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https://doi.org/10.55738/alaic.v17i31.540 15 DOSSIÊ TEMÁTICO/ DOSSIER TEMÁTICO ENTREVISTA FICÇÃO TELEVISIVA E NARRATIVA TRANSMIDIA: CONTINUIDADES E TRANSFORMAÇÕES Maria Cristina Palma Mungioli Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Professora doutora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação na mesma universidade. Coordenadora do GI Ficção Televisiva e Narrativa Transmídia nos Congressos ALAIC 2014 (Lima, Peru), 2016 (Cidade do México, México) e 2018 (San José, Costa Rica). Líder do grupo de Pesquisa GELiDis (CNPq-ECA/USP). E-mail: crismungioli@usp.br. 16 Giuliana Cassano Magister en Estudios de Género por la Pontificia Universidad Católica del Perú. Licenciada en Ciencias de la Comunicación por la Universidad de Lima. Directora de Estudios de la Facultad de Ciencias y Artes de la Comunicación de la Pontificia Universidad Católica del Perú. Coordinadora de OBITEL Perú.Coordinadora del Grupo de Interés Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia durante tres Congresos ALAIC 2014 (Lima, Perú), 2016 (Ciudad de México, México) y 2018 (San José, Costa Rica). Investigadora del Grupo de Investigación PUCP Observatorio Audiovisual Peruano. E-mail: gcassano@pucp.edu.pe Rosario Sánchez Vilela Doutora em Ciencia Política pela Universidad de la República Oriental do Uruguai (Udelar) e Mestre em Comunicación Social pela Universidad Católica (UCU). Professora Titular da Universidad Católica del Uruguay. Diretora do Departamento de Comunicación e do Mestrado em Comunicación, Recepción y Cultura. Responsável pelo Obitel Uruguai. Coordenadora do GI Ficção Televisiva e Narrativa Transmídia nos Congressos ALAIC 2014, 2016 e 2018.Integra el Sistema Nacional de Investigadores-ANII, Nivel II. E-mail: rsanchez@ucu.edu.uy C om o objetivo de reunir trabalhos sobre os diferentes aspectos relacionados aos estudos de ficção televisiva, o dossiê Ficção Televisiva e Narrativa Transmídia: continuidades e transformações apresenta trabalhos que, à sua maneira, dimensionam os temas e as pesquisas que estão em curso em alguns países latino-americanos. Como destacamos na chamada de trabalhos para o dossiê, as ficções televisivas se destacam no cenário cultural porque constroem/desfazem discursos sobre os mais diversos aspectos da sociedade - sociais, culturais, econômicos -, dando-lhes significado, atribuindo-lhes valor, organizando-os, estabelecendo vínculos, ainda que pela contradição, negação ou pelo esquecimento. Ao mesmo tempo, o estudo das ficções televisivas - considerando suas formas de produção, circulação e distribuição - permite analisar, além das práticas socioculturais envolvidas, as dinâmicas globalizadas de uma das indústrias mais importantes da atualidade. Discutir e analisar a ficção televisiva e a narrativa transmídia configurou-se como o princípio norteador do presente dossiê que tinha como objetivos promover a análise e a reflexão em torno de ficções televisivas e narrativas transmídia, produtos transmídia e as transformações de gêneros e formatos ficcionais no contexto de um novo ecossistema midiático, marcado pela expansão da internet. Nesse sentido, cabe destacar que a televisão, no final da segunda década do século XXI, enfrenta desafios marcados principalmente pela expansão da internet e pelo surgimento de novas formas de produção, distribuição e consumo de conteúdos via plataformas de streaming. O novo cenário traz implicações de diversos níveis na indústria televisiva, apontando não apenas novas formas de espectatorialidade, mas sobretudo formas de produção e distribuição diversificadas e globalizadas. Tais formas se contrapõem/justapõem ao que, no âmbito latino-americano, foi amplamente discutido por Martín-Barbero (2001) e Martin-Barbero e Rey (2001) relativamente à criação e à consolidação da indústria televisiva em diversos países da região por meio do processo de nacionalização da telenovela (Martin-Barbero; Rey, 2001, p. 118). Fenômeno que culminou com a modernização de processos e infraestruturas – tanto técnicas e financeiras das emissoras de televisão locais – e na especialização de todos os atores envolvidos na produção: roteiristas, diretores, fotógrafos, especialistas