Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
Algumas semanas antes de falecer em 1984, Foucault publicava os volumes 2 e 3 da sua História da sexualidade. Magistrais como eram, ainda deixavam incompleto o projeto iniciado quinze anos mais cedo com A Arqueologia do saber, o de uma... more
Algumas semanas antes de falecer em 1984, Foucault publicava os volumes 2 e 3 da sua História da sexualidade. Magistrais como eram, ainda deixavam incompleto o projeto iniciado quinze anos mais cedo com A Arqueologia do saber, o de uma transformação radical do humanismo pela análise estrutural. Neste projeto, Foucault iniciava a grande guinada da ontologia fundamentada, classicamente, pelo princípio da identidade. Ou seja, aquém do conceito de cuidado de si, Foucault projetara uma lógica relacional e diferencial pela qual se desenharia a matriz transformacional por trás das identidades. Concentrava-se no fundamento do local, a partir do qual surge a possibilidade do universal. Ainda numa época marcada por proscrições e proibições visando a sexualidade, ele projetava assim um amanhecer convergente entre algo ainda não captado pela subjetividade gay, mas já constitutivo de forma invisível e inominável na de queer. Para articular esta rotação na filosofia, Foucault ainda necessitava reconhecer um quinto limiar para sua teoria das etapas da formação discursiva do saber. Depois do limiar da positividade, da epistemologização, de cientificidade e de formalização, precisava o limiar da sistematização acontecimental. Fundamentar uma ontologia queer parecia exigir a negação de sistemas filosóficos fundamentados por uma ontologia, quiçá, abandonar a análise estrutural, tanto é que cursos inteiros de filosofia no Brasil seguiram as afirmações próprias de Foucault para se livrar do ensino do estruturalismo. Neste livro, defende-se a tese segundo a qual o que precisava era justamente o contrário.
"O título de “Filosofia por Elaes” pode causar estranhamento aos mais conservadores. Com a palavra “Elaes” não se trata evidentemente de um erro de digitação, nem de um mero neologismo que integre de modo artificial homens e mulheres em... more
"O título de “Filosofia por Elaes” pode causar estranhamento aos mais conservadores. Com a palavra “Elaes” não se trata evidentemente de um erro de digitação, nem de um mero neologismo que integre de modo artificial homens e mulheres em uma idealização atual que visa esconder a divisão real do trabalho ao qual serve essa separação sempre com maior carga de sofrimento para as mulheres. Do mesmo modo, não se quer, por meio dessa expressão, apenas reunir gêneros como formas discursivas, como produtos sociais ou sexuais. A perspectiva de criar uma palavra para integrar pronomes, que em si mesmos excluem o outro aponta, evidentemente, para mais longe. Com “Elaes” se trata, sobretudo, de uma provocação, gesto no qual se pode dizer que reside o sentido do que se pode em qualquer época chamar de filosofia."
-- Marcia Tiburi
Tratar-se-ia de um livro original de Alain Badiou publicado apenas no Brasil com enfoque particular sobre matemática, ontologia e formalismo? Sem dúvida, e o que motivou sua organização foi a percepção de que existe uma falta considerável... more
Tratar-se-ia de um livro original de Alain Badiou publicado apenas no Brasil com enfoque particular sobre matemática, ontologia e formalismo? Sem dúvida, e o que motivou sua organização foi a percepção de que existe uma falta considerável de material didático em língua portuguesa, escrito pelo próprio Badiou, em torno dos argumentos e das fundamentações teóricas do sistema que o filósofo vem construindo há mais de três décadas. Um sistema além da complexidade, que se reinventa e reestrutura a partir daquilo que o condiciona, as obras da verdade. Como afirma nestas páginas o próprio Badiou: "eu sempre defendi com firmeza que a filosofia está sempre em vias de se reajustar à contemporaneidade, de se colar às novidades dos procedimentos genéricos. Para fazer o que? Para fazer propaganda da distinção entre verdade, opinião e ideologia. Para chamar a atenção sobre o fato de que é preciso valorizar a generalidade e a verdade enquanto tais, mas também de uma certa maneira porque ela conduz à subjetivação: a subjetivação filosófica é um tipo de subjetivação segunda". Editora Fundação Fênix
Édition bilingue Portugais/Français
A tese defendida neste livro é simples. Se um dos ramos da filosofia mais discutidos no espaço público atualmente é a ética, e o objetivo da ética é articular o pensamento de modo tal que a justiça seja seu ideal, objetivo e finalidade,... more
A tese defendida neste livro é simples. Se um dos ramos da filosofia mais discutidos no espaço público atualmente é a ética, e o objetivo da ética é articular o pensamento de modo tal que a justiça seja seu ideal, objetivo e finalidade, então a filosofia terá que mostrar que a sua compreensão da justiça não é meramente histórica nem abstrata. Ora, não há nada que comprova que isto for realizado. A filosofia pode ser vista como gerador de pontos de justiça, ou pelo menos um discurso que torna inteligível a representação daquilo que é justo, mas raramente a filosofia tenta explicar a justiça enquanto transformação. Acrescentada à redução pragmática da nossa compreensão da justiça é a tarefa não menos importante da filosofia a isolar as obstruções e os obstáculos a alcançar a justiça na sua própria prática como nos seus programas de pesquisa. Em uma serie de discussões sobre dívida, falocracia, cultura de estupro, apagamento metodológico do estruturalismo e do marxismo, censura, psico-contratualismo e a linearização do tempo, este livre retrata alguns desafios que enfrenta a filosofia contemporânea na sua (quase) eterna busca pela justiça.
