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Ovinos e Caprinos

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OVINOS E CAPRINOS

Prof. Pasquetti - UnB Planaltina

Importncia do Setor

No cenrio mundial, a China o maior produtor com mais de 30% do rebanho, seguido da ndia (19,7%) e da Austrlia (12,8%). O Brasil o 8 produtor de caprinos e ovinos, detendo menos de 3% do rebanho mundial. As exportaes de carne caprina representam apenas 0,02% do mercado mundial. O Pas tambm importador de leite de cabra e derivados. Estima-se que a demanda seja de 12 milhes de litros de leite por ano e nossa oferta de 6,1 milhes de litros. Outro nicho de mercado importante no mercado nacional e internacional no explorados pelos criadores brasileiros o

Produo Nacional
Caprinos - efetivo nos
estabelecimentos agropecurios

Ovinos - efetivo nos


estabelecimentos agropecurios

1970 1975 1980 1985 1996 2006

5.708.993 6.709.428 7.908.147 8.207.942 6.590.646 7.109.052

1970 1975 1980 1985 1996 2006

17.643.044 17.486.559 17.950.899 16.148.361 13.954.555 13.856.747

Produo Nacional

A Regio Nordeste concentra 8,9 mil milhes de caprinos e 8,2 milhes de ovinos, na sua quase totalidade deslanados, correspondendo respectivamente a 94% e 54% dos rebanhos nacionais. O efetivo caprino encontra-se, em maior escala, nos estados da Bahia (42,5%), Piau (14,9%) e Pernambuco (14,4%). A maior concentrao de ovinos localiza-se nos estados do Rio Grande do Sul (30,8%), da Bahia (20,3%) e Cear (11,2%). Cerca de 50% do rebanho de caprinos e ovinos do Nordeste esto em propriedades com menos de 30 hectares.

Produo Nacional

Nordeste, a maioria dos rebanhos caprinos, por serem explorados basicamente em sistemas de produo tradicional, apresentam baixa produtividade. Atualmente, a i n t r o d u o d e n o v a s r a a s zootecnicamente selecionadas e a gerao ou adaptao de tecnologias tm assegurado maior eficincia aos sistemas produtivos. Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos PNSCO visa o controle e erradicao das doenas de caprinos e ovinos(ver tabela)

Produo Nacional

Atravs da Instruo Normativa N 87 da Secretaria de Defesa Agropecuria, de 10 de dezembro de 2004, foi aprovado o Regulamento Tcnico do PNSCO. Dentre as estratgias de atuao, destaca-se:

o cadastro de estabelecimentos, o controle de trnsito de animais, a certificao de estabelecimentos, o cadastramento de Mdicos Veterinrios do setor privado e o credenciamento de laboratrios para realizao de exames diagnsticos das doenas de controle

Doenas
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Mastite Ovina Febre Aftosa - Perguntas e Respostas Ordem de ordenha no criatrio, manual ou mecnica Hipotermia em cabritos e cordeiros recm-nascidos Toxoplasmose em Caprinos A tenebrosa CAE(Artrite Encefalite Caprina) Como prevenir doenas com vacina Eimeriose (Diarria) Manejo de ordenha: ponto importante para obteno de leite de cabra de qualidade Urolitase (Clculos) Toxemia da prenhez Verminose

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Sarna (psorase) Carrapatos Boqueira (Ectima contagioso, dermatite pstula) Oestrose (rinite parasitria) Piolho (Pediculose) Bicheiras ou miases Oftalmia contagiosa (peste de chorar) Pneumonia Enterotoxemia Ttano Brucelose Diarria dos cordeiros Carbnculo hemtico (antraz) Carbnculo sintomtico Febre Aftosa A Linfadenite Caseosa uma tragdia

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Fasciolose (baratinha-do-fgado)
Broncopneumonia vermintica Pododermatite (frieira, foot-rot, manqueira)

Higienize as instalaes

A higiene um conjunto de medidas visando preservar a sade dos animais, sendo constitudo de limpeza e desinfeco. A limpeza das instalaes dever ser realizada diariamente ou, pelo, menos a cada dois dias. A desinfeco deve ser feita a cada 30 dias no sistema intensivo, e a cada 60 dias no sistema semi-intensivo. - Faa a limpeza do curral de cho batido. - Limpe o curral usando rodo de madeira. - Varra o curral com vassoura.

A DESINFECO DAS INSTALAES:


A desinfeco consiste na aplicao de produtos qumicos para diminuir as chances de ocorrncia de doenas. Para desinfetar devem ser utilizados produtos base de iodo, amnia quaternria, hipoclorito de sdio (gua sanitria) ou cresol.
Prepare a soluo para desinfeco da instalao. a) Prepare soluo de iodo - Coloque 20 litros de gua em um balde. - Mea 200 ml de tintura de iodo a 10%. - Coloque 200 ml de tintura de iodo no balde. - Misture a soluo utilizando um agitador de madeira. b) Prepare a soluo de hipoclorito de sdio. -Coloque20 litros de gua em um balde. - Mea 200 ml de hipoclorito de sdio a 10%. - Coloque 200 ml de hipoclorito de sdio no balde. - Misture a soluo. c) Prepare a soluo de cresol. -Coloque20 litros de gua em um balde. - Mea 20 ml de creolina - Coloque 20 ml de creolina no balde - Misture a soluo. d) Prepare soluo de amnia quaternria ( A recomendao do fabricante deve ser seguida.)

RETIRE AS FEZES DO CURRAL:


A retirada de fezes pode ser feita com carro de mo, balde ou outro recipiente disponvel. Coloque as fezes em esterqueira. Quando no houver esterqueira, as fezes devem depositadas em local cercado, para evitar contaminao dos animais. Faa a limpeza do piso ripado. Raspe com esptula as fezes. Limpe o piso ripado com vassoura. As fezes acumuladas abaixo do piso ripado devem ser retiradas periodicamente e levadas para a esterqueira ou para um local cercado.

DESINFETE AS INSTALAES UTILIZANDO VASSOURA DE FOGO


A vassoura de fogo um equipamento tambm conhecido com lana-chamas, que, ligado a um botijo de gs, funciona como um maarico. A " vassoura " deve ser passada na instalao uma vez por semana no sistema intensivo, e a cada trinta dias no sistema semi-intensivo. A desinfeco das instalaes deve ser feita com uma das solues citadas anteriormente. Pulverize as paredes, as cercas e o piso das instalaes.
Precauo: 1) Nos materiais combustveis ( madeira, plstico, fios) o lana-chamas deve ser passado rapidamente para evitar queima. 2) O registro do botijo deve ser fechado ao final de cada operao

RAAS E SUAS APTIDES


RAAS CAPRINAS

RAAS DE LEITE

TOGGENBURG
uma raa especializada na produo de leite e originria da Sua, com animais um pouco menores que os da raa alpina e saanem e relativamente menos produtivos, com presena ou no de barba, chifres e brincos. No Brasil, existem linhagens inglesas e, mais recentemente,canadenses, com produes leiteiras bastante expressivas. Rstica, boa reprodutora, costuma ter gmeos, excelente leiteira produzindo em mdia 2,5 Kg de leite por dia. Os animais suos possuem plos longos e os ingleses e canadenses, plos curtos, sendo estes ltimos mais apreciados pelos criadores brasileiros e certamente mais adequados ao nosso clima.

