Negros

O título desse artigo traz seu tema e porta um sonho de algum tempo: reencontrar e reelaborar, na esteira de alguns Autores, uma abordagem geográfica da etnicidade e de sua espacialidade. Dentre as diversas motivações para escrevê-lo, declaramos o intento de revisitar passos trilhados na geografia e na pesquisa acerca de grupos indígenas e negros no Brasil. Não o faremos como uma deriva biográfica, mas enquanto questões que aparecem na trajetória intelectual e assumem outros contornos e conteúdos segundo “o espírito do tempo”, o que inclui a própria configuração da Geografia Cultural neste país.

277 Racismo e encarceramento em massa: um voo sobre as asas de Michelle Alexander ALEXANDER, M. A nova segregação. Racismo e encarceramento em massa. São Paulo: Boitempo, 2017./0000-0001-8326-3110. 1 Dados extraídos do Relatório Mundial 2018: Estados Unidos | Human Rights Watch. Disponível em: https:// www.hrw.org/pt/world-report/2018/country-chapters/313415. 2 Diáspora é tomada aqui no sentido de Flauzino (2017), que, em prefácio dedicado ao livro de Alexander, a coloca como uma sensação, cuja base advém da dispersão negra ocasionada pelo processo de escravização. Ao iniciar a leitura do livro A nova segregação. Racismo e encarce-ramento em massa (2017) de Michelle Alexander, pergunto, por que a discus-são de encarceramento em massa tem passado "desapercebida" por nós? Segundo Borges (2018), o Brasil possui a 3ª maior população carcerária do mundo, contabilizamos 726.712 pessoas presas, ou seja, são quase um mi-lhão de pessoas encarceradas, população maior que a de muitos países. Contudo, o primeiro nesse pódio lamentável são os Estados Unidos da América, com cerca de dois milhões de pessoas encarceradas, a maior parte desta população é negra: homens negros são quase seis vezes mais encarcerados que homens brancos 1 , No Brasil essa situação se repete, a cada três presos, dois são negros, temos aí um caso de super-representação racial. Essa situação é por si um convite à leitura do livro de Michele Ale-xander, os pontos de contato na história dos negros na diáspora 2 são evidentes, não à toa ambos os países vivenciaram o processo de escravização negra e, embora com saídas de contorno diferentes, ambos relegaram os negros ao lugar do indesejável, como elemento de construção da nação. Mas é ao mesmo tempo, uma oportunidade para conhecermos as diferenças que marcam a forma e estratégia do racismo nesses países tão próximos e tão distantes, que parecem conduzir-se para uma senda seEM PAUTA, Rio de Janeiro _ 1 o Semestre de 2020-n. 45, v. 18, p. 277-282

A historiografia brasileira, durante muito tempo não utilizou o componente cor em suas análises
acerca dos mundos do trabalho, o que resultou no apagamento da participação da mão-de-obra
negra na história do país após a abolição da escravidão. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa,
é analisar as ocupações dos trabalhadores negros em Alegrete, no interior do Rio Grande do
Sul, no pós-Abolição, entre os anos de 1900 e 1905. Para isso, utilizamos como fonte principal,
o Livro de registros de entradas e saídas do Hospital Santa Casa de Caridade de Alegrete,
instituição voltada para o atendimento aos mais empobrecidos economicamente. Este livro
registra as baixas médicas de todos os sujeitos que acessaram o hospital em busca atendimento,
dele é possível retirar diversas informações sobre o mesmo sujeito, como o nome, estado civil,
cor e profissão, pois é uma fonte de caráter massivo, homogêneo e reiterativo, o que nos
possibilitou análises quantitativas e qualitativas de base serial. A partir destes registros, que
totalizaram 825 casos, foi possível filtrar e cruzar as informações dos sujeitos, afim de
compreender o que as atividades ocupacionais dos trabalhadores negros, nos dizem sobre o pósAbolição em uma região de fronteira, pecuária e periférica, como o município de Alegrete.
Assim, pretendemos compreender de que forma o processo de racializacão no interior das
camadas mais pobres da sociedade, evidenciou graus diversos de liberdade. Pois, ainda que
tratados majoritariamente pobres nas dependências do hospital, buscamos demonstrar a
existência de hierarquias raciais no interior das classes subalternas.

Commentators have suggested that Nella Larsen’s Passing rejects the view that there is some sort of black essence. I want to challenge this reading. Since Irene is the most vocal advocate of an essence in respect to which all blacks are homogeneous, much of the evidence for thinking that Passing is skeptical about such an essence amounts to evidence for not trusting Irene’s judgment in general, and for not trusting her judgment on this matter in particular. My arguments, then, will often involve explaining why Passing is not leading the reader to mistrust Irene’s judgment on this matter. Now, what exactly is meant by a black essence is, explicitly in this book, mysterious. Nevertheless, I hope to shed some light on how Passing understands the nature of this something, this je ne sais quoi, peculiar to blacks. My tentative interpretation is that this something is an intangible and indefinite manner of being that is neither a conscious choice nor an inborn fact of biology, but rather a given of culture. I take this, in effect, blackness manner to be, so Passing seems to indicate, a function of one’s belief that one is black in a milieu of pervasive anti-black prejudice. Passing, as I see it, thus has something to offer those of us today who struggle to adjudicate between a pull towards essentialism and a pull towards constructionism. What Passing emphasizes in this discussion is the possibility that, in addition to biological and societal influences, one’s mind state is a crucial ingredient to one’s racial identity.