Capa: a partir de um projeto de Trevor Paglen.
No livro O Realismo estruturalista: do intrínseco, do imanente e do inato, Norman Roland Madarasz argumenta em favor da reativação, em filosofia, do método de análise estrutural. Nas versões ortodoxas da história da filosofia na França no... more
No livro O Realismo estruturalista: do intrínseco, do imanente e do inato, Norman Roland Madarasz argumenta em favor da reativação, em filosofia, do método de análise estrutural. Nas versões ortodoxas da história da filosofia na França no século XX, a representação do período posterior a 1968 tende a representar um caso quase inédito: após ter transformado os resquícios da filosofa moderna nas ciências humanas e sociais, o estruturalismo teria subsequentemente se apagado, os seus modelos linguísticos e lógicos tendo sido substituídos no decorrer dos anos 1970 por outros provenientes da arte, da literatura e da psicanálise, antes de se fundirem nas configurações dos “pós”. Madarasz argumenta que, ao contrário do apagamento alegado, o estruturalismo teria se tornado apenas indiscernível, e isto devido à nova configuração do conceito estrutural de sujeito, apresentado como veículo da multiplicidade irredutível. O estruturalismo não é e nunca foi um determinismo radical, e ainda menos um nominalismo ou relativismo que adotaria uma postura anticientífica. Através do estruturalismo se pensa sobremaneira a relação entre a filosofia e uma modelização radical da ciência como criação de novas teorias que são tantas figuras do sujeito. Madarasz ainda defende que os dois maiores sistemas estruturais da atualidade se distinguem e se aproximam ao recusar esta identificação: o sistema filosófico de Alain Badiou, com sua ontologia intrínseca e imanente, e a teoria da faculdade da linguagem de Noam Chomsky, com sua biolinguística inatista. Assim, defende-se que o estruturalismo configura o principal modelo de análise para uma teoria do sujeito que não é nem fenomenológico-existencial, nem totalizante, mas genérica, gerativa e, por ser a teoria do sujeito da alteridade irredutível, indiscernível.
Prefácio por Norman R. Madarasz Literatura e filosofia é o tópico deste livro. A proposta: um livro-fórum em que quatorze escritores, teóricos e filósofos se juntam para discorrer a propósito de como compartilhamos as experiências de... more
Prefácio por Norman R. Madarasz

Literatura e filosofia é o tópico deste livro. A proposta: um livro-fórum em que quatorze escritores, teóricos e filósofos se juntam para discorrer a propósito de como compartilhamos as experiências de criatividade e as lutas para desafiar as ameaças às nossas respectivas práticas: escrever, teorizar, filosofar em torno de uma relação disciplinar. Somos, pois, acadêmicos cientes e prudentes de que a palavra possui potência para institucionalizar. Bonito, este encontro certamente poderá sê-lo, e o avaliará o leitor. Contudo, há algo mais em jogo que apenas conteúdos complexos e enriquecedores. De acordo com as várias contribuições aqui presentes, a relação entre literatura e filosofia se vive por disputa.
Research Interests:
A filosofia de Alain Badiou é apresentada de forma orgânica e detalhada neste livro, de Norman Madarasz. O autor destaca que o sistema filosófico de Badiou propõe a matemática como verdadeira ciência do ser enquanto ser. No entanto, isso... more
A filosofia de Alain Badiou é apresentada de forma orgânica e detalhada neste livro, de Norman Madarasz. O autor destaca que o sistema filosófico de Badiou propõe a matemática como verdadeira ciência do ser enquanto ser. No entanto, isso não faz com que seu sistema seja redutível à lógica, pois a filosofia sempre permanece vinculada e intricada à produção de verdades que se incorporam aos contextos diversos. Em sua proposta, Badiou lança as bases de uma filosofia que avança o conceito de acontecimento e indica a teoria da multiplicidade, abrindo espaços para um tratamento mais inovador e criativo das áreas que propiciam as condições da filosofia.
A obra de Madarasz é a primeira apresentação do pensamento de Badiou no Brasil, fornecendo uma discussão rigorosa e crítica acerca da contribuição desse filósofo ao novo racionalismo francês.
This book continues Alain Badiou’s project to posit an integral link between mathematics and ontology. Originally published as part of a trilogy in 1998, Briefings on Existence engages the ideas of Deleuze, Spinoza, Plato, Aristotle, and... more
This book continues Alain Badiou’s project to posit an integral link between mathematics and ontology. Originally published as part of a trilogy in 1998, Briefings on Existence engages the ideas of Deleuze, Spinoza, Plato, Aristotle, and Kant and outlines how the philosophical inquiry into Being and existence converges with the possible world topology of category theory. Set against the background of a multiplication of gods that can be declared dead (the gods of religions, metaphysics, and poetry), Badiou argues that the extension of these events has fallen short of accomplishing its collective promise, but can be achieved through the mathematical understanding of ontology. After several remarkable decades of theoretical invention, French philosophy stands at a crossroads, and Badiou’s egalitarian materialism is one of its strongest calls forward.
