Arte Moderna

Artigo publicado em 2018 no Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi - Ciências Humanas. Este artigo busca trazer informações sobre uma lacuna existente nos estudos historiográficos sobre arte em Belém, Brasil. Discute-se o papel da artista Estela Campos na consolidação das correntes abstracionistas no campo artístico desta cidade, analisando a recepção crítica de suas três primeiras exposições individuais (1957, 1958 e 1959, ocorridas nas cidades de Belém, Rio de Janeiro e Belém, respectivamente). São apresentadas as fontes, muitas das quais ainda inéditas ou pouco conhecidas, que permitem um esboço biográfico da artista. Da mesma maneira, são levantadas algumas hipóteses sobre aspectos (sexismo, provincianismo, abordagens historiográficas localistas) que teriam contribuído para sua invisibilidade na história da arte em Belém.

resumo O artigo apresenta uma reflexão sobre os primeiros anos da biografia cultural da Igreja de São Francisco de Assis, situada no bairro da Pampulha, Belo Horizonte-MG. A Igrejinha da Pampulha se insere em um plano de modernização urbana idealizado no início dos anos de 1940 pelo então prefeito da capital mineira, Juscelino Kubitschek, que dá origem ao Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer e programa decorativo encabeçado pelo artista plástico Cândido Portinari, a edificação é recusada pelas autoridades religiosas mineiras, estabelecendo uma controvérsia pública entre defensores e críticos de sua consagração religiosa. O interesse que ancora esta análise está no modo como a edificação fundamenta, condensa e estimula consórcios entre as dimensões religiosa, artística e também política, ao mesmo tempo em que seus idealizadores, críticos e defensores oscilam entre, de um lado, a sustentação de tais associações e, de outro, a aposta nas distinções entre as mesmas dimensões, tanto para defendê-las quanto para criticá-las. Trata-se portanto de um caso no qual está em jogo o tensionamento constante do paradigma moderno de separação e autonomia das instâncias religiosas, artísticas e políticas.
Palavras-chave: Igrejinha da Pampulha, controvérsia pública, arte moderna, arte religiosa, arquitetura religiosa DOI http://dx.

Este artigo analisa a Teoria do não-objeto (1959), de Ferreira Gullar. O artigo discute a dívida desse texto para com a tese de Mário Pedrosa sobre teoria da Gestalt, de 1949, e sua origem nos debates acerca da arte concreta nos anos 1950. Num segundo momento, a partir da obra de Amilcar de Castro, é questionada a correspondência imediata entre a posição de Gullar e a produção artística neoconcreta.

A relação entre a arte e arquitetura, a chamada síntese das artes, será uma das características da arquitetura moderna brasileira como elemento de projeto – materializado em painéis, murais esculturas e jardins – tanto no interior de edifícios quanto em suas fachadas e em espaços públicos. A cidade de Brasília tem na relação das obras de arte integradas uma tônica fundamental para a constituição da imagem da cidade. Ao se analisar a atuação dos artistas na construção da cidade de Brasília, a partir dos anos 1950, predomina a presença de obras a partir de um circuito de profissionais envolvidos bastante limitado, em relação direta ao meio de arquitetura moderna carioca, principalmente o de Oscar Niemeyer.

É em contraposição a essa pretendida síntese das artes ancorada em um único grupo que surge o Palácio Itamaraty. A partir deste objeto peculiar, esta pesquisa irá debater a ação do diplomata Wladimir Murtinho e a escolha das obras de arte integradas no Palácio em Brasília, desafiando a visão dominante de um único movimento de arte e arquitetura representativos do moderno nacional.

Modern art remains a mystery because most people – including art critics and even artists themselves – are unable to see beyond the imprisoning confines of classical fine art. Everything is judged in terms of beauty and technical skill, when it should be viewed from a quite different perspective, namely that of the imaginative world that the modern artwork is a part of. Successful and authentic modern art is about creating worlds of the imagination - like a film, or a novel - only this time using different media. Modern artworks are like lobby cards and film stills to imaginative worlds, and they should not be seen as aesthetic ends-in-themselves. And for an artwork to be authentically artistic, as opposed to merely crafted, it must invoke a ‘strange and disturbing’ imaginative world, not a variant of the world we currently inhabit, as that world is the world of crafted and aesthetic objects.

