Imigração italiana no Brasil

Originária do Vêneto, na Itália, a família Cescon vivenciou eventos cruciais do século XX: a participação italiana na Primeira Guerra Mundial; a ascensão de Mussolini e a ditadura fascista; o Império Colonial Italiano, sobretudo na Líbia; a eclosão da Segunda Guerra Mundial; a invasão da Itália pelos alemães em 1943-45; o horror dos bombardeios aéreos ingleses e americanos sobre as cidades locais... Traumatizada com esses eventos na Europa, a família Cescon imigrou para o Rio Grande do Sul, encontrando novas amizades e oportunidades no acolhedor município de Sarandi.
Narra-se uma história comunitária num ambiente de cidadania e respeito. Valoriza-se a fé católica, os princípios de gentileza, cordialidade e vizinhança, o orgulho de pertencer à etnia italiana, à cultura gaúcha e à cidade sarandiense... Acima de tudo, o amor pelos idosos, pois deles herdamos nossas tradições e costumes.

Com base na relação que se estabelece entre o patrimônio cultural religioso e o processo de negociação da identidade do imigrante italiano, Cesar Barichello investiga como foi negociada a identidade do imigrante italiano do berço da Quarta Colônia Imperial de Imigração Italiana na região central do Rio Grande do Sul – Brasil.  A hipótese considerada é que a negociação da identidade daqueles imigrantes deu-se por meio da devoção religiosa e pode ser evidenciada por intermédio do patrimônio cultural religioso (igrejas, capelas e iconografia) e introdução de devoções. A pesquisa de campo e a identificação de fontes foram realizadas em três momentos distintos: o primeiro consistiu na identificação de igrejas, capelas e crenças tomando como suporte territorial as diferentes linhas de assentamento dos colonos; o segundo na observação do cotidiano religioso vivido pelo descente do imigrante italiano; e o terceiro na pesquisa de fontes utilizando a técnica de entrevistas, efetuadas com membros da comunidade de Silveira Martins que possuam um envolvimento com os movimentos religiosos ou possam colaborar para elucidar a percepção da população, e a sua própria percepção, a respeito do objeto em estudo. O objetivo geral deste estudo é investigar as relações desenvolvidas entre o patrimônio cultural religioso e o processo de negociação da identidade do imigrante italiano da Quarta Colônia Imperial de Silveira Martins e da região central do Rio Grande do Sul. Os objetivos específicos são identificar igrejas, capelas, oratórios, santos padroeiros e devoções religiosas presentes nas linhas de assentamento dos imigrantes de Silveira Martins; realizar observação in loco durante a realização dos filós nos salões paroquiais das diferentes capelas; investigar por meio de entrevistas com membros das comunidades a origem dos santos padroeiros, suas possíveis ligações com grupos étnicos e seus significados representados concreta (igrejas e capelas, oratórios) ou simbolicamente (santos padroeiros e devoções).

História e genealogia das famílias Sartori, Paternoster e Frantz de Caxias do Sul e dados sobre algumas famílias aparentadas, os Dal Piaz, Moretto, Fabbris, Rossi, Dal Canale, Corsetti, Amoretti, Costamilan, Pieruccini, Canozzi, Panceri, Dal Pont, Melo, Nunes, Du Pasquier, Horta Barbosa.

Este arquivo foi preparado para impressão, e por isso há algumas páginas em branco e as ilustrações são dispostas de maneira especial.

Esta obra é uma edição revisada e muito ampliada do livro Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil, que foi publicado neste site em 2015. Para esta edição as famílias paternas e maternas da edição antiga foram separadas e o seu material foi organizado como duas obras independentes. A Introdução e o Epílogo, porém, são os mesmos para as duas, tratando de aspectos gerais da imigração.