Contrary to those proclaiming the end of philosophy, Badiou aims to restore philosophical thought to the complete space of the truths that condition it.
Em meados do século vinte, antes de naturalizar a maneira na qual a ideologia liberal analisa a consciência, a fenomenologia articulava um ambicioso projeto de fundamentação em fusão com diferentes orientações marxistas. Constata-se,... more
Em meados do século vinte, antes de naturalizar a maneira na qual a
ideologia liberal analisa a consciência, a fenomenologia articulava um ambicioso projeto de fundamentação em fusão com diferentes orientações marxistas. Constata-se, porém, que nenhuma das ramificações chegara a aprofundar a compreensão própria da noção de crise, todavia central ao pensamento de Husserl, quando não de Karl Marx. Em Groundwork for a Phenomenological Marxism,
o filósofo canadense, Ian H. Angus, identifica esta lacuna e se propõe a articular uma justaposição analítica entre a teoria da crise no Capital de Marx e a Krisis de Husserl. Neste artigo, propõe-se explicitar as ramificações deste novo marxismo fenomenológico, considerar as etapas constitutivas propostas por Angus e simultaneamente examinar a resistência do autor a conduzir o projeto para uma pragmática decentralizadora das ciências europeias.
Opposition by Argentines to their own dictators cost the people dearly, a refrain heard as the Mothers of May weep at dusk. Now, with the election of Javier Milei to the presidency, the country’s future has fit into the grand chessboard.... more
Opposition by Argentines to their own dictators cost the people dearly, a refrain heard as the Mothers of May weep at dusk. Now, with the election of Javier Milei to the presidency, the country’s future has fit into the grand chessboard. Behind farce and fanfare, a plan is underway to strip Argentina from the salvation offered by BRICS+, first amongst Brazil and China. It seems the grass, for all its stunted growth, is still too high for the rentiers.
Lula walks up the Planalto palace ramp with his wife and a group that included Chief Raoni of the Kayapó tribe, a Black boy, and a trash pick up lady. " Workers of Brazil, you exist and are valuable for us! Women of Brazil, you exist and... more
Lula walks up the Planalto palace ramp with his wife and a group that included Chief Raoni of the Kayapó tribe, a Black boy, and a trash pick up lady. " Workers of Brazil, you exist and are valuable for us! Women of Brazil, you exist and are valuable for us! Black Men and Women of Brazil, you exist and are valuable for us! […]" Silvio Almeida Author's note. As this article was going to print, the assault on the Three Powers Plaza in Brasília began. This is no mere repetition of January 6, 2021, however. It is yet another step in a military coup d'état in the making. Amidst the plundered symbols of democracy, we unconditionally assert
Research Interests:
The aim of this essay is to engage in an extended conversation with the book, Universal Emancipation: Race beyond Badiou. Minneapolis, Min.: University of Minnesota Press, 2020, written by Elisabeth Paquette. First, we present the book in... more
The aim of this essay is to engage in an extended conversation with the book, Universal Emancipation: Race beyond Badiou. Minneapolis, Min.: University of Minnesota Press, 2020, written by Elisabeth Paquette. First, we present the book in a standard book review style. Then we discuss Paquette’s argument, according to which she claims Alain Badiou’s philosophy is “Eurocentric” and ultimately blind to “race” as understood within the framework of contemporary North American Critical Race Theory. We then go on to set the bases for a critical assessment of her claims, arguing that Paquette’s framework is too culturally restrictive to fully account for the state of postcolonial studies in France today and that this restriction leads her to misinterpret Badiou. Notwithstanding her misinterpretations, we argue that through the selection and dependence on secondary sources, Paquette’s strategy is not incidental. Instead, she misrepresents Badiou by deliberately ignoring the distinctions in his philosophical system regarding the relationship between philosophy and the political.
Lors du décès de Michel Foucault, Alain Badiou soulignait la subjectivation comme l’un des problèmes philosophiques qu’il partagea avec son ancien collègue de Vincennes. Certes, Badiou ne poursuivra pas l’exploration de ce concept par... more
Lors du décès de Michel Foucault, Alain Badiou soulignait la
subjectivation comme l’un des problèmes philosophiques qu’il partagea
avec son ancien collègue de Vincennes. Certes, Badiou ne poursuivra pas
l’exploration de ce concept par l’étalement des longues durées dans
lesquelles cette instance fondatrice de la philosophie aurait pris corps
pour se former par le biais de la constitution d’une série de règles. Pour
Badiou, l’aboutissement, même partiel, de ses recherches sur la
subjectivation se situe plutôt dans la thèse discontinue des « conditions »
de la philosophie, dont le champ dispersé est traversé par des ruptures
événementielles. Sa systématisation se fait par une nouvelle ontologie du
multiple, celle-ci se schématisant par la théorie des ensembles. Ainsi se
démontre que la régularité de la subjectivation procède moins par des
règles que par des axiomes et des théorèmes, ceux-ci inscrits en l’être en
tant qu’être. Quant au registre de l’événement, c’est Foucault qui réussit à
articuler une séparation, capitale pour la philosophie, entre faits et
ruptures. Or, Badiou s’en servira lorsqu’il met en place une plongée du
champ de l’ontologie dans l’immanence des processus génériques. Un
retour à la longue durée lui fournit aussi leur fondation historique, mais
plutôt par une dispersion des conditions que par une reprise, soit-elle
révolutionnaire, de l’historiographie. Dans le présent article nous
approfondirons ces observations pour établir les bases d’un
comparativisme en torsion, le seul, nous semble-t-il, capable de rendre
raison de leurs perspectives sur la subjectivation. Nous montrerons, à
partir de l’intervalle concernant la fragilisation de la philosophie pendant
les années 1980, les variations, permutations et différentiations entre la
thèse des épistémès chez Foucault et celle des conditions chez Badiou
surtout afin de mieux relever ce que chacun aura contribué à
cartographier le sujet dans le plan théorique du post-humanisme.