The essay intends to examine that particular cultural approach offered by Giuseppe Zander to the field of interventions on the existing ecclesiastical heritage, based on a profound knowledge of the reality of architecture as a methodological guide for the definition of an old-new balance. Prof. Zander, architect-restorer active in Rome, Lazio and beyond, since the delicate moment of the Second World War, is recognized as a refined contribution to the cultural world of his time, in particular on the themes of restoration, in which he demonstrates care and sensitivity in contemporary insertions on ancient pre-existences and in post-conciliar liturgical adaptation. It is considered useful to examine some distinctive aspects in the liturgical adaptation projects of religious architecture, through case studies, chosen from among the numerous existing ones, in order to bring out the theoretical reflections and the progressive cultural refinements of one of the protagonists of the second Italian twentieth century.

A expansão da modernidade coincidiu com a miniaturização do mundo, uma condição destacada, em muitas oportunidades, por Walter Benjamin, que afinal a transformou numa espécie de método. Seguindo essa proposta, este texto se detém em produções críticas e artísticas que se valem das formas da miniaturização. Oscar Masotta, León Ferrari, Albertina Carri e artistas ligados ao conceitualismo são protagonistas nessa comunidade imprópria, que encontra no jogo com as miniaturas uma forma de relação com o vazio.

Este ensaio apresenta uma série de fotografias de Cristiane Lindner, feita entre 2017 e 2018. Nessa série inédita, as imagens lidam com as limitações e as potencialidades das câmeras de celulares contemporâneas. Produzidas digitalmente, as imagens parecem criar um efeito anacrônico, diferindo a fratura da representação do objeto e a desconstrução da identidade levadas a cabo com a modernidade. Um arquivo de proposições análogas reforça a potência crítica cifrada na série.

ÍCONE: REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA DA ARTE, v. 3, p. 52-69, 2018. ISSN: 2359-3792

Embora o século XX seja frequentemente descrito como um momento de ruptura com o passado, muitas das questões trabalhadas pela arte moderna já haviam sido colocadas em pauta durante o século XIX. Analisando a expressão de temas centrais da arte Romântica oitocentista - a natureza, o inconsciente e a espiritualidade - nos movimentos modernos da land art, do grupo CoBrA e do expressionismo abstrato, este ensaio busca reconhecer a permanência e desdobramentos do espírito romântico na arte recente.

Este artigo revisa a participação suíça na 1a Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo a partir da análise de textos críticos de época e da correspondência entre os organizadores da mostra, o artista Max Bill e autoridades suíças, depositados no Arquivo Wanda Svevo da Fundação Bienal e no Arquivo Federal da Suíça, em Berna. Além disso, a identificação da maior parte das obras que integraram a delegação suíça na 1a Bienal demonstra que o país apresentou um panorama variado da arte moderna desenvolvida em seu território e que, mesmo os exemplos de arte concreta presentes na mostra não constituíram uma unidade conceitual. A pesquisa revela que não houve entre os artistas suíços um consenso sobre o conceito de arte concreta e que a visão de Max Bill sobre o assunto, longe de ser uma unanimidade entre seus pares, não se limitou a uma defesa de métodos matemáticos rígidos.

Resumo: Através  da  leitura  da  obra  “Vista  da  cidade”  de  1970,  do  artista  catarinense  Aldo Beck, o presente texto pretende analisar os aspectos visuais, contextuais e semânticos que circundam a obra em questão.  Tomando  como  base  de  sua  poética  a  representação  da  paisagem  e  utilizando-se  de  alguns  artifícios  considerados  “contemporâneos”,  Aldo  Beck  colaborou  para  a  construção  da  memória  visual  de  sua cidade natal, Florianópolis, e nos possibilitou olhar para sua obra a partir de novas interlocuções de saber.