SAANEN
Origem de Berna e Appenzel na Suia. Leiteira por excelncia, produz pelo menos trs quilos de leite por dia, com perodo de lactao de oito a dez meses.

ALPINA
Raa sua especializada na produo de leite, possuindo nmero expressivo de animais no Brasil. Os machos pesam em mdia 80 Kg e as fmeas, 50 Kg. Essa raa apresenta vrios padres de pelagem: noir, policromada, repartida, mantele. Para fmeas serem registradas na categoria Pura por Cruza de Origem Desconhecida - PCOD , s aceita a pelagem chamoise.

Deve-se tomar cuidado ao importar animais dos Estados Unidos ou Canad, pois a raa denominada alpina aqui classificada como alpina americana, de pelagem e caractersticas morfolgicas bastante distintas, no sendo aceito o cruzamento entre essas duas raas para efeito de registro, exceto os filhos forem registrados como sangue. Nesses pases, a cabra considerada alpina no Brasil denominada oberhasli.

CALIND ou CANIND
As cabras dessa pelagem chamadas de Calind foram encontradas em maior nmero no Vale do Rio Canind, no Piau, pouco se tendo notcia das mesmas em sua terra de origem, na Bahia. Assim, o agrupamento tcnico denominado Canind no constitui uma raca, mas apenas uma variedade entre as Alpinas.Ganharam uma cor avermelhada, no lugar do branco, algumas tornaram-se peludas. O nome consolidou-se como Canind, a partir de ento. Alm de ser boa reprodutora, fornece uma mdia diria de leite um pouco acima da observada entre as raas e/ou variedades nacionais. A origem mais provvel das cabras Calinds ( ou Caninds) a Grisonne Negra, dos Alpes suios. Al, em altas montanhas, as cabras mantiveram a pureza gentica por milnios.

RAAS DE CORTE

BOER
Constitui uma das principais linhagens que os criadores tm selecionado para corte. A raa apresenta uma boa conformao, rpida taxa decrescimento. O Boer tradicional tem uma cabea vermelha (ou marrom) e um corpo branco A pelagem branca dominante e o vermelho recessivo.

Em resumo o Brasil est comeando sua criao de Boer na pelagem tradicional, mas h um grande ou enorme espao, para o Boer Vermelho.

SAVANAH
O Savana uma raa branca, de grande porte, especializada em corte, feita por dedicados especialistas, portanto, fruto de um programa "profissional" de produtores de carne em condies climticas adversas, estando a o seu grande valor. O hbitat destas cabras brancas seria no campo tipo Savana, perto do rio Vaal-Africa do Sul- vivendo em condies extremamente precrias. Os machos podem passar de 130 kg. As fmeas pesam normalmente entre 60-70 kg . Os animais comearam a nascer no Brasil no incio do ano 2000, prenunciando um novo tempo para a pecuria de caprinos de corte no Brasil. No difcil afirmar que a raa Savana poder vir a ocupar um grande papel no cenrio nacional, como a raa bovina Nelore.

RAAS PARA PELE

REPARTIDA
Raa Raa nativa do Nordeste Brasileiro. Os caprinos desta raa so caracterizados pela pelagem da parte posterior negra dividida ao meio, com duas cores distintas, enquanto a parte anterior parda ou clara, na maioria dos indivduos a principal finalidade da raa a produo de pele com utilizao da carne.

O porte mdio e grande, sendo das a maiores entre as variedades do Nordeste. Alguns poucos centros de pesquisa tem se dedicado Repartida. O cruzamento de Alpina Francesa com animais pardos pode resultar em indivduos "repartidos" e esse talvez tenha sido o principio da variedade, no Brasil.

MAROTA
Marota a descrio de uma cabra alpina de pelagem branca ou clara um pouco maior nos machos e presena de barbas com pequenas pintas nas orelhas de forma alongada, terminando com as pontas arredondadas, sem detalhes ou manchas escuras pelo resto do corpo, nativa no Nordeste brasileiro, que se originou de raas brancas alpinas trazidas pelos colonizadores. Produo: Principalmente de peles, no entanto tem potencial para a produo de leite, precisando ser melhor trabalhada e aproveitada para esta finalidade, para evitar o risco de extino desta raa.

RAAS PARA PLO

ANGOR
A angor uma raa produtora de plos, denominados mohair, de alto preo no mercado mundial. H poucas informaes de animais dessa raa no Brasil, embora registrem-se algumas importaes, inclusive pela Secretaria de Agricultura do Estado de So Paulo. No interior do Rio Grande do Sul encontram-se alguns exemplares criados de forma extensiva, com alto grau de consanginidade.
Sua pelagem branca e uniforme, com plos finos, brilhantes e sedosos, com 20 a 30 cm de comprimento, cobrindo todo o corpo, com exceo do focinho e chanfro, orelhas e extremidades dos membros, recobertos por pelagem curta, mais sedosa, formando mechas longas e onduladas. Apresenta topete sobre a fronte. A pele rsea e fina e as mucosas so claras.

RAAS DE DUPLA OU TRIPLA APTIDO

ANGLO - NUBIANA
Raa de dupla aptido, produzindo carne e leite. Por conseguinte, dificilmente atinge os nveis de produo das raas j apresentadas (embora existam rebanhos selecionados para produo de leiteConsta que a cabra MIAMI chegou a produzir at 8,0 Kg em duas ordenhas, na cidade de Araraquara SP, conforme citao de Honorato de Freitas em seu livro: Criao de Caprinos".), mas, em contrapartida, so animais considerados como rsticos e prolficos. So de grande porte, com plos curtos e pelagem variada, sendo aceita qualquer cor para efeito de registro genealgico, com certa preferncia por animais de

Os cabritos vo para o abate aos trs meses j com 21 a 22 Kg. Adapta-se muito bem no Brasil, produzindo mestios com boa aptido leiteira, precoces e com carne de qualidade.

BHUJ
A Bhuj uma raa originria de regies ridas da ndia, sendo l denominada e cutchi. No Brasil, foi originada pelo acasalamento, ao acaso, entre animais Nubianos e alguns indivduos que chegaram da ndia desenvolvedo-se um padro racial diferente do encontrado no pas de origem, da a denominao Bhuj Brasileira, sendo disseminada no Nordeste, onde, alm de fornecer carne e peles, utilizada para melhoramento das raas nativas. Da mesma forma que a moxot, esta raa apresentada no padro homologado pela ABCC como de mltipla aptido, mas apresenta baixa produo de leite e de carne, apesar da estatura elevada.