Neste volume se encontra a descendência dos imigrantes Salvador Sartori e Giacomo Paternoster e o início da descendência de João Paternoster, com suas famílias associadas. O texto faz alusão aos volumes III e IV da versão original, onde se estuda a história e genealogia de todos os troncos ancestrais conhecidos, mas nesta plataforma o material foi resumido em um só volume (III), apresentando apenas as famílias que enviaram representantes para o Brasil. Quem quiser conhecer os troncos mais antigos, que permaneceram na Europa, bem como obter árvores genealógicas completas, acesse o link: http://tetraktys.wikidot.com/cronica-longhi-e-frantz-o-passado-na-europa

História e genealogia das famílias Sartori, Paternoster e Frantz de Caxias do Sul e dados sobre algumas famílias aparentadas, os Dal Piaz, Moretto, Fabbris, Rossi, Dal Canale, Corsetti, Amoretti, Costamilan, Pieruccini, Canozzi, Panceri, Dal Pont, Melo, Nunes, Du Pasquier, Horta Barbosa.

Este arquivo foi preparado para impressão, e por isso há algumas páginas em branco e as ilustrações são dispostas de maneira especial.

Esta obra é uma edição revisada e muito ampliada do livro Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil, que foi publicado neste site em 2015. Para esta edição as famílias paternas e maternas da edição antiga foram separadas e o seu material foi organizado como duas obras independentes. A Introdução e o Epílogo, porém, são os mesmos para as duas, tratando de aspectos gerais da imigração.

Neste volume se encontra a descendência do imigrante João Paternoster com sua primeira esposa Maria Sartori, e a descendência dos imigrantes Johann Adam Frantz e Johannes Michael Brodt, com material sobre algumas famílias associadas. Esta atualização traz uma grande reorganização do texto, separando o material Brodt do material Frantz, e uma renumeração completa de dois grandes ramos Frantz, que, inexplicavelmente para mim mesmo, permaneciam até agora com um sistema de numeração diferente dos outros ramos. Para quem consultou as atualizações anteriores, só posso dizer que lamento a confusão!

O texto faz alusão aos volumes III e IV da versão original, onde se estuda a história e genealogia de todos os troncos ancestrais conhecidos, mas nesta plataforma o material foi resumido em um só volume (III), apresentando apenas as famílias que enviaram representantes para o Brasil. Quem quiser conhecer os troncos mais antigos, que permaneceram na Europa, bem como obter árvores genealógicas completas, acesse o link: http://tetraktys.wikidot.com/cronica-longhi-e-frantz-o-passado-na-europa

História e genealogia das famílias Artico e Longhi de Caxias do Sul e algumas famílias aparentadas (De Nadai, Pezzi, Rossi, Panigas, Serafini, De Lazzer, Pisani, Raabe, Tessari).

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Esta obra é uma edição revisada e muito ampliada do livro Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil, que foi publicado neste site em 2015. Para esta edição as famílias paternas e maternas da edição antiga foram separadas e o seu material foi organizado como duas obras independentes. A Introdução e o Epílogo, porém, são os mesmos para as duas, tratando de aspectos gerais da imigração. Devido ao substancial aumento do material de pesquisa, a fim de não tornar os volumes excessivamente longos, toda a obra foi reorganizada, agora em quatro volumes.

This chapter discussed the persecution against Italian antifascists in Brazil during Vargas autoritarian State and the practices of it political police, DEOPS.

O capítulo trata da organização da resistência antifascista italiana no Brasil, desde meados dos anos 1920 até o ano de 1936 quando a perseguição política aos antifascistas italianos promovida por Getúlio Vargas e sua polícia política, levou à prisão, deportação e morte de vários militantes italianos sindicalistas, anarquistas, socialistas, comunistas e republicanos.

História e genealogia das famílias Artico e Longhi de Caxias do Sul e algumas famílias aparentadas (De Nadai, Pezzi, Rossi, Panigas, Serafini, De Lazzer, Pisani, Raabe, Tessari).

Este arquivo foi preparado para impressão, e por isso há algumas páginas em branco e as ilustrações são dispostas de maneira especial.

Esta obra é uma edição revisada e muito ampliada do livro Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil, que foi publicado neste site em 2015. Para esta edição as famílias paternas e maternas da edição antiga foram separadas e o seu material foi organizado como duas obras independentes. A Introdução e o Epílogo, porém, são os mesmos para as duas, tratando de aspectos gerais da imigração.