Revelação de um muito interessante e inédito documento de iconografia olisiponense: a representação tardo-quinhentista, de pintor anónimo, do Chafariz de El-Rei em Lisboa num dia de festividade, com a presença de numerosos aguadeiros negros. A peça estava, à data em que foi admirada, em Madrid, em colecção particular.

Este artigo pretende, através de duas fontes televisivas brasileiras, perceber como o Egito antigo é representado e ressignificado pelo presente, destacando que essas mediações são cruciais para entendermos a visão de Egito que se construiu para ser lembrado. O fato de a televisão persistir em representar o Egito e os egípcios dentro de padrões orientalistas e eurocêntricos parece não ser uma simples coincidência e sim uma escolha política e de relações de poder. Logo, temas que são uma crescente demanda na realidade do nosso país, como a questão étnico-racial, serão aqui discutidos e problematizados nessas representações. As fontes escolhidas são a minissérie José do Egito (2013), e a telenovela Os dez mandamentos (2015), ambas da emissora Record, produções brasileiras, recentes e vinculadas à TV aberta. Mais do que uma crítica televisiva, ao problematizar as fontes citadas com o olhar
de historiador, tem-se a visão da História que, através do seu engajamento social, pode perceber a complexa relação entre televisão, História Antiga e atualidades. Pode-se e deve-se ir
além, percebendo o quanto nossas visões sobre o Egito faraônico estão atreladas a narrativas e discursos excludentes do tempo presente.

A história do Brasil é repleta de protagonistas negros, de Zumbi dos Palmares a Milton Santos, passando por mulheres como Dandara e Carolina Maria de Jesus. Fazer memória destes importantes personagens é, de certa maneira, reconhecer a importância do negro como criador de um Brasil que nunca se realizou por completo. É reconhecer que a luta por justiça social e igualdade étnico-racial continua mais viva do que nunca. Para jogar luz sobre alguns desses personagens, a revista IHU On-Line reúne entrevistas com diversos pesquisadores.

Resumo: O presente artigo apresenta as principais características dos programas de ações afirmativas para pessoas negras ingressarem no serviço público, fazendo um recorte em relação a Comissões de Verificação da Autodeclaração e como estas identificam as pessoas que são destinatárias dessas ações afirmativas. A partir da legislação vigente, analisamos variáveis como nomenclatura de identificação do público-alvo e aspectos da composição e atuação das Comissões de Verificação. O artigo conclui apresentando, a partir da análise realizada, um panorama das Comissões de Verificação existentes. Os resultados apontam para uma tendência em se considerar apenas a declaração da pessoa que se candidata, ainda que instruído com documentos, como o principal critério a ser aferido pelas Comissões de Verificação. Palavras-chave: Ações afirmativas-Cotas raciais-Comissão de Verificação-Autodeclaração-Heteroidentificação.

Com base em uma trajetória de estudos e pesquisas, de leituras, observações e intervenções, o principal objetivo impresso neste artigo é problematizar o lugar epistemológico da questão etnicorracial na ciência geográfica, a partir de sua modernidade-colonialidade, tendo em vista a sociedade brasileira no sistema-mundo, com foco nas coletividades negras, por vezes referenciando quilombolas e indígenas. No escopo do artigo, inicialmente abordo a geografia como uma ciência moderna-colonial, cuja narrativa de formação pouco a vincula à colonização e ao colonialismo e, menos ainda, à questão racial. Prossigo tecendo considerações acerca de raça e etnia no quadro do sistema-mundo moderno-colonial com foco em autores franceses. Na sequência, indico duas tendências de geógrafos/as brasileiros/as: 1. Aqueles e aquela que vislumbraram a questão étnica e/ou racial, mas não enveredaram por ela; 2. Aqueles e aquelas que trabalham diretamente com a questão, pautando inclusive sua identificação com o campo. Por fim, me detenho em alguns apontamentos para pensar as questões da diferença-étnicas e raciais-como pauta de estudos geográficos, tendo em mente transformações sociais e deslocamentos epistemológicos. Palavras-chave: questão etnicorracial, diferença, território, geografia The ethnic and / or racial issue in space: the difference in territory and geography ABSTRACT This paper is based on a group of studies, researchs, readings, observations and interventions. The main aim is to problematize the epistemological place of the ethnic and racial question in geographic science based on its modernity-coloniality and considering the Brazilian society in the world-system-focusing on black collectivities, quilombolas and indigenous peoples. I initially approached geography as a modern-colonial science, whose narrative of formation has little connection with colonization and colonialism and, even less, with the racial issue. Next, I make considerations about race and ethnicity within the framework of the modern-colonial world-system, the focus is given on French authors. In the sequence, I indicate two tendencies of Brazilian geographers: 1. Those that glimpsed the ethnic and/or racial issue, but not discussed it; 2. Those who work directly with the themes and identified themselves with the field of research. Finally, I summarise some points to think about the issues of difference-ethnic and racial-as an agenda for geographic studies for social transformations and epistemological displacements.