Renina Katz inicia a sua formação artística em meados da década de 1940, cursa Pintura na Escola Nacional de Belas Artes e frequenta cursos livres dos mestres Carlos Oswald e Axl Leskoschek, com os quais obtém, respectivamente, orientação em gravura em metal e xilogravura. Engajada com os debates políticos da época, dedica-se à militância de esquerda, que ecoa diretamente em sua produção artística, na escolha da gravura como meio expressivo e nas temáticas sociais. Ainda estudante, participa do Salão Nacional de Belas Artes, em 1947, na sessão de Desenho e Artes Gráficas da divisão moderna, onde expõe trabalhos ininterruptamente até 1959, ano de sua última participação como artista no certame. Concomitantemente, durante três edições integra a sessão de Pintura, como uma prestação de contas de sua formação acadêmica. Em 1948 recebe a primeira láurea, uma menção com louvor, na edição seguinte obtém medalha de prata, e na próxima o diploma de mérito. No Salão de 1951, adquire o Prêmio de Viagem no País com a litografia “Vigília”, conquista responsável por afirmá-la dentro do circuito artístico nacional. A partir de então deixa de receber pequenas notas em jornais para estampar grandes manchetes. Flávio de Aquino se refere à ela como uma bela promessa, Mário Pedrosa, por seu turno, refere-se ao trabalho como lamentável, parecido com tudo que tem feito os outros artistas do realismo social. No debate referente a arte moderna no Brasil, os críticos Quirino Campofiorito e Mário Barata no Rio de Janeiro, Fernando Pedreira e José Geraldo Vieira em São Paulo, constituíram a defesa dos artistas realistas, adotando como base a acusação das tendências abstratas, desse modo, alimentaram uma tensão ao tratá-las como antagônicas. Nesse sentido, a pesquisa busca avaliar a inserção de Renina Katz no salões e a recusa à Bienal de São Paulo, o entendimento da crítica de arte e a imprensa como formadora de opinião, tal como me interessa o acompanhamento da trajetória através da perspectiva de época, versando as permanências e transformações no discurso frente os trabalhos. O salão cumpre a função de legitimar à arte, enquanto os periódicos tornam público o debate sobre tais decisões. Assim sendo, apresento um estudo centrado na participação da artista no certame, proponho um olhar crítico tanto para as avaliações intrínsecas quanto para as capciosas.

Esta pesquisa investiga as relações entre a historiadora da arte Hanna Levy e a Galeria Askanasy. Hanna Levy, nascida na Alemanha e de origem judia, veio para o Brasil no final da década de 1930, onde atuou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Também contribuiu com o catálogo da Exposição de Arte Condenada pelo III Reich da Galeria Askanasy, realizada em 1945 no Rio de Janeiro como uma reação à Exposição de Arte Degenerada que ocorreu em Munique em 1937.
Palavras-chave: Hanna Levy. Galeria Askanasy. arte moderna. arte degenerada.

This research investigates relations between historian of art Hanna Levy and Askanasy Gallery. Hanna Levy, born on Germany from a Jewish family, came to Brazil in the end of 1930s, where worked at National Historical and Artistic Heritage Service – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). She contributed to the catalogue of Exhibition of Condemned Art by III Reich of Askanasy Gallery, realized in 1945 on Rio de Janeiro like a reaction to Degenerate Art Exhibition that occurred in Munich in 1937.
Keywords: Hanna Levy; Askanasy Gallery; modern art; degenerate art.

A pesar de ser un referente fundamental para comprender el proyecto de la modernización de Brasil y Latinoamérica en los dos últimos tercios del siglo XX, la influyente labor que ejerció Mário Pedrosa, tanto teórica como de gestión cultural e institucional, sigue siendo muy desconocida en España.

En la exposición, así como en esta publicación que le acompaña -en la que se incluye una selección de sus escritos más emblemáticos, la mayoría traducidos por primera vez al castellano-, se abordan aspectos clave para entender el pensamiento y la trayectoria de Pedrosa: su continuo y activo compromiso político (que le obligó a exiliarse hasta en tres ocasiones); la importancia que en su propuesta discursiva tuvo la reflexión en torno a la influencia de la arquitectura y la planificación urbana en la organización social; o su adopción, ya en las décadas de los sesenta y setenta, de un posicionamiento explícitamente crítico con el eurocentrismo.

O artigo discute a Boate Azul, projetada por Mary Vieira, e propõe uma narrativa a partir de três momentos distintos: sua construção (1947); sua destruição (2011); e sua ressignificação no projeto Boate Azul, desenvolvido por Pedro Vieira e Thiago Honório no Museu de Arte da Pampulha (2016). Uma narrativa que transita entre a capital, Belo Horizonte, e o interior, Poços de Caldas; entre construções e destruições de obras, discursos e significados e; finalmente, entre o que é reconhecido ou não como patrimônio. Uma narrativa que não reclama sua inserção na universalidade mas, antes, busca lançar luz à sua marginalidade, articulando questões de restauro e da produção artística contemporânea.

[Abstract] The paper discuss Boate Azul, designed by Mary Vieira, and proposes a narrative from three diferent moments: its construction (1947); its destruction (2011); and its resignification throught Boate Azul Project, developed by Pedro Vieira and Thiago Honório for the Museu de Arte da Pampulha (2016). A narrative that transits between the capital, Belo Horizonte, and the countryside, Poços de Caldas; between constructions and destructions of works, discourses and meanings and; finally, between what we recognize as heritage. A narrative that does not claim its insertion in the universality, but rather seeks to shed light on its marginality, articulating issues of restoration and contemporary art.

