Sindrome De Down

The emotional expression in Down syndrome people: acoustic analysis of happiness and sadness Expresión emocional en personas con síndrome de Down: análisis acústico de la alegría y la tristeza
RESUMO As emoções podem ser expressas pelos indivíduos em geral. A fala traz informações importantes sobre uma mensagem e pistas prosódicas auxiliam na compreensão do que está sendo dito. As pessoas com Down apresentam alterações no desenvolvimento global que implicam em dificuldades na linguagem e na comunicação. Este estudo visa analisar a fala alegre e triste, por meio da análise acústica da curva melódica de sentenças entoadas por sujeitos com e sem Down. Os dados mostraram que as pessoas com Down apresentaram diferenças na configuração melódica de pelo menos uma das emoções investigadas em comparação com os sujeitos sem Down.

Sinopse: Estudos de desenvolvimento motor têm mostrado o benefício do exercício de força muscular em marchas no trabalho com sujeitos com síndrome de down (BORSSATTI et al. , 2013). Neste estudo, apresentamos uma proposta inicial de estimulação de fala no nível fônico, i.e. fonético e fonológico, por meio de marchas cantadas.

Resumo descritivo: O objetivo deste estudo é apresentar uma proposta de intervenção na estimulação de fala de crianças com síndrome de down (SD) no nível fônico, i.e. fonético e fonológico, de 2 a 5 anos, com uso de marchas cantadas. Trata-se, dessa maneira, de uma abordagem híbrida que agrega tanto aspectos da literatura sobre desenvolvimento e terapia fonológica (JAKOBSON, 1972; VIHMAN, 1996) quanto da literatura de musicoterapia e cantoterapia (CROWE, 2004).  O paradigma cognitivo norteador de ambas as abordagens é o dos Sistemas Adaptativos Complexos (SAC), tanto no eixo fonológico (THELEN; SMITH, 1994) quanto no eixo musical (CROWE, 2004). Este paradigma, devido ao seu caráter holístico, permite a realização de propostas de trabalho de estimulação de fala que dialogam com outros aspectos do desenvolvimento, como, por exemplo, o motor que tem sua relação com o desenvolvimento das rotinas articulatórias iniciais da criança (THELEN; SMITH, 1994).
No nível motor, indivíduos com SD apresentam atrasos nas aquisições de marcos motores básicos, tais como sentar, engatinhar e deambular (BORSSATTI et al. , 2013, p. 330). No nível do desenvolvimento articulatório, atrasos também são reportados; por exemplo, segundo Oliveira (2011, p. 278), os sujeitos com SD apresentam especificidades anatômicas tais como hipotonia muscular, o que faz com que haja um desequilíbrio de força nos músculos da boca e face. Esse desequilíbrio pode fazer com quem a criança com SD apresente uma disfluência fisiológica que muitas vezes pode causar uma disfluência rítmica.
Com o foco em aspectos rítmicos iniciais de fala - os quais atuam no desenvolvimento inicial de fala, por exemplo, na tarefa de aquisição do acento primário e secundário de palavras, acento frasal, entoação, etc (SANTOS 2007) - apresentamos uma proposta de intervenção e estimulação de fala de crianças com SD por meio de uso marchas cantadas.
A atividade proposta será executada nas sessões semanais de acompanhamento de crianças com SD no Núcleo Saber Down  (CAAE:04853012.6.0000.0055/Número do Parecer: 62886/Data da Relatoria: 30/07/2012), coordenado por uma das coautoras deste estudo. Todas as interações serão acompanhadas por uma psicolinguista e musicista, uma das autoras deste trabalho. Nossa proposta, no que se refere ao aspecto de fala trabalhado, é de uso do método de improvisação de versos/palavras em marchas de acordo com a dificuldade articulatória apresentada pela criança em sessão. A seguinte ordem é proposta na intervenção: 1. Habituar a criança com o ritmo de marcha por meio de atividade lúdica de expressão corporal com uso de marcha instrumental de compositores como Schubert e Haydn e outras peças que mostrem regularidade rítmica em compasso binário; 2. Canto de marchas infantis de domínio público; 3. Improvisação com vocalizações do cuidador musicista e criança de peças com batida forte seguida de fraca, com uso de instrumentos de percussão, como maraca e pandeiro, e instrumento de cordas; 4. Improvisação de versos com palavras com aspectos articulatórios segmentais de acordo com o que precisa ser trabalhado com a criança assistida.
Independente do aspecto segmental em foco, todas as crianças estarão trabalhando com aspectos rítmicos e articulatórios por meio da marcha que, além de irradiar uma energia importante para quem se encontra em processo de desenvolvimento e recuperação, pode auxiliar a criança na tarefa, por exemplo, de pronunciar o ritmo acentual predominante da língua portuguesa – ritmo trocaico, i.e. palavras dissilábicas paroxítonas (CINTRA, 1997). Além disso, é importante acentuar que a tarefa linguística proposta é composta também por meios de intervenção que promovem expressividade, criatividade e autoestima na criança assistida, tão necessários na intervenção por meio da arte, como Crowe (2004) pontua.

