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Beatriz Pagliarini Bagagli
  • Campinas, São Paulo, Brazil
Este trabalho tem o objetivo de abordar criticamente a teoria da autoginefilia de Ray Blanchard. Segundo o autor, existem dois tipos de mulheres transexuais em função de suas sexualidades: aquelas atraídas por homens e todas as demais,... more
Este trabalho tem o objetivo de abordar criticamente a teoria da autoginefilia de Ray Blanchard. Segundo o autor, existem dois tipos de mulheres transexuais em função de suas sexualidades: aquelas atraídas por homens e todas as demais, que seriam autoginefílicas. A autoginefilia, compreendida como uma parafilia, designa um conjunto de fantasias sexuais a respeito da imagem de si mesmo/a enquanto mulher. Blanchard postula que a etiologia da identidade feminina em mulheres transexuais não-androfílicas seja a autoginefilia. Nos debruçamos, desta forma, sobre a literatura crítica a respeito do tema, dando especial enfoque às perspectivas das próprias mulheres transexuais. Sustentamos que a teoria proposta por Blanchard é não apenas inconsistente com as narrativas das próprias mulheres transexuais, como também responsável por reiterar visões estigmatizantes a respeito da sexualidade das mulheres transexuais, particularmente daquelas que não se atraem exclusivamente por homens.
O objetivo deste artigo é criticar a patologização das identidades transgêneras. Para tanto, vamos utilizar o conceito de cisgeneridade e conceitos correlatos como cisgeneridade compulsória e cisnormatividade. Identificamos que a... more
O objetivo deste artigo é criticar a patologização das identidades transgêneras. Para tanto, vamos utilizar o conceito de cisgeneridade e conceitos correlatos como cisgeneridade compulsória e cisnormatividade. Identificamos que a emergência desses conceitos se deu através de problematizações do transfeminismo – corrente feminista que se propõe intersecional no que tange às questões dos sujeitos transgêneros. Concluímos que é urgente que os profissionais de saúde mental estejam abertos a uma perspectiva nova que seja capaz de pensar as subjetividades trans para além da patologia.
Um ano já se passou desde que escrevi para a seção de notícias da Revista Docência e Cibercultura, a pedido da Sara Wagner York. Era janeiro, e com isso lembramos do dia da visibilidade trans, dia 29. Vale a oportunidade, portanto, de... more
Um ano já se passou desde que escrevi para a seção de notícias da Revista Docência e Cibercultura, a pedido da Sara Wagner York. Era janeiro, e com isso lembramos do dia da visibilidade trans, dia 29. Vale a oportunidade, portanto, de fazer um balanço do que escrevi e pensar mais detidamente sobre os seguintes pontos que também merecem destaque e análise: 1) a noção de cisnormatividade; 2) o acesso a recursos de transição de gênero como uma questão biopolítica em disputa atual, sobretudo para as pessoas mais jovens; 3) o papel dos casos e dos relatos de destransição de gênero na retórica anti-trans; e 4) a relação da forma como definimos as categorias identitárias com as possibilidades de alianças políticas.
Este trabalho tem o objetivo de abordar criticamente a teoria da autoginefilia de Ray Blanchard. Segundo o autor, existem dois tipos de mulheres transexuais em função de suas sexualidades: aquelas atraídas por homens e todas as demais,... more
Este trabalho tem o objetivo de abordar criticamente a teoria da autoginefilia de Ray Blanchard. Segundo o autor, existem dois tipos de mulheres transexuais em função de suas sexualidades: aquelas atraídas por homens e todas as demais, que seriam autoginefílicas. A autoginefilia, compreendida como uma parafilia, designa um conjunto de fantasias sexuais a respeito da imagem de si mesmo/a enquanto mulher. Blanchard postula que a etiologia da identidade feminina em mulheres transexuais não androfílicas seja a autoginefilia. Nos debruçamos, desta forma, sobre a literatura crítica a respeito do tema, dando especial enfoque às perspectivas das próprias mulheres transexuais. Sustentamos que a teoria proposta por Blanchard é não apenas inconsistente com as narrativas das próprias mulheres transexuais, como também responsável por reiterar visões estigmatizantes a respeito da sexualidade das mulheres transexuais, particularmente daquelas que não se atraem exclusivamente por homens.