APRESENTAÇÃO
James Baldwin na era de Vidas Pretas Importam
James Baldwin in the era of Black Lives Matter

of the 2022/1 issue of Letrônica
Edited by Norman R. Madarasz and Jonas Dornelles
Brazil’s presidential elections amidst the Ukrainian War
With the visit of CIA director William J. Burns and more recently National Security Advisor Jake Sullivan to the southern continent, critics of the Bolsonaro regime who invested diplomatically and emotionally in a Biden victory have had... more
With the visit of CIA director William J. Burns and more recently National Security Advisor Jake Sullivan to the southern continent, critics of the Bolsonaro regime who invested diplomatically and emotionally in a Biden victory have had to come to terms with reality. Biden’s staff will not belittle the far-right military government’s worn out Cold War rhetoric of fighting communism after all. The communist threat, warranting submission of Brazil’s dominant sector to the interests of the U.S., does exist after all – and it comes from Asia.
In Being and Event, Alain Badiou disconnects the infinite from the One and the Absolute, thus recasting the basis from which to craft a new theory of generic subject, the existence of which is demonstrated through set theory. In Logics of... more
In Being and Event, Alain Badiou disconnects the infinite from the One and the Absolute, thus recasting the basis from which to craft a new theory of generic subject, the existence of which is demonstrated through set theory. In Logics of Worlds, Badiou turns his attention to the modes by which this subject appears in a world. It does so by being incorporated as a subjectivizable body, a body of truth. As opposed to Being and Event, the demonstration of this argument takes shape according to two distinct levels, that of a “calculated phenomenology” and that of a formalism in which category theory provides a general logic, the combination of which delineates an “onto-logic”. In this essay, we trace Badiou’s derivation of the notion of body of truth and evaluate the innovative phenomenological methodology applied to explain its association with a world.
Depuis la publication des Dits et écrits, la place de la littérature dans l'oeuvre de Michel Foucault a une position bien assignée dans les recherches académiques, où l'on souligne surtout l'approche nietzschéenne de la lecture qu'a... more
Depuis la publication des Dits et écrits, la place de la littérature dans l'oeuvre de Michel Foucault a une position bien assignée dans les recherches académiques, où l'on souligne surtout l'approche nietzschéenne de la lecture qu'a proposé le philosophe. Prenant appui sur des nouvelles publications et sur des manuscrits inédits, notre texte envisage ce thème sous un autre prisme, à partir du structuralisme de l'analyse littéraire et de l'enjeu philosophique de la revue Tel Quel dans son rapport avec le Nouveau Roman. En repérant l'importance du concept de « distance » dans ses écrits sur la littérature, nous discuterons comment plusieurs des notions créées par Foucault se trouvent en dialogue avec cette constellation théorique plus large. Nous y établirons ainsi le rapport entre la structure et l'événement, la paire conceptuelle au centre des débats philosophiques des années 1960, qui nous guidera dans la compréhension des tensions et des adhésions de la méthodologie foucaldienne à l'égard de l'analyse structurale.

Mots-clés: Analyse littéraire. Structuralisme. Distance. Événement. Tel Quel. BnF Inédits.
My body brought me to realize I may have finally started to stop learning from within the unshakeable shackles of white supremacy. The racial criminality of the North American society I grew into as a first-generation European Canadian... more
My body brought me to realize I may have finally started to stop learning from within the unshakeable shackles of white supremacy. The racial criminality of the North American society I grew into as a first-generation European Canadian fits rather well with what James Baldwin describes as the emergence and repetition of the desire to be white. Had I reached the door of which Baldwin once said White America would have to pass if it wanted to live?