Il saggio indaga quattro sculture in alabastro, marmo alabastrino e alabastro incarnato realizzate dalle maestranze trapanesi tra il Seicento e il Settecento e custodie nella Chiesa Madre di Petralia Sottana, centro delle Madonie. Due di esse, inedite e raffiguranti l’Immacolata Concezione e l’Ecce Homo, sono state attribuite ad Alberto Tipa e aiuti, noto scultore di Trapani, e datate alla seconda metà del XVIII secolo. Le opere, che confermano la circolazione degli scultori da una provincia all’altra dell’Isola, attestano l’abilita degli artisti trapanesi nella realizzazione di statue in alabastro in stile barocco, tardo barocco e rococò.

Le suppellettili liturgiche delle confraternite e delle compagnie di Polizzi Generosa, così come quelle di altri centri siciliani, sono la chiara testimonianza della fede e della devozione dei confrati che, talora spinti da esigenze liturgiche, hanno commissionato numerose opere ad argentieri ed orafi attivi in Sicilia. Parte di questi manufatti, come rivelano i documenti, si sono perduti nel corso dei secoli sia per il loro naturale utilizzo sia per l’incuria. Alcune di queste opere, come i reliquiari dei Santi, unitamente ai simulacri lignei talora adorni di ex-voto, vengono portati in processione durante le feste. Tra le più antiche congregazioni del centro madonita, le fonti locali annoverano quella del Santissimo Sacramento che, composta essenzialmente da nobili, aveva sede, almeno sino agli inizi del XVII secolo, in Chiesa Madre. Alla citata compagnia appartiene, infatti, la custodia d’argento firmata da Nibilio Gagini nel 1586, argentiere palermitano a cui sono riferite altre opere. La commissione di suppellettili liturgiche continua pure nel Sei e nel Settecento, restituendoci opere di pregevole interesse, come quelle volute dal nobile Francesco Mudaro.

Il contributo indaga alcune suppellettili liturgiche del Tesoro della Chiesa Madre di Pollina, centro delle alte Madonie. Si tratta di opere in argento, in discreto stato di conservazione, che sono sopravvissute nel corso dei secoli e che talvolta risultano menzionate negli inventari redatti in occasione delle visite pastorali. Sono manufatti, perlopiù inediti ed utilizzati per la liturgia, realizzati da argentieri siciliani dalla fine del Quattrocento agli inizi dell’Ottocento. Alcune suppellettili, al pari delle opere d’arte figurativa, sono state commissionate da dotti prelati, dai munifici Ventimiglia, dalle benestanti famiglie locali, come i Minneci o i Carcavecha, oppure da semplici fedeli.

Esta dissertação propõe o estudo das seis obras de Mario Sironi (Sassari, 1885 – Milão, 1961) que pertencem ao acervo do MAC USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) – Os pescadores (1924); Os emigrantes (1930); Composição (1931); Invocação (1946); Paisagem (1946) e a imagem em seu verso; e Fuga no Egito (1947) –, a partir de dois contextos maiores: no percurso da produção do artista, de modo a traçar a evolução das suas pesquisas artísticas para situar as obras do MAC USP; e dentro das campanhas de aquisição de obras de arte moderna italiana articuladas por Francisco Matarazzo Sobrinho e Yolanda Penteado para compor o futuro Museu de Arte Moderna de São Paulo, entre 1946 e 1947, a fim de compreender quais fatores podem ter contribuído para a escolha dessas pinturas. A pesquisa se estabelece no âmbito de estudos recentes sobre as origens das coleções que compõem o acervo do MAC USP e, internacionalmente, de uma historiografia da arte atualizada sobre a obra de Sironi, artista que hoje é pouco conhecido e estudado no Brasil. Por fim, o estudo pretende contribuir para certa leitura da arte moderna brasileira que esteve em diálogo com o ambiente artístico italiano do período do entreguerras.