Resumo Este artigo tem como proposta mostrar o papel do gestor escolar diante das questões de diversidade escolar. O estudo foi desenvolvido a partir de revisão bibliográfica e de observações do pesquisador na condição de professor em uma escola privada, localizada na cidade de Jaraguá do Sul –SC. A cultura africana está inserida dentro do contexto cultural da educação, influenciando a formação cultural brasileira, bem como a constituição da identidade a partir da vinda dos negros com o tráfico negreiro para o Brasil, resultando dessa forma, na cultura da qual usufruímos em nossa sociedade, e também na abordagem do racismo nos bancos escolares. De acordo com a historiografia, o negro é tido como um simples escravo, assim, há uma necessidade de mostrar ao aluno quão importante é a cultura do negro e que ele não era um simples escravo submetido às vontades do seu senhor, mas que também tinha participação na sociedade, desconstruindo assim os estereótipos estabelecidos em nossa História.

O presente trabalho procura refletir a respeito da situação do negro na sociedade carioca  da Primeira República, elevando o futebol como espaço de pesquisa. Os jogadores negros enfrentavam vários obstáculos, dentre eles o racismo, para poderem atuar na principal liga de futebol do Rio de Janeiro, dominada pelos clubes da elite. Neste sentido, abordaremos sobre Nelson da Conceição, goleiro negro que atuou no futebol carioca nas décadas de 10 e 20 do século XX. Nelson sofreu com o racismo por parte da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, da imprensa e de adeptos dos clubes rivais ao Club de Regatas Vasco da Gama, clube em que Nelson atuou entre 1919 e 1928. Devido a sua qualidade técnica como atleta, Nelson conseguiu sobrepor o forte obstáculo do racismo e se tornar o primeiro goleiro negro campeão carioca, no ano de 1923.

Palavras-chave: História – futebol – racismo – negro – Nelson da Conceição

The"Tribe of YHDH" is one of the Native tribes of the Trans Atlantic Slave Trade. They are a direct Tribal descandabts of the slave trade that are of the Kingdom referenced as Whiddah, Whidah however The True Original Pure name is "YHDH" means to PRAISE; whereby as A Tribal people they can always be found in giving praise even in slavery and their Elders have conveyed their tribal history of slavery as part of their Tribal Culture for centuries.The Tribe of YHDH are servants of YHWH and not servants of YAHWEH, YAH, JEHOVAH, MOST HIGH or GOD but YHWH this is what separates them from religion, ministries, ideologies, theology and other cultures for they are A Tribal Nation of people that hold to the Original Culture, Heritage, Dialect, Communities, Tribal forms of Governance, History and codes of conduct of their ancestors prior to the captivity that led to their colonization which led to them to declare Tribal Governement in Exile. The Tribe of YHDH is not a religion nor is it associated with Judaism as Judaism is a man-made religion and those that partake in such are considered Jews. The Tribe of YHDH is a Tribal Nation of People that are Slave descendants whom have fully understood the Course and Journey  of their Slave travels and have gained the Wisdom and understanding of such Trials and Tribulations as taught by the Elders of the Tribe of YHDH-Nation of YHWH. As Native Slave descendants of the Trans Atlantic Slave Trade and the ill effects that saturates the minds and souls of the post slavery era  and after generations of careful consideration the Council of Elders of the Tribe of YHDH Nation of YHWH as a Tribal Nation declared Government in Exile and is seeking asylum today in Benin. They have reclaimed their Tribal Nation culture, heritage, dialect, Laws of Life and history for the purpose of preserving for future generations. The Chiefs of the Council of Elders share not only the Triibe of YHDH as A Tribal Nation victimized by hatred, bigotry, lies, rapping of daughters and wives, buck-breaking, spitting, blackbirding, vicious dog attacks, water hosing, teachings of deceit, lynchings, acts of crimes, burnings, breaking up of families, poor healthcare, lack of inadequate food and living conditions over the last 400+ years but the fact that the Tribal name was replaced with Whiddah, Whidah, Whydah, Ouidah, Ajuda, Fida, Ouidah, Hueda, Judah, Huidah and a host of other Words of Word Play and as such has removed the Tribal Name that avails True Power unto the descendants of the Tribe is called "PARONOMASIA" it's the understanding of the Elders over the years that there are several different forms of this inadvertent form of Word Play where as the Changing of the True Tribal name of the Tribe of YHDH has fallen under several of the categories that classifies "paronomasia" as it relates to the History of their Tribal Name over the last 500+ years that occurred during the Trans Atlantic Slave Trade Diaspora. Although it may have been an inadvertent act the cause of such has taken its toll on the descendants of the Trans Atlantic Slave Trade Diaspora for many generations.  Part of The Tribe of YHDH Nation of YHWH celebration of True Freedom is being Free to return to their Original Pure Tribal Name, Heritage and culture all given in their understanding of the Tribe of YHDH Tribal Name.