O livro The Transsexual Empire de Janice Raymond, publicado originalmente em 1979, estabeleceu uma forte influência no imaginário feminista sobre a transexualidade que perdura até hoje. Uma das principais teses defendidas neste livro é de... more
O livro The Transsexual Empire de Janice Raymond, publicado originalmente em 1979, estabeleceu uma forte influência no imaginário feminista sobre a transexualidade que perdura até hoje. Uma das principais teses defendidas neste livro é de que mulheres transexuais são vítimas das práticas médicas de redesignação sexual e cúmplices dos estereótipos de gênero que seriam subjacentes a tais práticas. No entanto, há também espaço para a representação de mulheres transexuais não apenas como vítimas, mas também como agressoras. Para tanto, a autora utiliza-se da metáfora de estupro. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a forma como os efeitos metafóricos significam os corpos de mulheres transexuais como uma ameaça às demais mulheres. Para tanto, iremos mobilizar as considerações de Pêcheux (2014) sobre a metáfora e o absurdo. Assumimos a hipótese de que uma análise discursiva seja capaz da saída de certos impasses sobre como abordar criticamente a produção do discurso de ódio contra as mulheres transexuais neste livro pelos efeitos metafóricos. Concluímos que a metáfora, neste caso, produz o efeito de sentido do absurdo, e constitui um gesto que, mesmo paradoxalmente, busca sua inscrição na teorização feminista radical, produzindo argumentação que sustenta os posicionamentos trans-excludentes no movimento feminista. Palavras-chave: metáfora, transexualidade, feminismo radical trans-excludente, análise do discurso, estupro.
Nos últimos anos, as questões que concernem às pessoas transgêneras têm ganhado visibilidade. Questões de saúde específicas das pessoas trans se relacionam diretamente com as demandas de alterações corporais, tais como cirurgias e... more
Nos últimos anos, as questões que concernem às pessoas transgêneras têm ganhado visibilidade. Questões de saúde específicas das pessoas trans se relacionam diretamente com as demandas de alterações corporais, tais como cirurgias e terapias hormonais. Abordagens no cuidado com a saúde designadas como afirmativas de gênero (HIDALGO et al., 2013; REISNER et al., 2016) têm salientado a importância da autonomia das próprias pessoas trans em relação a seus próprios corpos e identidades (MISSÉ; COLL-PLANAS, 2010, p. 46; LIONÇO, 2019, p. 180), frisando os benefícios para a saúde física e mental que decorrem do reconhecimento social da autenticidade (BETTCHER, 2009) de suas identidades. No entanto, abordagens de afirmação de gênero têm suscitado controvérsias principalmente quando se aplicam a crianças e jovens menores de idade, pois certos posicionamentos alegam que os tratamentos médicos e a aceitação social seriam prejudiciais e até mesmo uma forma de conversão de sexualidade. Tendo em vista estas considerações, este trabalho tem o objetivo de analisar os discursos que concebem as abordagens de afirmação de gênero como uma forma de conversão de sexualidade, propagados por organizações como a "LGB Alliance".
O transfeminismo, ao propor representar sujeitos cujas expressões de gênero são tidas como da ordem do abjeto, se torna capaz de construir uma crítica ao mundo semanticamente normal do sexo. Partindo de um diálogo com a Análise do... more
O transfeminismo, ao propor representar sujeitos cujas expressões de gênero são tidas como da ordem do abjeto, se torna capaz de construir uma crítica ao mundo semanticamente normal do sexo. Partindo de um diálogo com a Análise do Discurso, procuro compreender os processos de resistência transfeministas como formas com que este discurso produz um olhar em relação aos corpos sexuados que lhes devolva a opacidade na medida em que novas relações de alteridade são construídas pela linguagem. Abordamos a noção de cisgeneridade e transgeneridade como posições relativas que se estabelecem nas relações de poder e articulamos estas questões de identidade de gênero com a de enunciação, nomeação, silêncio, interlocução e irrompimento de sentido. Entendemos que o gesto de nomeação da cisgeneridade torna possível a reciprocidade na interlocução entre sujeitos trans e cis.