JAMINAPARI
Os animais originrios da ndia, podem apresentar qualquer pelagem, exceto o padro Toggenburg. Esta raa produtora de pele e carne, embora seja considerada leiteira em sua origem, a ndia.

Os plos so mdios nos machos e curtos nas fmeas, sendo mais compridos na orelha e parte baixa dos membros posteriores. A pele escura, solta e flexvel , enquanto as mucosas tambm so escuras, embora rosadas na parte interna da vulva.

MOXOT
A cabra Moxot, ao lado da Canind, vem sendo apontada como smbolo das cabras nativas do Nordeste, sendo fruto do acasalamento entre a Alpina Francesa com cabras brancas nativas. Esta raa apresentada no padro homologado pela ABCC como de mltipla aptido, produzindo leite, pele e carne, embora sua produo leiteira seja bastante reduzida. a nica raa brasileira com padro reconhecido e homologado junto ABCC. Pelagem branca ou clara, com ventre escuro, com uma faixa dorsal e nas extremidades dos membros e duas faixas longitudinais no rosto. Embora no muito grande, apresenta boa musculatura geral, boa carne e destinada em sua maioria a produo de pele.

MAMBRINA
A raa mambrina originria da Sria e Palestina. Tambm apresentado no padro homolodado pela ABCC como de mltipla aptido, embora no tenham sido encontrados controles oficiais de sua produo leiteira.

Pode apresentar qualquer padro de pelagem, exceto o caracterstico da raa toggenburg. As mucosas so escuras e a pele flexvel e predominantemente escura.

MURCIANA
Muito prdiga, d carne, leite e pele. Dcil e pouco exigente, vive bem num quintal e em regime de estabulao. Prolfera, costuma ter partos duplos e triplos. Em cruzamentos raciais, produz timos mestios.
A rentabilidade da criao de cabras no Nordeste est calcada em trs fatores principais: a produo do leite, da pele e, por ltimo, da carne. Minimizar o interesse ou mesmo excluir um desses fatores do processo produtivo, certamente trar para o produtor insucessos em sua criao. Nesse caso especfico, a agregao de valores nos produtos gerados nesse tipo de pecuria (de mltiplas funes) a condio vital para o seu sucesso.

Os 10 Mandamentos da boa nutrio


1 Garantir gua sempre limpa e de boa qualidade, de fcil acesso para todos animais, desde cordeiros recmnascidos at animais adultos. 2 Fazer sempre rodzio e manejo de pastagem. O pastejo contnuo aumenta a infestao parasitria. 3 Respeitar os perodos de descanso da gramnea pois essencial para a rebrota. 4 Evitar as braquirias pois podem causar fotossensibilizao no rebanho. 5 Pastagens consorciadas de gramneas e leguminosas so mais nutritivas. Tm mais protenas, energia, etc.
A sensibilidade da pele luz, devido ao de certas drogas, plantas ou outras substncias, denominada fotossensibilizao (Stedman's Medical 1972). A fotossensibilizao hepatgena a forma mais comum em ruminantes (Fagliari 1982), na qual o fgado lesado por toxinas, causando distrbio heptico e impedindo-o de fazer a desintoxicao do organismo

Os 10 Mandamentos da boa nutrio


6 Fazer sempre feno e silagem com o excesso de forragem do vero para evitar queda na produo durante o perodo da estiagem, quando no haver pasto. 7 Se for possvel, ento cultivar milho, sorgo, milheto, etc., para baixar o custo da rao. Estes produtos so essenciais para a fabricao de alimentos concentrados. 8 Nunca deixar o rebanho sem sal mineral, pois de importncia fundamental para todas as funes vitais do organismo animal. 9 Nunca fornecer mineral de bovinos, pois o Cobre (Cu) muito alto e pode causar graves intoxicaes e distrbios renais nos machos. O ideal so nveis entre 300 a 600 mg (PPM) no rtulo (Nveis de garantia por Kg do produto). No se esquecer tambm da relao clcio/Fsforo 2:1 (urolitase) 10 Sempre testar novos alimentos com alguns animais, para ter certeza da confiabilidade. S depois do teste, introduzir para todo o rebanho.

Os Mandamentos da boa Silagem


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As principais regras para ter uma boa silagem so as seguinte: As forrageiras devem ser cortadas em estgio de desenvolvimento adequado ao seu equilbrio nutritivo. Isto acontece quando o teor da matria for de 30% a 35% e pH de 3,8%. Recomenda-se triturar a forragem em pedaos de 3 a 5cm. O silo deve ser cheio em 24 horas, de preferncia. O silo deve ser compactado a cada 20 a 30cm. O silo precisa ser vedado para evitar a entrada de ar. Fazer a avaliao da silagem, observando se est bem fermentada (cido) quando apresentar cor verde amarelada, cheiro agradvel, textura firme, gosto cido e pH em torno de 3,8%. A silagem estar semi-aquecida quando tiver cor escura, cheiro forte, textura gomosa e pH 5,50%.

Os Mandamentos da Boa Silagem


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A silagem estar super-aquecida quando apresentar a cor marrom, cheiro de acar queimado, textura seca e acidez indefinida. Em 12 dias as transformaes bioqumicas j aconteceram e a massa ensilada j pode ser servida. Escolher bons produtos para fazer sua silagem. Podem ser milho, sorgo e capins. O milho a forrageira mais utilizada. O ponto ideal para corte quando os gros apresentam 35% de matria seca. O sorgo tima forrageira, tem como valor nutritivo alto rendimento por rea, produz em solos de pequena fertilidade, suporta estiagens e tem o rebrote garantindo mais cortes. Quando os gros estiverem leitosos hora de cortar para ensilar. Os capins so os mais utilizados para silagem. Destaca-se o capim-elefante que produz tima quantidade de matria verde, garantindo vrios cortes durante o ano. Ao atingir 1,60 a 1,80 m de altura, antes da florao, est no ponto para a silagem. O fornecimento aos animais deve ser programado em pequenas pores e aumentando gradativamente at atingir 8% do peso vivo, de modo que o animal se adapte ao novo alimento. Diariamente deve ser retirada uma camada de 15cm, de forma uniforme em toda a extenso da massa exposta.

Nutrio
Dentro da produo animal, trs fatores assumem capital importncia no desempenho dos indivduos: a gentica, atravs da raa, da variedade ou da linhagem; o ambiente, atravs do clima, da alimentao/nutrio, do manejo, etc. e a interao entre eles. No Nordeste, onde se encontram os maiores rebanhos caprino e ovino do Pas - 92% e 58%, respectivamente, do total existente - a produo extremamente baixa e grandemente afetada pelo desequilbrio entre a raa e a nutrio dos animais. A raa tem uma grande parcela no desempenho produtivo dos rebanhos. Mas, mesmo raas especializadas na produo de carne ou leite, sem um manejo alimentar/nutricional tero baixa produtividade.