O Sincretismo religioso no Brasil teve sua primeira expressão no encontro entre as culturas negras africanas e a cultura branca portuguesa com contexto da escravidão. O Sincretismo foi um esforço de sobrevivência da raça negra que através da dança, da música e das narrações orais utilizou-se dos símbolos católicos como expressão de suas crenças. Faz-se uma análise da cosmovisão desses dois grupos e como eles interagiram no período da escravidão. O sincretismo projetou-se com vigor após a escravidão sendo elemento constitutivo da sociedade e da cultura brasileira.

Faz parte da minha rotina escutar aulas de história em vídeos disponibilizados na internet durante os afazeres de casa, adicionado a esses momentos, meu filho adolescente começou a me questionar sobre alguns personagens e fatos históricos.
Começou com Zumbi dos Palmares, “ele não me representa como consciência negra”; depois foi Karl Marx, “ele era um vagabundo, nem sustentava os filhos”; mais tarde, Nelson Mandela, “sabia que ele era um terrorista?”. Por certo são desafios aos meus conhecimentos, e gostei disso.
Esse livro não tem sequência de leitura, são histórias que darão ao leitor uma noção da resistência de famílias negras brasileiras em validar os “Direitos Humanos” e fomos forjadas em competência, dignidade e respeito.
Ah! leitor amigo, como meu filho é cruel comigo, por ser sabedor que os pais reinam, mas não governam. Essa relação é com muito amor, dor e decepção de ambas as partes. Só que o nego me cutuca, e eu me pergunto, quem ensina quem?
Eu escrevo sobre nossas conversas, cultura e narrações e memórias familiares desde o século XIX, não tenho como falar da minha família sem o trauma histórico da escravidão negra.
Também dou luz as festividades, a musicalidade, ao amigo ilustre, João Cândido, imortalizado na canção “O Mestre Sala dos Mares” de Aldir Blanc, João Bosco e Vinícius fez parte do convívio familiar, o trabalho artesanal da tia no vestido da filha do presidente Juscelino Kubitschek…te convido a entrar na história do povo brasileiro, a partir da família Vasconcellos.
E digo mais, viajei no tempo, abri caminho diversos sentimentos, as lembranças foram terapêuticas, assim, burlei a lei da morte, pois os que passaram pela minha família não foram esquecidos.
As redes sociais é um livro eletrônico, só que com muitas imagens e pouca escrita. Uma nova era, mas eu vou andar na contramão.
Na divulgação desse livro, eu notei um desprezo de imediato, ao informar que eu não desejava vendê-lo, e sim, doar. Foi tipo, então você não precisa.
Eu preciso precisar? Quero incentivar as pessoas escreverem suas histórias.

The slave trade to Peru grew up with the system of asientos which granted the monopoly to the Portuguese during the Iberian Union. Their commercial letters and accounts’ memories are important sources of information about the slave trade. We are going to present an approach to the epidemiological disaster and the internationalization of disease in Peru, by the "invisible killers". Contact between populations with different degrees of susceptibility and immunity produced a sort of "pathological osmosis" that, in the case of America, manifests itself by the spread of diseases such as smallpox, measles, yellow fever, malaria and venereal diseases.
On the other hand, we will discuss the relationship of the owners of slaves with their diseases and how they treated them.
The voice of blacks is silenced in written documents, however, there is an echo that multiplies and deafens us. Clearly, the plight of black slaves, from all Nations and castes, was exacerbated by weakening caused by the melancholy and the uprooting.

Keywords
Disease – invisible killers - slave trade – Peru – Africa – Cartagena de Indias

Los negros en la región de Tarapacá (norte de Chile) han sido una presencia negada. Sin embargo su presencia se hizo sentir desde muy temprano en la colonia. Durante la colonia se fueron mestizando e integrándose a la sociedad colonial.  Al recibir  su libertad en 1854 continúan ejerciendo sus labores como ciudadanos peruanos. Después de la guerra del pacífico (1879 -1884)  la administración chilena los asocia con el ser peruanos y los tarapaqueños ocultaron su afrodescendencia en los varios mestizajes. Sin embargo su presencia y aporte  aun se manifiesta en actividades musicales y coreográficas tradicionales como"La Fiesta de Epifanía" popularmente llamada "Pascua de los negros", el "Andalajayaja" canto de faena de la fiesta de la vendimia y la tradicional danza de "El Cachimbo" convertida hoy en día en simbolo de identidad de los habitantes de pueblos y quebradas de la región de Tarapacá (Chile).