Palavras-chave: síndrome de down, marchas cantadas, sistemas adaptativos complexos.

Referência


BORSSATTI, F.; DOS ANJOS, F. B.; RIBAS, D. R. Efeitos dos exercícios de força muscular na marcha de indivíduos portadores de síndrome de down. Fisioter. Mov., v. 26, n.2, p. 329 – 335, 2013.

CROWE, B. J. Music & soulmaking: toward a new theory of music therapy.
Oxford: The Scarecrow press, 2004.

CINTRA, G. Distribuição de padrões acentuais no vocábulo em português.
Confluência, vol. 5.  n. 3, pp. 83-92 , 1997.

JAKOBSON, R. Child language, aphasia and phonological universals. Paris: Mouton, 1972 [1941].
OLIVEIRA, M. S. Sobre a produção vocálica na síndrome de down: descrição acústica e interferências articulatórias. 2011. 309 f. Tese (Doutorado em Linguística. Área de concentração: Fonética). IEL, Universidade de Campinas, Campinas.
SANTOS, R.S. A aquisição prosódica do português brasileiro de 1 a 3 anos: padrões de palavra e processos de sândi externo. São Paulo: Universidade de São Paulo. Tese de pós-doutorado, 2007.
THELEN, E.; SMITH, L. B. A Dynamic Systems Approach to the Development of Cognition and Action. Cambridge, MA: MIT Press, 1994.TOMASELLO, M. Do young children have adult syntactic competence? Cognition, 74, 209-253, 2000.
VIHMAN M. M. Phonoloical development: the origins of language in the child. Cambridge: Blackwell, 1996.

A Síndrome de Down (SD) é um distúrbio cromossômico que causa retardo mental. Os portadores dessa patologia apresentam condições clínicas que podem modificar o seu estado nutricional, contribuindo assim, para a ocorrência de obesidade. Além disso, suas escolhas alimentares dependem dos responsáveis e cuidadores. Sendo que, é importante o acompanhamento nutricional, apresentando estratégias desde a infância, para que os portadores de SD cresçam com alimentação adequada, prevenindo-lhes o ganho excessivo de peso e o surgimento da obesidade. Os objetivos do presente estudo foram analisar o perfil nutricional dos alunos portadores de SD da APAE de Santa Fé do Sul-SP, verificar a prevalência de obesidade e desnutrição nesta população, conhecer os hábitos alimentares e costumes que levaram às alterações nutricionais, analisar o conhecimento dos cuidadores quanto à alimentação saudável. A pesquisa foi realizada de forma descritiva transversal, em oito indivíduos portadores de SD, com idades entre 3 e 55 anos. Para a avaliação antropométrica dos indivíduos com até 18 anos foram utilizadas as curvas específicas de Cronk; para os demais, utilizou-se o Índice de Massa Corpórea. Constatou-se que 25% dos indivíduos estão estróficos, 50% estão acima do peso, e 25% estão com obesidade Grau II. Sobre a alimentação, observou-se que a fazem de maneira inadequada, pois não seguem as recomendações de uma alimentação saudável. Através dos dados obtidos, pode-se concluir que portadores de SD apresentam elevada prevalência de sobrepeso e obesidade. Portanto é necessário instruir os responsáveis e cuidadores quanto à importância de uma alimentação saudável.

El estrés de los padres de niños con Síndrome de Down (SD) sigue siendo un tema de interés para profesionales durante todo el proceso de intervención en atención infantil temprana (0-6 años). El presente estudio pretende comprobar si existen diferencias en 78 padres de niños con Síndrome de Down (entre 3 y 11 meses de edad), con edades comprendidas entre 37 y 56 años (M=46.5; DT=1.94), utilizando un entrenamiento basado en el fomento de la resiliencia. Para lograr este objetivo se ha planteado un diseño de evaluación en dos momentos (antes y después de entrenamiento), estableciendo un grupo de padres como experimental y otro como control. Los resultados muestran efectos positivos sobre el estrés que sufren los padres de niños con SD. En particular se reduce el nivel de estrés parental derivado del cuidado del
niño (ECN) y el estrés total (ET) tras la aplicación del programa. Se discute la importancia de aplicar tratamientos para el fomento de la resiliencia en padres para amplificar los efectos positivos del proceso de atención infantil temprana en niños con Síndrome de Down y en sus familias.