da polca ao brazilian jazz: A roda do choro em movimento FORTALEZA 2013Anais do VI ENABET, Música e sustentabilidade. Org. Carlos Sandroni e Alice Lumi Satomi. João Pessoa : Universidade Federal da Paraíba, 2013. Pp. 88-98. ISSN 2236-0980.
2014 "Democratizar o património musical da língua portuguesa": as novas mídias dos empreendedores culturais online2014 •
2016 •
Dissertação de Mestrado
“Quem pratica África?”: música contemporânea produzida em São Paulo e representações sociais de África.2016 •