Produo de leite de cabras em pastejo

A produo de leite em cabras alimentadas exclusivamente com volumoso de boa qualidade em pastagem pode ser de 2,0 a 3,0 l/dia, sendo que a presena de leguminosa na rea permite aumentar a concentrao de protena e clcio da dieta. Animais de maior produo diria necessitam ser suplementados com concentrado para aumentar a concentrao energtica da dieta e atingir seu requerimento nutricional (National Research Council, 1981).

Horrio de Pastejo

O conhecimento do hbito de pastejo de caprinos importante para proporcionar maior conforto aos animais. Estudos realizados no Instituto de Zootecnia em Nova Odessa e Itapetininga mostraram que caprinos apresentam horrios de pastejo determinados pela temperatura e umidade ambiente, assim como, qualidade e disponibilidade da forragem. A freqncia de pastejo concentra-se em dois perodos durante o dia: 7h30 - 11h30 e 14h30 - 17h30, variando conforme o local e poca do ano. Em Itapetininga, local com temperaturas mdias mais baixas e invernos mais midos, os animais, no inverno, retardaram o pastejo at as 9h, devido ao excesso de umidade da pastagem, mostrando que caprinos no

Os segredos da gua
Caprinos e ovinos gostam de gua mas o consumo dirio varia com a natureza da dieta, com o regime de vida, com a temperatura ambiente e com a produo individual. Em mdia, um caprino consome entre 2,5 a 4 litros de gua por quilo de matria seca da rao. Isso representa entre 6 a 10 litros dirios para um animal de 50 kg. Quando o animal come pasto verde e forragens macias ou aquosas o consumo de gua como bebida muito baixo, variando entre 0,5 a 3,0 litros/dia. As cabras em lactao consomem cerca de 50% a mais que os machos e as cabras secas. Em regies muito frias, a gua s pode ser dada juntamente com grande quantidade de forragem fibrosas, pois os animais obtm calor para o aquecimento do corpo por meio da fermentao dos alimentos fibrosos no rmen (calor orgnico). Na Europa, comum servir gua aquecida, tanto no inverno como no vero. No Brasil, os animais preferem gua fresca.

Cuidados com o Recm Nascido


Alimentar o recm-nascido O primeiro alimento do cabrito o colostro, de grande importncia porque protege o animal contra as principais doenas. Ao nascer, o cabrito procura logo a cabra para mamar. Se ele no conseguir, o produtor dever ajud-lo. Cuidados:

Os cabritos devem ficar presos at poderem acompanhar a me (vinte a trinta dias de nascido). O cabriteiro deve ser limpo e arejado, com proteo contra os ventos dominantes, chuvas e frio.

1 FORNEA O COLOSTRO NA TETA 1.1 CONTENHA A CABRA 1.2 LAVE AS TETAS e ENXUGUE AS TETAS 1.3 COLOQUE O CABRITO PARA MAMA 2 FORNEA GUA AO CABRITO 3 FORNEA VOLUMOSO AO CABRITO 3.1 PERMITA NO ACESSO DO CABRITO A PIQUETES DE CAPIM: 3.2 FORNEA FENO DE BOA QUALIDADE: 3.3 FORNEA PALMA PICADA

Cuidados com o Recm Nascido

A primeira mamada deve ser feita at 30 minutos aps o nascimento. Devem ocorrer quatro mamadas por dia. Aps o perodo de colostro, o cabrito continua mamando na me, at a apartao. Se ocorrerem problemas com a me, deve ser feito o aleitamento artificial. Logo no primeiro dia de vida, o cabrito deve ter gua e volumosos (capim ou feno) sua disposio.

Ovinos

Ovinos - Comportamento

O princpio bsico de comportamento dos ovinos a sociabilidade entre os indivduos: os ovinos so animais de tipo seguidor, isto , os cordeiros seguem as mes, os mais jovens seguem os mais velhos e os machos seguem as fmeas. Os ovinos tm viso binocular para olhar para frente (usam os dois olhos) e monocular para olhar para os lados (usam um olho para cada lado). A viso lateral responsvel pelos entraves na conduo dos animais, pois objetos estranhos

OVINOS

Os ovinos se movimentam com facilidade, quando seguem um caminho conhecido. Por isso, devem ter experincia prvia de movimentao orientada sempre na mesma direo. Ovinos adultos produzem at 1500 kg de esterco por ano

Instalaes - Ovinos

Para o manejo de ovinos h necessidade de: 1. piquetes divididos com cercas de arame liso ou eletrificado, 2. centro de manejo com currais, 3. tronco, 4. pedilvio, 5. balana, 6. potreiro hospital, 7. abrigos, 8. bebedouros 9. e cochos

Tronco de conteno um corredor em forma trapezoidal, feito de madeira, de 90 cm de altura, com largura superior de 50 cm e inferior de 30 cm, localizado entre dois bretes. Serve para vrios manejos (vermifugao, vacinao, descola, seleo, marcao, etc). Pedilvio um acessrio do curral, em forma de calha, mvel ou fixo, com 10 cm de profundidade, no qual se coloca uma soluo de formol a 5%, ou outro desinfetante, para preveno ou para tratamento das enfermidades das patas dos animais

Figura 1 Piquete com partes altas e baixas e sombreamento.

Figura 2 Dois piquetes com rea de 2 ha cada um. No piquete do lado direito foi passado herbicida para depois ser feito o plantio direto.

Tronco de conteno um corredor em forma trapezoidal, feito de madeira, de 90 cm de altura, com largura superior de 50 cm e inferior de 30 cm, localizado entre dois bretes. Serve para vrios manejos (vermifugao, vacinao, descola, seleo, marcao, etc).

submersos.

O pedilvio tem a funo de combater problemas de casco, atravs de solues como o sulfato de zinco, onde os cascos dos animais tm que ficar submersos por alguns minutos. uma depresso que pode estar localizada no piso do brete. A profundidade de 12-15 cm, sendo que a soluo no deve baixar os 7 cm, pois os cascos devem ficar totalmente submersos.

BRETE: As medidas do brete so de fundamental importncia para o manejo. Se o brete for muito largo os animais podem se virar dentro e complicar o trabalho. Um brete alto demais no permite uma boa conteno, dificultando aplicaes de vacinas e vermfugos, visualizao do brinco e/ou tatuagem...Por isso, as medidas abaixo devem ser respeitadas no momento da construo: LARGURA SUPERIOR 50 cm;LARGURA INFERIOR 35 cm; ALTURA 80 cm; COMPRIMENTO 5 a 11 m; As laterais do brete devem ser de tbuas colocadas na horizontal, sem espao entre elas.

BANHEIRA SARNICIDA: Em regies onde o problema com ectoparasitas freqente, recomenda-se a construo da banheira sarnicida. Como uma estrutura de alto custo, outros mtodos como o da pulverizao so utilizados para combater piolho e sarna.