Este volume estuda a história na Europa das famílias Artico e Longhi, bem como de outros troncos ancestrais que enviaram membros para o Brasil: os De Nadai, Cecchin, Formolo, Panigas, Pezzi, Rizzi, Rossi, e Tommasoni.

Esta atualização de setembro de 2024 traz importantes dados novos sobre as famílias Rossi e Rizzi.

Quem quiser conhecer os troncos mais antigos, que permaneceram na Europa, bem como obter árvores genealógicas completas, acesse o link: http://tetraktys.wikidot.com/cronica-longhi-e-frantz-o-passado-na-europa

History of the italian families Lattaro and Ventura from Montemurro, Brasilicata, that went to Brazil in the 1880´s. With the history of the town Montemurro and the ancestors and descendents of the Lattaro family in Brazil. With pedigree of the Lattaro and Ventura.  //// 

Breve história das familias Lattaro e Ventura de Montemurro, Basilicata que emigrou para o Brasil na década de 1880. Com a história de Montemurro, dos ancestrais e  descendentes dos Lattaro no Brasil. Com árvores genealógicas dos Lattaro e Ventura. //// 

Breve storia delle famiglie Lattaro e Ventura originarie di Montemurro, Basilicata, emigrate in Brasile negli anni 1880. Con la storia del paese Montemurro, dei antenati e discendenti dei Lattaro in Brasile. Con alberi genealogici dei Lattaro e Ventura.

História e genealogia das famílias Artico e Longhi de Caxias do Sul e algumas famílias aparentadas (De Nadai, Pezzi, Rossi, Panigas, Serafini, De Lazzer, Pisani, Raabe, Tessari).

Este arquivo foi preparado para impressão, e por isso há algumas páginas em branco e as ilustrações são dispostas de maneira especial.

Esta obra é uma edição revisada e muito ampliada do livro Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil, que foi publicado neste site em 2015. Para esta edição as famílias paternas e maternas da edição antiga foram separadas e o seu material foi organizado como duas obras independentes. A Introdução e o Epílogo, porém, são os mesmos para as duas, tratando de aspectos gerais da imigração.

Devido ao substancial aumento do material de pesquisa, a fim de não tornar os volumes excessivamente longos, toda a obra foi reorganizada, agora em quatro volumes. Esta atualização, em seu conjunto, traz acréscimos na genealogia de vários ramos Longhi, Serafini e Pisani, foi incorporado todo um grande ramo Longhi estabelecido em Bento Gonçalves e até então desconhecido, e a maioria dos ramos Pezzi teve sua genealogia expandida nas gerações mais recentes, especialmente o ramo de Abramo Pezzi.

Este volume trata especificamente da descendência de Alcides Longhi e Leda Artico, traz um epílogo para o conjunto da obra e ao final apresenta um álbum de fotos.

História e genealogia das famílias Artico e Longhi de Caxias do Sul e algumas famílias aparentadas (De Nadai, Pezzi, Rossi, Panigas, Serafini, De Lazzer, Pisani, Raabe, Tessari).

Este arquivo foi preparado para impressão, e por isso há algumas páginas em branco e as ilustrações são dispostas de maneira especial.

Esta obra é uma edição revisada e muito ampliada do livro Crônica das famílias Longhi e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil, que foi publicado neste site em 2015. Para esta edição as famílias paternas e maternas da edição antiga foram separadas e o seu material foi organizado como duas obras independentes. A Introdução e o Epílogo, porém, são os mesmos para as duas, tratando de aspectos gerais da imigração.

Devido ao substancial aumento do material de pesquisa, a fim de não tornar os volumes excessivamente longos, toda a obra foi reorganizada, agora em quatro volumes. Este volume trata especificamente das famílias de Osvaldo Artico e Magdalena de Nadai e Tomaso Panigas e Giuditta Cecchini, e sua descendência.

Este volume estuda a história na Europa das famílias imigrantes Frantz e Paternoster, bem como de outros troncos ancestrais que enviaram membros para o Brasil: os Brodt, Gassen, Vollrath, Günsch, Dal Piaz, Sartori e Zancaner.