em som, cenógrafos, editores. Correspondendo, de certa maneira, a uma cartografia movente (Martin-Barbero, 2004, p. 12), o presente dossiê mostra parte desse embate ao incorporar discussões e análises tanto sobre telenovelas da televisão tradicional (Lotz, 2018) quanto sobre séries produzidas e distribuídas sob a égide da internacionalização de conteúdos e audiências da televisão via internet. Esta última caracterizada por estratégias de produção e comercialização cada vez mais globalizadas executadas, até o momento, por grandes players internacionais como Netflix e Amazon Prime Video. Trata-se, portanto, de um cenário em que os dois grandes modelos da televisão que prevaleceram, grosso modo, até 2010 (Lotz, 2018) encontram-se tensionados, opondo o fluxo televisivo (Williams, 2016) à chamada televisão mediada pela internet (Lotz, 2018), representada sobretudo pelos sistemas de vídeo sob demanda (Video on Demand – VOD) e por assinatura (Subscription Video on Demand - SVOD), ou streaming como ficou popularmente conhecido em nossos países. Dessa 17 18 forma, o embate se dá entre grandes conglomerados de comunicação que atuam nos sistemas de broadcasting (TV aberta), narrowcasting (TV Paga) e as plataformas de streaming. Configura-se, assim, um cenário no qual todos os envolvidos buscam de produzir e distribuir conteúdos de maneira a captar audiências cada vez mais dispersas entre as diversas telas e dispositivos. Em meio ao cenário esboçado anteriormente, marcado por continuidades e transformações em termos de produção, distribuição e recepção de produções televisivas, cabe destacar a importância dos debates proporcionados no âmbito do Grupo de Interesse Ficção Televisiva e Narrativa Transmídia ao longo de três Congressos ALAIC 2014 (Lima, Peru) e 2016 (Cidade do México, México) e 2018 (San José, Costa Rica). Reunido ao longo dos três congressos, o grupo teve como objetivo principal promover a análise e a reflexão sobre narrativas televisivas, produtos transmidiáticos e transformações dos gêneros ficcionais e suas relações com outros espaços audiovisuais. Isto significa observar os conteúdos dos produtos de ficção considerando suas implicações na construção de imaginários e memórias sociais, como espaço de representação de diversas subjetividades, ou seja, espaços em que se tornam visíveis temas e enfoques da agenda social. Partindo dessa perspectiva, os participantes do grupo analisaram não apenas as produções ficcionais televisivas como objetos privilegiados para a discussão de gêneros, formatos e modelos de produção, mas também as implicações de transformações nas formas de produzir, distribuir e consumir conteúdos ficcionais no âmbito dos meios de comunicação. Nesse aspecto, o grupo discutiu as relações entre a indústria televisiva dos diversos países (e suas especificidades) frente às mediações (Martín-Barbero, 2001) a partir de uma perspectiva de construção dialética. A relevância e a abrangência de seus objetos e metodologias de estudo no âmbito dos países latino-americanos podem ser aferidas pela forte presença de pesquisadores dos diversos países que enviaram trabalhos ao GI nos três congressos: 105 trabalhos, envolvendo 160 autores, distribuídos entre doutores, mestres e estudantes de programas de pós-graduação. Tais números não deixam dúvidas quanto à excepcional importância que diversos países da América Latina demonstram em relação ao desenvolvimento não apenas da indústria televisiva, mas, principalmente, de programas de pós-graduação, centros, grupos de pesquisa em universidades dedicados aos temas e conteúdos discutidos no âmbito do Grupo.1 Outro ponto a se destacar foi a presença, durante os três congressos mencionados, de um núcleo duro de pesquisadores dedicado ao estudo da ficção televisiva e das narrativas transmídia indicando que os objetos e temas tratados no GI não são passageiros. Tal fato, denota, ao mesmo tempo, as inúmeras possibilidades de pesquisa que se descortinam referentemente a esses objetos e a necessidade de se construir um espaço permanente no âmbito dos congressos da ALAIC, como um GT, para intercâmbio de ideias, referenciais teóricos e metodologias de maneira a fazer avançar a pesquisa latino-americana sobre os