ESCORREDOURO: O escorredouro composto por duas baias de 8 m2 cada uma, localizadas na sada da banheira sarnicida. Os animais devem permanecer aps o banho neste local, por aproximadamente 10 minutos, para que a gua do banho escorra, passe pelos tanques de decantao e volte para a banheira

A cerca de arame liso

A cerca de arame liso deve ter de 6 a 7 fios de arame, moures (postes fixos no solo) espaados de 10 m e de 4 a 5 tramas (balancis) nos intervalos. O primeiro fio de arame deve ficar a 10 cm do solo; o segundo, a 15 cm do primeiro e do terceiro; entre o terceiro e o quarto fios, o espao deve ser de 25 cm e entre o quarto, quinto e sexto fios, de 30 cm, resultando em 1,30 m de altura, suficiente para conter animais tanto de pequeno como de grande porte.

O melhor piso o ripado, o qual permite que as fezes e a urina caiam e fiquem distantes dos animais. A altura deste piso do cho deve ser o suficiente para que a limpeza seja realizada com facilidade, no mnimo 1,5 m. Recomenda-se que o cho seja cimentado e com um declive de no mnimo 2%. importante construir um ripado uniforme, seguindo corretamente as medidas para evitar problemas de aprumo, fraturas nas patas dos cordeiros e reteno de fezes. A largura recomendada para as ripas de 5 cm e a espessura de uma polegada. O espaamento entre as ripas deve ser de exatamente 2 cm

Idades dos Ovinos


Cordeiro aos ovinos, de ambos os sexos, com dentio temporria (dentes-de-leite), at 5 ou 6 meses de idade. Borrego dente-de-leite o cordeiro com idade entre 6 e aproximadamente 15 meses (antes da primeira troca de dentes pelos permanentes). Borrego ou borrega quatro dentes o ovino adulto, com idade entre 18 e 30 meses, e aps a troca do segundo par de dentes. Ovelha, capo ou carneiro seis dentes o ovino adulto, com idade entre 27 e 42 meses, o que corresponde presena de seis dentes mdios entre os dentes-de-leite. A distino feita pelas caractersticas da dentio: nos animais dentes-de-leite, os bordos dos dentes so arredondados, ao passo que nos animais extremamente velhos, os dentes terminam em pontas, pelo desgaste natural, podendo ocorrer falhas.

O sistema extensivo

O sistema extensivo caracteriza-se pelo mximo aproveitamento dos recursos naturais, com pouco investimento de capital e equipamentos. Envolve extenses variveis de terra, com os ovinos vivendo o ano todo em campos naturais. As benfeitorias consistem na diviso de potreiros, em galpes e currais para manejo

O sistema intensivo

O sistema intensivo de criao de carneiros consiste no mximo aproveitamento das pastagens, com rotao e maior lotao de animais por rea. Esse sistema requer assistncia constante, mais trabalho e investimento em instalaes do que numa criao extensiva

Nutrio - Cordeiro

Para cordeiros com idade at 50 dias e desmame nessa idade, sugerese a mistura com os seguintes ingredientes:
Silagem de milho 58,00% Milho desintegrado 18,44% Farelo de soja 22,61% Calcrio calctico 0,59% Sal comum (NaCl) 0,36% Total 100%

O consumo de matria seca de 0,6 kg/animal/dia Desmame: Em criao extensiva, aos 90 dias de vida, aproximadamente. Em criao intensiva, utilizando-se o creep feeding, aos 45 dias Abate: A melhor idade o ponto timo de acabamento da carcaa, aproximadamente aos 5 meses de idade. A ocorrncia desse ponto timo varia com a raa, sendo algumas mais precoces e outras mais tardias. Depois do ponto timo, ocorre um perodo de menor desenvolvimento muscular, o que aumenta o custo.

Nutrio - Gestao

No tero final da gestao, ocorre o maior crescimento fetal. Por isso, as necessidades nutricionais aumentam muito. Nos ltimos 45 dias, ocorre uma diminuio significativa da capacidade de ingesto de alimentos, causada pela compresso exercida pelo feto no rmen, recomendando-se o fornecimento de forrageiras com menor teor de umidade e concentrados com maiores teores de energia. Na falta desses nutrientes, recomenda-se um piquete com forrageiras cultivadas, de elevado valor nutricional.

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A melhor poca para acasalar o rebanho ovino o fim do vero e incio de outono, quando ocorre a sincronizao natural de cios, motivada pela diminuio do nmero de horas de luz por dia, resultando no nascimento de cordeiros durante a primavera, com pouca diferena de idade, o que proporciona lotes uniformes para comercializao nas festividades de Natal e Ano Novo. As ovelhas em cio so identificadas pelo comportamento inquieto e pela aparncia externa da vulva, que fica em tom rosado e com muco cristalino. A ovelha em cio procura o macho, sendo possvel observar alguns sinais caractersticos, como virar a cabea sobre o flanco em direo ao carneiro, sacudir a cauda e seguir o macho, geralmente em grupos

Caractersticas das Raas


Uma raa caracterizada pela semelhana transmitida por hereditariedade entre os indivduos. Os caracteres transmitidos so:

Morfolgicos (caractersticas visveis e palpveis como conformao, pelagem, etc). Fisiolgicos (relativos a temperamento, instinto, prolificidade, precocidade, etc). Econmicos (aptido leiteira, laneira, carniceira ou peleteria).

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O perodo de acasalamento sob monta natural dura aproximadamente 42 dias, para proporcionar um mnimo de trs repeties de cio, garantindo assim, que se obtenha um nmero mximo de cordeiros e se evite possveis problemas para o carneiro. A idade para incio de reproduo das borregas varia conforme o manejo nutricional do rebanho. Borregas com alto nvel nutricional podem ser acasaladas a partir de 7 meses de idade, mas nas condies tradicionais de manejo reprodutivo, o acasalamento ocorre aos 18 meses, sendo a matriz utilizada at os 5 ou 6 anos, quando sua fertilidade comea a declinar.