Esta atualização traz  dados novos novos sobre a família Paternoster e introduz o brasão adotado pela família Frantz

Quem quiser conhecer os troncos mais antigos, que permaneceram na Europa, bem como obter árvores genealógicas completas, acesse o link: http://tetraktys.wikidot.com/cronica-longhi-e-frantz-o-passado-na-europa

Este trabalho busca compreender as relações entre indígenas Kaingangs, colonos italianos e freis capuchinhos, entre a chegada destes à Conde D'Eu, em 1896 e a fundação do aldeamento de Cacique Doble, em 1910. Para tal, foram analisadas fontes documentais produzidas pelos religiosos em suas incursões pelas colônias e na missão que estabelecem entre os indígenas de Fachinal e Caseros, a partir de 1904. Também foram pesquisados os jornais La Libertà e Il Colono Italiano, impressos pelos capuchinhos em Caxias e Conde D'Eu. A partir dessas fontes, foi possível perceber as nuances de caridade e exploração no contato entre imigrantes e indígenas na Serra Gaúcha nas primeiras décadas do século XX. A partir dos referenciais metodológicos adequados, essa monografia buscou amplificar as vozes indígenas nas fontes, a partir da constatação de que foram, por muito tempo, silenciadas.

Estudo elaborado em agosto de 2015 por Marcílio Duarte, coordenador do CATP, e apresentado ao Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural e Natural de Ribeirão Pires, ao Instituto Histórico do ABC, à Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH) do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) como requisito ao projeto de preservação da área em que encontra o histórico moinho de Ribeirão Pires.

Certamente, a chamada "corrida imigrantista" que marcou transição novocentista e as primeiras décadas do século vindouro, representou um dos episódios mais emblemáticos de nossa história recente, tratando-se de uma das estratégias de inserir o Brasil no rol da modernidade cultural, política e econômica. Se de início a política do branqueamento somada à necessidade de se afastar de um passado colonial tornaram-se a tônica que justificava a vinda de imigrantes para o Brasil, o que se constatou nos cinquenta anos que a sucederam foi uma inversão de medidas: o não cumprimento de acordos estabelecidos e os percalços de duas guerras mundiais, que conduziram ainda mais a deterioração das relações diplomáticas. Considerando a II Grande Guerra, importa sublinhar que as nações que compunham o Eixo foram justamente aquelas que outrora haviam estabelecido acordos de cooperação internacional para a vinda de imigrantes. E naquele contexto, postas enquanto "inimigos de guerra", sobretudo a partir da adesão tardia do Governo Getulista, em 1942 aos Países Aliados. A questão da imigração tornou-se política de Estado. Sobretudo levando em consideração seu mote: um "ideal de branqueamento". Já inscrito enquanto discurso e prática da política oficial, tratou-se naquele contexto de se garantir as condições objetivas para a sua consolidação, perpassando um esforço conjunto do governo brasileiro, das elites interessadas na nova configuração produtiva e, no caso mais específico nipônico, das Companhias de Imigração. As primeiras décadas do período republicano foram marcadas por aquilo que a imprensa da época chamava de "regeneração cívica". Pretendia-se criar uma atmosfera social-e sobretudo urbana-que emulasse os aspectos de vida europeia. Entre os "cientistas urbanos", figuravam diversos médicos, higienistas e sanitaristas com o propósito de engendrar uma reforma urbana. (LEME, M. 1999). O objetivo era promover uma demarcação valorativa entre o que seria o Brasil "moderno" e "atrasado", a partir de sua configuração citadina-o que implicava numa reestruturação de hábitos, costumes ou mesmo geografia das cidade.

Os italianos residentes no Brasil foram ativos participantes dos movimentos sociais que caracterizam o século XX, sobretudo pelo viés sindicalista e anarquista. Entretanto, muito antes disso, na década de 1850, um grupo de italianos residente no Rio de Janeiro militava, em solo brasileiro, em favor da unificação italiana do outro lado do Atlântico. Era um grupo constituído de profissionais liberais (médicos, professores, jornalistas, artistas) que, reunindo-se em solo brasileiro, agremiavam-se em associações e jornais, e panfletavam, abertamente, em prol das tropas de Garibaldi. Este artigo pretende dar visibilidade a esse grupo de itálicos, abordando seu sentimento de identidade, a despeito dos regionalismos que dividiam a Itália da época, bem como suas estratégias de organização.