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L’articolo ricostruisce la progressiva funzionalizzazione della figura di Dino Buzzati in termini di icona del fumetto, percorrendo la vicenda editoriale e la fortuna critica di un gruppo di testi significativi: Poema a fumetti, Le storie dipinte, I miracoli di Val Morel e Il reggimento parte all’alba. L’analisi storica delle forme libro assunte da queste opere, e delle ricerche condotte da vari studiosi intorno ad esse, mette in evidenza tre aspetti interrelati: la crescente attenzione nella preparazione dell’immagine; la salvaguardia dei rapporti tra le componenti iconica e testuale; la presentazione dello scrittore di Belluno al lettore contemporaneo come autore di graphic novel. Nelle conclusioni si rintracciano ulteriori conferme del ruolo di Buzzati fumettista, in contesti più strettamente pertinenti all’ambito di genere, quali riviste, raccolte e manuali di fumetto e spazi di diffusione ed elaborazione di cultura fumettistica.

My analysis retraces the role played by Dino Buzzati as an icon for the development of comics in Italy. I draw my considerations from the editorial history and the critical fortune of a group of works combining words and pictures: Poema a fumetti (Poem strip), Le storie dipinte, I miracoli di Val Morel and Il reggimento parte all’alba. A close examination of the editorial formats as well as an analysis of the scholarship emphasizes three interrelated aspects: the growing attention to the importance of the images in Buzzati’s hybrid works; the safeguard of the relationships between texts and images; the presentation of Buzzati as graphic novelist. Finally, I draw my conclusions by analyzing how Buzzati’s works are dealt with in contexts that are closer to comics’ elaboration and distribution, including comics magazines, collections and manuals, as well as spaces for comics culture.

Cet article retrace le rôle joué par Dino Buzzati en tant que figure centrale de la bande dessinée à travers l’aventure éditoriale et la réception critique d’un ensemble de travaux où texte et image cohabitent: Poema a fumetti, Le storie dipinte, I miracoli di Val Morel, et Il reggimento parte all’alba. L’analyse historique de la forme éditoriale et des recherches consacrées à ces œuvres permet de relever trois aspects étroitement liés: une attention croissante à la préparation de l’image; la conservation des rapports entre les éléments iconiques et textuels; la présentation de l’écrivain de Belluno au lecteur contemporain en tant qu’auteur de romans graphiques. Dans les conclusions nous allons rappeler aussi d’autres confirmations du rapport de Buzzati avec le monde de la bande-dessinée dans un contexte plus directement pertinent au cadre du genre, comme les magazines de BD, les recueils, les manuels et les espaces de diffusion et d’élaboration de la culture de la bande-dessinée.

Questo articolo si concentra su una piccola serie di figure anatomiche prodotta da Giulio Bonasone, incisore e pittore bolognese, nella seconda metà del sedicesimo secolo, che riguarda sia la percezione del corpo umano sia la sua rappresentazione figurativa in modalità non tradizionali.
In questo articolo si vuole suggerire che queste figure, piuttosto che proporre una accurata raffigurazione del corpo umano ad uso degli studiosi di medicina, rispondano invece alle complesse implicazioni sociali e psichiche indissolubilmente legate al violento atto di dissezione.

Este artigo apresenta os resultados de um projeto de pesquisa financiado pelo Ministério da Cultura do Brasil realizado em parceria com a Maison de la Recherche da Université Toulouse II – Jean Jeurès, Toulouse - França. Com o objetivo de investigar a estruturação da Arte Moderna brasileira, diversas instituições francesas tiveram os seus arquivos visitados, revelando a presença dos irmãos Fédora, Joaquim e Vicente do Rego Monteiro como agentes responsáveis por um processo de internacionalização da pintura brasileira a partir das trocas realizadas entre esses artistas pernambucanos a atmosfera artística presente na Paris do início do século XX.

The young emperor Charles V is compared, until 1516, to the mythical hero Hercules, who placed two columns at the edge of the known world. Starting from 1530 this identification is accompanied with a new image of the emperor. The shield shows a new iconography inspired by that of a Roman ruler, based on knowledge of classical culture. The Emperor is portrayed with different symbols of his power, reminiscent of the military victory of Tunis.

Nell’Italia da poco unificata, la cultura dell’impegno rafforzò l’esigenza di realismo. Era tempo per riscoprire due grandi del passato, fino a quel momento dimenticati o misconosciuti, Caravaggio e Giordano Bruno. Recentemente si sono celebrati i quattrocento anni dalla morte del pittore; qualcuno in più ci separa dal filosofo, morto sul rogo il 17 febbraio 1600. La storia li ha trattati da eretici, temporaneamente disdegnati, poi rivalutati, infine trasformati in miti. Entrambi propongono ai loro estimatori anche molto di più: una visuale ed un pensiero moderni; un occhio aperto sul mondo, profondo e privo di imposture.

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