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As borregas devem ser acasaladas em locais separados das ovelhas adultas porque o perodo de cio das ovelhas mais novas ovelhas adultas porque o perodo de cio das ovelhas mais novas mais curto e difcil de ser percebido. Alm disso, as ovelhas adultas so mais agressivas na procura do macho, dificultando a deteco do cio nas borregas, pelos carneiros A induo artificial do cio feita pela aplicao de esponjas (buchinhas) impregnadas de hormnio ou pela aplicao de hormnio comercial, na mucosa vaginal, 2 dias antes do acasalamento

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A durao do cio de 30 a 36 horas, com variaes de 12 a 72 horas. O cio nas ovelhas adultas mais prolongado do que nas borregas. Geralmente, no tero final do cio, ocorre a ovulao (liberao do vulo pelo ovrio). A repetio do cio ocorre a cada 17 dias (variando de 14 a 19 dias) da fase reprodutiva, at a fecundao. No cruzamento por monta natural, os carneiros so mantidos com as ovelhas, em piquetes, por aproximadamente 7 semanas, sem interferncia direta do criador Aproximadamente 60 dias antes do acasalamento, devese fazer a reviso dos carneiros, com exame androlgico, selecionando-se os que apresentam eficincia reprodutiva, para suplement-los com gua fresca e boa pastagem, em potreiros sombreados. Se necessrio, aparar seus cascos e proceder ao controle parasitrio e

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O perodo de gestao da ovelha, em condies normais, varia de 142 a 152 dias, sendo a mdia de 147 dias. Os cuidados com recm-nascido a serem observados so os seguintes: Secagem da l. Tratamento do umbigo. Aquecimento. Alimentao com colostro, se o cordeiro tiver menos de 11 horas de vida. A durao de um parto normal varia de 2 a 4 horas, comeando com a mudana de comportamento e terminando com a expulso da cria. O perodo de lactao de uma ovelha de duplo propsito, em condies normais, varia de 90 a 150 dias. A idade de desmame dos cordeiros varia conforme o manejo. Em criaes intensivas, entre o segundo e o terceiro ms, ao passo que em criaes extensivas, o desmame feito a partir do quarto ms de vida. Em criaes para produo de leite ovino, o desmame ocorre entre 28 e 30 dias de vida.

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Os principais defeitos mamrios adquiridos durante a vida do animal so: Tetas cortadas durante a tosquia. Tetas obstrudas por tampo de cera. Mamites. O descole dos cordeiros um procedimento de ordem sanitria, que consiste no corte da cauda, para evitar acmulo de fezes ou de muco vaginal na l que reveste a cauda de ovinos lanados. O momento mais adequado para se fazer o descole entre 24 e 48 horas de vida, aproveitando-se o manejo de curativo do umbigo. Podem ser usadas borrachas (anis elastradores), formo de ferro em brasa, corte por esmagamento com burdizo e corte com faca afiada.

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H trs mtodos de castrao de cordeiros:


Cirrgico, que retira os testculos com bisturi ou canivete. No cirrgico, por esmagamento dos canais seminais utilizando-se o burdizo. No cirrgico, por atrofia dos testculos, utilizando-se anis de borracha.

A castrao um manejo utilizado para evitar cruzamentos indesejados no rebanho, quando o abate do cordeiro for previsto para idade superior a 6 meses. Se os cordeiros vo ser abatidos precocemente, prefervel deix-los inteiros (sem castrao e descole), pois essa medida melhora a converso alimentar, assegurando incremento de peso

Produtos e Tecnologias

Os ovinos podem ser criados em gramados decorativos, em reas destinadas a outras criaes como bovinocultura, piscicultura e apicultura ou integrados agricultura e a outras plantaes como caf, pomares e reflorestamento, economizando roadas e capinas, produzindo estrume, um dos melhores adubos naturais para hortas, jardins e pomares. A carne ovina comercializada em carcaa ou em cortes que variam conforme a regio do Pas. Os cortes comerciais mais utilizados nos supermercados so: Paleta. Pernil. Costelas com lombo. Carr. Serrote. Pescoo.

Produtos e Tecnologias

A carne de cordeiro apresenta caractersticas superiores de ma-ciez, sabor e pouca gordura muscular, ao passo que a carne de ovino velho caracteriza-se por pouca maciez, muita gordura e sabor forte . A carne ovina pode ser processada e transformada em vrios produtos, como charque, peas defumadas e embutidos. O curtimento um processo industrial ou artesanal, que preserva a pele pela troca da umidade interna por ons de cromo, garantindo amaciamento e durabilidade Pele Astrakan a pele de cordeirinho da raa Karakul, obtida at 24 horas aps o nascimento., produzido para atender demandas da indstria de vesturio

Produtos e Tecnologias

Pele decorao a pele de ovino lanado processada para fins decorativos. obtida de animais jovens, com at 6 meses de idade, antes da primeira tosquia. Pele hospitalar ou pele medicinal a classificao comercial atribuda ao processamento com acabamento para fins teraputicos de peles com caractersticas especiais relacionadas cobertura de l, salientando a suavidade e a densidade das fibras por unidade de rea A indstria classifica a l quanto qualidade comercial em supra, especial, boa e corrente A qualidade comercial da l avaliada conforme as caractersticas de finura (espessura), suavidade, cor, comprimento de mecha e uniformidade das ondulaes das fibras. Os produtos so: napa, napal, forrinho, formato e pele decorao, os quais so transformados em artigos para vesturio, decorao ou utili-trios

Tipos de L

L de Velo: a cobertura de l que reveste o tronco de ovinos. formada pela unio de fibras alinhadas em mechas, o que permite o enrolamento para facilitar o acondicionamento L de garra a classificao comercial para uma l inferior produzida na regio ventral e nas patas de ovinos lanados. L de Pata a classificao comercial para a l proveniente das patas de ovinos lanados L de barriga a classificao comercial para a l proveniente do baixo ventre A raa Merino Australiano produz l de qualidade superior para a elaborao de tecidos para vesturio L naturalmente colorida a l de tons diversos produzida por ao gentica

Fatores que influem na qualidade da l


Os fatores que influem na qualidade da l so:

Estado nutricional (animais com deficincia alimentar apresentam l com pouca resistncia e fibras feltradas). 2. Idade (ovinos jovens tendem a possuir l de melhor qualidade do que os velhos, em virtude do desgaste dos dentes e nutrio deficitria). 3. Sexo (restrio alimentar de ovelhas durante a gestao e a lactao). 4. Verminoses e doenas diversas.
1.

O processo de tingimento natural utiliza o cozimento de folhas, razes, cascas de rvores, gros, sementes, flores ou frutos durante uma hora para extrao dos pigmentos e o mergulho dos fios, em meadas, no ch fervente, por aproximadamente 1 hora, para fixao da cor. O enxge e a secagem devem ser feitos sombra. Para uma tecelagem de qualidade superior, a l deve possuir suavidade, brilho, comprimento de mecha e resistncia trao.

RAAS E SUAS APTIDES


OVINOS

RAAS DE CORTE

TEXEL
O Texel foi formado na Ilha de Texel na costa dos Pases Baixos, no incio do sculo XIX. Foi introduzido no Brasil por volta de 1972. A caracterstica mais marcante da raa Texel, o notvel desenvolvimento muscular, sendo muito precoce e caracterizando-se pela carne de boa qualidade, com pernil bem desenvolvido e baixo teor de gordura. So animais que tambm apresentam l branca e, por isso, so muito utilizadas no cruzamento industrial com matrizes laneiras ou mistas. Em condies de pastagem, os cordeiros machos tem ganhos de peso mdio de 300g e as fmeas de 275g, entre os 30 e 90 dias de idade. A raa Texel prolfera, pois atinge ndices de nascimento de at 160%, com carneiros atingindo o peso entre 110 a 120 quilos e fmeas adultas com 80 a 90 quilos.