Palavras-chave: Italianos no Rio de Janeiro – movimentos sociais – unificação italiana


Publicado em:
SARMIENTO, E. CARVALHO, M.P. e FLIER, P. (orgs) Movimentos, trânsitos e memórias: temas e abordagens. Niterói, RJ: UNIVERSO, 2016.

Resumo: Este artigo tem por objetivo discutir as relações conflituosas estabelecidas entre um grupo de imigrantes italianos e trabalhadores brasileiros no distrito de Barracão de Petrópolis, interior da então comarca de Santa Teresa, Espírito Santo, no final do século XIX, que resultaram em uma sequência de crimes. Como suporte analítico, utilizam-se o inquérito policial-criminal instaurado e as notícias publicadas em jornais da época. De acordo com as testemunhas do inquérito, na noite de 2 para 3 de novembro de 1897, foram assassinadas 11 pessoas e incendiados prédios públicos e residências. Os crimes teriam acontecido como uma reação dos brasileiros ao assassinato de um conhecido por um italiano. O caso foi encerrado sem culpabilidade definida. Palavras-chave: Imigrantes italianos. Espírito Santo. Racismo. Conflito. Abstract: This article aims at discussing conflicts between a group of Italian immigrants and Brazilian workers in the Barracão de Petrópolis district, in the former municipality of Santa Teresa, Espírito Santo, in the late nineteenth century. These conflicts resulted in a sequence of crimes. The analysis is based on police investigation sand news published in newspapers of the time. According to witnesses interviewed by the police, eleven people were killed and public buildings and homes were set on fire in the night between the 2 nd and the 3 rd of November, 1897. The crimes would have occurred as a Brazilian reaction to the murder by an Italian of a well-known figure. The case was dismissed without charges.

Resumo: O presente trabalho apresenta fatores que levaram à organização da sociedade artística e cultural Angelicum do Brasil em São Paulo em 1952. Estabelece relações entre a sociedade e seu precursor italiano Angelicum dei Frati Minori a partir do movimento de resgate à arte e música antiga na concepção do nacionalismo cultural italiano durante o período fascista. Apresenta as consequências de atividades do Angelicum do Brasil no cenário musical brasileiro, principalmente pela aquisição e utilização de seu acervo de partituras por outros grupos musicais.

Abstract: This paper points out factors that leaded to the foundation of the artistic and cultural society Angelicum do Brasil in São Paulo in 1952. Relates the society with the homonymous italian institution Angelicum dei Frati Minori, through artistic movements that rescued art and ancient music related to the cultural scene of the fascist Italy, It points out the consequences of Angelicum do Brasil for the Brazilian music scene, focusing on the acquisition of Angelicum's music library by others musical institutions.

Eduardo Dall’Alba (1963-2013) publicou mais de dez livros, entre ensaio e poesia, recebendo diversos prêmios. A família de imigrantes de origem vêneta estabeleceu-se no Rio Grande do Sul no final do século XIX.  Profundo conhecedor da literatura italiana, estudioso di Dante, Eduardo conseguiu fundir as duas culturas e identidades, a brasileira e a italiana. Proponho-me a evidenciar, aqui, como a poesia desse autor recupera a vivência recalcada e silenciada dos milhares de imigrantes italianos no sul do Brasil, com suas dores, a frustração por ter deixado a própria terra, a nostalgia, a obsessão pela auto-suficiência econômica, que se obtinha pelo trabalho incessante de todos os membros da família, o dialeto ou os dialetos, vistos como elemento aglutinador das primeiras comunidades.