Pessoas transgêneras estão expostas a taxas alarmantes de discriminação e violência. Isto acontece em razão dos estigmas associados à não conformidade de gênero e impacta diretamente no acesso desta população a direitos fundamentais (como... more
Pessoas transgêneras estão expostas a taxas alarmantes de discriminação e violência. Isto acontece em razão dos estigmas associados à não conformidade de gênero e impacta diretamente no acesso desta população a direitos fundamentais (como saúde, educação, moradia e emprego). No que diz respeito especificamente à saúde da população trans, pesquisadores, profissionais da saúde e ativistas se debruçam sobre a problemática da (des) patologização. Tendo em vista estas considerações, este artigo tem o objetivo de explicitar a relação entre a conquista de direitos e a luta pela despatologização das identidades trans. Propomos uma breve análise da recente Resolução nº 2.265 do Conselho Federal de Medicina e argumentamos que ela indica uma tomada de posição nitidamente mais despatologizante na medicina brasileira.
Safe access to public restrooms is an essential need for participation in civic life, in the workplace, in educational settings, and other public spaces. This is no different for transgender people. However, access to public restrooms... more
Safe access to public restrooms is an essential need for participation in civic life, in the workplace, in educational settings, and other public spaces. This is no different for transgender people. However, access to public restrooms according to gender identity has sparked controversy to the extent that transgender people face embarrassment and even expulsion from these spaces. The lack of access of the transgender population to public restrooms has a negative impact on the physical and mental health of this population. Thus, this article aims to address the main consequences that the ban on the use of bathrooms has for the transgender population, specifically the access of transgender women to the women's restroom. We covered some legal aspects of "bathroom laws" and the main arguments in this discussion. We understand that the prohibition of access to the restroom constitutes a form of gender violence and discrimination, as we conclude that the arguments that express concerns about safety are not supported.
Este trabalho tem o objetivo de analisar os discursos transfeministas e feministas radicais trans-excludentes (ou auto designados como “críticos de gênero”) a respeito das condições de possibilidade de subversão ou resistência dos... more
Este trabalho tem o objetivo de analisar os discursos transfeministas e feministas radicais trans-excludentes (ou auto designados como “críticos de gênero”) a respeito das condições de possibilidade de subversão ou resistência dos sujeitos trans. Entendemos os sujeitos trans a partir da noção de transgeneridade, que inclui identificações de pessoas transexuais, transgêneras e travestis. Abordamos as noções de cisgeneridade e estereótipos de gênero, pois, respectivamente, são centrais para as teorizações transfeminista e feminista radical trans-excludente. Assumimos a hipótese de que as posições transfeministas e feministas radicais trans-excludentes não compartilham da mesma compreensão teórica a respeito da resistência dos sujeitos trans às normas de gênero. Para tanto, dialogamos com as considerações de Michel Pêcheux a respeito de ideologias dominadas e dominantes e propomos, como conclusão, uma diferenciação entre subversão dos estereótipos de gênero (proveniente da problemática subversivista do feminismo radical trans-excludente) e resistência à cisnormatividade (proveniente de teorizações transfeministas).
Esta obra visa a problematizar o modo como a formação em psicologia formata certas maneiras de escutar o outro a partir de dispositivos normativos. Nosso objetivo foi pensar como a cisnormatividade é performada nos espaços de formação de... more
Esta obra visa a problematizar o modo como a formação em psicologia formata certas maneiras de escutar o outro a partir de dispositivos normativos. Nosso objetivo foi pensar como a cisnormatividade é performada nos espaços de formação de psicólogues e como isso é transmutado para a escuta clínica. Na escrita, procuramos evidenciar tais mecanismos em dois grandes contextos: os dispositivos de clínica-escola e as formações clássicas de psicanalistas. A justifi cativa de colocarmos o “cis” no divã sobre diversos aspectos está pautada no entendimento de que a prática clínica em psicologia esteve, durante longas décadas, colada aos saberes médicos, jurídicos e terapêuticos, que, por meio de seus dispositivos de saber-poder-ser, produziram uma dívida histórica via patologização diante do gênero. Longe de ser algo amplamente resolvido, os campos discursivos das psicologias ainda atuam como dispositivos de controle, vigilância, violência, discriminação e patologização. Por fim, esperamos que este debate contribua como uma crítica para os campos clínicos, éticos, teóricos e políticos da atualidade.