tópicos tratados no GI. Para além disso, essa característi1 Um maior detalhamento quanto aos temas, métodos, referenciais teóricos e bibliográficos poderá ser observado no artigo Panorama das Pesquisas do GI Ficção Televisiva e Narrativa Transmídia da ALAIC, escrito por Anderson Lopes da Silva, Flavia Suzue de Mesquita Ikeda e Helen Emy Nochi Suzuki, na seção Estudos do presente número da revista. ca do grupo encontra ressonância em um dos pilares de ação da ALAIC, conforme destaca a Profa. Margarida Kunsch: “as sessões desses GTs, nos congressos bianuais, permitem um debate plural, que converge para o intercâmbio de experiências e maior integração entre os investigadores. Sua criação foi a melhor forma encontrada pela Alaic para realizar sua missão como entidade científica da comunicação lati- no-americana (...) (Kunsch, 2019).”. Frente à complexidade do cenário televisivo atual e aos desafios que ele apresenta aos pesquisadores dedicados aos estudos de televisão e mais especificamente aos estudos de ficção televisiva e narrativa transmídia, convidamos todos e todas à leitura dos artigos que compõem o dossiê Ficção Televisiva e Narrativa Transmídia: continuidades e transformações. REFERÊNCIAS LOTZ, Amanda. We now disrupt this broadcast: how cable transformed television and the internet revolutionized it all. Cambridge (MA): The MIT Pres, 2018. MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001. MARTIN-BARBERO, Jesús. & REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2001. MARTÍN-BARBERO, Jesús. Ofício de cartógrafo: travessias latino-americanas da comunicação e da cultura. São Paulo: Loyola, 2004. KUNSCH, Margarida. A presença da Alaic na comunidade latino-americana de ciências da comunicação. Disponível em: http://alaic.org/site/ historia-alaic-historia-alaic/. Acesso em 23 ago. 2019. WILLIAMS, Raymond. Televisão: tecnologia e forma cultural. São Paulo: Boitempo; Belo Horizonte, MG: PUC-Minas, 2016. 19 FICCIÓN TELEVISIVA Y NARRATIVA TRANSMEDIA: CONTINUIDADES Y CAMBIOS Maria Cristina Palma Mungioli Doctora en Ciencias de la Comunicación por la Escuela de Comunicaciónes y Artes, Universidad de São Paulo. Profesora en la Escuela de Comunicaciones y Artes de la Universidad de São Paulo y en el Programa de Posgrado en Ciencias de la Comunicación en la misma universidad. Coordinadora del Grupo de Interés Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia durante los Congresos ALAIC 2014 (Lima, Perú) y 2016 (Ciudad de México, México) y 2018 (San José, Costa Rica). Coordinadora del Grupo de Investigación GELiDis (CNPq-ECA/USP). . E-mail: crismungioli@usp.br. Giuliana Cassano 20 Magister en Estudios de Género por la Pontificia Universidad Católica del Perú. Licenciada en Ciencias de la Comunicación por la Universidad de Lima. Directora de Estudios de la Facultad de Ciencias y Artes de la Comunicación de la Pontificia Universidad Católica del Perú. Coordinadora de OBITEL Perú. Coordinadora del Grupo de Interés Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia durante los Congresos ALAIC 2014 (Lima, Perú), 2016 (Ciudad de México, México) y 2018 (San José, Costa Rica). Investigadora del Grupo de Investigación PUCP Observatorio Audiovisual Peruano. E-mail: gcassano@pucp.edu.pe Rosario Sánchez Vilela Doctora en Ciencia Política por la Universidad de la República Oriental del Uruguay (Udelar) y Master en Comunicación Social por la Universidad Católica (UCU). Profesora Titular de la Universidad Católica del Uruguay. Directora del Departamento de Comunicación y de la Maestría en Comunicació. Recepción y Cultura. Responsable de Obitel Uruguay. Coordinadora del Grupo de Interés Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia en los Congresos ALAIC 2014 (Lima, Perú) y 2016 (Ciudad de México, México) y 2018 (San José, Costa Rica). Integra el Sistema Nacional de Investigadores-ANII, Nivel II. E-mail: rsanchez@ucu.edu.uy C on el objetivo de reunir trabajos sobre los diferentes aspectos relacionados con los estudios de ficción televisiva, el dossier Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia: continuidades y cambios presenta artículos que, a su manera, amplían los temas y las investigaciones que se están llevando a cabo en algunos países