DORPER
O Dorper uma raa da frica do Sul, sedo utilizadas em regies extensivas e ridas. Foi desenvolvida atravs do cruzamento da ovelha Blackhead Persian com o Dorset Horn Dorper, sendo uma raa produtora de carne, entretanto, suas exigncias nutricionais no so to altas. Muito embora, sob condies de boas pastagens e manejo adequado, a ovelha Dorper pode parir trs vezes em dois anos. Se for considerada uma taxa de pario de 150% (alta incidncia de parto gemelar) e um manejo que permita que a ovelha tenha trs partos em dois anos, uma ovelha Dorper poder produzir 2,25 cordeiros em um ano.

BERGAMCIA
Tambm conhecida por: Bergamasca, Bergamasker, Gigante di Bergamo. A Bergamcia originria da Itlia, sendo uma raa de l grossa e curta. Embora seja considerada como produtora de carne, sua alta produo de leite indica que pode ser explorada como uma raa leiteira. So animais pouco exigentes quanto alimentao vivendo com facilidade nos campos secos da regio Nordeste do Brasil.

Seus cordeiros apresentam rpidos desenvolvimentos, alcanando no primeiro ms de vida o peso de 12 quilos. Com 18 a 24 meses chegam a atingir com cerca de 130 a 140 quilos, oferecendo um rendimento de 65 a 70 quilos de carne por cabea.

HAMPSHIRE
Os ovinos Hampshire adquiriram seu nome do condado agrcola de Hampshire, no sul da Inglaterra, onde foram desenvolvidos. A nfase principal dada para os partos mltiplos, peso por idade, pouca cobertura de l na face, implantao da cabea, desenvolvimento muscular, ausncia de defeitos e doenas. O Hampshire notado por seu crescimento rpido e eficiente converso alimentar. um ovino de porte grande e ativo. O carneiro adulto pesa em torno de 125 Kg ou mais e as ovelhas adultas podem pesar mais de 90 Kg. A raa tem aptido para a produo de carne, sendo seu velo de baixa qualidade por causa das fibras pretas no meio da l.

SOMALIS
originria da sia Central. Encontrada em sua maioria nos estados do Cear e Rio Grande do Norte, vem se estendendo, havendo criadores em Pernambuco e at na Bahia. So animais rsticos, de porte mdio, cuja caracterstica principal a cor negra da cabea e pescoo, admitindo-se tambm a tonalidade parda. So mochos e possuem pouca l. Os principais atributos do Somalis so a rusticidade, sobriedade quanto a alimentao e adequao ao clima seco. Apresentam porte mdio, cerca de 60 a 70 kg, e pouca ou nenhuma l. Embora de porte mdio, o Somalis apresenta bom rendimento devido facilidade que a raa tem em ganhar peso. A aptido da raa para carne e eventualmente para pele, a qual extrada e comercializada em forma de pelica.

SANTA INS
A Santa Ins uma raa deslanada encontrada no Brasil. Surgiu do cruzamento das raas Morada Nova, Crioula e Bergamcia. Foi selecionada para total ausncia de l. Suas cores variam nos tons de vermelho, preto e branco, podendo ocorrer ou no, mistura dessas cores. A sua aptido para carne, muito embora produza pele de boa qualidade. Os machos adultos pesam em torno de 80 quilos e as fmeas em torno de 60 quilos, sendo que os machos, se forem bem alimentados, podem atingir 100 Kg. No apresentam estacionalidade reprodutiva e so adaptados a regies de clima quente. Por outro lado, centenas de criadores tradicionais passaram a utilizar outras raas exticas, como o Texel, o Hampshire, o Ideal, etc. para garantir bons produtos cruzados que acabam sendo vendidos como "Santa Ins".

SUFFOLK
O Suffolk se originou do cruzamento de carneiros South Down com ovelhas Norfolk Horned. Como resultado deste cruzamento surgiram os Sulfolks, que mantiveram a colorao negra nas pernas e cabea dos South Down, assim como a boa produo de carne. Animais de bom temperamento, grande resistncia e rusticidade, adaptam-se perfeitamente s pastagens mesmo pobres, at midas, embora prefiram os campos secos. uma raa muito explorado no Rio Grande do Sul, mas que j encontra produtores interessados em outros estados como Paran, So Paulo e Rio de Janeiro.
O Suffolk do tipo carne, com excelente conformao de carcaa, baixo teor de gordura e colesterol, e maior proporo de partes nobres, com rendimento de at 60%. No a toa que a raa mais difundida nos Estados Unidos.

SUDO
A raa Sudo, como o prprio nome indica, originria do norte da frica, e de l passou para o Egito. O Sudo apresenta uma carcaa longa, chegando a um metro ou pouco mais, com aptido para produo de carne. A pelagem tem cor muito variada. distncia torna-se muito difcil saber se o Sudo atual trata-se de uma cabra ou de um carneiro. Segundo Sanson, esta raa, quando deslanada, poderia ser um elo de ligao entre os caprinos e ovinos.

No Nordeste, muitos so os indivduos no cIassificados como Bergamcia e tambm no enquadrveis como Merino. Seriam, portanto, variedades (mestios) de Sudo, havendo a possibilidade de alguns constiturem um agrupamento tnico especfico da regio tropical nordestina.

RAAS PARA L

MERINO
Esta uma das representantes principais da raa de l na Austrlia, sendo encontrada em grandes rebanhos na Nova Zelndia e na Europa. Possui aptido para a produo de l, embora a seleo para melhorar a qualidade da carcaa, possa tornar esta raa de dupla aptido. Sua l absorvida quase totalmente pelo comrcio de txtil e caracterizada pela altssima qualidade. Itroduzida no Nordeste brasileiro, desde o perodo colonial, esta raa demonstrou sua rusticidade e prolificidade. O Merino nordestino, portanto, um bizarro primo-pobre do Merino europeu! Na Europa o macho adulto atinge 100 a 130 kg de peso e as fmeas 40 a 80 kg. Aqui, o peso do Merino varia de 30 a 45 kg, apenas. O tipo atual um ovino de grande produo, rendimento econmico bem adaptado s condies naturais e ao sistema de explorao extensiva, com um velo de muito peso, e com uma l extraordinariamente uniforme em finura e comprimento, de cor branca e suavidade ao tato.

LEICESTER
O ovino Leicester, com a l longa e de origem inglesa, teve uma grande importncia no melhoramento e desenvolvimento de outras raas de l comprida. No Brasil, dos Leicester, o mais encontrado o Border. A raa Border Leicester foi criada em 1767 por George & Matthew Culley de Fenton, Northumberland, Inglaterra.