Estima-se que cerca de 31 milhões de brasileiros têm ascendência italiana. Não é surpreendente, portanto, que tantos personagens italianos tenham aparecido nas páginas de obras literárias brasileiras. Além disso, a imigração italiana para o Brasil tem sido retratada com destaque na obra de escritores brasileiros como Alcân-tara Machado, José Clemente Pozenato e Mário de Andrade. A lista de escritores brasileiros de ascendência italiana é igualmente longa. Nela estão nomes como Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Co-lasanti, Cristóvão Tezza, Ivan Angelo e João Anzanello Carrascoza. Este ensaio analisa a interseção entre a história pessoal e nacional na primeira obra da escritora ítalo-brasileira Zélia Gattai: Anarquistas graças a Deus (1979). O ensaio discute também a representação geral da história neste texto memorialista e, partindo de conceitos de Hayden White, as formas como o romance desmistifica a autoridade do discurso histórico ao privilegiar a narração da memória ao invés do relato dos fatos oficiais. Por último, o capítulo analisa como a narrativa subverte as noções de “evento” e de “fato”, tal como foi elaborada por White, chamando a atenção para as limitações e omissões do discurso histórico.

Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise de como a história da vitivinicultura são-roquense foi grandemente influenciada pela imigração portuguesa e italiana.
Na primeira fase do trabalho faço uma análise do período da fundação da cidade, mas já apresentando características que futuramente justificariam a boa aceitação climática da cultura da uva e por conseqüência a fabricação do vinho, mostrando que mesmo o fundador da cidade, Pedro Vaz de Barros, já tinha por hábito o cultivo da uva, até então somente para consumo próprio. Logo após esse período, talvez pela falta de documentação, encontra-se uma grande lacuna de informações quanto à produção de vinho em toda região. Preferindo não fazer qualquer tipo de conjecturas, não me atrevi a escrever sobre esse período, o qual merecia uma monografia específica de um pesquisador que se ativesse a escrever não somente sobre a indústria vinífera, mas sim sobre a toda a sociedade são-roquense durante os séculos XVI e XVII.
Em seguida, apresento o que seria uma segunda fase: o ressurgimento da cultura da uva, o que justamente coincide com o início do período da imigração italiana e portuguesa, porém com a produção do vinho ainda realizada de maneira amadora, artesanal, quase que tão somente para consumo familiar.
Somente então entramos na fase de profissionalização, o que acontece basicamente a partir do início do século XX, e mais fortemente a partir da década de 1920. Apresento alguns dados estatísticos e também gráficos, com os quais demonstro que a partir desta década ocorre uma verdadeira alavancagem a nível industrial, com o qual o leitor poderá verificar que isso se justifica por ser um período em que os imigrantes já estão basicamente acomodados e bem estabelecidos na região, apresentando condições de aprimorar o processo de fabricação do vinho.
Em resumo, pretendo com esse trabalho organizar esse link de como os imigrantes foram imprescindíveis nesse processo, pois até então a cidade vivia em total estagnação; quais foram os benefícios para toda a região e focar as principais fases do desenvolvimento produtivo da indústria vinífera são-roquense, desde os primeiros produtores até sua decadência.

Resumo: O presente ensaio tem como tema a imigração italiana na América Latina, a
partir da análise de pequenos fluxos espontâneos direcionados para regiões ou para
países marginais àqueles privilegiados pela imigração de massa. Tais fluxos são, em
grande parte, constituídos por correntes imigratórias oriundas de pequena área na Itália
meridional, que estimulam uma experiência de mobilidade, relacionada principalmente
à atividade dos pequenos comerciantes e dos artesãos, alcançando significativa contribuição
para a construção das modernas redes urbanas.
Abstract: The following essay has the Italian immigration in Latin America as its topic,
analyzing small, spontaneous flows of immigrations which were directed into regions
or marginal countries, privileged by the mass. Those flows are in its vast majority
formed by immigration movements, originated from a small meridian area in Italy,
which stimulates a mobility experience related mainly to activities of small merchants or
to artisans, having a significant contribution to the construction of urban networks.

Esta comunicação tem por objetivo apresentar três extintos ateliês fotográficos do final do século XIX e início do século XX estabelecidos na antiga região de colonização italiana do Rio Grande do Sul. Tratam-se dos ateliês dos fotógrafos Giovanni Battista Serafini, Francesco Muscani e Umberto Zanella, todos caracterizados pelo tipo de suporte fotográfico que utilizavam: provas em papel albuminado, para a produção de vistas e retratos. Procura-se apontar características do ambiente visual existente naquele estado histórico.