Desde 1768 hasta 1812 aparecen registros de ciertos rumores que corrían entre los esclavos de la provincia de Antioquia y que en más de una ocasión causaron gran conmoción en las autoridades de esta gobernación. La gran mayoría de ellos afirmaba, con algunas variaciones, que había llegado una real cédula desde España, a través de la cual el monarca de las Indias concedía la libertad a todos los esclavos de sus reinos. Sin embargo, estos últimos sospechaban que sus amos ocultaban el escrito y, por tal razón, en 1781 y 1798, por ejemplo, hicieron planes de unirse para ir al cabildo de la ciudad de Antioquia a reclamar el documento que certificaba el mandato real.

Esta investigación se enmarca en el episodio de 1781, producido en el contexto de la Insurrección Comunera. A diferencia de los otros sucesos acaecidos a raíz de los rumores de la cédula, este se encuentra muy bien documentado, permitiendo comprender diversos aspectos como las relaciones que se tejían entre los diferentes actores, las reacciones de las autoridades al enterarse de un posible levantamiento por parte de la población esclava, entre otros.

A finalidade deste artigo é analisar aspectos do Dogma Feijoada, um movimento de diretores e profissionais negros do audiovisual de São Paulo que, desde o final da década de 1990, preconizava a necessidade de ressignificar as imagens e representações sobre o negro no cinema brasileiro. A partir do lançamento do manifesto Dogma Feijoada, em 2000, escrito pelo cineasta Jeferson De, o movimento buscou produzir filmes centrados na temática racial e desenvolver um conceito de “cinema negro” brasileiro, o que causou polêmicas e controvérsias no meio cinematográfico, sem contudo deixar de influenciar a produção contemporânea de cineastas autodeclarados afro-brasileiros.

Palavras-chave : Cinema; Negro; Produção audiovisual; Relações raciais.

in pursuant to the republic Act No. 6975 by the Department of the Interior and local Government Act of 1990, through the (NBOO) the National Barangay operations Office as mandated to establish and update the master list of Barangays, Barangay officials and Barangay Socio-economic profiles. thus, in compliance thereto the proponents Developed a Hybrid Barangay Information Management System to rapidly gather,encode,store and maintain data of the Barangay which in effect may result to a systematize manner of accumulating and retrieving relevant information that is essential in coming up with informed decisions on various possible local governance issues. As observed, there were a number of problems associated with the current adopted laborious manual methods on a day to day Basis such as, retrieving huge numbers of file Folders of their Constituents Data and this causes delay in the delivery of services and had some inaccuracies in the completion of tasks and so on. Nowadays, with the ...

Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo principal contribuir com o ensino da história e cultura negro-afro-brasileira e negro-africana no ensino de Geografia, colaborar com a formação e reflexão dos professores sobre o ensino das relações étnicoraciais através de proposta metodológica que utiliza o cinema como linguagem potencializadora. Relacionamos, nesse trabalho, a Geografia, a linguagem cinematográfica e o ensino da história e cultura negro-afro-brasileira e negro-africana com o intuito de desenvolver práticas pedagógicas positivas. Buscamos também contribuir com os pressupostos da Lei 10.639/03 e com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana. O estudo proposto investiga as questões levantadas pelo viés da pesquisa qualitativa. Para tal, foi realizado um levantamento bibliográfico, com o objetivo de situar o corpo teórico que alicerça os estudos sobre o ensino de Geografia, o cinema e o ensino da história e cultura negro-afro-brasileira e negro-africana. Estes foram abordados a partir de alguns aspectos fundamentais: a delimitação do campo do ensino de Geografia, a sua relação com o cinema e viceversa e o cinema como subsídio no tratamento de questões relacionadas ao ensino da história e cultura negro-afro-brasileira e negro-africana no ensino de Geografia. A proposta de utilização do cinema presente na pesquisa adota elementos de análise de filmes e documentários considerando aspectos de investigação crítica e geográficas, possibilitando a proposta de um material didático auxiliar (modelo de catálogo) para o trabalho do professor. As experiências que colaboraram no desenvolvimento da proposta desse trabalho se deram com o minicurso “Cinema e Educação Geográfica: representações da África e formação de professores”, realizado no “VI Seminário Educar para Igualdade Racial - Por uma Educação sem discriminação”, em Marilena-PR, no “VII Fala Professor – Encontro Nacional de Ensino de Geografia”, realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e durante a realização do Estágio de Docência na Graduação (2GEO056). Os resultados da pesquisa apontam para a necessidade de se pensar práticas pedagógicas que favoreçam o processo de formação do professor, desenvolvendo metodologias que se utilizem de outras formas de ensinar e aprender, além da necessidade de se estabelecer um ensino de Geografia que considere a população negra-afro-descendente nos seus diversos contextos e momentos históricos de forma positiva, com o objetivo de reposicionar o negro-afro-descendente em um lugar de destaque, valorizando todos os aspectos que contribuíram com a formação da identidade e território brasileiro.