O peso do velo das fmeas adultas varia de 3,5 a 6 Kg com um rendimento de 65 a 80 por cento. O comprimento varia de 12,5 a 25cm com um dimetro de 30,0 a 38,5 mcrons. O macho adulto pesa em torno de 102-147 Kg e o peso da ovelha varia de 79-124 Kg.

RAAS DE DUPLA OU MLTIPLA APTIDO

DORSET
Merino foram trazidos do Sudoeste da Inglaterra e cruzados com os Horned Sheep de Wales, que produziram Dorset, Somerset, Devon e Wales e foi chamada de Horned Dorset. a segunda raa ovina mais numerosa nos Estados Unidos, perdendo apenas para a Suffolk. Com aptido para produo de carne e l.

As ovelhas adultas Dorset pesam de 70 a 90 Kg, podendo ultrapassar este peso dependendo da condio de criao. Os machos adultos pesam em mdia 100 a 125 Kg. Dorset uma das poucas raas que tem como caracterstica reprodutiva "no estacionalidade". As ovelhas so boas mes, e os partos mltiplos so comuns. Dorsets podem ser utilizados em cruzamentos nos rebanhos comerciais, como raa terminal.

ILE DE FRANCE
O Ile-de-France o produto do cruzamento do English Leicester e o Rambouillet. A raa difundida na Frana e foi introduzida na Inglaterra nos anos de 1970. Foi introduzida no Brasil por volta de 1973 e teve uma boa aceitao, em virtude de produzir l de melhor qualidade, em relao s demais raas de carne. So animais de grande porte, com bom desenvolvimento de massa muscular nas regies nobres (pernil, lombo e paleta).

As fmeas apresentam altos ndices de fertilidade de prolificidade, com mdia de 1,40 a 1,70 cordeiros por parto.Os cordeiros so bastante precoces, apresentando timo ganho de peso, o que propicia a obteno de carcaas de boa qualidade.

IDEAL
O Ideal um ovino de duplo propsito (l e carne), desenvolvido em Victoria, em 1880. Ele 75% Merino e 25% Lincoln. O Ideal responde bem quando colocado em boas pastagens e encontradado principalmente nas regies de maiores ndices pluviomtricos, no Sul da Austrlia. A raa foi exportada com sucesso para muitos pases, principalmente para a mrica do Sul. nfase foi dada no sentido de melhorar a quantidade e a qualidade da l. Alm disso, o Ideal tem uma carcaa magra adequada para um grande mercado de exportao. O trabalho de seleo efetuado pelos australianos deu como resultado uma raa com excelente capacidade para produzir l, aliada produo de carcaas com desenvolvimento satisfatrio.

CORRIEDALE
O Corriedale foi desenvolvido na Nova Zelndia e na Austrlia, atravs do cruzamento de carneiros Lincoln ou Leicester com fmeas Merino A raa largamente distribuda nos diferentes pases do mundo. Na Amrica do Sul, a raa Corriedale a mais numerosa e se expande por toda a sia, Amrica do Norte e frica do Sul. Depois da raa Merino, a Corriedale que apresenta maior popularidade no mundo. O Corriedale um ovino de duplo propsito (l e carne). Tem um porte grande e uma boa qualidade de carcaa. Embora seja uma raa muito utilizada em cruzamentos com raas produtoras de carne, para produzir cordeiros com altas taxas de crescimento, o Corriedale puro tem apresentado uma boa performance. A dupla aptido que torna o Corriedale uma raa popular.

ROMNEY
O Romney teve seu incio em uma regio pantanosa no Kent, Inglaterra. Foi melhorada com sangue de Leicester no sculo XIX e levou o nome de Romney Marsh. O Romney, historicamente uma raa de dupla aptido (l e carne), permanecendo com esta caracterstica at os dias de hoje. Quando adultos os machos pesam 102-124 Kg e as ovelhas 68 - 90 Kg. A carcaa de alta qualidade e a l brilhante. no Rio Grande do Sul, a raa de maior difuso no Brasil, principalmente pela rusticidade ao clima mido e pelo rendimento de carne e l. Apresenta 40% de potencial para produo de l e 60% para produo de carne. So essencialmente carneiros de pastagem, vivendo e engordando somente com os recursos naturais, porm exige melhor nvel nutricional que as raas j citadas.

MORADA NOVA
A Morada Nova encontrada no Nordeste do Brasil, provavelmente teve sua origem na frica. A raa Bordaleiro, originria de Portugal tambm est relacionada com a sua formao. A cor predominante varia do vermelho ao creme, mas animais brancos so tambm encontrados. Produzem carne e, principalmente peles de tima qualidade. As ovelhas so muito prolferas, bastante rsticas. Estes animais se adaptam s regies mais ridas, desempenhando importantes funes sociais.

Ambos os sexos no apresentam chifres. No Brasil, foi realizada a seleo dos indivduos com pouca l e, atualmente, a Morada Nova faz parte do grupo das raas deslanadas.

RABO LARGO
A raa Rabo Largo, que tem o seu nome em funo do depsito de gordura na cauda, encontrada no Nordeste do Brasil. Esta raa se originou do cruzamento entre animais deslanados de cauda gorda, trazidos da frica, e a raa Crioula. So brancos, malhados ou brancos com a cabea colorida. Ambos os sexos possuem chifres, com aptido para carne e pele.

RAAS PARA PELE

KARAKUL
O Karakul nativo da sia Central e tem o nome de uma vila chamada Karakul que se encontra no vale do Rio Amu Darja. Deve ser a raa mais velha dos ovinos domsticos. Embora a raa Karakul seja conhecida pela sua especializao na produo de peles, principalmente as de cordeiros novos, este animal tambm uma fonte de leite, carne, gordura e l.

Estes animais tem fora e longividade, sendo resistentes aos parasitas e se tiverem acesso a uma alta disponibilidade de forragens, so capazes de armazenar energia, principalmente atravs de sua cauda gorda, para sobreviverem aos perodos subseqentes de falta de alimentos. Suporta grandes variaes de temperatura, do frio ao calor intenso, mas deve ser criada e mantida em locais secos, distante de pastagens alagadias.

Doenas mais comuns


As doenas mais comuns de ovinos criados no campo so:
1.

2. 3. 4. 5.

Clostridioses (carbnculo e gangrena gasosa). Manqueira. Linfadenite caseosa. Ceratoconjuntivite. Intoxicaes diversas.

Predadores

Em matilha, os ces matam os cordeiros em srie, raramente consomem a carcaa inteira, escolhendo a parte esqueltica e eliminando o contedo gstrico. As carcaas apresentam leses disseminadas, podendo-se observar animais ou carcaas com vestgio de lama e cordeiros mortos junto a fontes de gua. Em ataques isolados, observam-se um ou mais cordeiros mortos, cujas carcaas faltando a cabea ou algum membro, ou apenas a existncia de um membro no local da predao

Exerccio de Fixao

Manejo
Instalaes
Raas Alimentao

por fases

Reproduo
Aspectos

Sanitrios ( doenas)

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