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Safe access to public restrooms is an essential need for participation in civic life, in the workplace, in educational settings, and other public spaces. This is no different for transgender people. However, access to public restrooms... more
Safe access to public restrooms is an essential need for participation in civic life, in the workplace, in educational settings, and other public spaces. This is no different for transgender people. However, access to public restrooms according to gender identity has sparked controversy to the extent that transgender people face embarrassment and even expulsion from these spaces. The lack of access of the transgender population to public restrooms has a negative impact on the physical and mental health of this population. Thus, this article aims to address the main consequences that the ban on the use of bathrooms has for the transgender population, specifically the access of transgender women to the women's restroom. We covered some legal aspects of "bathroom laws" and the main arguments in this discussion. We understand that the prohibition of access to the restroom constitutes a form of gender violence and discrimination, as we conclude that the arguments that express concerns about safety are not supported.
Research Interests:
Este trabalho tem como objetivo analisar discursos feministas que tematizam os sujeitos transgêneros e/ou travestis e/ou transexuais. Tratam-se sobretudo de análises de discursos feministas radicais trans-excludentes e/ou autointitulados... more
Este trabalho tem como objetivo analisar discursos feministas que tematizam os sujeitos transgêneros e/ou travestis e/ou transexuais. Tratam-se sobretudo de análises de discursos feministas radicais trans-excludentes e/ou autointitulados “críticos de gênero” através de um referencial teórico transfeminista, ao qual a autora deste trabalho explicitamente se filia. Concentramos nossas análises nas teorizações de duas autoras acadêmicas: Janice G. Raymond e Sheila Jeffreys. As teorizações destas duas autoras possuem uma vasta influência nos posicionamentos trans-excludentes nos discursos e movimentos feministas contemporâneos. Para tanto, iremos utilizar conceitos provenientes do campo teórico da Análise de Discurso, tal como o de formação discursiva, visando compreender a textualização da problemática teórica feminista. Nosso corpus de análise conta com textos provenientes de livros, revistas acadêmicas (artigos e resenhas de livros), portais de notícias, sites e blogs (todos de acesso público). Abordamos os temas centrais de polêmicas entre transfeministas e feministas radicais: alterações corporais pela medicina; socialização; estereótipos, identidade e abolição de gênero; a negação da autenticidade das identidades trans e a sexualidade lésbica. Levamos em consideração a íntima relação entre as construções linguísticas e ideológicas para a análise de discursos feministas. Nomeamos duas tendências no discurso feminista radical trans-excludente: paternalista e conspiratória. Nos detivemos sobretudo para os efeitos produzidos pelas construções linguísticas de negação que incidem sobre as formulações que tematizam a questão da subversão e identidade de gênero. Em virtude da importância e centralidade do efeito de denegação nos discursos analisados, trazemos as considerações teóricas da linguística e psicanálise sobre a negação. Além da negação, trazemos a discussão sobre pressuposição linguística e sua relação com o conceito de pré-construído, além da questão do reconhecimento, vulnerabilidade, subjetividade e a relação entre feminismo e psicanálise. Pudemos concluir que em virtude do reconhecimento das identidades transgêneras ser enquadrado no âmbito individual e intencional e a problemática da subversão de gênero ser textualizada pelo efeito de denegação, não houve uma mudança de terreno epistemológico de uma problemática idealista pela formação teórica feminista radical trans-excludente.
Resumo: O artigo propõe uma aproximação teórica entre a análise de discurso e os estudos de gênero a fim de se pensar uma teoria materialista (até então impensada) transfeminista. Para tanto, serão mobilizados conceitos ou objetos... more
Resumo: O artigo propõe uma aproximação teórica entre a análise de discurso e os estudos de gênero a fim de se pensar uma teoria materialista (até então impensada) transfeminista. Para tanto, serão mobilizados conceitos ou objetos teóricos como discurso, corpo e sujeito. Um especial enfoque será dado para as metáforas de Michel Pêchuex e Donna Haraway, respectivamente, sobre máquinas discursivas e ciborgues. Concluímos que a aproximação entre feminismo e os estudos sobre discurso constitui um campo profícuo para, em seus entremeios, conceber teorias e práticas de resistência transfeministas.