The disproportionate vulnerability of continental African-Americans to Covid-19 and official narratives justifying the daily violence suffered by them flows through a process similar to the negation of truths. One of the uncanny effects... more
The disproportionate vulnerability of continental African-Americans to Covid-19 and official narratives justifying the daily violence suffered by them flows through a process similar to the negation of truths. One of the uncanny effects of a truth is the negationism it also produces, the stress here being on a psychological side effect and not on negation, objection or refutation. As far as pandemics are concerned, history shows in a timely manner how truths are often negated before acquiring broader acceptance. Yet negationism is one thing, willful omission of crucial information is another. The moral effect these stances play on undermining truth is equally devastating. With the pandemic caused by Sars-CoV-2, the circuit linking omission to negationism has entered another round. As for racism, philosophy can certainly attest to how assertions on its conceptual inexistence often projects veils of ignorance over its concrete workings. A constant buzz of white noise obliterates what is tirelessly asserted by victims of racism, namely that the world is not the same place for those who suffer from it as it is for Whites. The explosion of Antiracist movements in Brazil and the U.S. has concentrated public attention on the homicidal violence committed by the police forces of these countries against Black and Brown persons. It has sparked deep preoccupation at the militarization of the chain of command of police forces. And
Vinte anos após a publicação do Manifesto pela filosofia, primeiro livro de Badiou traduzido para o inglês, fora a vez para sua filosofia no prestigioso Heyman Center for the Humanities da Columbia University. A ocasião: um workshop em... more
Vinte anos após a publicação do Manifesto pela filosofia, primeiro livro de Badiou traduzido para o inglês, fora a vez para sua filosofia no prestigioso Heyman Center for the Humanities da Columbia University. A ocasião: um workshop em torno do seu último livro, A Imanência das verdades (Paris: Éditions du Seul, 2018).
O prestígio acadêmico adquirido pela bioética neste último meio século decorre, em parte, do fortalecimento dos espaços de liberdade social nas democracias representativas. No âmbito da ética, criou-se a noção de liberdade, mas sem as... more
O prestígio acadêmico adquirido pela bioética neste último meio século decorre, em parte, do fortalecimento dos espaços de liberdade social nas democracias representativas. No âmbito da ética, criou-se a noção de liberdade, mas sem as formas legalizadas da liberdade a ética não consegue crescer como fonte criativa das normas pelas quais formulam-se as múltiplas formas do juízo moral. Nesta época da pós-verdade e da produção estratégica de mentiras e de ódio políticos, o efeito sobre os sujeitos políticos parece indicativo de carência psicológica, educacional e sobretudo econômica. Diante este cenário, faz-se importante reconsiderar o afastamento da teoria da verdade como “filtro” dos discursos e das orientações políticas produzidas pela ética. A tarefa que se coloca à filosofia é a de estender a força conceitual e discursiva da bioética para contemplar formas de subjetividade em ruptura com uma estrutura de Estado produtora de injustiça. Para tanto, analisamos criticamente a proposta de uma bioética das verdades, filtro separador no sistema de Alain Badiou pelo qual se organiza a relação entre ontologia, fenomenologia e as condições históricas de produção de verdades.
Comemorar o maio de 68 de Paris é complicado. Poucas são as razões para acreditar que ao celebrar os “acontecimentos” de Paris não se comemora a impressão factual do Estado francês, e mais ainda a da heteronormatividade. Maio (e junho) de... more
Comemorar o maio de 68 de Paris é complicado. Poucas são as
razões para acreditar que ao celebrar os “acontecimentos” de
Paris não se comemora a impressão factual do Estado francês,
e mais ainda a da heteronormatividade. Maio (e junho) de 68
proporcionou uma deslocação cultural em direção de políticas
feministas e homossexuais, isto é verdadeiro. Certamente, não as
causou. Maio de 68 encaminhou apenas emancipações parciais,
enquanto a desigualdade econômica foi soterrada pela revolução
cultural e a violência política dos inícios da próxima década.
O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir ainda criando devires em seus 70 anos

Caderno do Sábado

Correio do Povo (Porto Alegre)

8 de junho de 2019
Após ser eleito em 2015, o Primeiro Ministro Justin Trudeau formou o governo mais diversificado da história do Canadá e quiçá do mundo. Seu “Gabinete” se compôs conforme o princípio de igualdade de gênero, de representação étnica e de... more
Após ser eleito em 2015, o Primeiro Ministro Justin Trudeau formou o governo mais diversificado da história do Canadá e quiçá do mundo. Seu “Gabinete” se compôs conforme o princípio de igualdade de gênero, de representação étnica e de pessoas LGBTQ2, mas, principalmente, conforme um projeto de reconciliação com as Primeiras Nações.
One of the constants in Noam Chomsky’s philosophical, linguistic and ethical positions is the existence of what he calls “human nature”. Following Marx, Darwin and last century’s revolutions in the social sciences, human nature has been... more
One of the constants in Noam Chomsky’s philosophical, linguistic and ethical positions is the existence of what he calls “human nature”. Following Marx, Darwin and last century’s revolutions in the social sciences, human nature has been one of the most contested conceptual holdovers from modern European philosophy. Chomsky’s discoveries and models on syntax and language make up one of the frameworks to most critically offset the traditional moral dimension of human nature. Contrary to most traditions prior to his work, language can no longer be restricted to either mind, soul or spirit. Language, as Chomsky has continually upheld and sharply refined, is a physical and biological process. But how his notion of human nature derives from this process is complex, as he seems to disregard philosophy’s classic analytic delineation between the descriptive causal realm of human nature and the normative axiological extensions of the same concept. In this paper, we seek to examine the philosophical and ontological implications of Chomsky’s claim that human nature derives from the innate dimension of the language faculty. Not only does Chomsky maintain the category of human nature, he also indexes it to the question of freedom. We thereby argue for the coherence of his proposal and show how it operates to weld the perspective of a modal theory of biologically-rooted creativity to innate conditions specific to his theory of language generation. However, we question whether its restriction to humans alone is sustainable from a scientific perspective by putting forth the claim that Chomsky’s science is in fact a radical ontology of social subjectivation.
