Literatura africana

Abstract:
This essay will link African women’s writing to culture, including literary culture and the politics of literature. It describes how African women’s literature can act as a mirror, reflecting African cultures to Africans, and how it can serve as a window and a door, revealing African cultures to those outside of them in whole or in part. It ends with a description of “communal agency,” an example of how scholarly writing can act as a door for both those who are and are not a part of a literature’s culture.

Resumen:
Este ensayo vincula las obras de autoras africanas con la cultura, tomando en cuenta la cultura literaria y las políticas de la literatura. Describe cómo la literatura de mujeres africanas puede actuar como espejo que refleja a los africanos la diversidad de su cultura, y cómo puede servir de ventana y puerta: qué desvelan las culturas africanas, parcial o totalmente, ante los que viven fuera de estas. Termina con una descripción de “agencia comunitaria”, un ejemplo de cómo los textos académicos pueden funcionar como puerta tanto para los que forman parte de la cultura literaria como para los que no son parte de ella.

Durante o século XX, as literaturas dos PALOP foram se consolidando como literaturas nacionais e apresentando, em sua produção, obras que indicavam, cada vez mais, o despertar de uma consciência crítica sobre questões sociopolíticas em cada realidade nacional. Dessa forma, a literatura extrapola sua função estética e se configura como arma política para se repensar a história e a cultura de cada país. Para se entender, minimamente, como essa utilização da literatura como espaço
para um debate político ocorre, o objetivo desta pesquisa partirá da análise do romance Estação das Chuvas (2012), de José Eduardo Agualusa, focando-se na protagonista Lídia, procurando constatar, em sequência, se ela poderia desempenhar, na obra, o papel simbólico de metáfora de Angola, viabilizando o surgimento do conceito de metáfora da prospecção elemento central da pesquisa. A fim de avaliar essa hipótese, esta pesquisa pautar-se-á numa abordagem indutivoqualitativa
de caráter bibliográfico-exploratório, amparando-se em teorias apresentadas por pesquisadores dos Estudos Literários e de Teoria da Literatura, a citar: Inocência Mata (2018), Antonio Candido (1993) e Linda Hutcheon (1991) e dos Estudos de Metáfora, Lakoff e Johnson (1980; 2003) e Barnden (2010), bem como analisando metáforas acessórias ao campo semântico “Lídia”. Assim, espera-se que,
na articulação entre análise literária e embasamento teórico, esta pesquisa apresente argumentos suficientes para que possamos entender que é por meio da protagonista que o narrador constrói uma versão da história angolana, embora o faça a partir de uma metáfora prospectiva de desesperança para o país.

Em Cidadã de segunda classe, Buchi Emecheta explora os conflitos na vida de Adah Obi, que despontam a partir do deslocamento diaspórico e pelo convívio na terra hospedeira, Londres. Adah desembarcou na Inglaterra com dois filhos pequenos, e engravidou mais três vezes após sua chegada. Em meio a muitas frustrações conjugais e financeiras, Adah é um sujeito tipicamente representativo das diásporas africanas contemporâneas e de como os marcadores de gênero e raça influenciam a experiência da mobilidade. A experiência do deslocamento e da diáspora por meio do corpo feminino negro permitem a associação da obra de Emecheta à literatura diaspórica. Considerando que a experiência da diáspora é vivenciada de maneiras diferentes e, por conseguinte, pode ser problematizada a partir de um diálogo crítico e transdisciplinar, o presente trabalho propõe uma interface entre literatura e relações internacionais a partir da diáspora. Portanto, o objetivo deste artigo é discutir de que forma o conceito de “cidadã de segunda classe” influencia a experiência diaspórica da personagem Adah, no romance da autora nigeriana Buchi Emecheta. Assim, o trabalho utiliza a pesquisa bibliográfica e fontes secundárias acerca dos temas centrais do estudo, isto é, diáspora (HALL, 2013; BHABHA, 2003; COHEN, 1997 TÖLÖLYAN, 2011), literatura diaspórica (MISHRA, 2007; PONZANESI, 2008; SINGH, 2008) colonialismo (FANON, 2008; MEMMI, 2007; SPIVAK, 2014), gênero e raça (KILOMBA, 2019; BRAH, 1996)

Ever since the arrival of colonialism gained momentum in the country, Somali literature has been approached narrowly from the tutelage of the pastoral culture. Colonial as well as early Somali writers have taken the comfort of disdaining the study of anthological themes related to the non-nomadic cultures and literatures. That restricted notion of one culture, as purported by colonial writers and later politically enshrined by the state and a section of Somali scholars, has obscured the wealth of the various non-nomadic cultures in this Horn of Africa nation. Therefore, contrary to the notion of a homogenous Somali nation of the same nomadic culture, this essay aims to produce a non-nomadic version of Somali literature as practised by a section among the agrarian communities in Somalia; those known as Bantu or Jareer. Because the Bantu is an ethnically oppressed community, all what is related to their culture and literature in particular has been deemed valueless and, as a consequence, an institution unworthy studying. In particular, the essay argues that despite the degradation by the Somali state and neglect by Somalia scholarship often obsessed with the apocryphal ideology of a self-same Somalia, the agrarian wordsmith is bestowed with rich cultural and literary wisdom which makes him view his environment with sharp consciousness.