Palavras chave: Análise de discurso; Estudos de gênero; Transfeminismo.

Abstract: This article proposes a theoretical approach between discourse analysis and gender studies in order to think a transfeminist materialistic theory (hitherto unconsidered). For this, we mobilized concepts or theoretical objects as discourse, body and subject. A special focus will be given to the metaphors of Michel Pêchuex and Donna Haraway, respectively, to discur-sive machines and cyborgs. We conclude that the approchement between feminism and discourse studies is a fruitful field to conceive transfeminists theories and practices of resistance.
Research Interests:
RESUMO: O objetivo deste artigo é criticar a patologização das identidades transgêneras. Para tanto, vamos utilizar o conceito de cisgeneridade e conceitos correlatos como cisgeneridade compulsória e cisnormatividade. Identificamos que a... more
RESUMO: O objetivo deste artigo é criticar a patologização das identidades transgêneras. Para tanto, vamos utilizar o conceito de cisgeneridade e conceitos correlatos como cisgeneridade compulsória e cisnormatividade. Identificamos que a emergência desses conceitos se deu através de problematizações do transfeminismo – corrente feminista que se propõe intersecional no que tange às questões dos sujeitos transgêneros. Concluímos que é urgente que os profissionais de saúde mental estejam abertos a uma perspectiva nova que seja capaz de pensar as subjetividades trans para além da patologia.

Abstract: The aim of this article is to criticize the pathologization of transgender identities. To achieve that, we mobilize the concept of cisgenderness – and related concepts such as compulsory cisgenderness and cisnormativity. We identified that the emergence of these concepts was possible through issues raised from transfeminist perspectives – a feminist perspective that proposes to be intersectional, along with its focus on transgender issues. We conclude that it is urgent for mental health professionals to be open to a new perspective that is able to consider trans subjectivities beyond the pathology.

Resumén: El objetivo de este artículo es criticar la patologización de las identidades transgéneras. Para ello, vamos a utilizar lo concepto de cisgeneridad-y sus términos adjuntos, tales como cisgeneridad obligatoria y cisnormatividad. Identificamos que la aparición de estos términos es oriunda de las problematizaciones señaladas por el transfeminismo-corriente feminista interseccional, con enfoque en cuestiones relativas a personas transgéneras. Concluimos que es urgente que los profesionales del área de la salud mental cambien sus perspectivas patologizantes para una nueva perspectiva que sea capaz de pensar las subjetividades trans más allá de la enfermedad.
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RESUMO: Este artigo propõe discutir as formas de como as sexualidades das pessoas trans, transexuais e travestis, assim como dos seus eventuais parceiros cisgêneros, são socialmente interpretadas. Para tanto, iremos partir de um... more
RESUMO: Este artigo propõe discutir as formas de como as sexualidades das pessoas trans, transexuais e travestis, assim como dos seus eventuais parceiros cisgêneros, são socialmente interpretadas. Para tanto, iremos partir de um referencial teórico sobre os estudos de gênero e sexualidade e dialogar com relatos e análises de pessoas trans. Observamos como identi-dade de gênero e orientação sexual, mesmo pertencentes a esferas distin-tas de constituição de subjetividade, se interseccionam. Pretendemos compreender como estes processos de subjetivação se dão a partir não apenas de uma crítica à heterossexualidade compulsória, mas também à cisgeneridade compulsória. Há, portanto, um ponto em que a crítica à normatividade da orientação sexual toca a crítica à normatividade da iden-tidade de gênero e vice-versa. Palavras Chave: Identidade de gênero; Orientação sexual; Estudos de gê-nero. ABSTRACT: This article proposes to discuss the ways that sexualities of trans people, transsexuals and travestis, as well of their possible cisgender partners, are socially interpreted. To do so, we will use a theoretical framework on gender and sexuality studies and dialogue with narratives and analyzes of trans people. We observe how gender identity and sexual orientation , even both belonging on different spheres of constitution of sub-jectivity, intersect. We intend to understand how these subjectivation processes are based not only on a critique of compulsory heterosexuality but also on compulsory cisness. There is, therefore, a point where the critique of the normativity of sexual orientation touches the critique of the norma-tivity of gender identity and vice versa.
Research Interests:
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