A pergunta merece ser feita: com o que a filosofia francesa contribuiu de duradouro desde o fim daquilo que o historiador Eric Hobsbawm denominou o "curto século vinte"? Desde 1988, há de se considerar que neste período sobressai-se... more
A pergunta merece ser feita: com o que a filosofia francesa contribuiu de duradouro desde o fim daquilo que o historiador Eric Hobsbawm denominou o "curto século vinte"? Desde 1988, há de se considerar que neste período sobressai-se L'Être et l'événement de Alain Badiou (traduzido no Brasil como O Ser e o Evento).
Antes do desmonte do complexo edipiano em Anti-Édipo, o programa deleuziano se articulava a partir das linhas críticas de pensamento em complementaridade à teoria da linguagem póshumanista de Michel Foucault. Pela atenção dada ao... more
Antes do desmonte do complexo edipiano em Anti-Édipo, o
programa deleuziano se articulava a partir das linhas críticas de
pensamento em complementaridade à teoria da linguagem póshumanista
de Michel Foucault. Pela atenção dada ao pragmatismo
e à escrita filosófica, Gilles Deleuze acompanhou também as
grandes produções filosóficas do novo feminismo francês dos anos
1960-1970. Segundo esta vertente francesa da segunda onda do
feminismo, o corpo da mulher não se define, mas se escreve.
Deleuze nunca teria chegado tão perto a uma teoria do gênero do
que quando refutou o freudismo a partir da maneira em que este
classificava o masoquismo como uma perversão anexada ao
sadismo, processo de refutação iniciado por Deleuze no início dos
anos de 1960, mas cuja versão culminante serviu de “Apresentação” à edição francesa do romance A Vênus das peles,
do escritor austro-húngaro, Leopold von Sacher-Masoch (1836-95),
publicado pelas Éditions de Minuit em 1967.
pp. 256 - 279. O que cabe indagar, e será isso que se pretende realizar neste texto, é: Em que medida o interesse investido na categoria de biopolítica não esconde outros motivos estratégicos, sendo tecidos pelo próprio campo do direito,... more
pp. 256 - 279.

O que cabe indagar, e será isso que se pretende realizar neste texto, é: Em que medida o interesse investido na categoria de biopolítica não esconde outros motivos estratégicos, sendo tecidos pelo próprio campo do direito, quanto se convence que a soberania popular está minada internamente por um equívoco de ordem lógica. Seria possível também expressar esta ideia da seguinte forma: De tão abrangente que o termo se tornou, e tão reduzido a objetivos legalísticos, será que a biopolítica não desvia, no final das contas, qualquer crítica radical do funcionamento do espaço jurídico, para iniciar simplesmente um outro ramo do discurso vanglorioso do direito? Esta indagação se levanta não apenas, e talvez nem principalmente, em decorrência da marginalização do tópico das relações de trabalho, de classe e do esquecimento da escravidão nas pós-democracias. Nossa indagação almeja ainda uma relação com a ciência, agora reduzida na sua teoria a uma técnica de exploração de facetas diferentes da vivência das pessoas jurídicas, cuja expressão mais melancólica é típica da obra de Agamben.
Correio do Povo/Caderno do Sábado, Porto Alegre, p. 27 - 27, 19 maio 2018.
Alexandre Grothendieck (1922-2014) era um dos maiores matemáticos do século 20 e um dos mais atípicos. Nascido na Alemanha a um pai anarquista de origem russa, sua infância foi marcada pela militância política dos seus pais, assim... more
Alexandre Grothendieck (1922-2014) era um dos maiores matemáticos do século 20 e um dos mais atípicos. Nascido na Alemanha a um pai anarquista de origem russa, sua infância foi marcada pela militância política dos seus pais, assim passando por revoluções, guerras e sobrevivência. Descoberto por sua precocidade matemática por Henri Cartan, Grothendieck fez seu doutorado sob orientação de Laurent Schwartz e Jean Dieudonné. Suas principais contribuições são na área da topologia e na geometria algébrica, assim como na teoria das categorias. No final dos anos de 1960, ele se dedicou à militância política e ecológica, organizando a revista Survivre durante três anos. Em 1986, publicou um manuscrito autobiográfico de 1000 páginas, Récoltes et semailles, em que ele descreve sua experiência e sua prática com a matemática, assim suas contribuições à comunidade matemática francesa. Pouco comentado na filosofia, as implicações dos seus descobrimentos foram mais recentemente discutidas por Alain Badiou na sua "fenomeno-lógica", em Logiques des mondes (2016) e Arkady Plonitsky, Mathematics, Science and postclassical Theory (1997), cuja pesquisa trata da semelhança entre os aspectos formais da filosofia de Gilles Deleuze e da topologia de Grothendieck.
O Jovem Karl Marx. Direção: Raoul Peck (2017). 118 minutos.
Produção: Alemanha, França, Bélgica.