Essa dissertação trata da construção da italianidade entre os descendentes de italianos imigrados para Pedra Dourada – Minas Gerais. Os três capítulos se desdobram em torno da pergunta “o que é ser italiano?”.
A partir da análise de documentos públicos (disponíveis em plataformas para consulta pública) e privados (cartas e certidões do acervo das famílias), entrevistas com os descendentes e interações em seus meios de convivência, é possível ver de que maneira os acontecimentos políticos, sociais e econômicos influenciaram e moldaram a identidade de cada um, no que diz respeito à origem italiana. E ainda, como os Estados permearam e permeiam os contextos vividos pelas gerações. Assim, mostrando o constante processo de negociação das identidades no decorrer das trajetórias familiares.

This thesis focuses on the construction of italianity amongst the descendants of italian migrants in the village of Pedra Dourada - Minas Gerais. The three chapters of this work will be built around one central question “what does it mean to be Italian?”.
Through analyses of public documents (available to the public in various platforms) and private documents (letters and certificates from family archives), interviews with descendants and interactions in their daily lives, it is possible to witness how political, social and economical events influenced and molded the identity of each one of them, and how these identities relate to their Italian origin. Furthermore, it is possible to ascertain how some States influenced and still have an impact on the realities that many generations live through. Thus, one can see how identities have evolved through each family history, in a constant process of evolution and negotiation.

Questa tesi di laurea magistrale tratta della costruzione dell’italianitá tra i discendenti di italiani immigrati a Pedra Dourada – Minas Gerais. I tre capitoli si sviluppano intorno alla domanda “cosa significa essere italiano?”.
D’analisi di documenti pubblici (disponibile sulle piattaforme per consulta pubblica) e privati (lettere e certificati degli archivi famigliari), interviste con i discendenti e interazione nei loro spazi di convivenza, è possibile vedere in quale modo gli eventi politici, social ed economici hanno influenzato e modellato l’identità di ognuno, per quanto concerne l’origine italiana. Altresì come gli stessi hanno permeato e permeano i contesti vissuti dalle generazioni, mostrando quindi un costante processo di negoziazione delle identità nel corso delle traiettorie famigliari.

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O presente artigo objetiva buscar e analisar, na obra do artista Mario Zanini, a produção pictórica em sua fase esteticamente cubista.
Este trabalho também busca trazer à tona uma breve biografia do artista, bem como a trajetória de sua formação artística, e sua
participação no Grupo Santa Helena - entende-se que a biografia de um artista, o momento histórico e político que viveu, o meio no qual este se relaciona como indivíduo, bem como seu percurso artístico, entrelaçam-se com aspectos diversos em suas próprias produções artísticas.


Palavras-chave:

Zanini, Mario; Artes Plásticas no Brasil; pintura; Cubismo; Modernismo Brasileiro; Grupo Santa Helena; Segunda Geração Modernista;  santelenista.

modalidade a distância, também pela UEPG, no Programa UAB. Leciona a disciplina " Cultura e Identidades " no Curso de Pós-Graduação História, Arte e Cultura, pela mesma instituição. Estudos em análise de imagens fotográficas, acervos de imagens, fotografias feitas em estúdio no século XX, representações sociais e papéis sociais no grupo familiar. Resumo Este artigo apresenta algumas características da prática fotográfica enquanto profissão adotada por uma família de imigrantes italianos. Liderada pelo patriarca Luis Bianchi, no início do século XX instalou um estúdio fotográfico, em Ponta Grossa-Pr. O ofício foi opção de outros imigrantes italianos em diversos locais do Brasil. As fontes utilizadas foram jornais, documentos da Prefeitura Municipal, além das próprias imagens fotográficas do Foto Bianchi, que atualmente compõem um acervo de Negativos deixados por três gerações dentro da mesma família. A análise desse aparato documental procurou demonstrar aspectos da história da família, bem como sua relação com a cidade que escolheram para morar e nela, a profissão transmitida por outras duas gerações que deram continuidade ao ofício do pai, Luis, entre 1913 a 2001. AbstRAct This article presents some characteristics of photographic practice as a work adopted by a family of Italian immigrants. Led by patriarch Luis Bianchi at the beginning of the 20th century established a photographic studio in Ponta Grossa-Pr. The trade was option to others Italian immigrants in many parts of Brazil. The sources used were newspapers, documents from City Hall, and own images of Bianchi's Photo, who currently make up a collection of negatives left by three generations in the same family. The analysis of this documentary apparatus sought to demonstrate aspects of family history as well their relationship with the city that they chose to live in, the profession transmitted by two other generations continued the trade of his father, Luis, between 1913 and 2001.