Que los artistas en Costa de Marfil se expresen de manera cada vez más frecuente en la lengua de Cervantes ha dejado de ser ya una sorpresa. Esta primera antología de literatura marfileña de expresión castellana es el simple reflejo de que la producción en español en el país africano se ha convertido en una sana realidad y en un ejercicio cotidiano. Sus reflexiones y denuncias con las que hacen del arte un campo de batalla están guiadas por una calidad intelectual que presume de compromiso social y por la inmensa cantidad de emociones y sentimientos que rebosa de sus plumas para expresar la realidad de este mundo, sin filtros. Sus creaciones vehiculan mensajes que nos hablan tanto la rabia de un sistema injusto y racista como del amor y la esperanza por un porvenir lleno de ilusiones y posibilidades.
A través de una rica prosa, una bella poesía y cuentos tradicionales que nos acercan a la cosmogonía de los diferentes pueblos que componen el país africano, un total de 25 autores y autoras nos regalan su arte expresado en castellano. Siguiendo con la tradición de la lengua española en Costa de Marfil, que arranca desde la influencia que tuvo la música caribeña en el África Occidental y Central desde los años 30 del siglo XX, que continuó con las políticas de cooperación cultural adoptadas por países como Cuba, pasando por la propia creación musical marfileña en español o la influencia del fenómeno de las telenovelas latinoamericanas, esta obra reúne aportaciones literarias en castellano desde aquella primera de Leonard Sosoo titulada Por caminos africanos (1989) hasta la actualidad. Un auténtico manjar para los sentidos.

Resumo:

A presente escritura, num voo rápido e atento, sobrevoa a poesia caboverdiana, na intenção de observar e comentar alguns aspectos modernos e pós-modernos em seus poemas e poetas do período Pós-claridoso (Universalismo e Consolidação), que a colocam na cena das produções contemporâneas em língua portuguesa das ex-colônias lusitanas. O sobrevoo tem igualmente a intenção de estabelecer um paralelo entre a poesia brasileira e a caboverdiana, no sentido de observar influências e confluências das duas culturas poéticas. Os poemas selecionados foram intencionalmente retirados de antologias poéticas e revistas literárias, para um mergulho na diversidade criadora atual do povo das ilhas. As obras que dão suportes à abordagem, constantes das referências, refletem sobre o fazer e o pensar poético na intersecção dos milênios e são instrumentos da teoria e da crítica literária contemporâneas, apropriados para a natureza da presente escritura. Em comum, têm o foco direcionado para o modernismo e o pós-modernismo, vendo-os como extensão e continuidade recíprocas. O ângulo escolhido tem a ver com metodologias que atualizam o olhar do pesquisador, no que diz respeito às diferentes interfaces da comunicação poética, e o prepara para o diálogo com os poemas selecionados.
Palavras-chave: Poesia Contemporânea – Poetas Caboverdianos – Consolidação

Abstract:

The present writing, in a fast and alert flight, overflies the Cape Verdean poetry, aiming at observing and commenting upon a few modern and post-modern features in its poems and post-Claridoso (Universalism and Consolidation) that put in scene the contemporary productions in Portuguese language of the former Portuguese colonies. The overflight also equally intends to establish a parallel between Brazilian and Cape Verdean poetry, in the sense of observing influences and confluences of both poetic cultures. The poems chosen were intentionally drawn from poetic anthologies and literary magazines, for a deep dive into the present creative diversity of the people of the isle. The works that give support the approach, included in the bibliographic references, reflect upon the poetic doing and thinking in the intersection of the millenniums and are tools both for contemporary theory and literary critic, proper to the nature of the present writing. In common, they have the focus directed towards modernism and post-modernism, considering them reciprocal extension and continuity. The point of view chosen has to do with methodologies that update the view of the researcher, concerning the different interfaces of poetic communication, and prepare it to the dialogue with the chosen poems.
Keywords: Contemporary Poetry; Cape Verdean Poets; Consolidation.
Recebido em: 01/08/2017  – Aceito em: 27/08/2017

Este artículo aborda el debate en torno a la fuente literaria dentro de la disciplina de la historia, como una herramienta para comprender los imaginarios y representaciones hegemónicas y contra hegemónicas. A partir de ello, analiza cómo, en tanto que subordinados, los angoleños consiguieron ejercer su capacidad de agencia en el proceso de descolonización por medio de la resignificación de la literatura, y resistieron, así, al proceso de sujeción colonial. Para ello, la obra Sagrada Esperanza de Agostinho Neto es analizada como herramienta política de los dominados durante el proceso de independencia de Angola y como forma de concientización y construcción identitaria. En este sentido, primero se expone, de forma somera, la historia de Angola y su literatura, y, a partir de ello, se examina la obra Sagrada Esperanza y su relación con el proceso de independencia angoleña.