de América Latina. Como señalamos en la convocatoria de artículos para el dossier, las ficciones televisivas se destacan en la escena cultural porque construyen / deshacen discursos sobre los aspectos más diversos -sociales, culturales, económicos- de la sociedad, dándoles significado, dándoles valor, organizándolos, estableciendo vínculos, incluso por contradicción, negación u olvido. Al mismo tiempo, el estudio de las ficciones televisivas, considerando sus formas de producción, circulación y distribución, nos permite analizar, además de las prácticas socioculturales involucradas, la dinámica globalizada de una de las industrias más importantes en la actualidad. Discutir y analizar la ficción televisiva y la narrativa transmedia fue el principio rector del presente dossier, cuyo objetivo fue promover el análisis y la reflexión en torno a las ficciones televisivas y las narrativas transmedia, los productos transmedia y las transformaciones de género y formatos de ficción en el contexto de un nuevo ecosistema de medios, marcado por la expansión de internet. En este sentido, cabe señalar que la televisión, a fines de la segunda década del siglo XXI, enfrenta desafíos, principalmente por la expansión de Internet y la aparición de nuevas formas de producción, distribución y consumo de contenido a través de plataformas de transmisión de streaming. El nuevo escenario tiene implicaciones en varios niveles en la in- dustria de la televisión, apuntando no solo a nuevas formas de televidencia, sino sobre todo a formas de producción y distribución diversificadas y globalizadas. Estas formas contrastan y se yuxtaponen con lo que, para el contexto latinoamericano, fue ampliamente discutido por Martín-Barbero (2001) y Martin-Barbero y Rey (2001) respecto a la creación y consolidación de la industria de la televisión en varios países de la región, a través del proceso de nacionalización de la telenovela (Martin-Barbero; Rey, 2001, p. 118). Este fenómeno culminó en la modernización de procesos e infraestructuras y la especialización de todos los actores involucrados en la producción: escritores, directores, fotógrafos, especialistas en sonido, escenógrafos, editores. De cierta manera, correspondiendo a una cartografía en movimiento (Martin-Barbero, 2004, p. 12), el presente dossier muestra parte de este choque al incorporar discusiones y análisis tanto en telenovelas de la televisión tradicional (Lotz, 2018) como en series producidas y distribuidas bajo las dinámicas de la internacionalización de los contenidos y audiencias de televisión por Internet. Esto último se caracteriza por estrategias de producción y marketing cada vez más globalizadas ejecutadas hasta la fecha por importantes players internacionales como Netflix y Amazon Prime Video. Es, por lo tanto, un escenario en el que los dos principales modelos de televisión que prevalecieron aproximadamente hasta 2010 (Lotz, 2018) están tensionados, oponiendo el flujo de televisión (Williams, 2016) a la llamada televisión mediada por Internet (Lotz, 2018), representada principalmente por sistemas de Video on Demand (VOD) y Subscription Video on Demand (SVOD), o plataformas de streaming como se 21 22 conoce popularmente en nuestros países. Se produce así la confrontación entre grandes conglomerados de comunicación que operan en los sistemas de broadcasting (TV abierta), narrowcasting (TV de Pago) y las plataformas de streaming. En consecuencia, se establece un escenario en el que todos los involucrados buscan producir y distribuir contenido para capturar audiencias cada vez más dispersas entre diferentes pantallas y dispositivos. En este contexto marcado por continuidades y transformaciones en la producción, distribución y recepción de producciones televisivas, vale la pena resaltar la importancia de los debates producidos y ambientados por el Grupo de Interés Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia durante tres Congresos ALAIC 2014 (Lima, Perú) y 2016 (Ciudad de México, México) y 2018 (San José, Costa Rica). Reunido a lo largo de los tres congresos, el objetivo principal del grupo fue promover el análisis y la reflexión sobre narrativas televisivas, productos transmedia y transformaciones de géneros