Abstract: This research aims to contribute to the teaching of the history and culture of black - african -Brazilian and black African in Geography teaching , training and supporting teachers' reflection on the teaching of ethnic-racial relations through methodological proposal uses film as a potentiator language. Relate , in this work , Geography , film language and the teaching of history and culture black - african -Brazilian and black African in order to develop positive pedagogical practices . We also seek to contribute to the assumptions of Law 10.639/03 and the National Curriculum Guidelines for the Education of Racial-Ethnic Relations and the Teaching of Afro - Brazilian and African History and Culture . The proposed study investigates the issues raised by qualitative research bias. To this end , a literature survey was conducted with the aim of situating the theoretical framework that underpins the research on the teaching of Geography , the cinema and the teaching of history and culture black - african -Brazilian and black African . These were approached from some fundamental aspects : the definition of the field of teaching Geography , its relationship with cinema and vice versa and cinema as a subsidy in addressing issues related to the teaching of history and black - african - Brazilian culture and black African in teaching Geography . The proposed use of this film in the research adopts elements of analysis and documentary films covering aspects of critical and geographical research , enabling the proposal of an auxiliary teaching material (catalog model) for the teacher's work . Cooperating in the development of proposed experiments of this work were those with the short course " Film and Geographic Education : representations of Africa and teacher education " held in " VI Seminar Educating for Racial Equality - For an Education without discrimination " in - Marilena PR, "VII Teacher Speaks - National Meeting of Teaching Geography", held at the Federal University of Juiz de Fora (UFJF) and during Internship Undergraduate Teaching (2GEO056). The survey results point to the need to think about teaching practices that promote the process of training teachers , developing methodologies that use other forms of teaching and learning , beyond the need to establish a teaching of geography that considers population black - african descent in their various contexts and historical moments in a positive way , aiming to reposition the black - african descent in a prominent place , valuing all aspects that contributed to the formation of identity and Brazil.

A través de expedientes notariales y censuales, se examina la esclavitud conventual y femenina, tema escasamente explorado por la historiografía iberoamericana. Se pretende analizar la presencia de esclavas en el convento de la Encarnación de la ciudad de México, por medio de donaciones, compraventas y manumisiones testamentarias del siglo XVIII, y cómo este fenómeno tendió a desaparecer a lo largo de la centuria. Después de situar el espacio conventual, se indaga la esclavitud monacal, su economía y los medios utilizados por las monjas para vender, recibir en donación, liberar o manumitir a sus esclavas, subrayando los argumentos del discurso retórico de la documentación notarial y la tradición jurídica hispánica.

En la Edad Moderna, tras el Concilio de Trento, el nacimiento de nuevas hermandades se hace muy frecuente. Una de los aspectos que inciden en esta proliferación, es el carácter de las mismas como centros de sociabilidad, teniéndola así sus miembros como elemento identificador del grupo que la crea. Esto se ve de manera clara en las cofradías gremiales, aunque también sucede con miembros de una nacionalidad concreta, como es el caso que nos ocupa.
Las hermandades formadas por personas de color, denominadas como "hermandades de negros", son bastantes en la Andalucía Occidental Moderna, formadas sobre todo por antiguos esclavos.
En el municipio gaditano de Vejer de la Frontera, también existió una cofradía de esta índole, dedicada a Nuestra Señora de los Remedios, algo que nos indica que en la población eran bastantes las personas de color.

RESUMEN Este escrito tiene por objeto reflexionar acerca de una batalla ritual agrícola llamada zumbanacuy protagonizada por la población de Huayucachi, la cual se divide en dos segmentos siguiendo el espacio andino del hatun y urin; han sumado aspectos de su historia local y regional, así como una visión de lo afro que será interpretado bajo el enfoque afroindolatinoamericano. El ritual confronta a dos grupos sociales, los ricos o gamonales y la gente del pueblo, los pobres, los runas o chinchilpos. Se intenta mostrar las diferentes confluencias de lo afroindolatinoamericano en dicho acontecimiento a través de los testimonios de los protagonistas de dicha batalla con fines agrícolas. ABSTRACT This article aims to reflect on an agricultural ritual battle called zumbanacuy starring the population of Huayucachi, which is divided into two segments following the Andean space of hatun and hurin. They have added aspects of their local and regional history, as well as a vision of Afro that will be interpreted under the Afro-Indian-Latin-American approach. The ritual confronts two social groups: the rich or gamonales and the people of the town, the poor, the runas or chinchilpos. It tries to show the different confluences of the Afroindolatinoamericano in this event through the testimonies of the protagonists of this battle for agricultural purposes.