Muitas crianças e adolescentes italianos, juntamente com seus familiares, transpuseram as barreiras oceânicas e vieram para o Rio Grande do Sul em busca de melhores oportunidades de trabalho e condições de vida. Contudo, as vicissitudes que cercavam a maioria da população, entre o final do século XIX e início do XX, também afligiram as famílias dos imigrantes italianos, em algumas das quais foram
completamente desarticuladas devido ao falecimento de seus genitores. Assim, muitas crianças e adolescentes imigrantes ou descendentes tiveram que conviver também com a orfandade. Para cuidar dessas crianças, o Estado brasileiro possuía o Juízo dos Órfãos, instituição do Judiciário destinada a atribuir um adulto como responsável legal pelo menor, e o governo italiano uma instância de representação legal no Brasil – o Consulado Italiano. É a intenção deste trabalho, por meio da História Social, apresentar alguns dos pequenos italianos e ítalo-brasileiros que tiveram suas histórias registradas nos
Processos de Tutela da cidade de Porto Alegre, os quais receberam atenção do Consulado Italiano de Porto Alegre em suas ações. Dessa forma, refletir sobre esses menores estrangeiros e trazer para análise as crianças e os adolescentes que, muitas vezes, ficam em segundo plano nos estudos e/imigratórios.

Resumo: Este artigo reúne alguns apontamentos sobre a presença dos italianos na música em São Paulo. Reverenciados como financiadores dos Cordões carnavalescos, este trabalho pretende demonstrar, através da presença dos regionais de choro na gênese dos Cordões paulistanos; das serenatas; do carnaval dos imigrantes pobres e da convivência, nem sempre pacífica entre negros e imigrantes italianos nos bairros menos favorecidos da capital, que há muito mais presença italiana do que a meramente financeira na formação sonoridade paulistana. Abstract: This article brings some notes about the contribution of the Italians in the São Paulo's music. Well known as sponsors of the early carnival from São Paulo, this paper aims to show through the presence of the instruments from Choro in the genesis of the " Cordões " from São Paulo-played mostly by Italians and their descendants; through the small carnival made by poor immigrants; through their serenades and through the coexistence, not always peaceful, between African descendants and Italian immigrants in the poorest neighborhoods of the capital, that there is much more Italian influence than the merely financial aid in the formation of the city sonority.

Estima-se que cerca de 31 milhões de brasileiros têm ascendência italiana. Não é surpreendente, portanto, que tantos personagens italianos tenham aparecido nas páginas de obras literárias brasileiras. Além disso, a imigração italiana para o Brasil tem sido retratada com destaque na obra de escritores brasileiros como Alcân-tara Machado, José Clemente Pozenato e Mário de Andrade. A lista de escritores brasileiros de ascendência italiana é igualmente longa. Nela estão nomes como Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Co-lasanti, Cristóvão Tezza, Ivan Angelo e João Anzanello Carrascoza. Este ensaio analisa a interseção entre a história pessoal e nacional na primeira obra da escritora ítalo-brasileira Zélia Gattai: Anarquistas graças a Deus  (1979).  O  ensaio  discute  também  a  representação  geral da história neste texto memorialista e, partindo de conceitos de Hayden White, as formas como o romance desmistifica a autoridade do discurso histórico ao privilegiar a narração da memória ao invés do relato dos fatos oficiais. Por último, o capítulo analisa como a narrativa subverte as noções de “evento” e de “fato”, tal como foi elaborada por White, chamando a atenção para as limitações e omissões do discurso histórico.