O "post-structuralism" teria então surgido na virada da década de 1960 como proposta filosófica a radicalizar o ato crítico, voltando-o não apenas contra o programa filosófico de pensadores estruturalistas, mas contra a ideia mesma de... more
O "post-structuralism" teria então surgido na virada da década de
1960 como proposta filosófica a radicalizar o ato crítico, voltando-o não
apenas contra o programa filosófico de pensadores estruturalistas,
mas contra a ideia mesma de análise estrutural e seu programa de
fundamentação das ciências humanas. Nos pensadores identificados
como pós-estruturalistas, os critérios da crítica filosófica se aplicavam aos modelos historiográficos vigentes para desvendar novas perspectivas sobre a objetividade transhistórica e conclusões empíricas em relação às quais a filosofia europeia analisava o fenômeno da subjetividade desde o amanhecer da modernidade. Pela perspectiva interna à produção filosófica francesa daquele momento, o problema com este retrato é que na França o termo "post-structuralisme" não era reconhecido, e se for aceito hoje, se faz com relutância.
Research Interests:
Neste artigo argumenta-se que o programa biolinguístico de Noam Chomsky contém uma ontologia subjacente cuja implicação diz respeito a uma transformação radical da noção de sujeito e da categoria de identidade que lhe sustenta, assim como... more
Neste artigo argumenta-se que o programa biolinguístico de Noam Chomsky contém uma ontologia subjacente cuja implicação diz respeito a uma transformação radical da noção de sujeito e da categoria de identidade que lhe sustenta, assim como da noção kuhniana de ciência normal. De fato, um dos desafios de uma ontologia estruturalista da qual Chomsky é pessoalmente distante, mas formalmente próximo, é de transpor as teses sobre o real da questão do ser e do acontecimento para um realismo, campo que proporciona as condições de criação de um sujeito diferencial e genérico pela geração de estruturas sintáticas elementares projetadas em séries de palavras. Desta forma, a capacidade linguística auxilia na produção e na criação da identidade. Argumenta-se que o programa biolinguístico é ainda revolucionário no sentido em que despertou e perpetuou uma nova figura subjetiva da ciência, isto é, uma figura emancipadora do sujeito pensado pela ciência em relação à qual uma ontologia fundamental só pode se adequar na base da multiplicidade, tal como tem feito Alain Badiou.
Research Interests:
Uma maneira em que circundar a relação entre literatura e história é pelo saber feminista, cuja expressão atual, em uma terceira “onda”, se articulou pela torção entre estas duas áreas e por suas invaginações. Se for possível falar hoje... more
Uma maneira em que circundar a relação entre literatura e história é pelo saber feminista, cuja expressão atual, em uma terceira “onda”, se articulou pela torção entre estas duas áreas e por suas invaginações. Se for possível falar hoje de uma ruptura geradora de uma novidade radical dentro das produções culturais realizadas por mulheres, tendo como foco a assertividade sexual como revolta pela qual intensificar a performatividade do conceito de gênero, parece surgir principalmente pela literatura, mesmo que, neste caso, a literatura seja explicitamente de contestação da própria ordem dos saberes e até da forma modernista da prosa. Após a produção ovular de Kathy Acker, escritora estadunidense falecida em 1997, a obra de duas autoras francesas, Virginie Despentes e Christine Angot, proporcionará esta ruptura.
How are concepts from mathematics necessary for a realist ontology? How does philosophy of mathematics account for an ontological perspective that seeks to ground a non-essentialist theory of subject and subjectivation, in which... more
How are concepts from mathematics necessary for a realist
ontology? How does philosophy of mathematics account for an
ontological perspective that seeks to ground a non-essentialist
theory of subject and subjectivation, in which mathematics
produces formal parameters that are extra-linguistic and show
partial independence from logic? Is philosophy of mathematics
necessarily reducible to analytic philosophical principles and
theorems, or does a variation in philosophical traditions also
imply a variation in the reading of at least certain aspects of
mathematics? What are the consequences mathematical ontology holds for research led by Stanislas Dehaene on the
neuropsychology of the “number sense”?
Research Interests:
Revista Veritas, 61(2), 2016, pp. 267-275.

DOI: http://dx.doi.org/10.15448/1984-6746.2016.2.26226
Research Interests:
No dia 15 de outubro, Michel Foucault teria feito noventa anos, se ele ainda estivesse no tempo dos mortais. Mas há muito que Foucault passou a morar em outra temporalidade, a do livro.
Research Interests:
Research Interests:
Resumo: A proposta do presente artigo é apresentar a teoria do sujeito genérico de Alain Badiou, vista a partir das duas perspectivas do seu sistema filosófico: a ontológica e a fenomenológica. Pela primeira, trata-se de articular uma... more
Resumo: A proposta do presente artigo é apresentar a teoria do sujeito genérico de Alain Badiou, vista a partir das duas perspectivas do seu sistema filosófico: a ontológica e a fenomenológica. Pela primeira, trata-se de articular uma teoria de subjetividade acontecimental, que rompe com a herança filosófica dos modos de totalização do presente. Pela segunda, analisa-se o contexto objetivo do surgimento do sujeito. Faz-se necessária uma rearticulação radical dos termos de objeto, de mundo e de corpo pela qual o que inexiste advém a uma manifestação. A marca do símbolo de Vênus, aplicada por Badiou no lugar do genérico, subscreve à tese segundo a qual o genérico circula como veículo da alteridade irredutível. Eis onde o sistema reencontra a psicanálise estrutural, visando a elaborar as fórmulas da sexuação em Lacan para contribuir a uma topologia ôntico-fenomenológica sexuada.