RESUMEN
En este ensayo deseamos explorar las interacciones y procesos judiciales que viven los esclavos y libertos negros para introducirnos al examen de su vida cotidiana, los procesos de manumisión y de politización social durante el gobierno de los Borbones. Para este efecto revisamos el tamaño y composición demográfica, el mundo del trabajo y la lucha por la tierra, y el significado que alcanzan los procesos judiciales que prosiguen los afrodescendientes para resistir a la legislación hispánica y al Estado virreinal.

When Johan Maurits of Nassau, Governor-General of Dutch Brazil (1630-54), sent out expeditions against the maroons of Palmares, he was informed by his intelligence officers that the inhabitants followed the “Portuguese religion,” that they had erected a church in the capital, that there were chapels with images of saints and the Virgin Mary and that Zumbi, the king of Palmares, did not allow the presence of “fetishists.” Portuguese sources confirm that Palmares had a priest who baptized children and married couples and that its inhabitants followed Catholic rite, although according to Governor Francisco de Brito, they did so “in a stupid fashion.” Many more examples of the existence of Afro-Catholic elements in maroon communities in Latin America can be found. They question the widespread assumption that Catholicism had been forced upon all African slaves and that, even among those who seemingly embraced the colonizer’s faith, it functioned merely as a veneer underneath which their truly African, indigenous beliefs remained hidden. As the case of Palmares indicates, slaves did not necessarily wish to liberate themselves from all “Catholic ballast” once they ran away but sometimes remained strongly attached to it. 
This conclusion corresponds to the assumption by the Brazilian historian Marina de Mello e Souza that upon arrival in the Americas, many slaves did not perceive Catholic elements as something foreign since “Catholicism represented a link to their native Africa.” Souza is but one of several scholars who in recent years contributed to a shift in the study of black performance culture in the New World. The new paradigm essentially consists in the acknowledgment that our understanding of black performance culture can be bettered if we take into consideration that many Africans had already adopted certain European—predominantly Portuguese—cultural and religious elements before they were shipped as slaves to the Americas.
In the context of this shift, there has been an increased interest in Afro-Iberian brotherhoods (irmandades/hermandades) and confraternities (confrarias/cofradías). While it was long assumed that these so-called “black brotherhoods” were associated with slave culture on the Iberian Peninsula and in Latin America only, it can now be confirmed that Afro-Catholic fraternities also flourished in parts of Africa during the Atlantic slave trade era. As Linda Heywood has argued, “many Kongos and not a few Angolans had been Christians before their enslavement in Brazil. Thus they would have been familiar with the brotherhoods in Luanda, Soyo, and Kongo, and the central role they played in the creole society of Kongo, Angola and São Tomé.” Nicole von Germeten’s research on black brotherhoods in Mexico also concluded that “some Central Africans probably took part in social and religious brotherhoods and sisterhoods before crossing the Atlantic.” 
Ira Berlin also observed that black brotherhoods played a crucial role in the intercontinental networks that developed in the context of the transatlantic slavery. However, like most scholars, Berlin perceives brotherhoods as an essentially Iberian phenomenon that was crucial to the development of black identity the Iberian World, differing from North America, where “numerous informal connections between black people” developed, but not brotherhoods. Although Berlin confirms that slaves “created an intercontinental web of cofradias … so that, by the seventeenth century, the network of black religious brotherhoods stretched from Lisbon to São Tomé, Angola, and Brazil,” he believes that those slaves who ended up in Dutch, French or English colonies refrained from developing brotherhoods since there were no “comparable institutional linkages” that allowed them to do so. Berlin’s assumption thus presupposes that brotherhoods could only be established with institutional support and excludes the possibility that slaves themselves may have taken the initiative to create such organizations.
This article questions this conclusion and explores the possibility that slave organizations modeled upon Iberian brotherhoods have existed in North America. In doing so, it follows a reasoning by Jorge Cañizares-Esguerra, Matt Childs and James Sidbury, editors of The Black Urban Atlantic in the Age of the Slave Trade (2013), according to whom “approved institutional structures authorized by the Catholic Church were not always necessary for Africans and their descendants to build fraternal structures.”  A first section provides an overview of the characteristics of Afro-Iberian slave brotherhoods. The following section presents a comparative analysis between king celebrations in Afro-Iberian brotherhoods and those at African-American Election Day and Pinkster festivals in New England and New York. The article ends with a reflection on the origins of Afro-Iberian cultural and religious elements among slave communities outside of the Iberian realm in the American diaspora.