de ficción y sus relaciones con otros espacios audiovisuales. Esto significa observar los contenidos de los productos de ficción considerando sus implicaciones en la construcción del imaginario social y los recuerdos, como un espacio de representación de diversas subjetividades, es decir, espacios en los que los temas y enfoques de la agenda social se hacen visibles. Desde esta perspectiva, los participantes del grupo analizaron no solo las producciones ficcionales de televisión como objetos privilegiados para la discusión de géneros, formatos y modelos de producción, sino también las implicaciones de las transformaciones en las formas de producir, distribuir y consumir contenidos ficcionales en los medios de comunicación. En este sentido, el grupo discutió las relaciones entre la industria de la televisión en los diversos países (y sus especificidades) en relación con las mediaciones (Martín-Barbero, 2001) desde una perspectiva de construcción dialéctica. La relevancia y el alcance de sus objetivos y metodologías de estudio de ficción televisiva y narrativa transmedia en el contexto de los países de América Latina se puede medir por la fuerte presencia de investigadores de varios países que han presentado ponencias por el GI en las tres conferencias: 105 estudios con 160 autores, distribuidos entre doctores, maestros y estudiantes de programas de posgrado. Estas cifras no dejan dudas sobre la importancia excepcional de los estudios sobre la televisión en varios países latinoamericanos, sino especialmente denotan la relación de los programas de posgrado, centros, grupos de investigación universitaria con los temas y contenidos discutidos en el ámbito del grupo.1 Otro punto a destacar fue la presencia, durante los tres congresos mencionados, de un núcleo duro de investigadores dedicados al estudio de la ficción televisiva y las narraciones transmedia que indican que los objetos y temas tratados en el IG no son “transitorios”. Este hecho, al mismo tiempo, denota las numerosas posibilidades de investigación que se desarrollan con referencia a estos objetos y la necesidad de construir un espacio permanente dentro de los congresos ALAIC, como GT, para el intercambio de ideas, referencias teóricas y metodologías para avanzar en la investi1 Se pueden observar más detalles sobre los temas, métodos, referencias teóricas y bibliográficas en el artículo “Panorama de las Investigaciones del GI Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia de ALAIC”, de Anderson Lopes da Silva, Flavia Suzue de Mesquita Ikeda y Helen Emy Nochi Suzuki, en el apartado Estudios en el actual número de esta revista. gación latinoamericana sobre temas cubiertos en el GI. Además, esta característica del grupo resuena con uno de los pilares de acción de ALAIC, como señala Profa. Margarida Kunsch: “Las sesiones de estos GT, en los congresos bienales, permiten un debate plural, que converge en el intercambio de experiencias y mayor integración entre los investigadores. Su creación fue la mejor forma encontrada por ALAIC para realizar su misión como entidad científica de la comunicación latinoamericana (…)”. (Kunsch, 2019)”. Frente a la complejidad del escenario televisivo actual y los desafíos que el presenta a los investigadores dedicados a los estudios de televisión y más específicamente a los estudios de ficción televisiva, los invitamos a leer los artículos que componen el dossier Ficción Televisiva y Narrativa Transmedia: continuidades y cambios. REFERENCIAS LOTZ, Amanda. We now disrupt this broadcast: how cable transformed television and the internet revolutionized it all. Cambridge (MA): The MIT Pres, 2018. MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001. MARTIN-BARBERO, Jesús. & REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2001. MARTÍN-BARBERO, Jesús. Ofício de cartógrafo: travessias latino-americanas da comunicação e da cultura. São Paulo: Loyola, 2004. KUNSCH, Margarida. A presença da Alaic na comunidade latino-americana de ciências da comunicação. Disponível em: http://alaic.org/site/ historia-alaic-historia-alaic/. Acesso em 23 ago. 2019. WILLIAMS, Raymond. Televisão: tecnologia e forma cultural. São Paulo: Boitempo; Belo Horizonte, MG: PUC-Minas, 2016. 23