Research Interests:
No contexto atual da ampliação da obra de Foucault à luz do término da publicação dos Cursos proferidos no Collège de France entre 1970-1984, a volta às suas pesquisas dos anos 1960 é consoante à posição reiterada por ele em determinados... more
No contexto atual da ampliação da obra de Foucault à luz do término da publicação dos Cursos proferidos no Collège de France entre 1970-1984, a volta às suas pesquisas dos anos 1960 é consoante à posição reiterada por ele em determinados momentos dos Cursos quanto à permanente continuação de sua pesquisa arqueológica. Por esta e outras tantas razões que serão explicitadas, evidencia-se que a tradicional configuração “didática” da tríade “saber/poder/ética” aparece cada vez mais como senão simplificando, então ao menos fragmentando arbitrariamente o projeto amplo da filosofia e da história de Michel Foucault.
Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
An Otherwise Non-distinct Geneaology:"Mathematical Logic" as seen from the Perspective of Alain Badiou's Philosophical System: The aim of this essay is to map eleven transformations of mathematical logic in Badiou's philosophical system.... more
An Otherwise Non-distinct Geneaology:"Mathematical Logic" as seen from the Perspective of Alain Badiou's Philosophical System: The aim of this essay is to map eleven transformations of mathematical logic in Badiou's philosophical system. These transformations otherwise organize the development of logic and mathematics within the context of French epistemology. We argue that to grasp Badiou's ontological argument, especially as set out in Being and Event, it is necessary to adopt a perspective critical of logicism and logical positivism. In other words, as naive set theory is created by Georg Cantor, it is independent of the project of logicism stemming from Russell and Wittgenstein's work on Frege. Indeed, set theory should not be reduced to the field of logic, but be understood as mathematical per se. This is the line of development philosophy of mathematics, epistemology and logic took within the structuralist background of French philosophy.
Research Interests:
Research Interests:
Alain Badiou‟s philosophy was created in the form of a system, at least since the publication of L’Être et l’événement in 1988. In the French philosophical context of the time, the claim of his his project did not fail to trigger... more
Alain Badiou‟s philosophy was created in the form of a system, at least since the
publication of L’Être et l’événement in 1988. In the French philosophical context of the
time, the claim of his his project did not fail to trigger astonishment. After all, was it
not part of the landscape of philosophical contemporaneity to break with the
pretensions to make systems, a break  enabled by instruments both Socratic and
Sophistic alike? The aim of this article is to present the main justifications to make a
system in Badiou´s thought as part of a broader project to overcome Heidegger‟s
fundamental ontology. The paper establishes the terms of the break with Heidegger and
describes the nature and character of the system that advocated it. We argue that the
system is innovative and isomorphic, as it were, with its two main claims: (i) that
ontology is mathematics, and (ii) that naming an event is what might, in the best of
cases, trigger new forms of subjectivity. We also show that the system demonstrates a
weakness typical of all systems, which lies in the convergence of a fundamental
feedback, that is, the recursivity of the “extension” of a situation, with is its author‟s
signature.
Research Interests:
The recent boost in marketing and sales of English and French language Arab–Islamic publications in the age of Samuel Huntington's distortion, as it were, may be representative of a general increase in book publishing in any domain.... more
The recent boost in marketing and sales of English and French language Arab–Islamic publications in the age of Samuel Huntington's distortion, as it were, may be representative of a general increase in book publishing in any domain. Yet it would surely be erroneous not to see it as ...

And 21 more

Norman Madarasz escreve sobre O Circuito dos Afetos, de Vladimir Safatle: “Tomando em consideração o clima social neste momento no Brasil, o livro de Safatle expõe a lógica da ordem social que provoca e usa o medo como instrumento... more
Norman Madarasz escreve sobre O Circuito dos Afetos, de Vladimir Safatle: “Tomando em consideração o clima social neste momento no Brasil, o livro de Safatle expõe a lógica da ordem social que provoca e usa o medo como instrumento político em tempos de paz”.
Research Interests:
Em recentes artigos na imprensa nacional sobre tendências no mercado de livros de filosofia, destacou-se a opção feita por várias editoras brasileiras em publicar coleções de autores traduzidas do francês ou do inglês. Que os livros de... more
Em recentes artigos na imprensa nacional sobre tendências no mercado de livros de filosofia, destacou-se a opção feita por várias editoras brasileiras em publicar coleções de autores traduzidas do francês ou do inglês. Que os livros de Foucault ainda vendam muito, nada de surpreendente. Mas o que explica o sucesso contínuo de Lacan, mesmo em livros de coleções simplificadas, destinadas ao público não especialista?
Research Interests:
Jun 9, 2023 No oitavo episódio do programa Argumento – Comunicação Política, recebemos o Norman Madarasz, professor adjunto do PPG em Filosofia e do PPG em Letras, ambos da Escola de Humanidades da PUCRS, onde desenvolve pesquisa no campo... more
Jun 9, 2023
No oitavo episódio do programa Argumento – Comunicação Política, recebemos o Norman Madarasz, professor adjunto do PPG em Filosofia e do PPG em Letras, ambos da Escola de Humanidades da PUCRS, onde desenvolve pesquisa no campo da Filosofia francesa contemporânea na literatura francesa e nos estudos de gênero.