Temos  por  objetivo  demonstrar  que  Gomes  Eanes  de  Zurara,  segundo  cronista-mor  do reino  português,  fez  uso  de  técnicas  retóricas  para  descrever,  caracterizar  e  hierarquizar mouros  e  negros,  bem  como  suas  terras,  na  escrita  da  Crônica  da  Guiné  (século  XV).  A partir  dos  lugares-comuns  utilizados  para  a  descrição  das  paisagens,  Zurara  nos apresenta  a  “terra  dos  Negros”,  também  chamada  por  ele  de  “terra  verde”,  como  um locus  amoenus,  devido  às  suas  águas  em  abundância,  sua  profusão  de  árvores  frutíferas de  cheiro  agradabilíssimo  e  suas  sombras  revigorantes.  A  “terra  dos  Mouros Azenegues”,  por  sua  vez,  descrita  como  seca,  quente,  infértil,  de  poucas  e  más  águas  e de  vegetação  rala,  é  caracterizada  como  um  locus  horrendus.  Assim  como  a  “terra  dos Mouros”  é  pior  que  a  “terra  dos  Negros”,  o  mesmo  ocorre  com  relação  aos  seus habitantes:  os  mouros  azenegues  seriam,  segundo  Zurara,  fracos,  lentos,  covardes  e falsos,  ao  passo  que  os  negros  da  Guiné  são  descritos  como  fortes,  ágeis,  valentes  e verdadeiros.  E  assim  é  que  os  topoi  que  respeitam  à  “natureza”  dos  homens, principalmente  seu  sub-atributo  “nação”,  estão  intimamente  associados  aos  lugares-comuns  locus  amoenus  e  locus  horrendus.  Embora  mouros,  negros  e  suas  terras  não fossem  o  interesse  principal  de  Zurara  ao  escrever  a  Crônica  da  Guiné,  os  mesmos  se fazem  presentes  como  elementos  necessários  da  ação  narrada,  uma  vez  que  os  cristãos portugueses,  para  obrarem  seus  feitos  memoráveis  que  redundam  no  louvor  do  Infante D.  Henrique  e  do  rei  D.  Afonso  V,  precisavam  de  inimigos  e  campos  de  batalha  que tornassem  seus  feitos  ainda  maiores.  E  é  de  tal  modo  que  mouros  e  negros,  bem  como suas  terras,  participam  do  projeto  de  memória  e  de  esquecimento  empreendido  pela Casa  de  Avis  e  reorientado  no  reinado  afonsino.

The development of organic aquaculture in the Philippines has been very slow despite the approval of Republic Act 10068. To gather insights, a province-wide field survey and one-on-one interviews throughout Negros Occidental in 2015 with organic aquaculture practitioners were done to determine the practices, farmers‟ awareness on principles and standards, and problems encountered in organic aquaculture operations. There were 64 farmers who practised organic aquaculture according to initial data, however, 19 were found compliant to the minimum standards. All of the identified compliant practitioners were aware of the basic concepts but only those who have attended organic farming courses, seminars, or trainings were aware of the standard. Major problems and concerns that slow down the development of organic aquaculture are: longer culture periods, lack of local organic market posts, contamination, lack of continuous fingerlings supply, lack of awareness on the principles and standards, minimal support from the local government, and high standards and certification costs. Negros Occidental has to struggle in converting conventional aquaculture farms to organic. Thus, long-term sustainability of existing practitioners should be promoted to keep them from going back to conventional practices. Increased efforts and initiatives are needed to promote and sustain organic aquaculture in Negros Occidental.

Este trabajo aborda el problema de la negación de la existencia de población de origen africano en la Capitanía General de Chile y como parte de lo que se convertiría en la nación y sociedad chilena. A partir del estudio de algunas de las obras más célebres de la historiografía decimonónica y la identificación de los lugares comunes más extendidos derivados de dichos relatos, se establece un análisis que compara y pone tensión tales tópicos con la situación de la población africana y afrodescendiente durante el siglo XVIII examinada a la luz de diversos documentos de la época. De este modo, se ha querido establecer una comparativa crítica entre el discurso y el contexto histórico que éste pretendió describir y explicar con el objetivo de determinar en qué medida el imaginario extendido a través de los discursos historiográficos del siglo XIX coincide con la situación de la población africana y afrodescendiente en Chile en el periodo tardo-colonial.

يناقش هذا البحث عدة نقاط، تبدأ بخلفية تاريخية موجزة عن علاقة روما بأثيوبيا في العصر الإمبراطوري، ثم أثيوبيا في بعض الأساطير الرومانية، والأوصاف العرقية للأثيوبيين، كما يتناول العبيد الأثيوبيين في روما، وهذا من خلال نصوص أدبية لاتينية مع مقارنتها بمصادر يونانية ولاتينية أخرى كلما دعت الضرورة

Muchos siglos debieron pasar para que la normalidad se tornara sospechosa y la indisciplina fuera entendida como sesgo distintivo existencial.
Una historia de herejes, cimarrones y malditos ha empedrado el camino hacia la inclusión, aún por concluir. Muchas palabras tuvieron que desoírse, –bárbaros, desafectos, inmorales, subdesarrollados– y muchos significados negativos reconvertirse en valores. El lenguaje, ese don performativo, formó parte de los dispositivos simbólicos utilizados por el poder para legitimarse y su eficacia en estas lides ha resultado incuestionable. En esa facultad suya de crear mundos y las formas de nombrar han ejercido una poderosa influencia en todo el proceso de constitución de lo humano, especialmente como parte del suceso de “violencia irredimible” del que nos habló Martí.